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Introdução Geral à
Tecnologia Cerâmica
Governador
Cid Ferreira Gomes
Vice Governador
Domingos Gomes de Aguiar Filho
Secretária da Educação
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho
Secretário Adjunto
Maurício Holanda Maia
Secretário Executivo
Antônio Idilvan de Lima Alencar
EM CERÂMICA
AGOSTO/2011
EMENTA DA DISCIPLINA
1.0 INTRODUÇÃO
A cerâmica é o material artificial mais antigo produzido pelo homem: é produzido há
cerca de 10-15 mil anos. Do grego "kéramos” ("terra queimada" ou “argila queimada”), é
um material de grande resistência, frequentemente encontrado em escavações
arqueológicas.
argila, deixando pistas sobre civilizações e culturas que existiram milhares de anos antes
da Era Cristã.
A cerâmica é uma atividade de produção de artefatos a partir da argila, que se torna muito
plástica e fácil de moldar quando umedecida. Depois de submetida a uma secagem para
retirar a maior parte da água, a peça moldada é submetida a altas temperaturas (ao redor
de 1.000ºC), que lhe atribuem rigidez e resistência mediante a fusão de certos
componentes da massa e, em alguns casos, fixando os esmaltes na superfície.
A cerâmica é muito antiga, sendo que peças de argila cozida foram encontradas em diver-
sos sítios arqueológicos. No Japão, as peças de cerâmica mais antigas conhecidas por ar-
queólogos foram encontradas na área ocupada pela cultura Jomon, há cerca de 8 mil anos,
talvez mais.
Antes do final do período Neolítico (ou da Pedra polida), que compreendeu, aproximada-
mente, de 26 mil AC até por volta de 5 mil AC, a habilidade na manufatura de peças de
cerâmica deixou o Japão e se espalhou pela Europa e Ásia, não existindo, entretanto, um
consenso sobre como isto ocorreu.
Um dos grandes exemplos da antiga arte cerâmica chinesa está expressa pelos guerreiros
de Xian. Lá os arqueólogos encontraram em 1974 o túmulo do imperador Chi-Huand-di,
que nasceu por volta do ano 240 AC. Para decorá-lo, foi feita a réplica, em terracota, de
um exército de soldados em tamanho natural. Terracota é o termo empregado para a argila
modelada e cozida em forno.
Muitas culturas, desde seus primórdios, desenvolveram estilos próprios que, com o passar
do tempo, consolidavam tendências e evoluíam no aprimoramento artístico. Estudiosos
confirmam ser, realmente, a cerâmica a mais antiga das indústrias. Ela nasceu no momen-
to em que o homem começou a utilizar o barro endurecido pelo fogo. Desse processo de
endurecimento, obtido casualmente, multiplicou-se e evoluiu até os dias de hoje.
As primeiras cerâmicas de que se tem notícia são da pré-história: vasos de barro, sem asa,
que tinham cor de argila natural ou eram escurecidas por óxidos de ferro.
A cerâmica mais elaborada foi encontrada na Ilha de Marajó; do tipo marajoara, tem sua
origem na avançada cultura indígena da Ilha. Entretanto, estudos arqueológicos indicam
que a presença de uma cerâmica mais simples ocorreu na região amazônica, há mais de
5000 anos atrás.
No que tange à cerâmica vermelha, as escassas e imprecisas informações referem-se à
uti-lização no período Colonial, a partir de técnicas de produção rudimentares
introduzidas pelos jesuítas, que necessitavam de tijolos para construção de colégios e
conventos.
de forma mais intensa, sendo as olarias o marco inicial da indústria em São Paulo. Com
maior concentração nas últimas décadas do século XIX, a produção nas olarias se dava
por meio de processos manuais, e em pequenos estabelecimentos, e tinham como produto
final tijolos, telhas, tubos, manilhas, vasos, potes e moringas, os quais eram
comercializados localmente.
A primeira grande fábrica de produtos cerâmicos do Brasil foi fundada em São Paulo, em
1893, por quatro irmãos franceses, naturais de Marselha, com o nome de
“Estabelecimentos Sacoman Frères”, posteriormente alterado para “Cerâmica Sacoman
S.A.”, a qual encerrou suas atividades em 1956. O nome das telhas conhecidas por
“francesas” ou “marselhesas” é devido à origem destes empresários.
