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relatório estágio Unip eng

mecânica melhoria contínua


Engenharia Mecânica
Universidade Paulista (UniP)
37 pag.

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UNIVERSIDADE PAULISTA

RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO

NOME - RA X-X

Coordenador de Estágio: Profº. Dr. Fulano


Coordenador do Curso: Profº. Dr. O mesmo Fulano
Curso: Engenharia Mecânica

CIDADE DO CAMPUS – 2017


[TODAS as páginas levam assinatura do repres. da empresa]
UNIVERSIDADE PAULISTA

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RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO

Trabalho apresentado para


avaliação de Estágio
Supervisionado: Relatório, do
Curso de Engenharia Mecânica da
Universidade Paulista.

NOME - RA X

Coordenador de Estágio: Profº. Dr. Fulano


Coordenador do Curso: Profº. Dr. O mesmo Fulano
Curso: Engenharia Mecânica

CIDADE DO CAMPUS – 2017

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Exemplo de célula de produção 6

Figura 2 – desenho de estampo de repuxo 6

Figura 3 – Retífica plana 7

Figura 4 – Ilustração do efeito gargalo 9

Figura 5 – Gráfico de controle de medidas 11

Figura 6 - Esquema pneumático 15

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SUMÁRIO

1. - Introdução 1
1.1 - Objetivos do Estágio 1
1.2. A Empresa 2
1.2.1 – História 2
1.2.2 – Contexto Atual 3
1.2.3 – Serviços Prestados 3
2. Atividades Desenvolvidas 3
2.1. Histórico de Atuação e Funções 3
2.2. Descrição das Atividades e Tarefas Desenvolvidas 5
2.2.1 Acompanhamento do fluxo de produção 5
2.2.2 Identificação de pontos de melhoria 7
2.2.3 Mudança de tarefas em tempo interno para tempo externo 10
2.2.4 Desenvolvimento de dispositivos com setup mais rápido 11
2.2.5 Desenvolvimento de fechamento pneumático de dispositivo de
fixação 12
2.2.6 Modelagem tridimensional e geração de desenhos dos dispositivos e
mecanismos 14
2.2.7 Requisição de material e fabricação 16
2.2.8 Teste e ajuste das implementações 17
2.3 Conceitos, Métodos, Técnicas e Bibliografia Utilizados nas
Atividades. 18
3. Conclusões e Resultados 19
3.1. Principais Resultados Obtidos 19
3.2. Conclusões sobre os Conceitos, Métodos, Técnicas e Bibliografia
Utilizados 19
3.3. A Empresa e o Ambiente de Trabalho 20
3.4. Contribuição do Estágio na Formação acadêmica e
profissional 20
4. Documentação de estágio 22
3.1. Categoria: Prestador de Serviço 22

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Dados Pessoais

Nome: RA.: X 10º semestre

nasc.:10/08/1900 Tel.:(XX) XXXX-XXXX Cel.: 9.XXXX email:@hotmail.com


Endereço: Rua nº 00, Jd., Minha cidade, UF.

Formação acadêmica:

Ensino Médio concluído em 2009 na escola E.E do Jd. XX XXX, Minha Cidade.

Curso profissionalizante Tal, realizado na unidade SENAI de Cidade, de carga


horária de 2 anos, compreendendo os anos de XXXX e XXXX;

Experiências anteriores:

Cargo: Estagiário em Projetos, em Empresa Tal, de 09-09-XXX à 09-09-XXXX,


Atividades: Auxílio em desenvolvimento de produto, desenho em AutoCAD.

Cargo: Auxiliar de Produção, em Empresa Tal, de 24-03-2XXX à 08-09-2XXX,


Atividades: usinagem de peças seriadas (utilização de fresadora, furadeira e
prensa).

cargo: Menor Aprendiz, em Empresa Tal, de 05-05-2008 à 17-12-2008,


Atividades: Usinagem (tornearia e ajuste em bancada) de peças para equipe de
manutenção.

Dados da Empresa

Nome: X serviços de usinagem.

Endereço: Av, 0 – Jd , Cidade da empresa – UF.

Nome da Seção∕Depto: não aplicável (microempresa).

Telefone/Ramal: (XX) XXXX-XXXX

Nome/e-mail do Responsável: Nome, resp@hotmail.com

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1. - INTRODUÇÃO

Este relatório tem por intuito descrever minha atividade profissional


equivalente ao estágio obrigatório exigido pela universidade, com foco nas
competências desenvolvidas e a comprovação destas como adequadas para a
minha formação profissional, segundo o curso em que estou inserido.
Neste relatório será descrita a empresa em que estou atuando como
prestador de serviço, a X Usinagem, que é uma empresa do setor metalúrgico
que atua na fabricação de peças de reposição e de produção em estamparia, e
em manutenção. Ainda serão apresentados maiores detalhes nos tópico a seguir.
Nessa empresa, eu detalharei as atividades referentes a um trabalho de
melhoria contínua que realizei na empresa. Essas atividades incluem conceitos
pertinentes à área de minha formação, como projetos de componentes
mecânicos e elaboração de diagramas pneumáticos.
A partir disso, todas as particularidades e detalhamentos do processo de
experiência e da empresa serão relatados minunciosamente nos tópicos e
capítulos a seguir.

1. - Objetivos do Estágio

Os objetivos do estágio são os de me proporcionar uma vivência em


proximidade e inserida no ramo de atividade em que irei atuar em minha vida
profissional futura. Em outras palavras, é um processo de interação que me
insere na realidade da minha área de formação.
Assim, eu saio da zona de conforto da instituição de ensino e tenho uma
possibilidade de integração à realidade social da região onde estou estudando, e
conquisto participação até mesmo no processo de desenvolvimento cultural
desse meio.
Em relação ao meu trabalho aqui relatado, o processo de aplicação de
conhecimentos adquiridos na minha vida acadêmica se dá no desenvolvimento
de ferramentas e dispositivos para melhoria de processos de usinagem, além da
inserção exigida para o entendimento do processo da empresa, feita a partir do
meu acompanhamento ao cotidiano em questão e diálogos pertinentes.

