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IFPE - INSTITUTO FEDERAL DE

EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE


PERNAMBUCO - CAMPUS RECIFE

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR

CURSO TÉCNICO EM QUÍMICA

SUELEN NAIANE RAMOS DA SILVA

RECIFE
PERNAMBUCO – BRASIL
2020
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR

CURSO TÉCNICO EM QUÍMICA

SUELEN NAIANE RAMOS DA SILVA

Dados do Estágio:

Nome da empresa: Universidade Federal de Pernambuco


Endereço do Local do Estágio: Cidade Universitária, Recife - PE, 52171-011
Nome do Supervisor de estágio na Empresa: Teresinha Gonçalves da Silva
Função: Técnico em química
Nome do prof. Supervisor de estágio no IFPE: Aldo Bueno dos Santos
Nome do prof. Orientador de estágio no IFPE: Fabíola Soraia Vital Campos

Início: 27 / 08 / 2018 Término: 31 / 01 / 2019


Nº horas semanais: 20 horas
Total de horas de estágio: 388 horas

RECIFE
PERNAMBUCO – BRASIL
2020
AGRADECIMENTOS

Primeiramente, agradeço a todos os integrantes do grupo de pesquisa do


Laboratório de Prospecção Farmacotoxicológica de Produtos Bioativos da UFPE,
que me acolheram e me proporcionaram grandes aprendizados.
Agradeço também ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de
Pernambuco.
E, por fim, gostaria de agradecer de maneira especial à estudante Joana D’arc, que
me acompanhou ao longo de todo o estágio.
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 05

2 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA 06

3 PROGRAMAÇÃO DAS ATIVIDADES 08

4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 09
4.1.Preparo de solução tampão fosfato salino 09
4.2. Preparo de Árgar Sabouraud 09
4.3. Repicagem e cultivo de micro-organismos 09
4.4. Extrações Químicas 10
4.5. Manutenção de células 11
4.6. Quantificação celular e preparo de placas de concentração única 13
4.7. Esterilização de materiais 14
4.8. Análise de Toxicidade de produtos bioativos 14
5. COMENTÁRIOS E CONCLUSÃO 16
6. REFERÊNCIAS 17
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1. INTRODUÇÃO

Para a formação de um bom profissional, teoria e prática devem estar sempre


alinhadas, garantindo assim a plena aprendizagem. Dessa maneira, o Estágio
Curricular Obrigatório tem como objetivo principal associar o conhecimento científico
adquirido na instituição de ensino à realidade do cotidiano dentro das empresas.
A finalidade deste relatório é apresentar minha experiência durante o Estágio
Curricular orientado pela professora Fabíola Soraia, do curso Técnico em Química
do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco, e
descrever as atividades por mim desenvolvidas como Técnica em Química na área
de Farmacologia e Cancerologia Experimental, na empresa Universidade Federal de
Pernambuco, no período de 27/08/2018 a 31/01/2019.
Será feita, primeiramente, a apresentação da empresa contendo seu histórico e
suas principais áreas de atuação. Posteriormente, serão abordadas a programação
de atividades, as atividades desenvolvidas e, por fim, minhas percepções e
conclusões acerca do desenvolvimento de tais atribuições.
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2. APRESENTAÇÃO DA EMPRESA
A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) é uma instituição pública federal
brasileira de ensino superior. Sediada na cidade do Recife, a Universidade conta
com três campi, localizados em Recife, em Vitória de Santo Antão e Caruaru.
O evento histórico considerado a criação da Universidade Federal de Pernambuco
é a fundação da Universidade do Recife (UR), em 11 de agosto de 1946, um dos
primeiros centros universitários do Norte e Nordeste do Brasil. Criada pelo Decreto-
Lei da Presidência da República nº 9.388, a UR consistia na reunião de algumas
escolas de ensino superior existentes em Pernambuco: a Faculdade de Direito do
Recife (fundada em 1827), Faculdade de Medicina do Recife (1927), Faculdade de
Filosofia de Pernambuco (1941), a Escola de Belas Artes de Pernambuco (1932) e
de Engenharia (1895).
O primeiro reitor da Universidade, o professor Joaquim Amazonas, foi também seu
maior articulador. Indo além da idéia de um centro acadêmico e mobilizando
funcionários e estudantes, ele iniciou o projeto de uma verdadeira cidade
universitária.
Em 1948, foi iniciada a construção do campus Recife, após uma série de discussões
sobre sua possível localização. O local escolhido foi um loteamento na Várzea, onde
funcionava o antigo Engenho do Meio.
Em 1967, a Universidade do Recife foi integrada ao novo sistema de educação do
país, recebendo então o nome de Universidade Federal de Pernambuco.
Nos últimos anos, através dos programas de ampliação do ensino do Governo
Federal, a UFPE disponibilizou mais de 2.500 novas vagas em cursos de
graduação. Do período de 2005 a 2016, mais de 30 cursos foram implantados como
arqueologia, Engenharia Naval e Cinema.
A Universidade Federal de Pernambuco é considerada uma das melhores
universidades do país em ensino (graduação e pós-graduação) e pesquisa, levando
consigo a missão de “Como instituição pública, promover a formação de pessoas e a
construção de conhecimentos e competências científicas e técnicas de referência
mundial, segundo sólidos princípios éticos, socioambientais e culturais.”, de acordo
com Plano Estratégico Institucional (PEI) 2013-2027 .
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Integrado ao Centro de Ciências Biológicas da Universidade Federal de


