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Luvas exotérmicas e pós exotérmicos: formulações

(*) Arnaldo Romanus

Introdução
As luvas exotérmicas e os pós exotérmicos são utilizados com a finalidade
principal de reduzir o tamanho dos massalotes, visando aumentar o rendimento
metalúrgico sem que isso resulte na ocorrência de rechupes nas peças.
Infelizmente, muitas vezes as luvas exotérmicas e os pós exotérmicos acabam
gerando diversos problemas, sem que se consiga descobrir a sua origem.
Considerando que, num trabalho anteriormente publicado no site da Foundry
(www.foundrynews.com.br) sob o título “Luvas exotérmicas”, já haviam sido
abordados os problemas que podem surgir nas luvas exotérmicas e/ou nas peças que
utilizam esses artifícios, desta vez se pretende sugerir algumas formulações não somente
desses produtos, mas também de pós exotérmicos.

1. Componentes básicos
Embora, logicamente, cada fabricante de luvas exotérmicas e de pós exotérmicos
possa vir a empregar componentes até mesmo bem diferentes, sabe-se que os melhores
resultados em termos de rendimento metalúrgico dos massalotes são alcançados ao se
empregar os seguintes insumos em suas formulações:
 alumínio atomizado
 óxido de ferro natural
 salitre do Chile
 fluorita
 farinha de madeira
 cianita
 mulita
 areia de sílica
 silicato de sódio (como aglomerante das luvas exotérmicas).

2. Formulações de luvas exotérmicas

2.1- Ideal
 10 – 16 % de alumínio atomizado
 máx. 6 % de óxido de alumínio
 29 – 38 % de óxido de ferro natural
 5 – 10 % de salitre do Chile
 1 – 5 % de fluorita
 máx. 4 % de farinha de madeira
 máx. 6 % de cianita
 máx. 8 % de mulita
 20 – 32 % de areia base de sílica
 9 – 15 % de silicato de sódio alcalino.

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( * ) Engenheiro metalurgista. Diretor e sócio da Foundry Cursos e Orientação Ltda. e
da Romanus Tecnologia e Representações Ltda.

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2.2- Alternativa
 25 – 32 % de alumínio atomizado
 máx. 5 % de criolita
 máx. 6 % de bentonita
 máx. 7 % de dextrina
 máx. 8 % de filito
 30 – 35 % de chamote
 10 – 17 % de nitrato de potássio
 máx. 15 % de salitre do Chile
 3 – 7 % de óxido de ferro natural
 máx. 18 % de silicato de sódio neutro.

3. Formulações de pós exotérmicos

3.1- Opção 1
 52 – 60 % de óxido de alumínio
 máx. 20 % de alumínio atomizado
 máx. 10 % de óxido de ferro natural
 7 – 12 % de salitre do Chile
 3 – 9 % de fluorita
 2 – 5 % de farinha de madeira.

3.2- Opção 2
 10 – 20 % de alumínio atomizado
 30 – 75 % de óxido de ferro natural
 máx. 35 % de moinha de coque
 máx. 55 % de escória de cubilô
 máx. 12 % de fluorita
 máx. 7 % de nitrato de potássio
 máx. 7 % de barrilha
 máx. 10 % de silicato de cálcio
 máx. 5 % de criolita.

Considerações finais
Certamente que sempre poderão continuar existindo problemas de alimentação
das peças mesmo ao se empregar luvas exotérmicas ou pós exotérmicos.
Todavia, desde que o fabricante desses insumos tenha pleno conhecimento de
causa da real finalidade de utilização de cada componente que entra em sua formulação,
bem como dos teores limítrofes que os mesmos deverão ter na mesma, dificilmente a
fundição terá refugo por rechupes atribuíveis a essa variável.

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