Nos últimos anos do século XIX e início do XX houve um processo de especialização nas
empresas cerâmicas, o que gerou uma separação entre olarias (produtoras de tijolos e
telhas) e “cerâmicas” (produtoras de itens mais sofisticados, como manilhas, tubos,
azulejos, louças, potes, talhas etc.).
A arte da cerâmica prosperou entre quase todos os povos ao mesmo tempo, refletindo nas
formas e nas cores o ambiente e a cultura em que viveram. Nas primeiras peças decora-
das, os motivos artísticos eram geralmente o dia a dia destas comunidades: a caça, os ani-
mais, a luta, etc.
Do calor do sol aos fornos utilizados atualmente para tornar as peças mais firmes, a histó-
ria da cerâmica percorreu e auxiliou no cotidiano de todos os povos. Da Era Neolítica aos
dias de hoje, os artistas continuam com seus dedos ágeis transformando blocos de argila e
criando novas utilidades para a população.
A cerâmica, tanto de uso comum como artístico, é produzida hoje por toda parte, seja em
grandes estabelecimentos, ou por pequenos artesãos. Os sistemas são fundamentalmente
os mesmos, mas é inegável que a experiência técnica adquiriu tamanha perfeição, que
permite resultados extraordinários.
breve. Esta roda de madeira movida por um pedal foi criada aproximadamente em 2 mil
AC.
Com a prosperidade da cerâmica, cada povo descobriu seu estilo próprio e, com isso, sur-
giram novas técnicas. Foi assim que os artífices chineses, desde a metade do terceiro mi-
lênio AC, criaram objetos de design, pintados e esmaltados. Foram justamente eles os pri-
meiros a usar, a partir do segundo século antes da nossa era, um finíssimo pó branco, o
caulim, que permite fabricar vasos translúcidos e leves. Nasce, então, a porcelana.
A difusão da porcelana não foi notável antes do século XVIII. Com a utilização da porce-
lana, a cerâmica alcançou níveis elevados de sofisticação. Na China, a porcelana desen-
volveu-se, dando origem a produtos de decoração e utilização à mesa.
Também na Itália existia um florescente artesanato: os etruscos, em meados do segundo
milênio AC, já fabricavam vasos esmaltados de grande qualidade. Cerâmicas etruscas or-
namentavam, além das gregas e persas, as mansões dos patrícios romanos: as formas bi-
zarras, os esmaltes vivos e brilhantes, os vagos desenhos ornamentais. Na Itália, os cera-
mistas continuaram a trabalhar com velhos sistemas etruscos e gregos ainda durante a
Idade Média. No início do Renascimento havia produtos manufaturados em Gubbio, Vol-
terra, Faenza, Deruto e Montelupo. Em todas estas cidades, desenvolveram-se indústrias
bem distintas, cada qual com estilo e técnica próprios: os sistemas de cozimento e de es-
maltar, a composição dos vernizes, tudo era mantido em rigoroso segredo. Basta lembrar,
entre os ceramistas italianos, Luca e Andrea Della Robbia, que criaram baixo-relevos de
terracota vidrada e pintada, que se vêem em quase toda parte, nas paredes das vilas e dos
castelos da região central da Itália.
A escola de Faenza ganhou tanta celebridade que deu seu nome a todos os objetos de
cerâmica que, da Itália, se difundiam pela Europa: daí o nome “faiança” em português, e
o “faience”, lembrando o nome da cidade romana.
A indústria cerâmica na atualidade pode ser subdivida em setores que possuem caracterís-
ticas bastante individualizadas e com níveis de avanço tecnológico distintos.
Materiais Refratários: Este grupo compreende uma diversidade de produtos que têm
como finalidade suportar temperaturas elevadas nas condições específicas de processo e
de operação dos equipamentos industriais, que em geral envolvem esforços mecânicos,
ataques químicos, variações bruscas de temperatura e outras solicitações. Para suportar
estas solicitações e em função da natureza das mesmas, foram desenvolvidos inúmeros ti-
pos de produtos, a partir de diferentes matérias-primas ou mistura destas. Dessa forma,
podemos classificar os produtos refratários quanto à matéria-prima ou componente quí-
mico principal em: sílica, sílico-aluminoso, aluminoso, mulita, magnesianocromítico, cro-
mítico-magnesiano, carbeto de silício, grafita, carbono, zircônia, zirconita, espinélio e ou-
tros.