Pernambuco está o Departamento de Antibióticos – Instituto Oswaldo Gonçalves de
Lima, criado em 1952 com a denominação de “Instituto de Antibióticos”. O
departamento reúne 16 laboratórios de pesquisa e, dentre eles, no setor de
Farmacologia e Cancerologia Experimental, está o Laboratório de Prospecção
Farmacotoxicológica de Produtos Bioativos (BIOFARMATOX) coordenado pela
Profª. Dra. Teresinha Gonçalves da Silva.
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3. PROGRAMAÇÃO DAS ATIVIDADES


Atividades microbiológicas: Preparo de meio de cultura Árgar Sabouraud,
repicagem de micro-organismos, esterilização de materiais, cultivo de bactérias e
fungos.
Análises químicas: Extrações químicas através de utilização de solventes
orgânicos, testes de solubilidade.
Atividades biotecnológicas: Preparo de placas de concentração única,
manutenção de células cancerígenas, quantificação celular pela câmara de
Neubauer.
Preparo de soluções e utilização de materiais analíticos: Pesagem de produtos
químicos em balança de alta precisão, preparo de soluções-tampão, utilização do
micropipetador.
Experimentação in vivo: Acompanhamento das análises toxicológicas de
produtos bioativos.
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4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
As atividades do estágio foram desenvolvidas num período de aproximadamente 5
meses, de agosto de 2018 a janeiro de 2019, totalizando 380 horas, cumpridas num
regime de 20 horas semanais realizadas de 13:00h às 17:00h, de segunda à sexta.

4.1. Preparo de solução tampão fosfato salino:


Ao longo do estágio foi preparada algumas vezes a solução tampão fosfato-salino
(PBS, phosphate buffered saline) 10 mM, para ser utilizada posteriormente em
diversas atividades, predominantemente em atividades relacionadas ao cultivo de
células.
A solução foi preparada usando NaCl, KCl, Na2HPO4 2H2O e KH2PO4 como
reagentes e as técnicas básicas aprendidas durante o curso: após pesados, todos
os reagentes eram transferidos para um béquer e dissolvidos com 100 mL de água
destilada. Depois da total dissolução, o volume era completado para 500 mL,
também com água destilada.
4.2. Preparo de Árgar Sabouraud:
Os meios de cultura são composições feitas em laboratório que contém os
nutrientes específicos para o crescimento de micro-organismos.
O meio de cultura preparado durante o estágio foi o Árgar Sabouraud, que era o
insumo destinado ao isolamento e conservação de fungos patogênicos e saprófitas.
Sua elaboração foi realizada da seguinte maneira: eram pesados 65 g do Árgar
Sabouraud e dissolvidos, em seguida, em 1 litro de água destilada por cerca de 10
minutos (conforme as instruções do fabricante). Depois, a mistura era aquecida em
forno micro-ondas por 1 minuto, com pequenas pausas para homogeneização. Após
o aquecimento, a mistura era transferida para um frasco reagente com tampa de
rosca e autoclavada a 121 ºC a uma pressão de 1 atm por 15 minutos. Depois de
esterilizado e retirado da autoclave, aguardava-se o esfriamento do meio de cultura
até cerca de 50ºC. Ao redor da chama produzida por um bico de Bunsen, o meio era
distribuído em placas de Petri ou em tubos de ensaio. As placas eram flambadas na
chama e tampadas após a inserção do meio. Assim como as placas de Petri, os
tubos de ensaio eram flambados e tampados com algodão estéril.
4.3 Repicagem e cultivo de micro-organismos:
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Os seguintes micro-organismos foram inoculados e cultivados ao longo do estágio:


