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UNIVERSIDADE PAULISTA

Alunos:
Carlos Eduardo Madureira RA N17041-7
Igor Fernando de Serpa RA D390JJ-7
João Paulo de Andrade Ozéias RA D297BA-5
Paulo Eduardo Ribeiro RA D39779-6
Victor Hugo de Paula Martins RA D4479C-8

APS - ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS


5° SEMESTRE – 2019

SÃO JOSÉ DO RIO PARDO


2019
Alunos:
Carlos Eduardo Madureira RA N17041-7
Igor Fernando de Serpa RA D390JJ-7
João Paulo de Andrade Ozéias RA D297BA-5
Paulo Eduardo Ribeiro RA D39779-6
Victor Hugo de Paula Martins RA D4479C-8

APS - ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS.


5° SEMESTRE – 2019

SÃO JOSÉ DO RIO PARDO


2019
SUMÁRIO
1. RESUMO .......................................................................................................................4
2. INTRODUÇÃO ..............................................................................................................5
3. OBJETIVO ....................................................................................................................6
4. REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................................7
4.1. ROCHAS ÍGNEAS OU MAGMÁTICAS .......................................................................................... 7
4.1.1. Andesito .............................................................................................................................. 8
4.1.2. Riólito.................................................................................................................................. 8
4.1.3. Sienito ................................................................................................................................. 8
4.1.4. Granito Polido...................................................................................................................... 9
4.1.5. Diabásio .............................................................................................................................. 9
4.1.6. Basalto .............................................................................................................................. 10
4.1.7. Basalto Amigdalóide .......................................................................................................... 10
4.2. ROCHAS SEDIMENTARES ........................................................................................................ 10
4.2.1. Dolomita ........................................................................................................................... 11
4.2.2. Folhelho ............................................................................................................................ 11
4.2.3. Arenito .............................................................................................................................. 11
4.2.4. Xisto Pirobetuminoso ......................................................................................................... 12
4.2.5. Siltito................................................................................................................................. 12
4.2.6. Argilito .............................................................................................................................. 12
4.2.7. Calcita ............................................................................................................................... 12
4.3. ROCHAS METAMÓRFICAS ...................................................................................................... 13
4.3.1. Quartzito ........................................................................................................................... 13
4.3.2. Gnaisse .............................................................................................................................. 14
4.3.3. Ardósia .............................................................................................................................. 15
4.3.4. Mármore Dolomítico.......................................................................................................... 16
4.3.5. Mármore Calcítico.............................................................................................................. 16
4.3.6. Quartzo ............................................................................................................................. 17
5. CONSTRUÇÃO DO PROTÓTIPO ...............................................................................17
6. CONCLUSÃO .............................................................................................................18
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................19
1. RESUMO

O presente trabalho tem como proposta predominante pesquisa, desenvolvimento


e a construção de uma caixa de madeira com tampo de acrílico, contendo 20 divisórias,
nas quais serão expostos diversos tipos de rochas sedimentares, metamórficas e ígneas,
coletadas em diversos meios. Este relatório tem como finalidade expor em pauta
acadêmica o passo a passo da construção do protótipo, através de fotografias, descrição
dos materiais e ferramentas utilizadas, exposição do projeto e sua metodologia, cálculos
realizados, conclusões finais e referências bibliográficas.
O trabalho como um todo, tanto protótipo como relatório teórico, se encontram em
conformidade com o edital disponibilizado pela coordenação do curso de engenharia da
Universidade Paulista Campus São José do Rio Pardo.

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2. INTRODUÇÃO

A camada superficial e sólida da Terra é composta por rochas, que, por sua vez, são
formadas pela união natural entre os diferentes minerais. Assim, em razão do caráter
dinâmico da superfície, através de processos como o tectonismo, o intemperismo, a
erosão e muitos outros, existe uma infinidade de tipos de rochas.

Alguns elementos que modificam as rochas são: o clima, a chuva e também o


próprio relevo. O clima age nas rochas alterando o regime de chuvas e a temperatura,
atingindo os minerais presentes nas rochas. O vento também é um fator modelador do
relevo, a partir da alteração do formato das rochas, por meio das partículas de sedimentos
que são carregados e como eles “desgastam” as rochas. O relevo é o responsável por
determinar os fluxos de água, e a infiltração desta no solo. Em locais onde há deposito de
água, o intemperismo será mais intenso nas rochas. A ação antrópica também modifica o
relevo, com a retirada de rochas para o uso nos ramos da metalurgia, construção, dentre
outros.