Isolantes Térmicos: Os produtos deste segmento podem ser classificados em:
Fritas e Corantes: Estes dois produtos são importantes matérias-primas para diversos seg-
mentos cerâmicos que requerem determinados acabamentos. Frita (ou vidrado fritado) é
um vidro moído, fabricado por indústrias especializadas a partir da fusão da mistura de
diferentes matérias-primas. É aplicado na superfície do corpo cerâmico que, após a quei-
ma, adquire aspecto vítreo. Este acabamento tem por finalidade aprimorar a estética, tor-
nar a peça impermeável, aumentar a resistência mecânica e melhorar ou proporcionar ou-
tras características.
Estes revestimentos são usados na construção civil para revestimento de paredes, pisos,
bancadas e piscinas de ambientes internos e externos. Recebem designações tais como:
azulejo, pastilha, porcelanato, grês, lajota, piso, etc. A tecnologia do porcelanato trouxe
produtos de qualidade técnica e estética refinada, que em muitos casos se assemelham às
pedras naturais.
7.0- CLASSIFICAÇÃO
Para classificar um produto cerâmico deve-se levar em consideração o emprego dos seus
produtos, natureza de seus constituintes, características texturais do biscoito (massa base),
além de outras características cerâmicas, técnicas e econômicas.
A tabela à frente relaciona os setores cerâmicos, bem como seus produtos, as respectivas
matérias-primas utilizada e seu processo de fabricação.
A partir da matéria-prima utilizada, identificam-se as cerâmicas tradicionais (ou
silicáticas) de base argilosa, tais como cerâmica estrutural ou vermelha, cerâmica branca
e de revestimentos.
São aqueles materiais, na forma de placas usados na construção civil para revestimento
de paredes, pisos, bancadas e piscinas de ambientes internos e externos. Recebem desig-
nações tais como: azulejo, pastilha, porcelanato, grês, lajota, piso, etc.
• louça sanitária
• louça de mesa
• isoladores elétricos para alta e baixa tensão
• cerâmica artística (decorativa e utilitária).
• cerâmica técnica para fins diversos, tais como: químico, elétrico, térmico e mecâ-
nico.
Este grupo compreende uma diversidade de produtos, que têm como finalidade suportar
temperaturas elevadas nas condições específicas de processo e de operação dos equipa-
mentos industriais, que em geral envolvem esforços mecânicos, ataques químicos, varia-
ções bruscas de temperatura e outras solicitações. Para suportar estas solicitações e em
função da natureza das mesmas, foram desenvolvidos inúmeros tipos de produtos, a partir
de diferentes matérias-primas ou mistura destas. Dessa forma, podemos classificar os pro-
dutos refratários quanto a matéria-prima ou componente químico principal em: sílica, síli-
co-aluminoso, aluminoso, mulita, magnesianocromítico, cromítico-magnesiano, carbeto
de silício, grafita, carbono, zircônia, zirconita, espinélio e outros.
Estes dois produtos são importantes matérias-primas para diversos segmentos cerâmicos
que requerem determinados acabamentos. Frita (ou vidrado fritado) é um vidro moído,
fabricado por indústrias especializadas a partir da fusão da mistura de diferentes matérias-
primas. É aplicado na superfície do corpo cerâmico que, após a queima, adquire aspecto
vítreo. Este acabamento tem por finalidade aprimorar a estética, tornar a peça impermeá-
vel, aumentar a resistência mecânica e melhorar ou proporcionar outras características.
7.7- Abrasivos
São três importantes segmentos cerâmicos e que, por suas particularidades, são muitas
vezes considerados à parte da cerâmica.
JAZIDA DE ARGILA
8.1.2-TIPOS DE ARGILA
8.1.2.1. Argila natural: É uma argila que foi extraída e limpa, e que pode ser utilizada
em seu estado natural, sem a necessidade de adicionar outras substâncias.
8.1.2.2. Argila refratária: Argila que adquire este nome em função de sua qualidade de
resistência ao calor. Suas características físicas variam, umas são muito plásticas finas,
outras não. Apresentam geralmente alguma proporção de ferro e se encontram associadas
com os depósitos de carvão. São utilizadas nas massas cerâmicas dando maior plasticida-
de e resistência em altas temperaturas, bastante utilizadas na produção de placas refratári-
as que atuam como isolantes e revestimentos para fornos.
8.1.2.4. Argilas de bola (Ball-Clay): São argilas secundárias muito plásticas, de cor azu-
lada ou negra, apresenta alto grau de contração tanto na secagem quanto na queima. Sua
grande plasticidade impede que seja trabalhada sozinha, fica pegajosa com a água. É adi-
cionada em massas cerâmicas para proporcionar maior plasticidade e tenacidade à massa.