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Todas as minhas atividades são frutos das abordagens abrangidas na


graduação, enaltecendo a maneira como o curso contribui para o meu trabalho.
Já no processo reverso, meu trabalho contribui para a valorização e
aperfeiçoamento do meio acadêmico, pois os gestores acadêmicos têm a
possibilidade de avaliar o quanto o curso está adequado ao mercado, sendo
possível adaptar o curso e treinar ainda mais os profissionais das instituições de
ensino às demandas decorrentes do mundo de trabalho.
O benefício angariado por mim consiste em meu crescimento profissional,
com a minha obtenção de um desenvolvimento de posturas e capacidades do
nível de minha formação.
Da parte dos benefícios que a empresa obtém com meu trabalho prestado,
são notáveis as contribuições com a qualidade e a eficiência de atividades que
melhoram e maximizam a produtividade dos processos e ainda com a
salubridade do trabalho. Ademais, esse trabalho gera retornos intangíveis ao
ambiente de trabalho, como por exemplo, a boa avaliação e estima dada à
instituição de ensino, ao meio acadêmico e é claro, a mim como profissional.

1.2. A Empresa

1.2.1 – História

A oficina existe há 30 anos, fundada pelo sr. Fulano, pai do atual


proprietário Fulano, com trabalho no seguimento de prestação de serviços
durante a maioria desse período, até que ele chegasse à aposentadoria.
Durante esse tempo, Atual Proprietário trabalhou com seu pai durante 15
anos, o que lhe proporcionou muito aprendizado no ofício prestado pela empresa
e bons conselhos profissionais tão quanto.
Já em 2008, Atual Proprietário busca junto à prefeitura a abertura do
negócio como prestação de serviços ISS. E em 2016, ele oficializa o negócio com
abertura de CNPJ. Ao longo dos anos, mais clientes diferentes surgiram, com
diversos tipos de atividades, e a empresa continuou prestando serviços e
buscando aprimorar e crescer no mercado local.

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1.2.2 – Contexto Atual

A empresa vem ao longo dos anos adquirindo mais equipamentos e


melhorando a qualidade e o atendimento aos clientes, e em 2015, começou a
investir na sua ampliação, como com a construção de um galpão, o que
proporciona uma maior e melhor área de trabalho e atendimento.
Para ano vigente, já há o objetivo de melhorar a qualidade de atendimento
de urgência, onde se observa uma demanda no senário industrial local. Um
possível seguimento de caldeiraria pode ser implementado, devido à escassez
desses profissionais na cidade.
Através de décadas e muito trabalho, a empresa se mantém estável e
seguindo com tradicionalismo e qualidade.

1.2.3 – Serviços Prestados

Os serviços prestados são: usinagem de eixos, buchas, peças de estampo,


madeira, seguimento em geral de usinagem, mais focado em peças de reposição
de equipamentos industriais, mas também com produção de peças estampadas.
Serviços de solda, corte, furação e roscagem, manutenção em geral.
Além de confecção de peças, também há atendimento aos clientes nas
empresas, muitas das vezes diagnosticando problemas e gerando soluções ou
modificações quando necessárias.

2. Atividades Desenvolvidas

2.1. Histórico de Atuação e Funções

Realizei meu estágio como prestador de serviço para o ramo de fabricação


mecânica, realizando atividades pertinentes a melhorias de processos, com
implementação de novos dispositivos e ferramental mecânico para aumento de
produtividade e de segurança no trabalho.
Minhas funções atuais são as de realizar atividades que englobam
melhorias contínuas em processos de produção. A seguir será relatado um
processo completo de melhoria realizado até o momento.

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A evolução deste trabalho atual se dá através do acompanhamento e do


aperfeiçoamento do processo analisado em questão. A partir das instalações, dos
diálogos e dos ajustes, é possível notar uma evolução tangível de todo o
processo, especialmente na principal característica de um processo de
fabricação, que é a produtividade. Ou seja, é aplicado um conjunto de métodos
para que se possa desenvolver e implementar-se uma uma série de ferramentas
que aumentam a produtividade e consequente eficiência do processo.
Em se tratando de tempo, atuo desta forma a quase um ano. Durante o
período de tempo desse semestre vigente, me foi possível relatar as etapas de
um trabalho de melhoria em máquina que será descrito em detalhes a seguir.
Em nenhuma outra empresa pude exercer a mesma função. Nesse
sentido, tive apenas oportunidades de desempenhar atividades com uso de
ferramentas e métodos que, de certa forma, foram semelhantes aos que utilizo na
presente função, como por exemplo, no uso de softwares de desenho e de
modelagem tridimensional, e também na participação de Kaizens para
melhoramento de produtividade em células fabris.
Até o momento, não exerci nenhuma outra função nessa empresa atual,
principalmente porque atuo de forma externa, mas me agradaria poder vivenciar
outras atividades na empresa. A experiência ganhada nesse contexto serve como
um enriquecimento profissional para que novas oportunidades surjam e sejam
cada vez mais sofisticadas.
Atualmente, desempenho as atividades relatadas juntamente e sob a
supervisão do engenheiro responsável mais o proprietário da empresa.
Sem mais delongas, apresento agora uma lista das atividades
desempenhadas para execução completa de um trabalho de melhoria em um
processo de produção:
• Acompanhamento do fluxo de produção;
• Identificação de pontos de melhoria;
• Mudança de tarefas em tempo interno para tempo externo;
• Desenvolvimento de dispositivo com setup mais rápido;
• Desenvolvimento de fechamento automatizado de dispositivo de fixação;
• Modelagem tridimensional e geração de desenhos dos dispositivos e
mecanismos;
• Requisição de material e emissão de ordem de serviço;

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• Teste e ajuste das implementações;