Cândida Albicans (UFPEDA 1007) e Staphylococcus aureus (ATCC6538).
As metodologias utilizadas para os dois micro-organismos eram muito semelhantes,
diferindo apenas em seus meios de cultura. Todas as técnicas foram executadas
conforme aprendido durante o curso.
Cândida Albicans: Primeiramente, a bancada de trabalho era higienizada
com álcool 70%. Logo após, era aceso um bico de Bunsen e as placas e
tubos a serem inoculados eram posicionados ao seu redor. Por flambagem
(contato direto com a chama do bico de Bunsen), a alça de níquel-cromo era
esterilizada. Após a alça esfriar levemente, ela era inserida no recipiente
contendo o micro-organismo em questão. A massa de micróbios era
levemente arrastada e levada para um novo recipiente estéril contendo meio
de cultura Árgar Sabouraud, podendo ser um tubo de ensaio ou uma placa de
Petri. A massa retida na alça era friccionada no novo meio de cultura e, em
seguida, o recipiente era flambado e tampado. Todo o processo era realizado
sob o abrigo da chama produzida pelo bico de Bunsen.
Depois de realizado o procedimento de repicagem, o recipiente inoculado
era armazenado numa estufa a aproximadamente 32ºC e monitorado a cada
48h.
Staphylococcus aureus: O procedimento de repicagem do Staphylococcus
aureus era idêntico ao descrito para a Cândida Albicans, diferindo apenas no
meio de cultura utilizado, que era o Árgar Muller Hinton.
4.4 Extrações químicas:
Foram realizadas extrações da planta Micônia (nome popular: canela de velho)
seguindo a metodologia da maceração exaustiva.
Primeiramente as folhas eram separadas de seus caules e colocadas na estufa a
uma temperatura de 35°C por 24h. Após o término da desidratação, as folhas secas
eram trituradas manualmente até se transformarem em um pó que era separado em
três porções de aproximadamente 50g. Cada porção era transferida para um
Erlenmeyer e submetida a um tipo específico de solvente orgânico. Os solventes
utilizados foram: Hexano (C6H14), acetato de etila (C4H8O2) e etanol (C2H5OH). A
utilização de diferentes solventes se deve ao fato de que cada solvente era
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responsável pela extração de diferentes metabólitos contidos na planta. Por esse


motivo, cada extração apresenta resultados diferentes.
Depois de um período de aproximadamente 72h, o extrato era filtrado sob o abrigo
de um fluxo horizontal, utilizando-se papel filtro. Depois de filtrado e transferido para
um balão de fundo redondo, o extrato (dentro do balão) era inserido num
rotaevaporador até a completa evaporação do solvente.
4.5 Manutenção de células:
Vários tipos de células de câncer eram cultivados dentro do Laboratório de
Prospecção Farmacotoxicológica de Produtos Bioativos (BIOFARMATOX), células
em cultivo são um modelo de função fisiológica in vitro. As células cultivadas podiam
apresentar dois aspectos distintos, isto é, podiam ser aderentes ou não aderentes, o
que significa dizer que algumas células poderiam se ligar ao fundo da garrafa de
cultura enquanto outras ficariam em suspensão no meio, tais características se
deviam ao aspecto de seus tecidos de origem. Para compensar a diminuição do pH
gerado pelo metabolismo das células, o meio de cultura utilizado deveria ser trocado
regularmente num processo de manutenção.
Para a realização das atividades a seguir foram utilizados todos os EPI’s
necessários (luvas, jaleco, máscara, óculos de proteção, touca e pro-pé).
Células aderidas: Primeiramente, a sala de manipulação das células era
colocada sob o efeito de lâmpadas UV por 10 minutos. Em seguida, a cabine
biológica e todos os materiais a serem inseridos nela eram higienizados com
álcool 70%. A garrafa contendo as células aderidas era retirada
cuidadosamente da estufa e observada ao microscópio. A observação era
necessária para se ter noção do volume de células ali contido, o que
influenciava no processo de manutenção.
Depois de observada, a garrafa era colocada dentro da cabine biológica e,
com o auxílio de um pipetador automático, uma pipeta estéril (todo material
utilizado no procedimento era estéril) era inserida na garrafa para retirar todo
o meio de cultura metabolizado para descarte.
Após a retirada do meio de cultura, eram introduzidos 2 mL de solução
tampão fosfato-salino (PBS) 10 mM. Depois de percorrer todo o interior da
garrafa, o PBS era retirado com uma pipeta. Em seguida, era introduzido 1mL
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de Tripsina, enzima utilizada para dissociação de tecidos e monocamadas