Dessa forma, foram elaborados vários tipos de classificação das rochas. A forma
mais conhecida concebe-as a partir de sua origem, isto é, a partir do processo que
resultou na formação dos seus diferentes tipos. Nessa divisão, existem três tipos
principais: as rochas ígneas ou magmáticas, as rochas metamórficas e as rochas
sedimentares.

O trabalho desenvolvido relata o passo a passo do projeto, coleta das rochas e


construção da caixa expositora.

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3. OBJETIVO

Em conformidade com o edital disponibilizado pela própria Universidade Paulista, o


trabalho tem como escopo o planejamento, construção e exposição de uma caixa feita de
madeira expondo os diversos tipos de rochas coletadas.
As dimensões serão estabelecidas de maneira livre, contanto que o protótipo
contenha ao menos 15 tipos diferentes de rochas, e nas três diferentes morfologias
(sedimentares, magmáticas e ígneas). Ao final dessa Atividade Prática Supervisionada, o
protótipo será exposto no Campus com fins acadêmicos.

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4. REFERENCIAL TEÓRICO

O termo rocha pode ser associado a derivações do Inglês Arcaico rocc (pedra,
massa de matéria mineral), do Francês Arcaico roque, cognato do latim rocca e do
celta roch, utilizados para designar formações rochosas e grandes maciços, em oposição
ao termo pedra, utilizado para pequenas porções individuais das rochas.
Em termos geológicos, uma rocha é um agregado consolidado de minerais ou
mineraloides que foram intimamente unidos por algum fator geológico, e corresponde a
uma grande variedade de materiais que compõem a crosta terrestre. Sua forma de
ocorrência é bastante ampla, desde extensas sequências até delgados estratos, seixos e
blocos. Quanto aos seus constituintes, embora seja coesa, uma rocha via de regra não é
homogênea, e seus componentes não apresentam continuidade física como no caso de
um mineral monocristalino. Assim, uma rocha pode ser constituída de diversas espécies
minerais, daí então denominada poliminerálica ou pluriminerálica, ser constituída por
poucas espécies minerais distintas, denominada assim de oligominerálica, ou ser
constituída de apenas uma espécie mineral, sendo então denominada monominerálica.
Em linhas gerais, as rochas podem ser divididas em três grandes grupos,
classificados de acordo com critérios genéticos: as rochas ígneas ou magmáticas,
as rochas sedimentares e as rochas metamórficas.

4.1. ROCHAS ÍGNEAS OU MAGMÁTICAS


As Rochas Ígneas ou Magmáticas são aquelas formadas a partir de materiais
fundidos no interior da Terra. Este material fundido recebe a denominação de Magma,
que é um termo geral utilizado para denominar misturas de material fundido e eventuais
cristais ou materiais sólidos que se encontrem neste. Quando este material extravasa e
flui em superfície, é denominado Lava. Em compensação, quando há referências
ao líquido magmático, entende-se que este corresponde apenas à parte fundida,
excluindo-se assim os possíveis cristais, cristalitos ou materiais sólidos que ocorram
dispersos neste. O magma pode solidificar-se em subsuperfície, e neste caso dá origem
às rochas plutônicas, ou em superfície com exposição subaérea, e neste caso dá origem
às rochas vulcânicas. Rochas ígneas cristalizadas próximas à superfície, mas sem
exposição subaérea, são classificadas como rochas hipoabissais.
Em nosso projeto, utilizaremos as seguintes rochas magmáticas:

