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Prof. Rasiah Ladchumananandasivam, B.Sc., M.Sc., PhD, AUMIST., CText FTI., FRSA.,
CCOL FSDC., SENIOR MEMBER AATCC.
NÃOTECIDOS
FICHA CATALOGRÁFICA
Nãotecidos
Nãotecidos - Prof. Dr. Rasiah Ladchumananandasivam, PhD., CText FTI iii
Prefácio
CONTEÚDO
Página
1.0 NÃOTECIDOS 1
1.1 Introdução 1
1.2 O termo “Nãotecido” 2
2.0 PROPRIEDADES E AS CARACTERÍSTICAS DOS NÃOTECIDOS 4
2.1 Mecanismos de deformação dos tecidos têxteis e nãotecidos 4
3.0 ESTRUTURA DOS NÃOTECIDOS 7
4.0 CLASSIFICAÇÃO DOS NÃOTECIDOS 9
4.1 Os princípios da classificação 10
4.2 Termos e definições 11
4.3 Padrões de classificação dos tecidos nãotecidos 11
5.0 IDENTIFICAÇÃO DOS TECIDOS NÃOTECIDOS 14
5.1 Identificação dos métodos de produção da camada fibrosa básica. 14
5.2 Teste e avaliação dos tecidos nãotecidos 15
5.3 Critério principal da avaliação dos tecidos nãotecidos 16
6.0 ADESÃO E LIGAÇÃO 17
6.1 Mecanismo de ligação 19
6.2 Fatores que influenciam o processo de ligação 20
7.0 MATERIA PRIMA FIBROSA 21
7.1 As funções das fibras no nãotecido 21
7.2 Perfil das fibras 25
7.3 Fibras para fabricação de papel 27
7.4 Fibras de vidro 27
8.0 TECNOLOGIA DE PRODUÇÃO DE NÃOTECIDOS 27
8.1 Produção do Véu 28
8.2 Sistemas Mecânicos 30
8.3 Sistemas pneumáticos 34
8.4 Sistemas diretos de polímero a manta através de fiação por fusão. 45
8.5 Sistema úmido de estiramento (sistemas hidrodinâmicos, sistemas de 48
estiramento pelo afastamento).
8.5.1 Processos 48
8.5.2 Produção do véu – fusão e sopro 50
1. NÃOTECIDOS
1.1 Introdução
Aspectos econômicos;
A possibilidade de aplicar os produtos e desenvolvimento de outras áreas i ndustriais.
Os nãotecidos se encontram das mais variadas qualificações e diferentes
características. Utilizados com grande freqüência, os produtos nãotecidos muitas vezes
passam despercebidos. São muito versáteis e podem ser em várias maneiras, usados em
combinação com outros materiais.
Os não tecidos podem ser encontrados no lar: como panos de mais diversas
variedades possíveis, no polimento, na limpeza ou para enxugamento. Alguns exemplos são:
saches de chá, café, filtros de óleo, toalhas de mesa, guardanapos, como protetores das
máquinas / equipamentos, na decoração como papel de parede, pisos, carpetes, cortinas e
persianas e na cama, mesa e tantos outros produtos.
Encontram-se nãotecidos na higiene pessoal como, absorventes, fraldas descartáveis
e de incontinência urinária, lenços úmidos para higiene, lenços refrescantes, removedores de
maquiagem, etc.
Na área médica, nos hospitais como roupas descartáveis na indumentária médica,
máscaras, toucas, aventais, luvas, protetores de calçados e nas ambulatoriais, como
fronhas, campos operatórios, bandagens, curativos, etc.
No setor do vestuário, como entretelas, cós, lapelas, calçados, componentes e como
matéria primam para calçados e tênis, palmilhas, forros, cabedais, reforços, nas roupas
infantis, nas roupas protetoras e do ambiente.
Outra grande área em que os nãotecidos são empregados em grande escala é o
setor automobilístico. Neste setor os usos são como revestimento interno para laterais,
forros, tetos, porta pacotes, tapetes, estofamento, como material isolante térmico, material de
isolante acústico também como separador de baterias, filtros de óleo, ar e combustível.