2.2. Descrição das Atividades e Tarefas Desenvolvidas

2.2.1 Acompanhamento do fluxo de produção

Para início das melhorias, tive de acompanhar e entender o processo em


questão. Assim, avaliei o fluxo para a fabricação de uma família de suportes tipo
copo retificada. Dediquei-me então a esses suportes de filtro de óleo fabricados
com chapa de alumínio repuxada e retificados no topo para controle preciso da
medida da altura.
Visualizei o fluxo dessas peças através de um conjunto de máquinas que
realizam a fabricação completa do produto. Esse conjunto de máquinas é
constituído por duas prensas hidráulicas, um torno revólver e uma retífica plana.
Acompanhei que a prensa hidráulica faz com uso de estampo as
operações de repuxo, corte e furação no fundo da peça-copo. Com as peças já
no formato de copo, elas passam por um alargamento preciso da furação no
torno revólver, essa precisão não é rentável com estampo, já que sua
manutenção seria mais frequente. Na última operação, os topos das peças são
retificados na retífica plana para obtenção da medida precisa de suas alturas.
Levei um tempo total para todo esse acompanhamento na célula de
produção de uma semana, durante metade do expediente diário, para
posteriormente serem analisados e digitados todos os dados. No decorrer do
acompanhamento, realizei diálogos com o responsável para obtenção de maiores
explicações e detalhamentos de todos os aspectos envolvidos em cada
operação. Para que tudo isso ficasse registrado, utilizei pranchetas e fichas para
preenchimento manuscrito. Já em momento oportuno, repassei esses resultados
de maneira digitada em relatórios.
Segundo Junico Antunes (2008), fluxo de produção é o caminho pela qual
uma matéria-prima se transforma em produto ou subproduto, sendo célula de
produção, um conjunto de máquinas e equipamentos pela qual uma determinada
matéria-prima flui para se transformar em produto final, ou então para ser
transposta para outras células, se tornando então um subproduto.

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Figura 1 – Exemplo de célula de produção

Segundo Vicente Chiaverini (1995), Os estampos de repuxo têm a


finalidade de transformar chapas planas em perfis côncavos e convexos
profundos e são bastante utilizados para a fabricação, principalmente, de peças
para automóveis. Como os outros estampos, também são ferramentas exclusivas
para cada peça, com todas as suas dimensões projetadas sob medida para o
produto final.

Figura 2 – desenho de estampo de repuxo

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Também por Vicente Chiaverini (1995), as retíficas são máquinas que


desempenham a usinagem do tipo abrasiva, com uso de ferramentas conhecidas
como “rebolos” (elementos constituídos por aglomeração de grãos abrasivos),
com a qual se obtém uma melhor precisão de dimensões e um melhor
acabamento superficial do que aquele obtido com a usinagem por corte.

Figura 3 – Retífica plana

2.2.2 Identificação de pontos de melhoria

Tendo uma visão completa do fluxo para a obtenção do produto, me foi


necessário verificar se não há problema na disposição das máquinas (layout).
Após isso, identifiquei qual era o ponto em que há maior necessidade de
melhorias de produtividade, o que no jargão industrial é chamado de “gargalo de
produção”. Já o fluxo analisado, concluí que este estava em uma disposição
ideal, não necessitando mudanças de layout.
Sendo assim, não há problemas no torno revólver, porque é uma máquina
de alta produtividade. Porém as prensas hidráulicas são máquinas de operação

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mais demorada, pois o repuxo tem profundidade de penetração reduzida devido


ao material frágil e operação complicada. Nesse sentido, percebi que as prensas
hidráulicas tinham a vantagem de estarem em dobro, pois seu trabalho é lento.
Restou a mim a retífica plana como foco do trabalho de melhoria de
produtividade, sendo esta o gargalo da célula.
Identificada a máquina gargalo do processo, passei então para a análise
interna deste processo para novas identificações de pontos de melhoria. Todas as
ferramentas utilizadas, as etapas do processo da máquina e a sua operação
foram analisadas.
Devo detalhar o processo de retificação plana, vi que esse se desenvolve
a partir da retificação das peças em conjuntos de quatro unidades. Essas peças
de chapa cilíndrica são fixadas com os topos para cima em um dispositivo próprio
com fechamento por rosca, sendo necessário que o operador gire uma alavanca
em meia volta para esse fechamento. O dispositivo é fixo na mesa da retifica por
meio magnético, e então a usinagem em si pode começar. Para usinar toda a
superfície das peças, assim como em qualquer processo de retificação plana, o
rebolo deve percorrer uma faixa da superfície da peça no eixo horizontal (faixa
essa limitada de acordo com a capacidade de carga da máquina), após percorrer
a peça o rebolo se desloca no eixo transversal para voltar a usinar uma nova
faixa da peça, a usinagem acaba quando toda a superfície das peças foi usinada.
Nesse ponto, já identifiquei que a mudança do tipo de fechamento do
dispositivo de fixação já geraria uma grande vantagem em produtividade, pois
notei que o manuseio de uma alavanca é lento e gera fadiga ao operador,
causando uma queda gradual da produtividade ao longo da rotina de trabalho. De
modo a sanar esse problema, a alternativa proposta foi a de mudar o sistema de
fechamento deste dispositivo por um de funcionamento pneumático.
Outro ponto que mereceu minha atenção na análise de produtividade
foram as tarefas secundárias realizadas ao longo do processo. Nesse processo
de retificação, verifiquei que várias tarefas eram realizadas com a máquina
parada, foram as tarefas de certificar o posto de trabalho e anotar o os resultados
em uma ficha, anotar a produção a cada hora de trabalho (sistema hora-hora),
medir uma peça a cada vinte peças e anotar o resultado da medição no diário de
controle estatístico de produção, e ainda a tarefa de limpar as peças após a
usinagem e colocá-las em caixas apropriadas. Sugeri que todas essas atividades

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fossem analisadas e definidas como tarefas internas ou externas, ou seja, que