Vitrifica aos 1300°C.
8.1.2.5. Argilas para grês: Argila de grão fino, plástica, sedimentária e refratária - que
suporta altas temperaturas. Vitrificam entre 1250 - 1300°C. Nelas o feldspato atua como
material fundente. Após a queima sua coloração é variável, vai do vermelho escuro ao ro-
sado e até mesmo acinzentado do claro ao escuro.
8.1.2.6. Argilas vermelhas: São plásticas com alto teor de ferro resistem a temperaturas
de até 1100°C porém fundem em uma temperatura maior e podem ser utilizadas com vi-
drados para grês. Sua coloração é avermelhada escuro quando úmida chegando quase ao
marrom, quando biscoitada a coloração se intensifica para o escuro de acordo com seu li-
mite de temperatura de queima.
8.1.2.7. Bentonite: Argila vulcânica muito plástica, contém mais sílica do que alumínio,
se origina das cinzas vulcânicas. Apresenta uma aparência e tato gorduroso, pode aumen-
tar entre 10 e 15 vezes seu volume ao entrar em contato com a água. Adicionada a argilas
para aumentar sua plasticidade. Funde por volta de 1200°C.
Temos o uso da argila em muitos ramos da indústria, que utilizam o material de acordo
com sua propriedade de interesse a atividade tais como:
8.1.4.1. Indústria Farmacêutica: devido a argila ser rica em sais minerais (ferro,
silício e magnésio), que lhe conferem propriedades terapêuticas, assim é usada
para tratamento para cicatrizante e desintoxicação celular.
8.1.4.5. indústria petrolífera. ligada com água para fabricar lodos de perfuração.
8.2.1-Definição
O talco é o mineral mais macio e com menor dureza encontrado no planeta trata-se de
um silicato hidratado de magnésio
2. Organofílicos
3. Inertes
4. Hidro-repelentes
8.2.3.4. Industria de Tintas. O talco é usado como pigmento, para elaborar tintas.
8.3.1-Definição
São rochas sedimentares que contêm minerais com quantidades acima de 30% de carbo-
nato de cálcio (aragonita ou calcita) As principais impurezas que contém o calcário são as
sílicas, argilas, fosfatos, carbonato de magnésio, gipso, glauconita, fluorita, óxidos de fer-
ro e magnésio, sulfetos, siderita,sulfato de ferro dolomita e matéria orgânica entre outros.
A coloração do calcário passa do branco ao preto, podendo ser cinza claro ou cinza escu-
ro. Os calcários, na maioria das vezes, são formados pelo acúmulo de organismos inferio-
8.3.2-Tipos de calcários:
8.3.3-CARACTERISTICA DO MATERIAL
• Solúvel em Água
• Alta Permeabilidade
8.4.1-Definição
3.Industria Cerâmica. Muito utilizavel nesse tipo de industria já que atua como
fundente, pois seu ponto de fusão é menor do que a maioria do outros componen-
tes, servindo de cimento para as partículas das varias substâncias cristalinas, além
de outros aspectos, como as reações físico-químicas.
8.5.1-Definição
8.5.2- CARACTERISTICAS
• Granulometria – é mais grosseira que as dos demais tipos de argila (menos que
0,2 microns);
2. Industria de Tintas;
3. Industria de Borrachas;
4. Industria de Plásticos e;
6. Industria de Perticidas;
8. Industria Farmacêutica;
9. Industria de Alimentícios
8.6- Betonitas
8.6.1- Definição
Argila vulcânica muito plástica, contém mais sílica do que alumínio, se origina das cin-
zas vulcânicas. Apresenta uma aparência e tato gorduroso, pode aumentar entre 10 e 15
vezes seu volume ao entrar em contato com a água. Adicionada a argilas para aumentar
sua plasticidade. Funde por volta de 1200°C, Podendo conter outras argilas em maior ou
menor proporção além de quartzo, feldspatos, pirita ou calcita. Forma-se geralmente por
alteração de cinzas vulcânicas. Contém muitas bases e ferro. Existe vário tipos de betoni-
tas, sua classificação dependerá dos elementos predominantes, tais como K, Na, Ca, e Al,
as mais conhecidas são as betonita sódica e a cálcacica.
• Tixotropia.
