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CETEP- CENTRO TÉCNICO PROFISSIONAL

CURSO TÉCNICO EM MINERAÇÃO

LAERTE FREIRE ROSENDO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

IPIAÚ (BA), JANEIRO DE 2012


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RELATÓRIO DE ESTÁGIO

ESTAGIÁRIO: Laerte Freire Rosendo


CURSO: Mineração
DATA DE INÍCIO: 01/01/2012
DATA DO TÉRMINO: 30/02/2012
TOTAL DE HORAS: 258 horas
EMPRESA: Mirabela Mineração do Brasil
ENDEREÇO: Fazenda Santa Rita, s/n – Itagibá – BA

ATIVIDADES BÁSICAS DESENVOLVIDAS NO ESTÁGIO

- Amostragem;
- Treinamento externo (Deslamagem);

_____________________ ________________________
Assinatura do Estagiário Assinatura do Supervisor
Carimbo da Empresa

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REGISTRO DE APROVAÇÃO

_________________________________________________________________
Coordenação do Curso

________________________________________________________________
Coordenação de Estágios

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho à Deus que sempre me


sustentou nos momentos difíceis e me deu alegria
para seguir em frente crendo nas promessas que
foram reservadas pra mim.
Também a minha família pelo amor e carinho
investidos em mim durante toda minha vida.

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AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar a Deus, pois sem ele nada conquistamos.


A meus pais que sempre me incentivaram e me apoiaram quando eu saí de
uma faculdade para fazer o que realmente eu gosto.
A todos os professores que conduziram essa caminhada de modo
profissional.
A José Carlos Ferreira por ter me concedido a oportunidade de trabalhar no
ramo de Mineração e Metais.
A Marcelo Amaral que confiou na minha capacidade profissional ao me
confiar o controle operacional da Usina de beneficiamento da Mina Santa Rita.
A Adilson Barbosa de Souza que dentro da sua vasta experiência enxergou
em mim um profissional com qualidades e me deu a oportunidade de fazer parte da
equipe de Desenvolvimento Técnico e Processos da Mirabela Mineração do Brasil.
A todos os Engenheiros, Técnicos, operadores e auxiliares que de alguma
forma me transmitiram conhecimento.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1. Imagem da Usina de beneficiamento da MMB...........................................11

Figura 2. Mapa geológico do corpo da Mina Santa Rita............................................13

Figura 3. Pilha Pulmão da Usina de Beneficiamento MMB.......................................15

Figura 4. Condicionador de Polpa CR-05 da flotação MMB......................................16

Figura 5. Batera de Hidrociclones MMB....................................................................17

Figura 6. Esquema de Instalação do Sistema de análises do Courier (Outotec


Report).......................................................................................................................18

Figura 7. Amostrador tipo caneca..............................................................................19

Figura 8. Circuito de deslamagem Samarco - MG.....................................................21

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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................................................8

2. HITÓRICO DA EMPRESA.....................................................................................................................9

3. GEOLOGIA........................................................................................................................................11

4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS...........................................................................................................13

4.1 Amostragem...................................................................................................................................13

4.1.1 – Pontos de Amostragem............................................................................................................14

4.1.2 - Equipamentos...........................................................................................................................18

4.1.3 – Resultados da amostragem......................................................................................................19

4.2 Treinamento externo em Deslamagem..........................................................................................20

4.2.1. Introdução..................................................................................................................................21

4.2.2. Objetivo......................................................................................................................................21

4.2.3. Equipe.........................................................................................................................................21

4.2.4. Atividades desenvolvidas...........................................................................................................22

4.2.5. Acompanhamento Operacional..................................................................................................22

4.2.6. Problemas e Soluções.................................................................................................................24

4.2.7. Peneira Linear.............................................................................................................................26

4.2.8. Amostragem do circuito de deslamagem...................................................................................28

5. CONCLUSÃO.....................................................................................................................................29