necessitam ou não ser realizadas durante o funcionamento da máquina.
O último ponto de melhoria que identifiquei foi relacionado aos tipos de
peça dentro da família, pois as diferenças dessas peças, por mínimas que sejam,
têm impacto no tempo de setup da máquina. Assim, constatei que existiam três
tipos de peça, cada uma com um comprimento diferente, por isso o operador
precisa “zerar” a máquina de acordo com o comprimento da peça durante o
processo de setup. Para agilizar esse setup, dei como alternativa o
desenvolvimento de outros dois dispositivos de fixação das peças com
compensação de altura, assim não seria necessário zerar a máquina para mudar
de um tipo de peça para outro.
Para todas essas análises, tornei necessária uma boa quantia de tempo e
tomada de notas com relato dos dados obtidos e das propostas de melhoria.
Nesse aspecto, juntando acompanhamento em fábrica mais emissão de relatórios
em escritório, gastei aproximadamente dez dias até a tomada de decisão sobre
os projetos a serem desenvolvidos.
Segundo Junico Antunes (2008), setup é melhor definido como o processo
realizado entre a última unidade da produção de um lote de peças e a primeira
peça do próximo lote executada na mesma máquina, envolvendo aí a possível
destinação do lote já produzido, a mudança de ferramentas e acessórios da
máquina e inspeção dessa próxima peça.
A grande questão no meio industrial é que o tempo do setup é muitas
vezes subestimado, com a falsa noção de que é equivalente à preparação da
máquina (somente a mudança de ferramental). Sabendo disso, eu digo que a
avaliação de um setup de máquina deve ser a mais detalhada possível para o
bom planejamento da produção e do programa de melhoria contínua.
O conceito de máquina gargalo está inserido no contexto de Lean
Manufacturing (manufatura enxuta), que tem como ideal fazer mais com menos,
ou seja, ter a máxima eficiência com o mínimo de gastos, de tempo, e de
trabalho.
Segundo Junico Antunes (2008), máquina gargalo é a máquina que tem
seu tempo de processo em descompasso àqueles das outras máquinas da
mesma célula de produção. Esse tempo de operação maior pode ser decorrente

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de várias características, como um processo mais complexo ou de uma operação


de acabamento mais fino.
Por esses fatores, vi que a característica mais visível de uma máquina
gargalo é o acúmulo de lotes de peças anterior a ela, maior do que qualquer outra
máquina da mesma célula. Dessa forma, minha melhor estratégia para melhoria
de produtividade de uma linha de produção é identificar e reduzir o tempo do
processo da máquina gargalo, tornando-o mais próximo ao das outras máquinas.

Figura 4 – Ilustração do efeito gargalo

2.2.3 Mudança de tarefas em tempo interno para tempo externo

Meu objetivo nessa etapa foi o de conseguir diminuir o tempo em que a


máquina fica ociosa, ou seja, sem estar usinando, através da mudança da
sequência de tarefas, executando o máximo número de tarefas possível enquanto
a máquina está em funcionamento.
Assim, após eu ter todas as tarefas do processo detalhadas, fiz,
juntamente com o responsável da máquina, a análise de quais tarefas são feitas
com a máquina ligada ou com a máquina desligada (numa explicação mais
simples).
Vi que as tarefas realizadas com a máquina ociosa foram as de
certificação do posto de trabalho (que é a verificação das ferramentas, dos
dispositivos de segurança e do tipo de peça a ser executado com a sua devida
medição), o preenchimento da ficha de verificação do posto de trabalho, e a
medição periódica e apontamento estatístico. Já as atividades realizadas com a
máquina funcionando, verifiquei que eram as de anotar a produção a cada hora
de trabalho e limpar as peças após a usinagem e colocá-las em caixas.
Meu próximo passo foi o de decidir o que poderia ser mudado para tempo
externo, isso exigiu um bom diálogo com o responsável. Decidimos então que

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além das tarefas já tidas como externas, o preenchimento de fichas de


certificação do posto de trabalho e de controle estatístico de produção também
pode ser feitos após acionar a usinagem da máquina.
Uma última questão mais delicada ainda precisou de uma melhor
ponderação, considerei o caso da medição periódica, feita a cada vinte peças. A
partir de acompanhamento do processo, vi que a medição de uma peça é mais
lenta do que a usinagem do conjunto de quatro peças, sendo que se a peça for
medida e reprovada durante a usinagem, todas essas quatro peças seriam
automaticamente reprovadas também. Porém, a reprovação das peças é muito
pouco frequente, já que o controle estatístico é preciso, assim concluí que o
ganho gerado a partir da agilização do processo é maior do que o possível
prejuízo do conjunto de peças reprovadas. Por tudo isso, a medição periódica
também se tornou tempo externo.
O tempo necessário para as mudanças de realização das tarefas de
preenchimentos de fichas me tomou apenas um dia, enquanto que para a análise
referente ao tempo e prejuízos decorrentes de reprovação de peças, me levou
mais três dias.
Essa questão entre tempo interno e externo remete ao já mencionado
conceito de setup, isso porque existem tarefas do setup, como preenchimento de
fichas e destinação de lote produzido, que podem ser feitos de maneira externa,
ou seja, com a principal operação do processo em funcionamento. Mas além do
setup, essas mudanças impactam todo o decorrer da produção em uma máquina,
como foi feito mudando tarefas periódicas dentro do processo. Fica evidente que
esse conceito ajuda na melhora da produtividade, com a vantagem de que pode
ser apenas uma mudança simples de metodologia de trabalho, que não necessita
de maiores implementações tecnológicos.
Segundo Reinaldo A. Moura e Eduardo Banzato (2015), a tecnologia de
controle estatístico de produção consiste no apontamento periódico dos
resultados de um plano de controle de medidas. Isso gera um gráfico que prevê
a tendência de uma medida ir para fora do limite de controle, fazendo com que
seja possível ajustar o processo antes que isso ocorra.
Por isso, quanto mais preciso for o controle, mais improvável será a
reprovação no processo, sendo esse o caso deste trabalho.

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Figura 5 – Gráfico de controle de medidas

2.2.4 Desenvolvimento de dispositivos com setup mais rápido

Realizei essa atividade em conjunto com engenheiro após a decisão sobre


a viabilidade do projeto de componente para melhoria em máquina. Tive de base
o caso relatado aqui e com a proposta de conceber, esboçar e projetar dois
dispositivos que compensem a altura das peças a serem fixadas, e segui com o
projeto tendo como base no componente similar já existente.
Especificamente, eu vi necessário elevar o nível das peças mais curtas
para que a altura no dispositivo seja a mesma que a altura da peça mais longa no
dispositivo original. Decidi fazer essa compensação de altura sendo resultado de
um ressalto na base de apoio da peça, e para não haver problema de
superdimensionamento, já que a peça é menor, projetei uma área de prendimento
apropriada para resistir à força atuante no processo de retificação.
Com a concepção do projeto já definida, fiz um esboço, ainda sem
dimensionamento para facilitar o projeto das medidas. A partir dos conceitos de
resistência de materiais e projeto de máquinas, deixei todo o desenho
dimensionado para posterior modelagem em software.
Levei cinco dias para a decisão do projeto, o desenho preliminar e
dimensionamento do mesmo.
Na parte de teoria utilizada, considero que a área de resistência dos
materiais é crucial para a definição de projetos como esse, pois qualquer
processo de usinagem gera forças atuantes na peça a ser usinada, e
consequentemente no maquinário que suporta esta.

