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FACULDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS DE TIMÓTEO

Relatório de Estágio Supervisionado

Aluno: Adson da Silva Mendes

Timóteo

Outubro 2012

Adson da Silva Mendes


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Relatório de Estágio Supervisionado

Relatório apresentado como conclusão do Estágio


Supervisionado. Curso Administração e Comércio
Exterior - 8º Período, Faculdade Presidente Antônio
Carlos de Timóteo.

Orientado por: Professor Robson Rodrigues Silva

Período: 14/05/2012 a 01/10/2012

Timóteo

2012

IDENTIFICAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO


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Identificação da Empresa

Razão Social: Usiminas Mecânica S/A

Endereço: Rodovia BR 381, s/n

Bairro: Horto

Cidade: Ipatinga/MG

Estágio

Área onde foi realizado o estágio: Departamento Administrativo

Data de início e término: 14/05/2012 a 01/10/2012

Duração em horas: 346 horas

Nome do supervisor de campo: Helbert de Oliveira dos Santos

LISTA DE FIGURAS
3

Figura 1: Nesting .......................................................................................................10

Figura 2: Programação de corte.................................................................................11

Figura 3: Máquina de oxicorte....................................................................................13

Figura 4: Plasma, o quarto estado da matéria...........................................................14

Figura 5: Plasma convencional..................................................................................14

Figura 6: Máquina de corte á plasma.........................................................................15

Figura 7: Máquina de corte á laser.............................................................................16

Figura 8: Peças fabricadas á laser.............................................................................17

Figura 9: Processo de conformação..........................................................................18

Figura 10: Prensa.......................................................................................................18

Figura 11: Peça conformada......................................................................................19

Figura 12: Força atuante durante o dobramento........................................................20

SUMÁRIO
4

1 RESUMO...........................................................................................................................5

2 INTRODUÇÃO.................................................................................................................6

3 OBJETIVOS......................................................................................................................7

3.1 Gerais.........................................................................................................................7

3.2 Específicos..................................................................................................................7

4 DESENVOLVIMENTO...................................................................................................8

4.1 A empresa..................................................................................................................8

4.2 Missão da empresa....................................................................................................9

4.3 Processo da fábrica de blanks..................................................................................9

4.4 Processos de fabricação..........................................................................................12

4.5 Planejamento e controle de produção...................................................................20

5 CONCLUSÃO.................................................................................................................22

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................23

7
ASSINATURAS...............................................................................................................24
5

1 RESUMO

As tarefas desenvolvidas aqui apresentadas foram realizadas na Usiminas Mecânica


S/A, executadas na Gerência de Blanks e Estampagem – MU UND BLANK, no setor de
Planejamento e Controle da Produção PCP, visando aprimorar e aplicar os conhecimentos
técnicos, práticos e teóricos, adquiridos durante a formação acadêmica, observando-se os
aspectos da qualidade, planejamento e segurança, atendendo aos requisitos de custo e prazo.
A função do programador de produção é analisar os pedidos dos clientes, consumo diário,
estoque interno e definir quantidade. O programador tem como principais atividades, elaborar
o ciclo de fabricação e autocontrole, ordens de produção, programação de produção (matéria
prima, corte automático, acabamento e embalagem), comando de carregamento e expedição,
além de disponibilizar a programação para a linha de produção.
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2 INTRODUÇÃO

Descreve aqui as atividades profissionais realizadas na Usiminas Mecânica S/A, em


substituição ao estágio curricular supervisionado, por ser profissional da área a mais de um
ano. As atividades foram desenvolvidas na Gerência de Blanks e Estampagem – MU UND
BLANK, na função de Programador Industrial, desenvolvendo atividades relacionadas com a
área de Engenharia Mecânica.

3 OBJETIVOS
7

Este relatório de atividades profissionais descreve o aprimoramento para o


profissional estudante que, em contato com o trabalho na prática, desenvolve seus
conhecimentos e visão, adquiridos em experiências anteriores e em sua vida acadêmica.

3.1 Gerais

Desenvolver competências profissionais nas áreas de produção da Usiminas


Mecânica S/A.