REFERÊNCIAS........................................................................................................................................30

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1. INTRODUÇÃO

A atividade do estágio realizou-se na Mirabela Mineração do Brasil Ltda.


empresa a qual já estou empregado há três anos, empresa que atua no setor de
extração e beneficiamento de minério de Níquel, a cerca de 3 anos. Após os
procedimentos técnicos realizados nas dependências do CETEP – Centro Técnico
Profissional, no curso Técnico em Mineração, realizou-se este estágio para ver na
prática o que se aprende na teoria, e como requisito fundamental para concluir o
curso. Na Mina Santa Rita engajei-me, principalmente nos trabalhos sobre controle
de processo, Amostragens, treinamento externo e testes com reagentes.
O controle de processo tem como principal objetivo garantir que a produção
em uma usina de beneficiamento seja feita de acordo com parâmetros
preestabelecidos realizando estudos no campo técnico de mineração e melhorias
como novas rotas de processo para o beneficiamento. Não obstante está à atividade
denominada Amostragem que é uma das principais ferramentas utilizadas para se
poder mensurar o quão eficiente está o processo produtivo e em quais pontos deste
processo podem-se implementar mudanças a fim de se atingir a excelência
operacional.
Durante meu período considerado como estágio tive a oportunidade de
realizar um treinamento externo em um processo chamado de Deslamagem, o que
acresceu um conhecimento fundamental para o comissionamento do circuito de
deslamagem na Usina de beneficiamento da MMB.

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2. HITÓRICO DA EMPRESA

A Mirabela Mineração do Brasil é uma empresa brasileira, subsidiária da


australiana Mirabela Nickel, e o seu produto é o Concentrado de Níquel. Ela fica
localizada no Município de Itagibá-Ba, a 8km de Ipiaú, 140km de Ilhéus, 60 km de
Jequié e a 370km de Salvador.
A história da Mirabela começa em 2003, quando ela assina com a CBPM
(Companhia Baiana de Pesquisa Mineral) um contrato de pesquisa complementar e
promessa de arrendamento. Em 2004 foi delineado o depósito de níquel sulfetado
com teor de 0.62 % (Ni) e 0.16 % (Cu).

Mais tarde, em 2005 foi iniciado o trabalho de avaliação ambiental do


Empreendimento, sendo finalizado em 2006 com as Licenças de Localização e
Implantação. Em 2007 começaram as atividades de implantação da Mina Santa Rita,
que culminou na Licença de Operação e início da fase operacional em 2009.

A Mirabela foi a maior descoberta de Níquel Sulfetado do mundo, depois da


Voisey’s Bay, descoberta no Canadá em 1993 pela Inco – Vale.

O foco de produção da empresa é o concentrado de Níquel de alta qualidade,


com 13% a 15% de Ni. Toda sua produção já foi vendida até 2014, sendo 50% para
a Votorantim Metais e 50% para exportação (Norislk Nickel – Finlândia).

A metade da produção anual de concentrado é transportada por 140 km


pelas rodovias, BR-330 e BR-101 até o porto de Ilhéus e daí exportada para a
Norilsk na Finlândia sendo que a outra metade será retirada na Mina pela Votorantim
e transportada por 1.375km para Fortaleza de Minas, no Estado de Minas Gerais.

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Figura 1. Imagem da Usina de beneficiamento da MMB.
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3. GEOLOGIA