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Segundo Robert L. Norton (2013), comprimentos livres maiores geram


esforços maiores decorrente do momento gerado pela força atuante, por isso o
bom dimensionamento de ferramentas e dispositivos na indústria deve seguir
esses conceitos.

2.2.5 Desenvolvimento de fechamento pneumático de dispositivo de fixação

Realizei essa etapa em conjunto com engenheiro, profissional que possui


maior conhecimento nesse ramo de atuação, pois é feita principalmente com uso
de sistemas pneumáticos ou eletromecânicos.
Após ter o projeto dos dispositivos aguardando execução, realizei, em
compatibilidade com esses e principalmente com o dispositivo original, um projeto
de fechamento pneumático com acionamento por pedal.
Minha concepção do projeto contou com o uso de um atuador pneumático
de movimento retilíneo intermitente, isto é, um cilindro, que é preso em sua
extremidade à parte móvel do dispositivo, o mordente. Projetei o cilindro
conectado por dutos para poder ser acionado pelo pedal, elemento que agiliza
grandemente a produtividade do processo.
Fiz o dimensionamento do cilindro com base na força necessária para a
fixação das peças, com esses dados do cilindro, escolhi então a bitola (diâmetro
do duto), e calculei a pressão certa para a alimentação do cilindro.
Para alimentação pneumática, verifiquei que a máquina já possuía terminal
de ar comprimido para limpeza da própria máquina e das peças usinadas. A
disponibilidade de pressão também foi suficiente para a implementação do novo
componente.
Toda essa concepção, com cálculos e detalhamento dos componentes
para essa implementação me levou três dias, com maior tempo sendo gasto para
escolha dos componentes e compatibilização com a linha de alimentação
disponível na máquina.
Segundo Arivelto Bustamante (2003), atuadores e sistemas pneumáticos
são uma importante ferramenta na construção de máquinas, como prensas, em
que o atuador cilindro é o principal elemento de máquina.
De modo geral, a pneumática consiste no uso de ar comprimido para a
geração de trabalho, para isso é necessário que, na maioria das vezes, o ar

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ambiente seja comprimido em uma máquina chamada compressor, distribuído por


uma rede de dutos de aço galvanizado (para ter resistência à oxidação do meio
ambiente) até chegar no equipamento onde será realizado o trabalho, o ar é
filtrado e adicionado óleo em névoa para manutenção dos elementos metálicos,
e pode assim mover os atuadores através de acionamentos por válvulas
controladoras do fluxo, estas podendo ser acionadas manualmente ou
controladas de forma elétrica ou eletrônica.
Preciso citar também as vantagens do uso da pneumática, que vão muito
além da possibilidade de automatização de máquinas. Segundo Arivelto
Bustamante (2003), a principal vantagem da pneumática é o da velocidade
possível nos movimentos de cilindros e motores, por causa da enorme fluidez e
força de expansão do ar, essa força é suficiente para diversas aplicações, ainda
que não seja superior à força alcançado com o uso de fluidos hidráulicos. Ainda
lembro do fator da limpeza presente no sistema pneumático, pois como o óleo
está disperso no ar, não há excesso formando borras, por causa dessa limpeza a
pneumática é largamente usada na indústria alimentícia e farmacêutica.

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20

2.2.6 Modelagem tridimensional e geração de desenhos dos dispositivos e


mecanismos

Gerei os desenhos para que os componentes pudessem ser


confeccionados em oficina. Utilizei um software para a modelagem tridimensional,
o software comercial Solidworks, o mais difundido do mercado, e após essa
modelagem, e com a inserção das cotas (medidas) de acordo com
dimensionamento projetado anteriormente, o próprio software me dá a função de
planificar o modelo virtual em várias vistas bidimensionais, ou seja, os desenhos
necessários para a fabricação e também para a especificação e compra de
produtos que fazem parte do projeto.
Logo, nesse trabalho para inserção de dispositivos de fixação com
acionamento pneumático, iniciei o desenho tridimensional dos dispositivos no
software Solidworks, tendo como características básicas e parametrizadas os
contornos que se combinam com os contornos das peças a serem usinadas, pois
estas não se alterariam durante o processo. Tomei como outra característica de
base do projeto, os elementos comuns a todos os modelos de dispositivo,
inclusive aquele físico já existente, por isso tive que tornar esses elementos
parametrizados. Entretanto, mantive medidas que não deveriam ser
parametrizadas, aquelas passíveis de revisões e que sua alteração não
impossibilita o funcionamento do mecanismo, assim deixei no projeto medidas
que poderiam ser alteradas de acordo com revisões e adaptações futuras.
Também desenhei nesse mesmo software o sistema pneumático com seu
atuador montado no maquinário (já havia modelos desse maquinário existentes
em arquivo). Isso me permitiu uma pré-visualização perfeita de como os
elementos se integrariam ao final da implementação do projeto, prevenindo
possíveis incompatibilidades, além de me auxiliar no processo de requisição dos
equipamentos, pois me deu acesso prático e fácil a demais detalhes desses
equipamentos.
Também para o sistema pneumático, realizei o desenho do circuito
presente na máquina e com a implementação do projeto, utilizando o software
Automation Studio Pneumatic. Esquematizei todos os elementos e linhas de fluxo
com a possibilidade de simular o funcionamento do sistema. Com isso, simulei o

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acionamento e o trabalho do cilindro pneumático e comprovei como de acordo


com o conceito inicial do projeto.

Figura 6 - Esquema pneumático

Por se tratarem de softwares de operação intuitiva e ágil, as modelagens


puderam ser feitas em um dia para os dispositivos e dois dias para o sistema
pneumático, enquanto que pude finalizar com simulação o esquema pneumático
em poucas horas.
Segundo Arivelto Bustamante (2012), a tecnologia de desenho técnico com
uso de computador - CAD (computer aided drawing) não é mais uma simples
ferramenta que substitui o processo de desenho que antes era feito com papel e
lápis, mas algo que permite agora uma integração e controle de características e
especificações de modelos projetados. Esse controle é efetivado com o recurso
da parametrização.
A parametrização, citada para a realização desse trabalho, é o controle
das dimensões e das formas de um sólido através de restrições geométricas.