3.2 Específicos

Realizar atividades na área de Planejamento, Controle e Produção (PCP), na


Gerência de Blanks e Estampagens – MU UND BLANK – Ipatinga, acompanhando projetos
para os seguintes seguimentos: indústria naval, agrícola, rodoviária e torres eólicas.
Acompanhar detalhamento, jateamento, conformação e corte pelos processos térmico de
plasma, laser e oxicorte.

4 DESENVOLVIMENTO
8

4.1 A empresa

A Usiminas Mecânica S/A, foi fundada pela Usiminas em 1970, com o objetivo de
promover à utilização do aço na construção civil e mecânica no Brasil. A empresa, que já
nasceu de grande porte, instalada no Vale do Aço, em Ipatinga, Minas Gerais, é uma fábrica
moderna e capaz de atender as necessidades de um país em pleno desenvolvimento.Após um
período sob controle e administração do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social – BNDES voltou a ser controlada pela Usiminas. Hoje, considerada uma das maiores
empresas do setor de bens de capital do País, já inclui entre as certificações internacionais
adquiridas a ISSO 9001, ISSO 9002 e ISSO 14001, esta última referente à gestão ambiental.
Todas foram conferidas pela Det Norske Veritas, da Noruega.

Com uma história de fabricação de equipamentos para os mais diversos segmentos, a


Usiminas Mecânica fornece instalações completas em regime Full Turn Key, incluindo
serviços especializados de gerenciamentos de empreendimentos, através de área de negócio
específica, além de equipamentos e componentes individuais. Entre os setores do mercado
que atende estão: siderurgia, mineração, papel e celulose, hidroeletricidade, petróleo,
petroquímica, recuperação de peças rolos e cilindros da indústria pesada. A empresa está
capacitada também para fornecer estruturas metálicas do projeto à instalação para plantas
industriais, pesadas ou leves, prédios comerciais, residenciais, bem como pontes e viadutos
rodoferroviários. A empresa dispõe de um sistema de garantia da qualidade, com recursos de
inspeções e testes que a capacita para executar serviços dentro das mais exigentes
especificações, atendendo seus clientes com as soluções mais adequadas. As grandes
mudanças pelas quais passa a indústria pelo todo o mundo vêm exigindo das empresas novas
posturas no que tange ao posicionamento dentro da sua cadeia produtiva.o caso particular do
aço, a evolução da cadeia em questão tem sido expressiva.

4.2 Missão da empresa

A Usiminas Mecânica tem como compromisso a busca da excelência empresarial,


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com enfoque sistêmico, que considera suas relações com os clientes, acionistas, empregados,
fornecedores e a comunidade. Para tanto, a Usiminas reconhece que:

 A qualidade dos produtos e serviços é prioritária. O mercado é o agente


direcionador na busca do atendimento pleno às expectativas dos clientes;
 A melhoria contínua dos processos é essencial e deve estar integrada a
todos as atividades, envolvendo a participação de todos;
 O homem é fundamental. Sua valorização, motivação e capacitação têm
que ser alvo permanente da ação empresarial;
 A parceria é estratégica;
 O comprometimento com a qualidade de vida dos empregados e das
comunidades onde a empresa atua é fundamental;
 A qualidade é a verdade no momento em que todas as ações da
Empresa correspondem aos compromissos assumidos;
 A ação da qualidade é refletida diretamente no lucro, que permite à
Empresa renovar – se e manter – se viva em um mundo competitivo.

4.3 Processo da fábrica de blanks

O aço é a matéria prima necessária para a fabricação de Blanks: peças cortadas


através dos processos térmicos de oxicorte, plasma e laser e que poderão passar por outros
processos de acordo com o pedido do cliente como: chanfro, acabamento e embalagem, até a
chegada ao cliente. Os pedidos dos clientes chegam a Usiminas Mecânica pelo setor de
Vendas (MBC), que recebe através de e-mail ou fax, o pedido (quantidade de peças e data de
entrega) e os desenhos das peças desejadas, e todas as negociações são realizadas no setor.