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4.1.1. ANDESITO
Andesito é um tipo de rocha magmática cujo nome deriva de Andes, montanhas
onde é muito comum. É uma rocha ígnea vulcânica de composição intermediária,
calcoalcalina, de cor cinzenta a cinzenta escura ou mesmo negra, com
textura afanítica a porfirítica. Os andesitos são a rocha típica do vulcanismo associado
às regiões de subducção, em especial aos arcos insulares.
Os andesitos podem ser classificados quanto à cor em máficos (cinzento escuro a
negro) e leucocráticos (cinzento a cinzento claro). Outra classificação baseia-se na
presença de fenocristais reconhecíveis entre os minerais acessórios, tais como
a olivina (andesito olivínico), a zeolita (andesito zeolítico) ou a sanidina (andesito
sanidínico).
O andesito é uma das rochas mais comuns em arcos magmáticos, estando em geral
associado a vulcanismo explosivo ou com formação de espessos derrames de lavas de
alta viscosidade. Assim, os andesitos, tal como os dioritos, são característicos dos
ambientes tectónicos das regiões de subducção nas margens oceânicas ativas, tais como
a costa ocidental da América do Sul. A cordilheira dos Andes, de onde aliás a rocha
deriva o nome, são um dos locais da Terra de maior ocorrência destas rochas.

4.1.2. RIÓLITO
Riólito é uma rocha ígnea vulcânica, correspondente extrusiva do granito. É densa e
possui uma granulação fina. Também é chamado de quartzo-pórfiro. A sua composição
mineral inclui geralmente quartzo, feldspatos alcalinos e plagioclases. os minerais
acessórios mais comuns são a biotite e quartzo. Sua cor é cinza avermelhada, rosada,
podendo ser até preta. A sua textura varia de afanítica a porfirítica, possuindo em alguns
casos um certo arranjo orientado como consequência do movimento da lava. Dá-se a este
aspecto o nome de textura fluidal.

4.1.3. SIENITO
Sienito é uma rocha ígnea plutónica, de textura holocristalina grossa, leucocrática
(clara), composta principalmente por feldspatos (microclina, ortoclase e alguma ou
nenhuma plagioclase), anfibólios (geralmente hornblenda), clinopiroxênios (augita,
egirina), pouca ou nenhuma biotita. No diagrama QAPF de Streckeisen, ocupa o campo 6.
O sienito sem quartzo e sem nefelina é chamado alcali-feldspato sienito ou alcali-sienito.
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O sienito com mais que 10% de nefelina é denominado nefelina sienito. O sienito com
mais de 10% de quartzo é chamado de quartzo-sienito. Por outro lado, quando o teor de
quartzo é maior do que 20%, é chamado de álcali feldspato granito. É uma rocha
relativamente rara, porém comum na região litoral do Brasil. No Estado do Rio de Janeiro,
um nefelina sienito é extraído como rocha ornamental. Em Portugal ocorre um importante
maciço de nefelina sienito na Serra de Monchique. A rocha vulcânica de granulometria
fina com a mesma composição que alcali sienito é o traquito e aquela com a mesma
composição que o sienito nefelínico é o fonólito.

4.1.4. GRANITO POLIDO


O granito (do latim granum grão, em referência à textura da rocha) é um tipo comum
de rocha ígnea ou rocha magmática, intrusiva ou plutónica de grão fino não metamórfico,
médio ou grosseiro, composta essencialmente pelos minerais: quartzo, mica e feldspato,
tendo como minerais acessórios mica (normalmente presente), hornblenda, zircão e
outros minerais. É normalmente encontrado nas placas continentais da crosta terrestre.
O granito é quase sempre compacto (sem estruturas internas), duro e resistente,
sendo por essas qualidades usado como pedra para a construção civil.
A densidade média do granito situa-se entre 2,65 g/cm3 e 2,75 g/cm3.

4.1.5. DIABÁSIO
Diabásio é uma rocha magmática hipabissal, de textura ofítica, constituída
essencialmente por plagioclásios básicos, piroxênio, magnetita e ilmenita. Constitui-se de
piroxênio e plagioclase cálcica. De cor negra, melanocrática, textura granular fina, mas
possui muitas vezes textura granular mais grosseira, sendo por isso fácil confundir-se com
o gabro. É uma das rochas mais comuns do Brasil.
O diabásio se forma quando um magma de composição basáltica é injetado em
fraturas e diáclases nas rochas encaixantes. Estas diáclases podem ser originadas
pelo fraturamento hidráulico causado pelas intensas pressões do magma de uma câmara
magmática. A rocha assim constituída forma diques e outras formas concordantes e
discordantes. Os diques podem variar de alguns centímetros até vários metros de
espessura.