No setor de engenharia, na construção de estradas, barragens, canalizações,
controle de erosão e proteção de meio ambiente. Também no setor de saneamento,
impermeabilização, canais de irrigação, aeroportos, ferrovias, portos e isolamento térmico e
acústico nos prédios. Usados em grande escala como filtrantes para líquidos e gases. Na
confecção de cabos elétricos e fitas adesivas. Plásticos reforçados para barcos, tubulações e
peças técnicas, abrasivos, correias, etiquetas, disquetes para computador, pisos plásticos,
envelopes, etc. Na indústria moveleira, como suporte para laminação de plásticos, malas,
bolsas, revestimento de colchões, etc.
No setor de comércio, como material de embalagens, sacos e fitas decorativas, folhas
de invólucros de calçados e presentes, revestimentos para estojos e na decoração de
vitrines.
Nãotecidos - Prof. Dr. Rasiah Ladchumananandasivam, PhD., CText FTI 3
Tecidos laminados: tecidos têxteis feitos pela laminação de pelo menos uma das
camadas com outras camadas têxteis ou camadas não têxteis. As camadas podem ser
juntadas mecanicamente ou pela colagem de adesivo.
Princípios técnicos da produção de nãotecidos: os princípios de amarração ou
colagem da camada fibrosa original que resulta na formação da estrutura característica tais
como:
Amarração das fibras entre si baseado nas propriedades de feltragem da lã ou da
tendência para feltrar das fibras celulósicas ou da fibrilação das fibras sintéticas nos
sistemas de processos úmidos.
Amarração de feixes de fibras na máquina agulhadeira ou na máquina de colagem
por costura sem os fios de amarração.
Amarração com um sistema de fios de amarração na máquina de colagem por
costura.
Amarração por segmentos baseados na impregnação dos veios de fibras com
dispersões adesivas.
Amarração por aglomeração baseado na colagem com fibras termoplásticas, pó,
filmes.
Amarração por pontos baseado na colagem das fibras multicomponente.
Tecnologia da produção: especificações do princípio da produção dos nãotecidos
com a indicação do método de aplicação do elemento da colagem (adesivo) e a formação da
estrutura de colagem ou o desenvolvimento da adesão.
Formação mecânica da camada da fibra (veio): preparação de uma camada de
fibra nas cardas convencionais com aparelho mecânico que forma o veio, isto é, a formação
de disposição paralela, cruzada ou aleatória de veios da fibra.
Formação pneumática da camada da fibra: preparação da camada da fibra
baseada na deposição das fibras singelas do ar de um cilindro perfurado ou de uma tela.
Formação eletrostática da camada da fibra: preparação da camada da fibra
dentro de um campo eletrostático.
Formação pelo deslocamento da camada da fibra (processo úmido); preparação
de uma camada de fibra baseada na deposição de fibras pelo deslocamento de uma
suspensão de água num cilindro perfurado ou uma tela.
poder diferir largamente para que o termo nãotecidos cobre realmente os tecidos têxteis
baseados na colagem mecânicas das camadas dos veios e têxteis baseados na colagem
adesivas das camadas de fibras bem como colagem mecânica e adesiva dos tecidos
laminados formados por diferentes camadas de têxtil e não têxtil. É difícil de especificar
qualquer característica comum ou propriedades comuns para os produtos tão variados na
formação e da estrutura.
Acralen 4266
Acaralen AB
Tensão (g/den)
Polibutilacrilato
% extensão
Figura 1- Tensão-deformação para nãotecidos por colagem contendo fibras de raion
viscose cortadas com diferentes adesivos.
As propriedades físicas dos nãotecidos são influenciadas pelo tipo e forma, o grau de
processamento do tecido convencional recebeu, das fibras bem como pela microestrutura do
tecido, isto é o método de ligação ou colagem e pelas propriedades do próprio adesivo. È
evidente, então que as propriedades dos nãotecidos variarão dentro de uma faixa grande.
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viscose
acetato
p/den
poliamida
acrílico
% Extensão
Figura 2- Tensão-deformação dos tecidos de diferentes fibras colados com
poliacrilato (Acralen AB).
No caso dos nãotecidos por agulhagem é ilustrado na seguinte forma.