Após o recebimento dos pedidos, os mesmos são encaminhados para o detalhamento


onde ocorre o desenvolvimento dos programas em CNC conforme produtos e serviços a
serem desenvolvidos, bem como as normas de trabalho estabelecidas. São elaborados os
cronogramas das atividades, conforme rotinas e prioridades definidas. Confeccionam os
planos de corte em software específico, visando o máximo aproveitamento de matéria-prima,
insumos e materiais. Elaboraram imagens de forma básica necessárias para o corte de peças,
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bem como definir melhor processo e acompanhar o mesmo Mantém atualizado o arquivo de
programas e registro de modificações efetuadas por produto ou serviços realizado.
Participação do desenvolvimento dos padrões e processos, sugerindo modificações para
melhoria dos projetos. Elaboração de documentações e orçamentos, por meio do levantamento
de dados e informações técnicas do processo.

O Detalhamento encaminha a Programação documentos chamado nesting (figura1),


para que possa ser feita a programação que vai para a área de produção e para o Recebimento
de Matéria Prima. A programação pode ser vista na figura 2 e cada programador é
responsável por controlar seus clientes, fazendo com que seja cumprido todo o processo de
produção, até a chegada do produto a fabrica do cliente. A programação também é
responsável pelo cronograma de atividades do dia seguinte.

Figura 1: Nesting.
Fonte: Usiminas Mecânica.
11

Figura 2: programação de corte


Fonte: Usiminas Mecânica.

O setor de recebimento de matérias primas é responsável pelo recebimento,


organização, e abastecimento de chapas e sobras, que irão atender a produção da área. A
programação entregue ao recebimento contém informações que mostra qual material
necessário (qualidade do aço, espessura, dimensão e quantidade necessária).
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A programação entregue na área de produção contém informações que mostram ao


operador o número do programa gerado pelo detalhamento, a quantidade de peças a serem
cortadas, o processo de corte a ser usado, a forma que se deve identificar variando de cliente
para cliente e o desenho das peças com todas as cotas (medidas), necessárias para se realizar a
inspeção de qualidade de corte, é verificada a primeira peça cortada e depois uma a cada 10
peças cortadas. Estando tudo dentro das medidas continua-se o corte e é preenchido o BKI
(Inspeção de Blanks) que é o autocontrole que o operador possui.
As peças que necessitam de pintura, jateamento, acabamento e chanfro por definição
do cliente passam por este setor para que o mesmo seja executado. Não havendo necessidade
as peças vão direto para a embalagem para serem embaladas e identificadas para serem
despachadas. Após as peças serem embaladas e identificadas elas são encaminhadas para o
setor de despacho. Neste setor ficam profissionais responsáveis pelo despacho de Blanks para
os clientes. Eles solicitam transporte que pode ser carreta que suporta peso total de 25
toneladas e comprimento máximo de 12 metros ou truck que suporta peso até 12 toneladas e
comprimento total de 7 metros. E também é de responsabilidade desse setor criar notas
fiscais, e coordenar os carregamentos de acordo com o comando de expedição.

A parte financeira é responsável em transformar códigos do SAP em dinheiro, todos


os códigos usados são para debitar na conta do cliente, todo o gasto na fabricação do produto
encomendado. O setor financeiro também proíbe a expedição de produtos caso o cliente não
tenha pagado, e com isso o material fica retido na fábrica até autorização dos responsáveis.

4.4 Processos de fabricação

Os processos de fabricação de peças na unidade de Fabricação de Blanks são:


oxicorte, corte a plasma, corte a laser e conformação mecânica.

O processo de corte oxicorte é o processo de seccionamento de metais pela


combustão localizada e contínua devido à ação de um jato de oxigênio, de elevada pureza,
agindo sobre um ponto previamente aquecido por uma chama oxicombustível. Quando o aço
é cortado o ferro reage com oxigênio produzindo oxido de ferro, esse óxido forma uma
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escória fundida que é facilmente removida da zona de reação. Por ser um processo altamente
exotérmico o calor liberado pela combustão eleva a temperatura da região vizinha até o ponto
de ignição do ferro fazendo com que o processo seja contínuo. O processo de oxicorte se
constitui da reação do oxigênio do jato de corte e o metal pré-aquecido à temperatura de
ignição. Para iniciar o processo é fundamental o pré-aquecimento da superfície da peça até
que a temperatura de ignição do metal seja atingida. Nesta temperatura, o jato de oxigênio é
liberado, a primeira camada atingida pelo jato é prontamente oxidada pelo processo de
combustão (queima), esta reação libera grande quantidade de calor que irá fundir os óxidos
formados e elevar a temperatura da camada inferior à temperatura de ignição. Pela força do
jato de corte os óxidos líquidos são expulsos da camada superior fazendo com que o oxigênio
entre em contato com a camada inferior de metal já à temperatura de ignição e o processo se
repita. O processo de corte à oxicorte pode ser visto na figura 3.