As camadas de intrusões da Mirabela e da Palestina ficam dentro de rochas


arqueanas e proterozóicas (early proterozoic) do cráton de São Francisco,
principalmente o complexo de granulito de Jequié-Mutuípe. As rochas da intrusão da
Fazenda Mirabela incluem uma sucessão supracrustal e ortogneisses, equilibrados
em fáceis granulito. Os ortogneisses representam charnochitos e enderbitos
deformados. Os supracrustais estão representados por geneisses de quartzo-
feldspato, horizontes de vulcânicos metamáficos de veios finos, soleiras de meta-
gabronorítico, formações de ferro bandeadas de fáceis de silicato-óxido e raras
serpentinitas, que são postuladas para representar metasedimentos intercalados e
bacias de gabros e basaltos de fundo oceânico (backarc). A intrusão da Fazenda
Mirabela representa um de pelo menos dois corpos de camadas ultramáficas
penetrando em um grande lineamento estrutural que se estende por mais de 100km,
adjacente à margem oeste do cinturão Itabuna-Salvador-Curaça durante os últimos
estágios da Orogenia Transamazônica 2.15-2.10 Ga, quando o cinturão encontra o
Bloco de Jequié. A intrusão é o resultado de fracionamento acumulado de um líquido
de composição de basalto toleítico, gerando uma intrusão em camadas com uma
zona ultramáfica basal, variando de dunita a harzburgita, para olivina ortopiroxenita
e, por fim, para bronzita, bem como gerando uma zona superior máfica de
gabroronita. Essa tendência a fracionamento regular indica que o sistema
magmático foi fechado sem reabastecimento de novos impulsos de magma. Em
Santa Rita, sulfetos disseminados de Ni e Cu formam um corpo estratiforme paralelo
aos contatos litoestratigráficos se estendendo para cima a partir da unidade de
harzburgita, através da unidade de olivina ortopiroxenita, entrando na base da
unidade de bronzitita. A saturação de enxofre parece ter precipitação de olivina pós-
datada (postdated), posto que a olivina não se esgota com Ni. Isso explica porque
nenhum sulfeto foi descoberto na base da intrusão até agora.
A zona mineralizada se estende de um lado da intrusão da Fazenda Mirabela
para o outro, com uma média de largura de 35m por um comprimento de golpe de
1,5km e foi testada em profundidades que excedem 500m.

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Figura 2. Mapa geológico do corpo da Mina Santa Rita

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4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

4.1 Amostragem

O processo de amostragem consiste na retirada de quantidades moduladas


de material (incrementos) de um todo que se deseja amostrar, para a composição da
amostra primária ou global, de tal forma que esta seja representativa do todo
amostrado.
Em seguida, a amostra primária é submetida a uma série de etapas de
preparação que envolvem operações de cominuição, homogeneização e
quarteamento, até a obtenção da amostra final, com massa e granulometria
adequadas para a realização de ensaios (químicos, físicos, mineralógicos etc.).
Cabe ressaltar que a representatividade referida é válida para a(s)
característica(s) de interesse (densidade, teor, umidade, distribuição granulométrica,
constituintes minerais etc) definido(s) a priori. E, ainda, que todos os cuidados
devem ser tomados para que essa representatividade não se perca, quando da
preparação da amostra primária.
Amostragem é, portanto, um processo de seleção e inferência, uma vez que a
partir do conhecimento de uma parte, procura-se tirar conclusões sobre o todo. A
diferença entre o valor de uma dada característica de interesse no lote e a estimativa
desta característica na amostra é chamada erro de amostragem.
A importância da amostragem é ressaltada, principalmente, quando entra em
jogo a avaliação de depósitos minerais, o controle de processos e a comercialização
de produtos. Ressalte-se que uma amostragem mal conduzida pode resultar em
prejuízos vultosos ou em distorções de resultados com consequências técnicas
imprevisíveis. A amostragem é, sem dúvida, uma das operações mais complexas e
passíveis de introduzir erros, deparadas pelas indústrias da mineração e metalurgia.
Uma “boa amostragem” não é obtida tendo-se como base apenas o juízo de
valor e a experiência prática do operador. O emprego da teoria da amostragem, ou
seja, o estudo dos vários tipos de erros que podem ocorrer durante a sua execução,
é imprescindível.