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4.1.6. BASALTO
O basalto é uma rocha ígnea eruptiva (magmática) de composição máfica, por isso
rica em silicatos de magnésio e ferro e com baixo conteúdo em sílica, que constitui uma
das rochas mais abundantes na crosta terrestre. É uma rocha de granulação fina,
coloração escura, matriz afanítica, frequentemente com textura porfírica,
com fenocristais de olivina, augite e plagioclase, e uma matriz cristalina fina. Como
minerais acessórios encontram-se, principalmente, óxidos de ferro e titânio.
Ocasionalmente encontram-se basaltos com matriz vítrea, denominados sideromelanos,
com raros cristais ou mesmo sem eles. O basalto, pela sua dureza e resistência
à meteorização, é explorada para a produção de alvenarias e de agregados de
construção civil e como rocha ornamental para revestimentos e calçadas.

4.1.7. BASALTO AMIGDALÓIDE


O basalto amigdalóide é uma rocha ígnea extremamente parecida com o basalto normal,
sendo a morfologia das rochas o que as diferencia. No basalto amigdalóide, a formação
se dá de maneira diferente da do basalto normal.

4.2. ROCHAS SEDIMENTARES


Rochas sedimentares são aquelas que se formam através de processos superficiais
na crosta terrestre, que podem ser derivados da erosão de rochas preexistentes
(magmáticas, metamórficas ou mesmo sedimentares), do acúmulo de elementos
orgânicos e/ou biogênicos ou por precipitação química. As rochas clásticas ou terrígenas,
como parte do grupo das rochas sedimentares, são formadas por processos envolvendo
erosão, desagregação ou lixiviação de uma rocha ou solo preexistente, transporte por
meio aquoso, eólico ou por ação gravitacional, deposição em áreas de acumulação
abatidas ou deprimidas em relação à região erodida, e diagênese e/ou litificação. Já os
processos envolvidos na geração de rochas sedimentares formadas por precipitação
química são de variação da concentração do soluto em relação ao solvente, tanto por
evaporação como por mudanças de temperatura ou pH, e neste grupo incluem-se
as rochas evaporíticas e outras rochas quimicamente precipitadas, como alguns tipos de
calcários.
Em nosso projeto, utilizaremos as seguintes rochas sedimentares:

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4.2.1. DOLOMITA
É um mineral de carbonato de cálcio e magnésio CaMg(CO3)2, encontrado
abundantemente na natureza na forma de rochas dolomíticas, utilizado como fonte
de magnésio, sobretudo para a fabricação de materiais refratários.
A dolomita possui cor cinza com raias brancas, de brilho vítreo. Tem dureza entre
3,5 e 4,0 na escala de Mohs. A sua densidade varia entre 2,86 e 3,10. Cristaliza no
sistema trigonal, geralmente em romboedros.
Sua origem ainda é um enigma geológico, pois não muito se sabe sobre sua
génese.

4.2.2. FOLHELHO
Folhelho é o nome dado a uma rocha sedimentar de origem detrítica . Os depósitos
s de xisto argiloso ou folhelho estão sujeitos a interposição de cimentos ou compressões
e, por isso, são não-móveis, tendo por apelido rochas argiláceas consolidadas. Em razão
das pressões e da disposição orientada das minúsculas placas minerais que formam as
rochas argilosas, apresentam-se mais ou menos foliadas, na direção correspondente à
dos planos de estratificação.
Tal como as argilas, podem ter cor muito variada: amarelada, vermelha, parda,
acastanhada, cinzenta a negra e até esverdeada. Também podem conter minerais
acessórios como os carbonatos, pirita, gesso, etc.

4.2.3. ARENITO
Rocha sedimentar resultante da compactação e litificação de um material granular
da dimensão das areias. O arenito é composto normalmente por quartzo, mas pode ter
quantidades apreciáveis de feldspatos, micas e/ou impurezas. É a presença e tipo de
impurezas que determina a coloração dos arenitos; por exemplo, grandes quantidades
de óxidos de ferro, fazem esta rocha vermelha.
O arenito é depositado em ambiente continental, nos rios e lagos, ou em ambiente
marinho, em praias, deltas ou nas sequências turbidíticas do talude continental.
Na engenharia civil, o arenito é empregado em revestimentos, resistindo bem aos
ataques de agentes agressivos da atmosfera.