Nas matérias-primas:
Nos produtos:
• Ensaio à compressão
• Ensaio a eflorescências
10.0- ARGILOMINERAIS
10.1- INTRODUÇÃO
Na Crosta terrestre, 10 elementos – compõem 99% da composição das rochas. São eles,
• Pedregulhos
• Areia
• Silte
• Argila (argilo-minerais)
Formado por substâncias inorgânicas e orgânicas argilo-minerais, outros minerais não ar-
gilosos (hidróxidos de Fe e Al, quartzo, mica, feldspatos, calcita) húmus e microrganis-
mos.
Dois solos com a mesma granulometria, partículas da mesma forma e estruturas seme-
lhantes podem apresentar comportamento distinto, devido a diferença da composição mi-
neralógica
10.4 -argilomineral
Filossilicatos
10.5-Filossilicatos
A palavra filossilicato deriva do grego phylon, que significa folha; Possuem hábito acha-
tado ou em escamas;
Clivagem basal (001) proeminente à perfeita;As lamelas de clivagem (placas) são flexí-
veis, elásticas ou plásticas, raramente quebradiças.
10.7.1-Caulinita
Al4[Si4O10](OH)8
Menor plasticidade entre as argilas devido a forte ligação entre as camada no plano de cli-
vagem
10.7.2- Haloisita
Camadas sucessivas estão deslocadas aleatoriamente ao longo das direções dos eixos a e
b
Forma tubular
10.7.3-Crisotila
10.7.4-Esmectitas
trocas
A espessura interlamelar varia com a quantidade de água disponível e das moléculas pola-
res
Substituição isomórfica
Propriedades de plasticidade
10.7.5-Ilita ou mica-hidratada
Não expansiva
10.7.6-Clorita
Estrutura cristalina da clorita é por camadas alternadas estruturais do tipo da mica (2:1) e
de brucita (MgOH)
O Mg é substituído por Al e Fe
Pode ser encontrada nas rochas vulcânicas e metamórficas e como argilas em sedimentos
argilosos
10.7.7-Vermiculita
A água interlamelar existe como na montmorilonita e o mineral pode expandir até certo
limite
Biotita tratada com cloreto de magnésio em solução aquosa por longo período se transfor-
ma em vermiculita
10.8-Sistema argila-água
Grau de dispersão:
Grosseiro: partículas diâmetro superior 0,1µm, não passam em filtro comum, visíveis ao
microscópio óptico
Coloidal: partículas diâmetro entre 0,1µm e 0,001µm, passam em filtros comuns, mas
não em ultra-filtros, invisíveis ao microscópio óptico, visíveis ao microscópio eletrônico,
sóis, gelatinas, géis
• Podem ser trocados por reação química ou por outros íons na solução
aquosa
Li+, Na+, K+, Rb+, Cs+, Mg+2, Ca+2, Sr+2, Ba+2, H3O+
Matéria orgânica pode estar presente em argilas sob forma de partículas (madeira, folhas,
etc) ou sob forma de moléculas orgânica adsorvidas nas faces menores dos argilo-mine-
rais
– Argila, feldspato...
10.12-Tipos de matérias-primas
11.0-CERAMICA BRANCA
11.1-DEFINIÇÃO
São produtos cerâmicos obtidos através de argilas quase isentas de óxido de ferro,
apresentando cor branca, rósea ou creme claro quando queimadas a temperaturas usuais
de 950 ou 1250oC.
Contém, ainda, na sua composição: feldspato, caulim e quartzo, dando origem a louças
de pó-de-pedra porosas, com absorção de 15 a 20%, como os azulejos e a louça sanitária
e as louças de grés, com absorção de 1 a 2%, que são as mais usuais para pisos ou revesti-
mentos nas indústrias de cerâmicas de vanguarda, como as porcelanas.
A cerâmica branca geralmente apresenta uma cobertura que é um esmalte cerâmico
constituído de um vidro, um pigmento e um opacificante ou um vidrado.
louça de mesa
cerâmica técnica para fins diversos, tais como: químico, elétrico, térmico e mecâ-
nico.
O setor de cerâmica branca agrupa uma grande variedade de produtos, tais como lou-
ças e porcelanas (utilitárias e decorativas), sanitários e porcelana técnica, que se dife-
renciam, entre outros fatores, pela temperatura de queima e pela composição da mas-
sa, notadamente o tipo de fundente. A massa é do tipo composta, constituídas de
argilas plásticas de queima branca, caulins, quartzo e fundentes (feldspato, filito, ro-
chas feldspáticas, carbonatos).