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Nesse caso, dimensões que não podem ser alterados devem ser parametrizadas
como no caso das medidas do dispositivo que são referentes à peça fixada, que
não se altera. Outra característica da parametrização é a de criar contornos
conceitualmente, apenas com a forma geral e sem rigor de dimensionamento
para em seguida, as funções de parametrização incorporar o rigor de medida à
forma criada.

2.2.7 Requisição de material e fabricação

Nessa etapa do trabalho, especifiquei os equipamentos e materiais


necessários para a confecção do projeto, contabilizei e reportei ao proprietário
para as compras externas da empresa e após esses materiais estarem
disponíveis na empresa, preenchi um pedido para a fabricação dos componentes
mecânicos. Como principal ferramenta para essa disposição e contabilização do
material requerido, temos o software Microsoft Excel, por conta de sua
praticidade de criação de listas e cálculos conseguintes.
Assim, segui com a elaboração de uma planilha no software Excel para a
contabilização dos componentes para execução do circuito pneumático, e outra
planilha para a matéria prima e ferramentas necessárias para a usinagem dos
dispositivos. Tudo isso me tomou pouco menos de um dia.
Após esses produtos terem sido adquiridos e disponibilizados para uso,
preenchi o pedido para que o proprietário executasse a confecção dos projetos
mecânicos. Encaminhei também os desenhos das peças necessárias de
fabricação. Essa emissão de documento e encaminhamento ao responsável é
uma tarefa rápida, tomando-me menos de uma hora de trabalho.
A ferramentaria é parte da finalidade dessa empresa onde eu presto
serviço, fazendo como já relatada, a usinagem de componentes não seriados
(diferentemente dos processos produtivos, que trabalham apenas com produtos
seriados), como por exemplo, peças avulsas para a manutenção de
equipamentos.
Como citado, nessa etapa do trabalho, eu contei com o uso do software
MS Excel para elaboração de planilhas com contabilização de materiais.
Segundo Fernando de Souza Meirelles (2013), o Excel é um editor de
planilhas eletrônicas com recursos como elaboração de cálculos e construção de

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gráficos, permitindo a automatização desses recursos e se tornando uma


poderosa ferramenta no trabalho de diversos profissionais e empresas da
atualidade.
No trabalho com Excel, os recursos de soma e contagem, mesmo que
simples, permitem a agilização e a prevenção de erros do processo, já que em
qualquer alteração dos valores de entrada da planilha, os resultados são
atualizados automaticamente.

2.2.8 Teste e ajuste das implementações

Após ter todos os elementos do projeto disponíveis fisicamente, passei


para a instalação destes no maquinário feito pelo próprio proprietário, e
realização de testes de operação, sendo que acompanhei essas tarefas. A partir
dos testes pude fazer modificações e ajustes no projeto. As ferramentas para
essa execução são variadas, dependendo do tipo de componente que será
instalado, mas eu posso resumi-las a ferramentas da área da mecânica, como
chaves de fenda e de boca. Precisei levar os ajustes novamente por fase de
projeto com uso de software, e seguidamente acompanhei a nova instalação em
maquinário.
Assim acompanhei a instalação do conjunto pneumático e de um dos
dispositivos na máquina conforme o projeto. Sem nenhum problema verificado e
com todo o funcionamento testado, trocaram o dispositivo para testar o segundo
tipo de peça, também sem nenhum problema. Para instalação, testes e
acompanhamento da adaptabilidade ao novo processo, me foram gastos quatro
dias.
A única questão que o proprietário discutiu comigo foi com relação ao tipo
de acionamento, que por ser por pedal, deixa as mão livres, podendo-se colocar
parte das mãos inadvertidamente na área de fechamento do dispositivo e causar
um acidente. Pensando nisso, mudei o tipo de acionamento para bimanual
simultâneo através de duas botoeiras pneumáticas.
Após nova implementação do acionamento bimanual, observei pouca
diferença de produtividade em relação ao projeto antigo. Por fim, notei que a
mudança foi muito satisfatória para o manuseio do equipamento, pois sem o

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processo de melhoria, havia um trabalho braçal maior, e obviamente impactava a


produtividade da empresa.
Me deparei nessa etapa com o conceito de segurança na operação de
máquinas. Segundo Joubert Rodrigues dos Santos (2010), um bom sistema de
segurança deve ser a prova de imprevistos e desatenções.

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2.3 Conceitos, Métodos, Técnicas e Bibliografia Utilizados nas Atividades.

• Tecnologia utilizada
A tecnologia abordada de análise e redução de tempo de setup me inspirou no
processo, pois faz parte do conceito geral de manufatura enxuta, esta última
tendo surgido através da revolução nos meios de produção gerada com o sistema
de produção Toyota.
Segundo Junico Antunes (2008), o sistema Toyota prevê a diversificação
dos produtos industriais e para que isso seja possível, uma gama de
competências deve ser alcançada, como a eficiência das linhas de produção e a
autonomia e pró-atividade dos trabalhadores fabris.
Já as tecnologias de informática que utilizei foram os softwares de planilha
eletrônica e desenho de componentes. Sem essas tecnologias, meu trabalho
seria muito mais demorado e menos eficiente, já que o espaço virtual permite
uma maior proximidade do conceito do projeto com a realidade da
implementação.

• Equipamentos e dispositivos utilizados:


Utilizei paquímetro e micrômetro para medições do dispositivo inicial de
prendimento das peças para o prosseguimento do projeto. Para medições de
distâncias maiores ao redor da máquina, utilizei trena, assim me foi possível
dimensionar os dutos pneumáticos.
Fiz uso de calculadora para os cálculos de projeto e computador para o
desenho das peças. O computador também foi utilizado para digitação de
relatórios e emissão de requisição de materiais.

• Bibliografia Utilizada nas Atividades

ANTUNES, J. Sistemas de Produção – Conceitos e práticas para projeto e


gestão da produção enxuta. 2ª edição. Porto Alegre – RS: ed. Bookman, 2008.

BANZATO, E; MOURA, R. A. Redução Do Tempo de Setup. 3ª edição. São


Paulo – SP: editora IMAN, 2015.