celulares. Depois de cerca de 2 minutos, a tripsina, juntamente com as
células soltas, eram retiradas da garrafa e transferidas para um tubo para
centrífuga tipo Falcon, o líquido era centrifugado por 4 minutos a 1200 rpm.
Após a centrifugação, era retirado o sobrenadante com o auxílio de um
micropipetador. As células ficavam precipitadas no fundo do tubo. Eram
adicionados 3 mL de meio de cultura no tubo de maneira que as células
fossem misturadas no líquido, para logo depois serem devolvidas à garrafa,
que era completada com 8 mL de meio de cultura DMEM ou RPMI.
Células não aderidas: Para as células não aderentes, o procedimento de
manutenção se assemelhava a uma diluição e bastava retirar células da
garrafa de cultivo, adicionando novo meio no seu lugar.
4.6 Quantificação Celular e preparo de placas de concentração única:
Quando se trabalha com experimentos que necessitam do uso de células em
cultura, é necessária a avaliação constante das células. Uma das formas de se
avaliar o crescimento celular é utilizando-se métodos de quantificação celular.
Quantificar uma cultura significa dizer quantas células se encontram em
determinada garrafa de cultivo.
O método de contagem utilizado no estágio foi a contagem em câmara de
Neubauer. A câmara de Neubauer era uma lâmina de vidro com divisões que
auxiliavam na conta, possuindo 9 quadrados que mediam 1 mm2 de área. Somente
os quatro quadrados externos (chamados de quadrantes) eram utilizados na
apuração do número de células animais. Cada quadrante era formado por mais 16
quadrados menores.
Para realizar a contagem, o processo se dava de maneira diferente para células
aderentes e não-aderentes.
Células aderentes: O processo inicial era idêntico à manutenção de células
aderidas. Após a centrifugação das células e a retirada do sobrenadante, eram
adicionados 3 mL de meio de cultura a serem misturados com as células. Em
seguida, com o auxílio de um micropipetador, eram retirados 90 µL da mistura, para,
logo após, serem inseridos num eppendorf.
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No mesmo eppendorf, eram adicionados 10µL de azul de tripano (corante utilizado


para colorir seletivamente as células mortas). Da mistura, retirava-se 10µL que eram
transferidos para uma lamínula de vidro cuidadosamente posta sobre a câmara de
Neubauer.
A contagem era efetuada ao microscópio ótico, contando-se apenas as células que
não foram coloridas pelo azul de tripano . O número de células por mililitro de uma
suspensão quando contado em câmara de Neubauer era obtido pela equação:
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x fator de diluição= nº de células/mL

Em que:
Q1: Número de células no primeiro quadrante
Q2: Número de células no segundo quadrante
Q3: Número de células no terceiro quadrante
Q4: Número de células no quarto quadrante
104: Fator de correção da câmara de Neubauer
Após a determinação da concentração celular, geralmente, no estágio, eram
preparadas placas de concentração única. Eram utilizadas placas para cultura
celular 96 poços. Todos os poços deveriam conter concentrações iguais de células,
para isso era feito, primeiramente, o cálculo do volume a ser retirado de um
recipiente de concentração celular conhecida. O cálculo era efetuado através da
seguinte fórmula:
C1 x V1 = C1 x V2
Em que:
C1= Concentração de células no recipiente com o número de células/mL calculado
anteriormente
C2= Concentração desejada
V1= Volume a ser retirado
V2= Volume pré-estabelecido
Após a realização do cálculo, o volume encontrado era retirado do recipiente com as
células e disposto em um recipiente estéril, para ser completado logo em seguida
até o volume previamente estabelecido. Com o auxílio de um micropipetador, cada
poço da placa era preenchido com 20µL do novo volume preparado.
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Células não-aderentes: Os processos de determinação de concentração celular e