Propriedades da fibra Estrutura do véu de Condições de
fibra agulhagem
Propriedades do
nãotecido agulhado
Da mesma forma no estudo das propriedades dos nãotecidos por colagem mostra as
seguintes variáveis:
Propriedades das Propriedades do Estrutura do véu Condições de
fibras adesivo (tipo da preparação colagem
do véu)
A rigidez da flexibilidade dos tecidos pode ser atribuída pela alta liberdade de
movimento pelas fibras individuais e a alta rigidez a flexão dos nãotecidos vem da baixa
mobilidade das fibras individuais que são colados por resinas. No final pode dizer que a
colagem oferece alta resistência tensil adequada ao nãotecido, simultaneamente ofusca o
movimento relativo das fibras individuais que tem o efeito adverso nas propriedades de
flexão dos nãotecidos.
A resistência e a rigidez dos nãotecidos colados são diretamente relacionadas com:
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2. Sistemas de ligação por adesivos baseados na formação dos pontos sólidos entre
as fibras. Depende da forma dos pontos de ligação eles podem ser separados em:
i) Estruturas de segmentos
ii) Estruturas de aglomeração
iii) Estruturas de pontos em que os pontos de ligação são formados somente
nos pontos de cruzamento das fibras.
iv) Estruturas de áreas controladas
v) Estruturas de áreas aleatórias.
O ponto característico dos todos os sistemas de ligação por meio de adesivos é a
resistência das ligações que não permitem qualquer liberdade de movimento
(deslocamento) das fibras individuais, para que as fibras não possam ser isoladas do
tecido colado sem risco de danos. A maior ou menor rigidez das ligações é determinada
pelas propriedades do adesivo, que pode formar, do ponto de vista da estrutura, e da
elasticidade, ligações do tipo:
Uma junção do tipo elástico, ou
Um tipo sólido de acoplamento.
A dureza e outras propriedades mecânicas dependem da distribuição dos pontos de
ligação e os seus números.
si, e das propriedades necessárias para uma camada básica da fibra que é determinada
pela orientação das fibras nela ou a chamada estrutura da camada da fibra.
O método de preparação da camada da fibra (ex. um véu de fibra) afeta a
estrutura e ele influencia as propriedades do tecido nãotecido, como ele mais ou menos
ajuda (acompanha) na formação das ligações mecânicas ou adesivas sem ter, todavia,
qualquer influência decisiva nos tipos das ligações. Isto não significa que, claramente,
diferentes métodos de preparação da camada de fibra sempre darão os produtos finais
com propriedades semelhantes. As ligações formadas são determinadas pelos relevantes
processos de reforços (mecânica ou adesiva) e é típica da estrutura do tecido nãotecido e
como ele determina suas propriedades, ele foi escolhido como a característica que
distingue os tipos individuais dos tecidos nãotecidos.
A estrutura básica dos tecidos nãotecidos, isto é, a estrutura como vista nos
pontos de ligação formados entre o adesivo e as fibras pode ser desenvolvida pelas
técnicas de processamento numa macro-estrutura do tecido ligado nas alternativas
subseqüentes.
Macro Estrutura:
então reforçado nos estágios subseqüentes da produção, ex. pelo sistema de ligação
mecânica, pelo sistema de ligação por adesivo, ou num processo de laminação.
O diagrama de produção das camadas das fibras define os métodos de
processamento das fibras pelas propriedades principais das fibras que determinam sua
processabilidade ou não processabilidade num dado sistema de processamento, e que
determina a formação característica da estrutura da camada fibrosa para um tecido
nãotecido que pode ser identificado. O método usado na produção de uma camada
fibrosa para um tecido nãotecido pode ser então, deduzido do caráter da fibra e a
orientação na qual é examinada quando for ampliada num microscópio ótico ou
microscópio estéreo.
Os testes dos nãotecidos devem ser considerados sob dois pontos principais:
O controle da operação e o controle de qualidade;
As propriedades da resistência com relação aos seus usos finais.
a) Testes físicos:
Resistência tensil, resistência à explosão, resistência ao rompimento, resistência ao
rasgo.