Figura 3: Máquina de oxicorte.


Fonte: Esab (2012).

O processo de corte a plasma advém da adição de grande quantidade de energia a um


gás modifica algumas de suas propriedades substancialmente, tais como, temperatura e
características elétricas. Este processo é chamado de ionização, ou seja, a criação de elétrons
livres e íons entre os átomos do gás. Este processo torna o gás um “Plasma”, sendo
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eletricamente condutor pelo fato de os elétrons livres transmitirem a corrente elétrica. O


plasma é considerado o quarto estado da matéria e o mais abundante. Sua formação pode ser
vista na figura 4.

Figura 4: plasma, o quarto estado da matéria


Fonte: Usiminas Mecânica.

A redução do diâmetro do bocal direcionador de gás da tocha constringe o arco


elétrico, aumentando a velocidade do gás e o seu calor por efeito Joule. A temperatura e a
tensão do arco crescem substancialmente, fundindo o metal, e a força do gás ionizado remove
a poça de fusão em alta velocidade. O metal, então, é cortado pelo arco plasma. Essas altas
temperaturas foram possíveis em função do alto suprimento de gás no bocal da tocha plasma
formar uma fria camada circular de gás não ionizado nas paredes do mesmo, permitindo um
alto grau de constrição do arco. Este processo é visto na figura 5.
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Figura 5: plasma convencional


Fonte: Usiminas Mecânica

A espessura desta camada circular pode ser aumentada pela ação de rotação do gás
de corte. A maioria das tochas plasma atua no sentido de forçar a rotação do gás para
aumentar a constrição do arco e consequentemente aumentar a temperatura do arco. O arco
plasma pode ser transferido, quando a corrente elétrica flui entre a tocha plasma (cátodo) e a
peça de trabalho (anodo); ou de modo não transferido quando a corrente elétrica flui entre o
eletrodo e o bocal da tocha.

Embora o calor do arco plasma surja do bocal nos dois modos de operação, o modo
transferido é invariavelmente usado para corte uma vez que a contribuição de calor utilizável
na peça de trabalho é mais eficientemente aplicada quando o arco está em contato elétrico
com a peça de trabalho. A máquina de corte a plasma é mostrada na figura 6.

Figura 6: Máquina de corte á plasma.


Fonte: Esab (2012).

O nome LASER é a abreviatura da descrição do processo em inglês: Light


Amplification by Stimulated Emission of Radiation. Em uma tradução livre para o português
podemos dizer que seria: Amplificação da luz através da emissão estimulada de radiação. Em
uma rápida definição, podemos dizer que o LASER é um dispositivo que produz um feixe de
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radiação. O que torna este processo altamente interessante não é a quantidade de radiação
emitida, e sim a qualidade desta. A alta concentração do feixe proporciona uma excelente
qualidade de corte em altas velocidades. A máquina de corte a laser é visto na figura 7.

Figura 7: Máquina de corte á plasma.


Fonte: Trumpf (2001).

Os conceitos de amplificação da luz e emissão estimulada de radiação são os tópicos


básicos para se entender o funcionamento do processo LASER. A aplicação de uma dada
energia em um meio ativo, via descarga elétrica, radiação luminosa, reação química ou outra
forma qualquer, aumenta seu nível energético e com isto os elétrons passam a girar em órbitas
mais externas. Este processo é denominado excitação. O acréscimo energético causado pela
excitação será liberado após um tempo de vida, e o elétron voltará a seu nível energético
original, liberando a energia ganha. O retorno do elétron ao seu nível original procede das
seguintes maneiras:

 Colisões: O elétron choca-se com outro consumindo sua energia.


 Emissão espontânea: O elétron emite um fóton naturalmente para
perder o diferencial energético.

Utilizando-se a inversão de população e criando condições para que o retorno e


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conseqüente emissão ocorram de maneira controlada, teremos a chamada emissão estimulada.