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4.1.1 – Pontos de Amostragem

Com a necessidade de se acompanhar o processo produtivo mensurando a


sua eficiência em todas as etapas de produção (cominuição, separação e produto
final) utiliza-se a amostragem em diversos pontos selecionados de forma estratégica
e estatística para através de testes em planta piloto, testes em bancada e análises
químicas quantificar e qualificar o universo amostrado.
Os pontos de coleta de amostras periodicamente utilizados são:

a) Pilha Pulmão:

Figura 3. Pilha Pulmão da Usina de Beneficiamento MMB.

A finalidade de uma amostragem executada na pilha pulmão normalmente é


destinada a teste realizado em planta piloto para definir a melhor rota de tratamento
para este tipo de minério que será beneficiado, rotas tais que incluem definir qual
tipo de reagente químico deve-se utilizar e qual sua proporção de dosagem.

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b) Condicionadores de polpa:

Figura 4. Condicionador de Polpa CR-05 da flotação MMB.

A polpa coletada no condicionador é utilizada para fazer testes de flotação de


bancada nos quais o intuito é avaliar se a dosagem de reagentes utilizada em escala
industrial está eficiente para o processo ou se há alguma deficiência na dosagem de
acordo com as características do minério em beneficiamento. Tais características
intimamente ligadas ao % de NiS (Níquel Sulfetado) no minério, % de MgO (Óxido
de Magnésio) e também a características físicas do minério como exemplo, sua
granulometria (% passante em uma malha de 120µm)

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c) Baterias de hidrociclones:

Figura 5. Batera de Hidrociclones MMB.

As amostras coletadas no circuito de ciclonagem tem a principal finalidade de


se mensurar a eficiência operacional do mesmo de forma que essa é uma operação
simples e pode ser realizada de uma em uma hora para se ter resultados
representativos e manter o controle de qualidade do seu produto que alimenta o
circuito subsequente flotação. A outra finalidade é realizar o balanço de massa que
através deste pode-se calcular a massa contida na carga circulante, no caso MMB
esta carga circulante retorna para um moinho de bolas.

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d) Courier (Equipamento de análises on-line).

Figura 6. Esquema de Instalação do Sistema de análises do Courier (Outotec Report).

O equipamento Courier é destinado a análises online de teores químicos na


polpa do processo de beneficiamento de minerais, ele utiliza o método de difração
de raio X. A cada duas horas ele libera uma amostra completa de cada fluxo do
processo de flotação para análise química no laboratório para que assim possamos
obter o balanço de massa do circuito de flotação e assim mensurar a produção
dentro deste período de duas horas. Amostras retiradas no Courier também são
utilizadas para calibração do mesmo e assim garantir o seu correto funcionamento e
garantia de seus resultados online.
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4.1.2 - Equipamentos

Conceituam-se equipamentos amostradores todos aqueles que têm por


finalidade realizar a coleta de determinado material sendo este no caso da
mineração sólido, líquido ou polpa (minério+água).
A utilização de tais equipamentos compreende um padrão pré-definido de
coleta que visa compreender o universo amostrado com a análise de apenas uma
alíquota retirada do todo de uma forma estatisticamente provada para obter-se uma
representatividade dentro dos padrões amostrais definidos.
Equipamento utilizado em uma amostragem:

Figura 7. Amostrador tipo caneca.

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4.1.3 – Resultados da amostragem