Uma classificação usual da cerâmica branca baseia-se no teor em peso da água absor-
vida pelo corpo cerâmico:
PORCELANAS:
GRÊS:
O grês é feito a partir de matérias-primas menos puras, podendo incluir rochas cerâmicas
como granito, pegmatito e filito como fundentes, ao invés de feldspato puro. Os produtos
são queimados por volta de 1250 ºC e apresentam absorção de água reduzida (geralmente
entre 0,5% e 3%).Os principais produtos são os artigos sanitários, também denominados
de louças sanitárias, que inclui as diversas
peças de lavatório e higiene.
FAIANÇA:
Os produtos faiança são compostos de massas semelhantes ao grês, mas usualmente po-
dem incorporar, diferentemente da composição do grês, fundentes carbonáticos, portado-
res dos minerais calcita e dolomita. As peças são fabricadas a temperaturas inferiores a
1250 ºC e caracterizam-se pela maior porosidade (> 3%) e menor resistência do que as
porcelanas e o grês. Seus produtos incluem aparelhos de jantar, aparelhos de chá, xícaras
e canecas, peças decorativas etc.
Em alguns casos são utilizados armazéns para as matérias-primas, que são subdivididos
em boxes, silos de armazenamento e secagem.
Estocagem de matérias-primas
A transferência destas matérias-primas para o processo é feita por meio de gruas, correias
transportadoras, elevadores de cubeta, transportadores helicoidais, transpor-tadores pneu-
máticos e esteiras, de acordo com as características do material, como gra-nulometria, re-
sistência ao atrito e ao escoamento, temperatura, quantidade e espaço disponível, e ou-
tros.
O processo de fabricação, propriamente dito, tem início somente após essas operações.
Dessa forma, uma das etapas fundamentais do processo de fabricação de produtos cerâ-
micos é a dosagem das matérias-primas e aditivos, que deve seguir com rigor as formula-
ções de massas previamente estabelecidas. As matérias-primas devem ser adicionadas
em proporções controladas, bem misturadas e homogeneizadas, de modo a conseguir a
uniformidade física e química da massa.
Os diferentes tipos de massas são preparados de acordo com a técnica a ser empregada
para dar forma às peças, e de modo geral podem ser classificadas em:
• Massas secas ou semi-secas, na forma sólida e granulada, para obtenção de peças por
prensagem;
• Massas plásticas, constituída de um sólido maleável, para obtenção de peças por extru-
são, seguida ou não de torneamento ou prensagem.
11.4.3 Moagem
Desta forma, a massa cerâmica é encaminhada aos moinhos por meio de esteiras, geral-
mente por gravidade. Nos moinhos é realizada a moagem, juntamente com água, dando
origem à barbotina. Essa redução da granulometria serve para muitas aplicações, tais
como telhas, paredes, placas de revestimento, produtos refratários e louça de mesa.
O mercado oferece alguns tipos de moinhos, cada um com suas características específi-
cas:
• Moinho de Rolos: são empregados extensamente na indústria pesada da argila para de-
sintegrar, aplainar e homogeneizar as partículas de argila. O equipamento consiste em ro-
los que giram verticalmente posicionados, operando dentro de um anel exterior ao equi-
pamento. A pressão é desenvolvida entre o rolo e o anel por ação centrífuga. A massa
cerâmica pode ser introduzida no moinho com ou sem água, até atingir a granulometria
necessária;
• Moinho Corredor de Borda: são apropriados para reduzir o tamanho das par-tículas de
matérias primas plásticas. As bandejas com base perfurada asseguram a definição dos ta-
manhos das partículas, enquanto que as bandejas molhadas têm a função de permitir o
controle de água no material.
Existem diversos processos para dar forma às peças cerâmicas, e a seleção de cada um
deles depende fundamentalmente das características do produto, tais como geometria e
dimensões deste, propriedades das matérias-primas, fatores econômicos e outros.
• Colagem/Fundição em molde
Usada basicamente quando se tem produtos feitos à base de barbotina, como xícaras e
louça sanitária, esta técnica é realizada despejando-se a barbotina num molde de gesso,
onde permanece durante um certo tempo até que a água contida na suspensão seja absor-
vida pelo gesso do molde e as partículas sólidas se acomodem em sua superfície, forman-
do o que será posteriormente a parede da peça. O produto, assim formado apresentará
uma configuração externa que reproduz a forma interna do molde de gesso. Após a fundi-
ção, os moldes são submetidos à uma injeção de ar comprimido, para expelir a água de
seu interior e permitir que os mesmos sejam reutilizados.