A inversão de população consiste em fazer com que se tenham mais elétrons nos níveis
energéticos superiores. A emissão estimulada ocorre quando se tem um átomo excitado e este
recebe o impacto de um fóton. O fóton recebido causará a emissão de outro. Este processo
passa a ser interessante, pois, um único fóton pode estimular a emissão de mais do que um,
caracterizando com isto um ganho real. Entretanto, no mecanismo descrito, a radiação é
emitida de modo desorientado e policromático, ou seja, sem direções particularmente
privilegiadas e sem que o feixe apresente um comprimento de onda definido. A obtenção do
feixe colimado é conseguida graças à cavidade ressonante, que é o local onde ocorre o
processo de amplificação da radiação. Este processo é mantido em função da própria
construção da cavidade, uma vez que esta tem dois espelhos que refletem e amplificam o
feixe. No caso particular de corte, é também necessária a presença de um gás, chamado gás de
assistência que, entre outras, tem a função de remover o plasma e o material fundido da frente
de corte. Peças fabricadas pelo processo à laser podem ser vistas na figura 8.

Figura 8: Peças fabricadas à laser.


Fonte: Usiminas Mecânica.

A conformação mecânica é o nome genérico dos processos em que se aplica uma


força externa sobre a matéria-prima, obrigando-a a adquirir a forma desejada por deformação
plástica. Os processos de conformação mecânica alteram a geometria do material através de
forças aplicadas por ferramentas adequadas que podem variar desde pequenas matrizes até
grandes cilindros, como os empregados na laminação. O volume e a massa do metal (matéria-
prima) se conservam nestes processos. O processo de conformação é visto na figura 9.
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Figura 9: Processo de conformação.


Fonte: Usiminas Mecânica.

É um processo de fabricação em que uma ferramenta composta por um conjunto de


duas ou mais peças exerce uma força sobre uma superfície, alternando-a. O equipamento
utilizado para realizar a conformação é chamado de prensa ou dobradeira visto na figura 10.

Figura 10: Prensa.


Fonte: Gasparini (2012).

A chapa plana é alternada, obtendo-se a mesma forma encontrada no punção quanto


na matriz. As operações de dobra são utilizadas para dar forma a peças e a perfis. A figura
mostra uma peça conformada. O volume e a massa do metal (matéria-prima) se conservam
nestes processos. Nesta operação, a tira metálica é submetida a esforços aplicados em duas
direções opostas para provocar a flexão e a deformação plástica, mudando a forma de uma
superfície plana para duas superfícies concorrentes, em ângulo, com raio de concordância em
sua junção.
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Figura 11: Peça conformada.


Fonte: Usiminas Mecânica.

Raio de Dobramento - Para a operação de dobramento existe um raio de dobramento


abaixo do qual o metal trinca na superfície externa. É o raio mínimo de dobramento, expresso
geralmente em múltiplos da espessura da chapa. Um raio de dobramento de 3t indica que o
metal pode ser dobrado formando um raio de três vezes a espessura da chapa sem que haja o
aparecimento de trincas. O raio mínimo de dobramento é, portanto, um limite de
conformação, que varia muito para os diversos metais e sempre aumenta com a prévia
deformação a frio do metal. Alguns metais muito dúcteis apresentam raio mínimo de
dobramento igual a zero. Isto significa que as peças podem ser achatadas sobre si mesmas,
mas geralmente não se utiliza este procedimento para evitar danos no punção ou na matriz.

Efeito mola - A operação de dobramento exige que se considere a recuperação


elástica do material (efeito mola), para que se tenham as dimensões exatas na peça dobrada. A
recuperação elástica da peça será tanto maior quanto maior for o limite de escoamento, menor
o módulo de elasticidade e maior as deformações plásticas. Estabelecidos estes parâmetros, a
deformação aumenta com a razão entre as dimensões laterais da chapa e sua espessura. O
efeito mola ocorre em todos os processos de conformação, mas no dobramento é mais
facilmente detectado e estudado. O raio de curvatura antes da liberação da carga é menor do
que após a liberação. A figura 12 mostra os esforços atuantes e a forma adquirida por uma tira
submetida a dobramento.
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Figura 12: Força atuante durante dobramento.


Fonte: Usiminas Mecânica.