preparo de placa eram idênticos aos realizados para células não-aderentes,
diferindo apenas no processo de tripsinização, que no caso das células não-
aderentes, não era realizado. Ainda assim, todo conteúdo da garrafa de cultivo era
centrifugado a 1200 rpm por 4 minutos, para a posterior retirada do sobrenadante e
continuação processo.
4.7 Esterilização de materiais:
Certos materiais utilizados em atividades microbiológicas e na cultura de células
precisavam ser esterilizados para eliminar qualquer tipo de micro-organismo
contaminante. Os equipamentos esterilizados durante o estágio foram: béqueres,
pipetas, frascos diversos, placas de Petri e tubos de ensaio.
O método de esterilização foi o mesmo aprendido ao longo do curso técnico: cada
utensílio, depois de devidamente lavado com água, sabão, água destilada e cloro,
era submetido a um equipamento de esterilização específico, podendo ser uma
estufa de esterilização ou uma autoclave.
A autoclavagem destinava-se a materiais de plástico, pipetas, placas de Petri e
tubos de ensaio. Para dar início a esse processo, os materiais eram envoltos em
papel jornal e depois colocados num saco para autoclave. Devidamente embalados,
os equipamentos eram colocados dentro da autoclave. A máquina era selada e
programada para produzir uma temperatura de 121ºC por 20 minutos. Ao término do
processo, os materiais eram retirados e armazenados em seus respectivos
armários.
Materiais não graduados como béqueres e frascos de vidro eram submetidos à
estufa de esterilização. Para isso, depois de lavadas e secas, as vidrarias eram
tampadas com papel alumínio e inseridas na estufa, que devia estar a uma
temperatura de 170ºC, por 1 hora.
4.8. Análise de Toxicidade de produtos bioativos
A toxicidade consiste na capacidade de uma substância química produzir efeito
nocivo a um organismo vivo.
Testes de toxicidade de extratos de plantas diversas foram assistidos durante o
estágio.
O processo consistia na observação de 11 animais, todos camundongos da mesma
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espécie, que haviam recebido uma dosagem específica da substância estudada.


Eram anotadas todas as reações e alterações físicas sofridas pelos animais num
período de duas horas.
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5. COMENTÁRIOS E CONCLUSÃO

Durante o curso, dificilmente conseguimos relacionar todas as informações teóricas


adquiridas a situações práticas dentro de uma empresa. Até mesmo as atividades
realizadas em laboratório não antecipam as diversas situações que podemos
presenciar durante o trabalho. Desta maneira, realização do estágio foi
importantíssima para a aplicação do conhecimento adquirido ao longo dos anos e
para a compreensão da dinâmica e funcionamento de uma empresa. Posso afirmar
que atualmente, graças a essa experiência, tenho uma visão mais crítica e ampla
sobre a atuação de um técnico em química numa empresa que atua no ramo de
pesquisa.
Pude aprimorar minhas habilidades, assim como aprendi a lidar com situações
inesperadas e, na busca por resultados rápidos e precisos, a trabalhar sob pressão.
Percebi que o Departamento de Antibióticos da UFPE não incorporou ainda, de
maneira mais formal, os estagiários atuantes como técnicos em química. Apesar da
intensa atividade laboratorial, poucos têm qualificação técnica para a realização de
algumas dessas atividades.
Concluo desta maneira, que o estágio foi uma grande oportunidade para
aperfeiçoar minha formação técnica, profissional e pessoal. Como primeira
experiência, tive a possibilidade de vivenciar a rotina de um laboratório de pesquisa,
aumentar minha rede de contatos e me preparar para futuras vivências no mercado
de trabalho. Ao final, afirmo que o estágio realizado na Universidade Federal de
Pernambuco foi enriquecedor e favoreceu enormemente para meu desenvolvimento
como técnica em química e como ser humano.
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6. REFERÊNCIAS
UFPE. História: O desafio de uma época. Disponível em :
<https://www.ufpe.br/institucional/historia> Acesso em 12 de dezembro de 2019.

UFPE. A Instituição. Disponível em: < https://www.ufpe.br/institucional/a-


instituicao> Acesso em 12 de dezembro de 2019.

Wikipédia. Universidade Federal de Pernambuco. Disponível em: <


https://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_Federal_de_Pernambuco> Acesso em 12
de dezembro de 2019.

UFPE. O Departamento. Disponível em: < https://www.ufpe.br/danti/sobre> Acesso


em 12 de dezembro de 2019.

ALVES, Emanuele Amorim; GUIMARÃES, Ana Christina Rosa. Cultivo celular.


Disponível em: <https://www.passeidireto.com/arquivo/54078344/cultura-de-celulas>
Acesso em 20 de dezembro de 2019.

BRITO, Fabrício Galvão de. Instruções de uso: Agar Saboraud Dextrosado-


Mbiolog. Junho de 2010. Disponível:
<http://www.mbiolog.com.br/produtos/Agar_Sabouraud_Dextrosado.pdf> Acesso em
20 de dezembro 2019.

RODRIGUES, Maria Rita. Atividade peroxidásica em macrófagos ativados in


vivo com concanavalina A. São Paulo, 2001. Acesso em:
<https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9136/tde-14092017-
122924/publico/MARIA_RITA_RODRIGUES_MESTRADO.pdf> Acesso em 21 de
zembro de 2019.

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