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Massa superficial
Resistência à flexão
Uniformidade do sistema fibrosa (véu)
b) Testes de durabilidade de uso:
recuperação dos vincos, retenção da forma, resistência ao lavagem a seco e
lavagem, permeabilidade de ar, absorção da umidade (velocidade e quantidade) e
descamação.
c) Propriedades dimensionais:
Massa superficial (amostra de 10x10cm);
Espessura (área de contato 1cm2, carga 52,27kg/cm2);
Uniformidade de espessura (coeficiente de variação estabelecida por 20 medidas)
Massa volume (g/cm3);
d) Propriedades da aparência:
Aparência (aumento fotográfico);
Desenvolvimento da deformação (curva de tensão-deformação) relacionado a
massa da amostra tex/mm);
Modulo inicial;
Tensão elástica de alongamento;
Curva de Resistência – extensão;
Relaxamento (solta após 5 minutos);
Elasticidade;
Resistência à explosão;
Flexão, cisalhamento, caimento e amarrotamento;
Propriedades anisotrópicas dos tecidos nãotecidos.
e) Propriedades tecnológicas:
Processabilidade nas máquinas de costura;
Compatibilidade com outros tecidos têxteis;
Temperatura de passar ferro;
Capacidade de forma;
f) As propriedades básicas necessárias para determinar a resistência ao uso são:
Resistência do tecido
Resistência tensil
Alongamento
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Resistência à explosão
Propriedades elásticas
Dureza
Resistência à flexão
Recuperação ao amarrotamento
Amarrotamento
Estabilidade dimensional
Propriedades fisiológicas
Permeabilidade
Permeab9ilidade ao vapor
Capacidade de remoção da umidade
Propriedades que determinam a durabilidade do produto
Resistência à tensão de flexão repetitiva
Resistência às altas temperaturas
Resistência ao envelhecimento
Estabilidade na lavagem
Estabilidade na lavagem a seco.
Além destes testes típicos citados acima deve-se ter cuidados na seleção das
amostras, seus números e tamanho, condicionamento das amostras.
Os testes e avaliações dos tecidos nãotecidos são um processo vivo e ancorado
num sistema estabelecido dos testes dos materiais têxteis e/ou outros sistema planos
flexíveis como filmes, couros e papeis.
A coerência entre duas superfícies ligadas ou ligação entre uma fibra sólida e o
adesivo é geralmente entendido como adesão. A coerência de duas superfícies sólidas,
isto é, fibras ou camadas planas ligadas com adesivo, é, todavia, determinada não
somente pela adesão, mas também pela coerência da camada ligada ou sua coesão.
O que resulta que, se as fibras iam ser ligadas firmemente com um adesivo, uma
ligação forte, mecânica ou química deve ser formada entre o adesivo e a fibra enquanto a
camada adesiva da fibra deve possuir boas propriedades mecânicas. Então, a coerência
de um produto será determinada pela harmonia dos dois tipos de ligações envolvidas, isto
é, as forças adesivas que atuam na interface de contato e as forças coesivas que atuam
na camada da ligação.
Se as superfícies a serem ligadas são rugosas e se a capacidade de ligação
depende do tempo de contato e o tipo do adesivo, as propriedades reológicas do adesivo
e a relação do tempo da curva de tesão-deformação devem ser levadas em consideração.
Igualmente é importante o arranjo geométrico dos pontos de ligação.
O problema da quantidade ótima dos adesivos a serem usados está ligado ao
termo “superfície crítica de contato” O seu tamanho é expresso pela seguinte relação:
Re sistência tensil das fibras
Superfície crítica de contato ( g )
g
Adesão 2
mm
A relação serve para calcular em que proporções do comprimento total das fibras
devem ser interligadas se a superfície total para mostrar a mesma resistência como das
fibras usadas.
Como a adesão torna-se uma parte integral do produto final, é importante que as
propriedades mecânicas e químicas tenham compatibilidades com as propriedades das
fibras.
A natureza da adesão ou a natureza das forças que atuam entre duas superfícies
podem ser avaliadas basicamente pelas seguintes teorias:
Molecular e química
Elétrica
Dispersiva
As teorias moleculares e a química explicam a adesão entre polímeros,
principalmente como a função da interação molecular e química dos grupos funcionais
nas superfícies ligadas. Também pode atuar o fenômeno eletrostático, bem como o
fenômeno de difusão.