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4.2.4. XISTO PIROBETUMINOSO
O xisto é uma camada de rocha sedimentar, originada sob temperaturas e pressões
elevadas, contendo matéria orgânica disseminada em seu meio mineral.
É encontrado na natureza em duas formas diferentes: o betuminoso e o
pirobetuminoso, sendo os dois ricos em betume. As características de cada um são:

A matéria orgânica que depois será transformada em betume, é sólida à temperatura


ambiente. Xisto Betuminoso – são hidrocarbonetos que aparecem em rochas
sedimentares. O betume disseminado em seu meio é quase fluída, vindo a ser facilmente
extraído.

4.2.5. SILTITO
São rochas sedimentares terrígenas, formadas por silte, essencialmente composta
por partículas de quartzo, podendo conter, feldspato, mica e outras espécies minerais, a
que se associa, quase sempre, uma certa percentagem de argila. Simplificando,
poderíamos dizer que o siltito só difere do arenito na dimensão das partículas detríticas,
muito mais finas do que a das areias.

4.2.6. ARGILITO
Rocha sedimentar detrítica resultante da consolidação de grãos predominantemente
de argila. Tem cores variadas, de cinza até preta, amarelada, esverdeada, avermelhada,
branca, refletindo a natureza dos argilominerais presentes, de óxidos e hidróxidos de
ferro, e da maior ou menor proporção de matéria orgânica.
O argilito pode ser maciço, mas frequentemente apresenta laminação planoparalela
(alternância sucessiva de lâminas milimétricas) marcadas pela variação da cor, refletindo
mudanças nas condições vigentes durante sua sedimentação.

4.2.7. CALCITA
É um mineral formado principalmente por cálcio. Cristaliza em uma grande
variedade de formas. É fonte de cálcio e cal, sendo importante também como pedra
decorativa mármore-ônix e em instrumentos óticos quando límpida e incolor. É o principal
constituinte dos calcários e mármores, ocorrendo também em conchas, bem como
cimento em rochas sedimentares e em carbonatos.

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4.3. ROCHAS METAMÓRFICAS
As Rochas Metamórficas são aquelas que se formam pela modificação química,
mineralógica, textural, estrutural, ou uma combinação destes, em estado sólido, de rochas
preexistentes, através do estabelecimento de condições de temperatura, pressão e/ou
pressão de fluidos distintos daqueles originais para a formação da rocha pretérita. Estas
rochas anteriores ao metamorfismo, que podem ser de natureza magmática, metamórfica
ou sedimentar, são denominadas protólito, e as rochas metamórficas que as sucedem
podem ser denominadas, de acordo com a natureza deste, de ortoderivadas, quando se
originam do metamorfismo de rochas ígneas, ou paraderivadas, quando se originam do
metamorfismo de rochas sedimentares. Quando o metamorfismo afeta rochas
anteriormente metamórficas, novas rochas metamórficas podem ser geradas,
por metamorfismo progressivo quando as novas condições de pressão e temperatura são
maiores do que aquelas estabelecidas na rocha pretérita, ou por metamorfismo
retrógrado quando as novas condições de pressão e temperatura são inferiores àquelas
estabelecidas na rocha pretérita.
Em nosso projeto, utilizaremos as seguintes rochas metamórficas:

4.3.1. QUARTZITO
O quartzito é uma rocha metamórfica, composta quase que inteiramente de grãos de
quartzo. Sua origem está relacionada com a ação de processos metamórficos
desenvolvidos principalmente sobre rochas sedimentares ricas em quartzo, tais como
arenitos. De maneira subordinada, podem também derivar do metamorfismo de veios de
quartzo ou de rochas vulcânicas muito silicosas.
Geralmente, o quartzito é uma rocha compacta, muito resistente e também difícil de
ser trabalhada. Suas cores não variam muito, razões pelas quais seu uso na área da
construção civil é relativamente limitada.
Os quartzitos são bastante valorizados por sua cor, alguns dos quais bastante raros,
tais como os quartzitos azuis produzidos na região oeste do estado da Bahia. Nesta
categoria, podem também ser incluídos os quartzitos de cor verde encontrados no
município baiano de Jaguarari.
Qualidades:
• Alta resistência mecânica
• Antideslizante (antiderrapante)
• Resistência ao aquecimento do sol