São assim denominados aqueles componentes utilizados na iniciação dos


explosivos.
Os acessórios de detonação de emprego usual são:
- estopim: filamento de pólvora revestido por algodão e materiais
impermeabilizantes. Sua principal característica é a queima a velocidade constante e
conhecida. Utilizado na iniciação da espoleta simples.
- espoleta simples: cápsula de alumínio contendo uma carga primária sensível
à iniciação térmica (comumente azida de chumbo) e uma secundária de PETN
(tetranitrato de pentaeritritol).
- espoleta elétrica simples: semelhante à espoleta simples, utiliza a energia
elétrica como fonte de energia para sua iniciação. Em seu interior a energia elétrica
é convertida, através de uma resistência elétrica, em calor que inicia a carga
primária.
- espoleta elétrica de retardo: difere da anterior pela interposição entre a
carga primária e a resistência elétrica de um dispositivo pirotécnico de queima que
provoca um intervalo de tempo determinado entre sua iniciação e a da carga
primária.
- cordel detonante: composto por um filamento de PETN revestido por várias
camadas têxteis e impermeabilizantes. Sensível à iniciação pelas espoletas simples
e elétrica, sua velocidade de detonação é de aproximadamente 7.000 m/s.
- elementos de retardo para cordel detonante: disponíveis em várias
configurações possuem em suas extremidades duas cargas de PETN que são
intercaladas por substância pirotécnica de queima com tempo controlado. Os
tempos dos elementos de retardo empregados em atividades a céu aberto variam de
5 ms a 250 ms.
- sistema não elétrico: composto por um tubo plástico flexível contendo
material reativo que transmite energia térmica, após iniciado, a velocidade
constante, à espoleta simples ou de retardo situada em sua extremidade. É sensível
à espoleta simples e ao cordel detonante.

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4.2 Treinamento externo em Deslamagem

Figura 8. Circuito de deslamagem Samarco - MG.

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4.2.1. Introdução

No dia 10/01/12 iniciamos o processo introdutório na SAMARCO


MINERAÇÃO S/A, uma das principais empresas de mineração no seguimento de
minério de ferro, sediada na cidade de Mariana no estado de Minas Gerais
atendendo as normas e padrões de segurança da empresa e a apresentação de um
completo documentário constando o objetivo e suas diretrizes. Dando-nos assim
plenas condições para iniciar a ambientação na área. Durante todo o período que
estivemos no interior da empresa recebemos total apoio das gerências de
beneficiamento e processo.

4.2.2. Objetivo

Acompanhar o processo de deslamagem que atualmente se encontra


em operação na Usina II do complexo Germano na Samarco Mineração, com o
intuito de coletar informações acerca dos processos operacionais para o start up e
comissionamento do circuito de deslamagem na planta de beneficiamento da
Mirabela Mineração do Brasil.

4.2.3. Equipe

A equipe que participou da visita foram os seguintes profissionais:


1 Alderney Alexander Processo
2 Astério Costa Operação de Planta
3 Benivaldo de Jesus Operação de Planta
4 Eduardo Souza Santos Operação de Planta
5 Francisco Antonio Operação de Planta
6 Laerte Rosendo Processo
7 Adamastor D. Silva Processo

As atividades foram desenvolvidas de acordo com o cronograma da Samarco,


o que nos permitiu acompanhar cada etapa do processo com levantamento de todos
os parâmetros, registrando os mesmos com fotografias, vídeos e com os mais
diversos procedimentos e fluxos do circuito.

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4.2.4. Atividades desenvolvidas
 Acompanhamento operacional
 Amostragem geral do circuito de deslamagem
 Acompanhamento de manutenção (troca de peças e desobstruções)
 Inspeção de baterias de ciclones
 Levantamento de acessórios utilizados pelas equipes de operação/manutenção
 Checagem de eficiência da Peneira Linear

Circuito Mirabela x Circuito Samarco

A escolha da Usina II da Samarco para Treinamento de Deslamagem foi


oportuna devido a sua semelhança na etapa de deslamagem com o circuito que se
encontra em montagem na Usina de Beneficiamento da Mirabela. Segue quadro de
relações:
Mirabela Mineração Samarco Mineração
Ciclones raspadores (20”) - 16 Ciclones raspadores (15”) - 22
Ciclones limpadores (10”) - 40 Ciclones limpadores (10”) - 36
Ciclones deslamadores (4”) - 264 Ciclones deslamadores (4”) - 220
Peneira Linear Peneira Linear

4.2.5. Acompanhamento Operacional

Sem dúvida o maior problema em um circuito de deslamagem são as obstruções, por isso
se faz necessário realizar inspeções constantes pela equipe operacional. Ressaltamos aqui
algumas ocorrências que mostram que tal problema pode estar acontecendo:

 Inspeção verificando as bacias de overflow (checando granulometria do material).