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Uso final do nãotecido Algodão La Linho Viscose Acetato Triacetat Poliamid Poliacrilo Poliéster Cloreto
de o de a nitrilo de
celulose celulose polivinila
Filtros para
Ar 3 5 5 3 3 5 0 0 3 5
Combustível 3 5 5 4 4 5 0 0 3 5
Óleo 2 3 5 3 3 0 0 0 3 5
Água 2 5 3 4 4 4 0 0 3 5
Leite 1 5 5 2 2 0 0 0 3 5
Produtos químicos 4 5 5 4 4 3 2 2 2 3
Automóveis
Enchimento para poltronas 4 1 5 1 1 3 0 0 0 5
traseiras
Colchão 4 1 5 3 3 3 1 3 1 5
Forro para portas 4 1 5 1 1 0 0 0 0 5
Forro para teto 4 1 5 1 1 0 0 0 5
Papel de parede 3 5 5 3 3 3 1 2 2 5
Material de embalagem 3 5 2 1 1 0 0 0 0 5
(sacos, sacolas)
Entretelas 2 5 5 3 3 - 2 2 2 2
Lonas 4 5 5 3 3 3 1 - 2 5
Embalagens-fita de 1 3 5 2 2 0 0 0 0 5
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vedação
Fitas para isolamento 4 5 2 3 3 2 1 1 1 3
Lenços industriais 1 5 3 3 0 0 0 0 0 5
Isolamento nas 3 3 3 2 2 0 1 - 2 5
construções
Isolamento acústico 3 3 3 2 3 3 5 5 5 5
Encaixes plásticos 4 3 5 4 4 4 2 2 1 5
Vestuário
Bainhas 3 1 5 3 3 3 2 2 2 3
Entretelas 3 3 5 3 4 3 1 1 1 2
Forro 3 3 4 3 4 3 1 1 1 5
Tecido 3 2 5 3 3 3 2 2 2 3
Sapatos e couro
Rosto do sapato 4 3 5 3 3 3 1 2 2 5
Palmilha 3 3 5 3 3 0 2 - 0 5
Counters 3 5 5 2 2 3 2 - 3 3
Couro artificial (objetos de 4 5 5 3 3 3 1 2 2 3
fantasia, bolsa de mão etc.)
Cama
Lençol 3 3 5 3 3 3 2 1 2 5
Enchimento de colchão 3 2 5 2 2 0 0 0 0 5
Enchimento de fronhas 4 3 5 4 3 4 3 2 2 5
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Saco de dormir 4 3 5 4 4 4 3 1 2 5
Casa, decoração
Cortinas 3 5 5 2 3 3 2 2 2 5
Drapejado 4 2 5 2 3 3 2 2 2 5
Toalhas 1 5 2 3 2 0 0 0 0 5
Pano para limpeza 3 5 3 3 3 3 2 2 2 3
Adorno, enfeite, trança 3 5 3 3 3 3 2 2 2 3
Lenços 3 5 3 2 3 0 2 2 2 5
Cobertura para malas 2 5 2 2 2 0 2 0 0 5
Tapetes 4 2 2 4 4 4 2 2 2 4
Abajur 3 5 5 2 2 2 1 - 3 5
Material sanitário 1 5 5 2 3 3 5 5 5 5
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oco
Acetato de celulose tipo estrela
Produção do véu
Método de acabamento
6. A coesão das camadas individuais deve ser suficiente para que não ocorra
descascamento ou delaminação dos nãotecidos pelo processo de colagem
adesiva ou ligação mecânica durante flexão e/ou no vestuário.
Os véus fibrosos podem ser produzidos das seguintes formas:
Sistemas mecânicos
Sistemas aerodinâmicos
Sistemas hidro-dinâmicos
Num campo eletrostático.
Os requisitos necessários que podem satisfazer estes métodos são:
Superfície da massa
Volume da massa
Número das camadas individuais que formam o sistema fibroso
resultante
A orientação no sistema fibroso resultante pode prevalecer:
Longitudinal
Cruzado
Longitudinal e cruzado
Aleatório (na maioria plana).
Os fatores que afetam as propriedades da camada fibrosa:
As propriedades da camada fibrosa largamente afetadas pelas propriedades
das fibras.
Quantidade das fibras na superfície ou volume unitário da camada
O arranjo das fibras na camada, a sua estrutura.
Propriedades características das diferentes camadas de fibras
Item Descrição Véu cardado Véu de fibra Véu
sanduíche
01 Sistema fibroso Camada
fibrosa
02 Material constituinte Fibras têxteis
03 Técnica de processamento Através de abertura sem entrelaçamento
mecânico ou interligação.