• Prensagem
Consiste na conformação de massas granuladas com baixo teor de umidade por meio de
uma prensa, sendo usada primordialmente na produção de pisos e revestimentos, embora
não se restrinja a esta aplicação.
Existem diversos tipos de prensa que podem ser utilizadas, porém as mais utilizadas são:
- Prensa Hidráulica: mais modernas, as prensas hidráulicas podem fornecer elevada pro-
dutividade, consistência e fácil ajuste. Muitas são providas de unidades de controle ele-
trônico, que aferem a altura das unidades e ajustam automaticamente o ciclo para assegu-
rar a uniformidade do tamanho, permitindo ajustes para uma variedade de exigências, in-
clusive para dar formas a peças refratarias complexas;
• Extrusão
Nesta atividade, a massa plástica é colocada numa extrusora, também conhecida como
maromba, onde é compactada e forçada por um pistão ou eixo helicoidal, através de bocal
com determinado formato. Como resultado obtém-se uma coluna extrudada, com seção
transversal e com o formato e dimensões desejados.
Em seguida essa coluna é cortada, obtendo-se desse modo peças como tijolos vazados,
blocos, tubos e outros produtos de formato regular, como no caso de alguns tipos de iso-
ladores elétricos.
A extrusão pode ser uma etapa intermediária do processo de formação, seguindo-se, após
corte da coluna extrudada, a prensagem como é o caso para a maioria das telhas, ou o tor-
neamento, como para os isoladores elétricos, xícaras e pratos, entre outros.
• Torneamento
11.4.5 Secagem
Após a etapa de formação, as peças em geral ainda contém grande quantidade de água,
proveniente da preparação da massa. Para evitar tensões e, consequentemente, defeitos
nas peças (como trincas, bolhas, empenos, etc) é necessário eliminar essa água de forma
lenta e gradual até um teor suficientemente baixo, de 0,8% a 1,5% de umidade residual.
• Secador Vertical: as peças são introduzidas a uma temperatura de 100ºC, elevada gradu-
almente ao longo do forno. Na parte superior do equipamento há dois queimadores a gás
natural, que aquecem o ar a temperaturas que variam de 125ºC até 170°C, eliminando o
excesso de umidade das peças para aumentar sua resistência mecânica. O material que
deixa o secador vertical na mesma temperatura de sua entrada para evitar choque térmico
com o ar à temperatura ambiente. O ciclo de secagem vertical dura entre 35 e 50 minutos,
e a umidade residual da peça fica em torno de 2%;
• Secador Horizontal: neste caso as peças são introduzidas em diversos planos no interior
do equipamento, e se movem horizontalmente por meio de roletes. O ar quente, que entra
em contracorrente com as peças, é produzido por queimadores situados nas laterais do
forno, sendo que a temperatura máxima desse tipo de instalação é maior do que no caso
dos secadores verticais, e os ciclos de secagem menores (entre 15 e 25 minutos);
Após a secagem, a maioria dos produtos recebe uma camada fina e contínua de um mate-
rial denominado esmalte ou vidrado, que após a queima adquire aspecto vítreo. Esta ca-
mada contribui para o aspecto estético, higiênico e melhora algumas das propriedades fí-
sicas, principalmente de resistência mecânica e elétrica.
A composição dos esmaltes (vidrados) é bastante variada, e sua formulação depende das
características do corpo cerâmico, das características finais do esmalte e da temperatura
de queima. Sua preparação ocorre na forma de uma suspensão aquosa, cuja viscosidade é
ajustada para cada tipo de aplicação.
Os esmaltes (vidrados) podem ser do tipo cru, esmalte de fritas ou uma mistura de ambos:
- Esmalte de Fritas: diferem dos crus por terem em sua constituição um material denomi-
nado “frita”, composto vítreo insolúvel em água que é obtido por fusão e posterior resfri-
amento brusco de misturas controladas de matérias-primas. O processo de fritagem impli-
ca na insolubilização dos componentes solúveis em água após tratamento térmico, em ge-
ral entre 1300ºC e 1500ºC, quando ocorre a fusão das matérias-primas e a formação de
um vidro. Os esmaltes contendo fritas são utilizados em produtos submetidos a tempera-
turas inferiores a 1200ºC.