4.5 Planejamento e controle de produção

A produção possui um conjunto de fatores que exercem influência direta ou indireta


na qualidade do atendimento e do produto final. Alguns dos fatores mais importantes são:
insumos, equipamentos, informações do processo ou medidas, condições ambientais, pessoas,
métodos ou procedimentos. Então, a produção é uma combinação desses elementos tendo
como objetivo a fabricação de um determinado produto.

O gerenciamento da produção dentro de uma indústria é responsável pela


transformação de matérias-primas em produtos finais. O sistema responsável por este
gerenciamento denomina-se Planejamento e Controle de Produção (PCP) que coordena as
atividades, desde a aquisição de matérias-primas até a entrega dos produtos finais. Na
Unidade de fabricação de Blanks são produzidas peças de aço carbono regulares e irregulares
cortadas em máquinas CNC pelos processos de oxicorte, corte a plasma e corte a laser.

O processo de produção de peças começa no setor de vendas, onde a


cotação/consulta para fabricação de peças é recebida e avaliada. Após a análise da viabilidade
econômica da cotação/consulta a mesma é direcionada ao setor de Planejamento e Controle de
Produção para análise quanto à capacidade de produção e os prazos de entrega.

A capacidade de produção refere-se à disponibilidade e capacidade dos


equipamentos, à matéria-prima consumida e à mão de obra disponível. O planejamento trata
da identificação e implementação de políticas adequadas para a realização das metas; é
responsável pela utilização eficiente dos recursos necessários para satisfazer a demanda,
levando em conta os custos envolvidos e, finalmente, toma as decisões diárias para melhor
andamento do projeto.

O controle é o acompanhamento e atuação no processo de maneira que seus efeitos


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estejam em conformidade com padrões estabelecidos. O controle é exercido para manter os


resultados desejados ou para melhorá-los e compreende-se em três ações principais: controle
de consumo de matéria-prima, controle do tempo gasto na produção e controle do estoque
gerado. Em conjunto com o Setor de Qualidade é elaborado o check-list e são feitas análises
quanto a tolerâncias e as normas técnicas envolvidas. Após todas as análises necessárias a
cotação e devolvida ao Setor de Vendas para que seja emitida a proposta comercial e enviada
ao cliente. Caso o cliente aceite a proposta comercial o pedido é então formalizado e inicia-se
a produção.

5 CONCLUSÃO

O estágio realizado possibilitou o estagiário à complementação dos conhecimentos


obtidos na formação técnica, sendo de fundamental importância como preparação para o
ingresso no mercado de trabalho. A oportunidade de realização de estágio na área de Blanks e
Estampagens MU UND BLANK permitiram ainda à percepção a integração das atividades de
operação e outras atividades de suporte ao processo industrial. Os conceitos adquiridos no
curso de engenharia mecânica puderam ser ampliados proporcionando uma visão mais
completa na área industrial, buscando também desenvolver um perfil profissional adequado à
empresa. Dessa forma o conhecimento obtido em sala de aula pode ser unido á prática
realizando as atividades referentes ao curso, possibilitando que o estagiário desenvolvesse tal
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conhecimento, para que futuramente, possa exercer a função.

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

NORMA TÉCNICA UNT 904 – Produção de Peças Estampadas e Blanks – Macro fluxo I -
Análise crítica de Pedido e Programação, Página 2, Rev. J, Usiminas Mecânica.

NORMA TÉCNICA UNT 907 – Controle de processo e produção de Blanks – Macro fluxo I
– Produção de Blanks, Página 2, Rev. I Usiminas Mecânica.
NBR ISO 9000 – Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT - Sistemas de gestão da
qualidade – Fundamentos e vocabulário

NBR ISO 9001 – Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT - Sistemas de gestão da
qualidade - Requisitos
23

NBR ISO 9004 – Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT - Sistemas de gestão da
qualidade – Diretrizes para melhorias desempenho.

TRUMPF GmbH Manual de Treinamento em Equipamento Laser Trumpf HL4006 2001.

www.esab.com.br – Consulta Março de 2012.

www.gasparini.ind.br – Consulta Março 2012.

7 – ASSINATURAS

_______________________________________

Adson da Silva Mendes


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Estagiário

________________________________________

Helbert de Oliveira Santos

Supervisor Concedente

________________________________________

Robson Rodrigues Silva

Professor Orientador

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