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 Inspeção verificando as bacias de underflow (checando corte do material e
presença de lama).

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 Inspeção na Sala de Controle checando variações de pressão, níveis de caixas,
amperagem de bombas e leituras de densidade.

4.2.6. Problemas e Soluções


Durante o período em que se foi acompanhado o processo de deslamagem houve
muitos distúrbios decorrentes de paradas de equipamentos, cortes de alimentação,
problemas com a peneira linear (equipamento de suma importância ao circuito de
deslamagem).

 Ciclone de 4” obstruído (ciclone campeão em obstruções devido sua medida de


ápex).

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Durante obstruções em baterias com ciclones de 4” é realizada a troca de
bateria com a parada da bateria que apresentar ciclones obstruídos e iniciar a
operação em uma bateria que estiver disponível já que estes não tem válvulas
individuais e se ajusta quantidade de ciclones pela quantidade de baterias em
operação.

 Encaixe das seções do ápex.

Encaixe ideal Encaixe incorreto

 Acessórios utilizados na desobstrução de ciclones de 4”.

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 Acessório utilizado na entrada da tubulação de underflow das baterias de ciclones
de 4” para evitar a ida acidental de corpos estranhos que possam causar
obstrução na linha.

Corpo estranho Grelha protetora

4.2.7. Peneira Linear


Equipamento responsável por proteger as baterias de ciclones de 4” contra
corpos estranhos no intuito de se evitar obstruções. O seu manto deve estar sempre
alinhado para evitar contato com outras partes do equipamento que possam
provocar rasgos.

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 Peneira linear parada por questões operacionais pode acumular material sobre sua
manta e assim ocasionar transbordos e até passagem desse material para a caixa que
leva as baterias de 4” causando problemas para o processo.

 A água de processo que é utilizada no spray que limpa o manto da peneira deve
ser o mais limpa possível para evitar a formação de espuma sobre o manto e
logicamente não contaminar o processo com mais partículas finas do que as já
existentes.

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4.2.8. Amostragem do circuito de deslamagem
Com o apoio da equipe de beneficiamento e processo realizamos uma
amostragem completa do circuito de deslamagem para medir a eficiência do mesmo
com relação a partição de massa e deslamagem, também fizemos a medição de
vazão da bateria de ciclones de 4” para confrontar os resultados de cada bateria e
assim prever possíveis distúrbios independentes.
 Amostragem realizada em campo.

 Medição de vazão dos ciclones de 4”.

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5. CONCLUSÃO

Os dois anos de curso em sala de aula foram muito importantes para a


conclusão do estágio porque se podem colocar em prática as teorias que se aprende
com os ensinamentos dos professores.
Foram 2 meses de estágio onde conseguiu-se aprender como se controla e
monitora uma produção. Com alguns conhecimentos e pesquisas podem-se
modificar variáveis de processo e funcionamento de equipamentos, com grande
eficiência. Foi realizado teste com o circuito de deslamagem implantado na MMB até
chegar a um consenso de melhoria de trabalho e eficiência na operação deste
circuito. Também foram implantados alguns relatórios com medições de eficiência do
equipamento Courier.
Em todo este tempo de estágio pode-se informar, com total convicção, que se
adquiriram os conhecimentos necessários para realizar as atividades propostas pela
empresa com excelência, apresentar relatórios técnicos a Engenharia e esclarecer
algumas dúvidas aos companheiros de trabalho.

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REFERÊNCIAS

MMB – MIRABELA MINERAÇÃO DO BRASIL – Relatório Técnico Deslamagem.


Bahia: 2012. LAERTE FREIRE ROSENDO.

OUTOTEC. Procedimento Operacional COURIER 6L. Documento online. 2012.


Bahia (BA).

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