A aplicação dos esmaltes no corpo cerâmico pode ser realizada de diferentes maneiras, e
sua escolha depende da forma, tamanho, quantidade e estrutura das peças, incluindo tam-
bém o efeito que se deseja obter na superfície esmaltada. Entre estas técnicas po-demos
citar: imersão, pulverização, campânula, cortina, disco, gotejamento e aplicação em cam-
po elétrostático. Em muitas indústrias, e dependendo do segmento cerâmico, o setor da
esmaltação é totalmente automatizado.
Muitos materiais também são submetidos a uma decoração, a qual pode ser feita por di-
versos métodos como serigrafia, decalcomania, pincel e outros. Nestes casos são utiliza-
das tintas que adquirem suas características finais após a queima das peças.
A decoração através de telas (silkscreen) é uma das técnicas mais difundidas, devido à fa-
cilidade da aplicação nas linhas de vitrificação. A técnica consiste em imprimir a decora-
ção por meio de uma ou mais telas que contém aberturas apenas na região do desenho a
ser reproduzido e por onde as tintas penetram pela força de um rolo, imprimindo assim a
figura desejada na superfície da cerâmica.
Outra forma de decoração bastante utilizada é a de rolo, que consiste numa seqüência de
três rolos por onde as peças passam e recebem a decoração.
11.4.7 Queima
Em função do tipo de produto, o ciclo de queima nas três fases pode variar de alguns mi-
nutos até vários dias. Durante esse tratamento ocorre uma série de transformações em
função dos componentes da massa, tais como: perda de massa, desenvolvimento de novas
fases cristalinas, formação de fase vítrea e a soldagem dos grãos. Desta forma, em função
As reações provocadas nas várias etapas do ciclo de queima, constituem a base das segu-
intes conversões físicas e químicas:
- ~ 200°C: elimina-se a água coloidal, que permanece intercalada entre as pequenas partí-
culas de argila;
Os fornos utilizados, em geral, são do tipo contínuos (cameras hoffmann, tunel, rolamen-
to) ou intermitentes (periódicos).
11.4.8 Acabamento
Normalmente, a maioria dos produtos cerâmicos é retirada dos fornos, inspecionada e re-
metida ao consumo. No entanto, alguns produtos requerem processamento adicional para
atender a algumas características que não são possíveis de serem obtidas durante o pro-
cesso de fabricação. O processamento pós-queima recebe o nome genérico de acabamen-
to e pode incluir polimento, corte, furação, entre outros.
12.1- INTRODUÇÃO
Os produtos da cerâmica vermelha caracterizam-se pela cor vermelha de seus produtos,
representados por tijolos, blocos, telhas, tubos, lajes para forro, lajotas, vasos ornamen-
tais, agregados leve de argila expandida e outros.
EXTRAÇÃO DA ARGILA
• Desintegradores: Nessa fase, a umidade deverá variar entre 16% e 25%, para evi-
tar perdade eficiência.
DESINTEGRADOR
MISTURADOR
LAMINADOR
EXTRUSORA OU MAROMBA
CORTADOR AUTOMÁTICO
12.2.4- Queima: Peças secas são submetidas aos fornos para adquirirem as características
e propriedades desejadas. A queima pode ser feita nos seguintes tipos de fornos:
• Chama direta – tipo caipira, garrafão e caieira;
• Chama reversível – tipo abóboda, Catarina, Corujinha e Paulista;
• Contínuos – do tipo Hoffman;
• Túnel;
• Plataforma (intermitentes);
• Vagão ou gaveta.
Todos esses tipos podem usar como material de combustão: lenha,bagaço de cana, óleo
combustível, etc.
FORNO
12.2.5- Estocagem e expedição: Depois de retirados do fornos as peças passam por uma
seleção, sendo retiradas as peças defeituosa para descarte.
ESTOCAGEM E EXPEDIÇÃO
13.1- CARACTERISTICAS
São materiais capazes de suportar altas temperaturas sem perca de suas propriedades físi-
co-químicas (resistência, condutividade térmica e elétrica).
• Pouco fundente;
• Pequena vitrificação;
• Baixa porosidade;
Nos refratários isolantes, quanto maior a porosidade, quanto maior a porosidade, maior a
eficiência.
• Neutros: Argila
Os tijolos com menor expansão térmica, a textura mais grosseira são mais resistentes a rá-
pida mudança de temperatura.
• Fabricação de refratários:
• Moagem;
• Peneiramento;
• Mistura;
• Prensagem e reprensagem;
• Secagem;
• Queima ou vitrificação.
14.0-REFERENCIAS BIBLIOGRAFIAS
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!