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• Alta resistência a ação de produtos químicos
Uso:
• Revestimento decorativo de faixadas e paredes internas e externas;
• Construção de pisos internos e externos de alta resistência;
• Construção de mesas e objetos de adorno de alto valor;
• Artesanato mineral e indústria de bijuterias;
• Como material abrasivo para preparação de instrumentos de corte.
• Indústria siderúrgica (fundente a base de sílica)
• Fonte de sílica para usos diversos.

4.3.2. GNAISSE
Esta rocha metamórfica é caracterizada pela composição estrutural orientada, com
feldspatos. Sua origem ocorre pela desintegração tanto de rochas magmáticas como de
rochas sedimentares. A alta pressão e temperaturas são fatores fundamentais em sua
formação. Gnaisses derivados de rochas ígneas (ortognaisse) contêm minerais muito
semelhantes aos das rochas originais. A principal característica é a típica estrutura
oientada (gnáissica). De acordo com a rocha de origem, os gnaisses recebem os nomes:
granito gnaisse, diorito gnaisse, sienito gnaisse, paragnaisse (proveniente de
sedimentos). De acordo com os componentes característicos, dividem-se em sericita,
moscovita, biotita, hornblenda gnaisses. Também, de acordo com o aspecto da estrutura,
são denominados: fitados, ocelares, facoidais. A densidade relativa oscila ao redor de 2,7.
A cor é variada.
Qualidades:
• Dureza alta (dificilmente riscada por canivete);
• Densidade relativa em torno de 2,7;
• Aproximadamente 20% de feldspato em sua composição.
Uso:
• É uma das rochas mais comumente empregadas em construção com largo
emprego em pavimentação na forma de paralelepípedos ou mesmo sub-base
de rodovias;
• Utilizada como pedra britada, quando o teor em mica é baixo;
• Aceita polimento, permitindo obtenção de material de fino acabamento em
forma de lajes;
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• São considerados rochas ornamentais, pois apresentam beleza visual e são
resistentes tanto a ataques químicos quanto ao polimento natural ao longo
dos anos.

4.3.3. ARDÓSIA
Rocha metamórfica, composta predominantemente de minerais micáceos (clorita,
sericita). É originada de metamorfismo regional atuando sobre sedimentos muito finos
(pelíticos), compostos predominantemente por minerais argilosos. Outros minerais e
substâncias presente na ardósia, em variadas proporções, são: quartzo de granulometria
muito fina, óxidos e hidróxidos de ferro e manganês, carbonatos e sulfatos.
No processo metamórfico estes óxidos tendem a se aglomerarem e dão origem a
grumos escuros, ficando a ardósia mosqueada. Com o aumento de temperatura estes
grumos dão origem a cristais de magnetita. Uma característica mais marcante da ardósia
é sua propriedade de se partir em placas extensas e de espessura uniforme, em virtude
de sua composição micácea. As micas, se desenvolvem todas orientadas devido à
pressão dirigida, e transmitem à rocha sua clivagem.
As ardósias podem se apresentar com diversas cores, mas as mais comuns são:
cinza, cinza esverdeada, cinza mosqueada, enferrujada, preta. Dependendo do grau de
alteração química, elas podem também ser vermelho róseo, amareladas ou cor de vinho.
Qualidades:
• Alta durabilidade;
• Alto nível de absorção de água;
• Facilidade de manutenção e limpeza;
• Ótimo custo-benefício.
Uso:
• Revestimento de paredes e fachadas;
• Tampos de laboratórios;
• Pisos;
• Decorações interiores e exteriores.