BUSTAMANTE, A. Automação Pneumática: Projetos, Dimensionamento e


Análise de Circuitos. 1ª edição. São Paulo – SP: editora Érica, 2003.

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BUSTAMANTE, A. SolidWorks Premium. 1ª edição. São Paulo – SP: editora


Érica, 2012.

CHIAVERINI, V. Tecnologia Mecânica: Processos De Fabricação E Tratamento


- Vol.2. 2ª edição. São Paulo – SP: Cia das Letras,1995

HIBBELER, R.C. Resistência dos Materiais. 7ª edição. Rio de Janeiro – RJ:


editora Pearson, 2010.

MEIRELLES, F. de S. Excel na Prática. 4ª edição. Rio de Janeiro – RJ: editora


FGV, 2013.

NORTON, R. L. Projeto de Máquinas. 4ª ed. Porto Alegre – RS: Ed Bookman,


2013.

SANTOS, J. R. Nr-12 - Segurança Em Máquinas e Equipamentos. 5ª edição.


São Paulo – SP: editora Érica, 2010.

3. Conclusões e Resultados

3.1. Principais Resultados Obtidos

Levando em conta o caráter do meu trabalho na área de melhorias


contínuas, eu expresso as notáveis contribuições com a qualidade e a eficiência
das minhas atividades, essas melhoram e maximizam a produtividade dos
processos da empresa que presto serviço e que foram o foco do meu trabalho.
Outro resultado gerado por minhas atividades foi o impacto na satisfação
e melhor desempenho no trabalho fabril, já que um ambiente de trabalho melhor
organizado e dinâmico proporciona menos estresse no dia-a-dia de trabalho. Eu
considero que e as mudanças do tipo de operação ficam menos desgastantes e
geram uma condição de trabalho mais salubre e confortável.

3.2. Conclusões sobre os Conceitos, Métodos, Técnicas e Bibliografia


Utilizados

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Durante o decorrer dos projetos, percebi um ganho considerável de


conhecimento técnico e de capacidade de trabalho, pois a realização de
atividades novas e variadas estimula a minha busca por novos conhecimentos,
além daqueles aprendidos de maneira direta, ensinados pelos colegas e
superiores no trabalho.
Apesar de já ter conhecido partes dos conceitos envolvidos, eu nunca
tinha participado de maneira tão direta da aplicação desses métodos e conceitos,
e assim entendi de maneira prática o funcionamento e os resultados de um
trabalho de melhoria em processo fabril.
O resultado obtido através da resolução de problemas foi suficiente para
me mostrar como a atitude profissional se desenvolve e é importante para obter
resultados no trabalho. Foi a partir de uma sugestão e uma resolução de
problema que a segurança no posto de trabalho foi preservada, e isso ficou
marcado para mim como um exemplo para o meu entendimento do conceito.

3.3. A Empresa e o Ambiente de Trabalho

O ambiente de trabalho onde estou inserido, a empresa em questão e as


atividades desempenhadas têm relação direta com as disciplinas do meu curso,
prova disso é que os conceitos e tecnologias que eu utilizo também foram
abordados por professores ou são conteúdos de disciplinas, sendo até mesmo a
disciplina como um todo da minha graduação. Como por exemplo, no meu
acompanhamento dos processos da empresa, que tem relação com as disciplinas
referentes a processos de fabricação ministradas durante o curso.
Eu concluo que o meu convívio nessa empresa foi satisfatório para ambas
as partes. Isso porque fui bem tratado, recebendo o suporte necessário e
construindo juntos o diálogo necessário para o melhor desempenho dos projetos.
Já a minha qualificação melhorou devido à relação que mantenho com a
empresa que presto serviço, que agora me vê com maior confiança, recebendo
um feedback de respeito.

3.4. Contribuição do Estágio na Formação acadêmica e profissional

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A contribuição dessas atividades em minha vida acadêmica é a de aplicar,


reforçar e significar a aprendizagem de temas abordados no curso. Isso tem sido
uma forma de comprovar a boa escolha que fiz para minha carreira profissional.
Essa experiência também me trouxe um processo de
complementariedade, pois as atividades construíram demais conhecimentos além
daqueles da minha sala de aula, e me permitem desenvolver competências e
habilidades compatíveis com um ambiente profissional.
Na formação profissional, o trabalho me fez tomar atitudes profissionais e
ter uma nova postura adequada ao ambiente. Ademais, hoje tenho contato com
profissionais de minha área de atuação, permitindo a troca de informações e o
bom convívio profissional.
Todas essas contribuições provam o aproveitamento e conseguinte valor
do ofício que realizo e seu caráter fundamental para a minha formação como
engenheiro mecânico.

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4. Documentação de estágio

3.1. Categoria: Prestador de Serviço

Anexei ao fim deste relatório a documentação do meu ofício como


prestador de serviço, compreendida por:

• Contrato Social da empresa atendida por mim;[situação do CNPJ,


consultar junto ao site do min fazenda]
• Declaração de horas assinada pelo proprietário e pelo engenheiro;
• Relatório de apreciação pela empresa;[a última folha assinada por
eng..Também deixei todas as folhas com duas rubricas nesse documento,
do propr. da empresa e de eng.]
• Relatório do aluno. ;[uma folha onde consta vários itens para avaliar de
zero a dez a satisfação com o estágio]

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LOGOTIPO DA EMPRESA ONDE O SERVIÇO FOI REALIZADO

Essa folha é solta e deve ser inserida em um envelope que é encadernado no


final do relatório de estágio. Dentro do envelope também vão os demais papéis,
que são: contrato social (é a situação do CNPJ, consultar junto ao site do min
fazenda), ficha de avaliação do aluno e avaliação da empresa [preenchido a
mão].

Cidade da empresa, 27 de abril de 2017.

Ao Departamento de Estágios[porém só entrega à coordenação]

Curso: Engenharia Mecânica


Aluno: Fulano
RA: X
Campus: Cidade - UF

Declaro para os devidos fins que Fulano, portador RG Nº XX.XX.XXX-X,


matriculado no curso de Engenharia Mecânica, campus Tal, não mantém vínculo
empregatício, mas exerce atividade autônoma nesta empresa Nome da empresa,
CNPJ: XXX/X-00, desde 15/08/2016, das 7h às 16h em três dias de cada
semana, totalizando 96 horas mensais e 576[ou =>540] horas de 02/01/2017
até 30/06/2017 (fim deste semestre letivo).

Exercendo as seguintes atividades:

Análise de melhorias na oficina;


Organização de layout;
Desenho de dispositivos para máquinas;
Implementação e ajustes de dispositivos.

Atenciosamente,

CARIMBO DA EMPRESA COM CNPJ _________________________

Nome
Proprietário do estabelecimento

Todas as assinaturas autenticadas, se o proprietário fosse eng. mecânico bastaria uma


assinatura com crea digitado.

__________________________

Nome
Engenheiro mecânico

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31

CREA: X...

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UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA
ICET – Instituto de Ciências Exatas e Tecnologias
CAMPUS SOROCABA
ENGENHARIA MECÂNICA

Esse relatório também é posto no envelope ou plástico


de pasta catálogo encadernado após a última folha do
relatório de estágio. Todas as folhas devem ser
rubricadas pela chefia

RELATÓRIO DE ESTÁGIO
CURRICULAR

PREENCHER TUDO A MÃO

Nome: ______________________________, RA.: _________

Turma: ________, Período: ________, Data: ___ / ___ / 2017

Curso:____________________________________________

Todas as folhas devem ser rubricadas pela chefia


2017

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Universidade Paulista
Área de Ciências Exatas
Engenharia Mecânica
Relatório de Estágio Curricular

Relatório de Estágio
Este relatório tem por objetivo analisar a compatibilidade das suas
atividades com as informações acadêmicas recebidas. Caberá a você refletir
sobre os conhecimentos que lhe possibilitam, cada vez mais, um melhor
desempenho e aprimoramento profissional.
A Coordenação do Curso coloca-se à disposição para esclarecer ou
orientar, caso necessite, no preenchimento deste instrumento. Anote durante
o período do estágio, informações que possam ajudá-lo, na apresentação de
um documento bem elaborado e que expresse com clareza a essência do
trabalho desenvolvido no período.

1. DADOS PESSOAIS TUDO PREENCHIDO A MÃO

2.

Nome:_______________________________________________________

Endereço:____________________________________________________

Complemento: ____________________ Bairro: _____________________

Cidade: _____________________________ Estado: __________________

Telefone: ____________________________ Celular: _________________

N. identidade: ________________________ Órgão de expedição: _______

CPF: ________________________________ Data de Nascimento: ______

Matrícula: _________________________ Email: _____________________

Período Letivo: __2017/1____ Turno: ____________________

Semestre: _10º

Universidade Paulista
Área de Ciências Exatas

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Engenharia Mecânica
Relatório de Estágio Curricular

3. DADOS DO ESTÁGIO PROFISSIONAL

Empresa: _____________________________________________________

Endereço: ____________________________________________________

Complemento: ___________________________ Bairro: ______________

Setor / Área do estágio: _________________________________________

Carga horária diária: ______6, 7 ou 8 normalmente______________

Início: __data ini. estág. NO SEM LET._ Término: DATA térm MESMO SEM__

Total de horas: igual/acima DE 540_______ Telefone: __________________

Responsável imediato/Nome: ____________________________________

Cargo/Função do Responsável: ______________________________

Formação profissional do Responsável: _____________________________

4. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DO ESTÁGIO PROFISSIONAL

[NÃO ALTERAR NADA DESSE TEXTO MODELO]


Registre as atividades desenvolvidas, COM MAIOR FREQUÊNCIA. Escreva
frases completas, objetivas e diretas, iniciando SEMPRE com o verbo de ação.
Observe bem: SÓ VERBO NÃO É SUFICIENTE, você deve completar as frases,
detalhando a atividade.
Veja os exemplos:
ARQUIVAR documentos e correspondências;
F 0FB072 0

ANALISAR o fluxo de papéis no setor de Manutenção;


F 0FB072 0

ELABORAR manual de operação de sistema.


F 0FB072 0

OBS: CASO JÁ ATUE COMO PROFISSIONAL, DESCREVA AS ATRIBUIÇÕES


DE SUA FUNÇÃO.

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Área de Ciências Exatas
Engenharia Mecânica

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Relatório de Estágio Curricular

ATIVIDADES MAIS FREQUENTES DO ESTÁGIO PROFISSIONAL

1-_[Basicamente o mesmo que o do relatório final, porém pode resumir um

pouco]___________________________________________

2-___________________________________________________________

3-___________________________________________________________

4-___________________________________________________________

5-___________________________________________________________

6-___________________________________________________________

7-___________________________________________________________

8-___________________________________________________________

9-___________________________________________________________

10-__________________________________________________________

11-__________________________________________________________

12-__________________________________________________________

13-__________________________________________________________

14-__________________________________________________________

15-__________________________________________________________

16-__________________________________________________________

17-__________________________________________________________

18-__________________________________________________________

19-__________________________________________________________

20-__________________________________________________________

Universidade Paulista
Área de Ciências Exatas

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Engenharia Mecânica
Relatório de Estágio Curricular

5. RESULTADOS DO ESTÁGIO PROFISSIONAL

Estágio é um processo de profissionalização gradual para cuja consecução


colaboram a EMPRESA e a INSTITUIÇÃO DE ENSINO.
De acordo com o desenvolvimento do estágio e do currículo de seu
curso, assinale com “x” o SIM ou o NÃO nas alternativas contidas no quadro
abaixo:

5. AUTO-AVALIAÇÃO
(Numa escala de 1 a 10 pontos, assinale o grau que atribuiria ao seu
desempenho no estágio).
00 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
Quais aspectos no seu desempenho que poderão ser aperfeiçoados?

_______________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________

___________

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Relatório de Estágio Curricular

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Quais competências (saber agir), atitudes (saber ser) e habilidades (saber


fazer)
foram desenvolvidas ao longo do estágio?
____________________________________________________________

____________________________________________________________

____________________________________________________________

____________________________________________________________

6. APRECIAÇÃO DO DESEMPENHO
(a ser preenchido, datado e assinado pela Chefia imediata)

_______________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________

____________________________________________

Data: ____ / ____ / 2017

Nome: __________________________, Ass.: _________________

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