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4.3.4. MÁRMORE DOLOMÍTICO
O mármore dolomítico é uma rocha metamórfica proveniente da dolomita e
dependendo da composição de seus minérios pode apresentar variadas cores como
rósea, branca, esverdeada ou preta. Dentre esses minérios está a mica, o feldspato e
outros.
O grau metamórfico juntamente com a composição química do mineral é que
moldam a rocha dando variadas cores e texturas, e fazem do mármore um material
rentável na indústria de rochas ornamentais.
Qualidades:
• Baixa dureza;
• Porosidade elevada;
• Desgasta-se facilmente
Uso:
• Revestimento de pisos e escadas de baixo tráfego;
• Lavatórios para uso residencial;
• Revestimento para lareiras, rodapés e tampo de mesas.

4.3.5. MÁRMORE CALCÍTICO


O mármore calcítico é uma rocha metamórfica formada através do calcário,
composta principalmente por minerais de calcita, com coloração mais uniforme e com
formação de veios (listras ou riscos característicos do mármore) definidos.
Qualidades:
• Baixa dureza;
• Porosidade elevada;
• Desgasta-se facilmente
Uso:
• Revestimento de pisos e escadas de baixo tráfego;
• Lavatórios para uso residencial;
• Revestimento para lareiras, rodapés e tampo de mesas.

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4.3.6. QUARTZO

A resistência e as inúmeras variedades são características do quartzo, um dos


minerais mais abundantes na superfície terrestre Quartzo é um mineral formado
principalmente por dióxido de silício (SiO2). Em sua composição podem entrar também
lítio, sódio, potássio e titânio. O nome "quartzo" procede de uma antiga palavra alemã de
origem desconhecida e foi aplicado pela primeira vez por Georgius Agricola em 1530.
Entre as propriedades físicas mais significativas do quartzo destaca-se sua dureza --
sete na escala Mohs, cujo ponto máximo é dez (que corresponde ao diamante). O brilho
do quartzo é variável, do vítreo ao fosco, e o mesmo ocorre com sua cor, que oscila por
diversas tonalidades: incolor, rosada, amarela, marrom e cinza, de acordo com a
variedade. Ao ser arranhada com um material mais duro, a superfície do quartzo
apresenta sempre um traço branco. O quartzo apresenta notável estabilidade química e
térmica.
Qualidades:
• Alta dureza;
• Variedade de cores e texturas;
• Alta estabilidade térmica e química.
Uso:
• Fabricação de lentes de microscópios e lentes convexas ou côncavas;
• Utilizado como abrasivo;
• Fabricação de balanças de precisão.

5. CONSTRUÇÃO DO PROTÓTIPO

A caixa de madeira foi construída utilizando vários pedaços de madeira previamente


cortada, que foi colada com cola de madeira e fixada a uma tampa de acrílico furada e
com dobradiças, afim de tornar a caixa fácil de ser aberta para a exposição.
Os diversos tipos de rochas utilizados foram todos conseguidos através de uma
doação de um aluno da Universidade Federal de Minas Gerais, que possui um trabalho
em torno dos diversos tipos de rochas encontradas na superfície terrestre.

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6. CONCLUSÃO

Ao final do projeto, pudemos perceber que durante o mesmo adquirimos muitos


conhecimentos a respeito da classificação das rochas, dos tipos de rocha existentes, suas
características e da sua aplicação prática na Engenharia Civil. Através da pesquisa,
entendemos como se dá a formação dos três tipos de rochas, como é feita a sua extração
e as particularidades que cada tipo possui devido aos seus minerais formadores.
Pudemos também exercitar nossa capacidade de trabalho em grupo, realizando
reuniões e discussões em torno do projeto e da divisão de tarefas.

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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• <http://www.ufjf.br/nugeo/files/2009/11/Geologia-Cap6.pdf.> Acesso em
30/05/2019.
• <http://sigep.cprm.gov.br/glossario/verbete/gnaisse.htm> Acesso em
31/05/2019.
• <http://construindodecor.com.br/quartzito-na-construcao-civil-pedra-
decorativa/ >Acesso em 31/05/2019.
• <https://www.cristaisdecurvelo.com.br/pages/MARMORE-%252d-Aprenda-
Mais-Sobre-Este-Mineral.html> Acesso em 31/05/2019.
• <https://museuhe.com.br/rocha/marmores/> Acesso em 31/05/2019.
• <https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/tipos-rochas.htm>. Acesso
em 01/06/2019.
• <https://brasilescola.uol.com.br/geografia/rochas-sedimentares.htm> Acesso
em 01/06/2019.

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