04 Massa superfície Uniforme como
requerido
05 Espessura Uniforme como
requerido
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Fardo de fibras
Setor de abertura
Carda
Figura - 8.1 - Estiramento descontínuo do véu numa esteira sem fim com
orientação das fibras na direção longitudinal
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Figura 8.2 – Estiramento do véu das cardas organizadas em série com orientação
das fibras na direção longitudinal
Véu
Figura 8.3 - Estiramento do véu das cardas com orientação das fibras na direção
longitudinal
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Carda
Véu
Figura 8.6.- Estiramento do véu numa camada de véu vertical no processo contínuo.
Os efeitos das condições dos diferentes processos na orientação das fibras no véu
são mostrados nas Figuras 8.10 (a) e 8.10 (b)
A B C D E
1. Esteira
2. Esteira alimentadora inclinada
3. Esteira separadora
Figura 8.12.- Sistema de alimentação na máquina pneumática de formação do véu.
1. Esteira alimentadora
inclinada
2. Esteira de separação
(stripper)
3. Rolo alimentador
4. Tela
5. Eixo carregador
6. Cilindros de
carregamento
7. Tambor de telas
1. Eixo carregador.
2. Cilindros de
carregamento.
3. Sistema de rolo
alimentador
4. Tambor apanhador com
cobertura metálica.
1. Sistema de alimentação
combinado
2. Rolo apanhador
3. Tambor de tela com cobeertura
4. Esteira de entrega do véu
1. Sistema de alimentação
2. Cilindros de carregamento com
cobertura metálica
3. Tambor de tela com cobertura
4. Esteira de entrega do véu.
1. Sistema de alimentação
2. Cilindros de carregamento com
cobertura metálica
3. Tambor de tela com cobertura
4. Esteira de entrega do véu.
1. Doffer
2. Diffusor
3. Tambor de tela
4. Cortina de ar
5. Cilindro de pressão
6. Sistema de sucção de ar
7. Esteira de entrega
(Extrusão)
POLÍMERO
Fiação por sopro Fiação por fusão Outro
(spunbonded)
Filamentos quebrados, Etc. Extrusão da fibra Fibrilado, etc.
Preparação do véu
(filamentos depositados na esteira)
Reforço
Ligação do véu
Calandragem
Impregnação
Estamparia
Acabamento
Etc.
Tecido
Figura 8.23 Categoria da extrusão do polímero dos nãotecidos
Nãotecidos Prof. Dr. Rasiah Ladchumananandasivam 53
EXTRUSOR
Spray adesivo
Ar
Calor + Pressão
Agulhadeira
Vácuo
Figura 8.24 Técnicas variadas o véu de ligação com véus, direto da fiação
por fusão.
A fieira 1 alimenta o véu na agulhadeira.
Da fieira 2, os filamentos são puxados através de um corrente de ar e então
borrifados na esteira na forma aleatória. Dois cilindros aquecidos aplicam calor e
pressão e ligam os filamentos termoplásticos entre si para formar um tecido sem
adesivos.
Da fieira 3 os filamentos são dispersados num tecido numa esteira. Este se
torna como parte do tecido durante a ligação.
Também existe a possibilidade de aplicar uma corrente elétrica nos filamentos
para influenciar a distribuição e a orientação dos mesmos.
A linha 4 utiliza uma fieira rotativa e o uso de uma unidade de spray para
oferecer a adesão do ligante.
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8.5.1 Processos
O processo Monsanto para autoligação dos filamentos de náilon 6.6 pela
exposição ao gás hálito de hidrogênio. Neste processo as fibras são preparadas para
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ligação pelo aumento da umidade do regain pelo menos 25 sobre o peso e a manta é
submetida à atmosfera gasosa contendo menos de 2% de volume de gás hálito de
hidrogênio e mais de 0,5% do volume de vapor. Mas, menos do ponto em que as
formações de gotículas começam a aparecer (dew point) da mistura do gás e o vapor
para que as fibras possam aumentar a porcentagem de regain no mínimo em 3% e
absorver pelo menos 2% do gás hálito hidrogênio. A ligação é completada pela
pressão das fibras neste estado e subseqüentemente a remoção do gás.
O processo de Akzo produz uma manta resiliente, com superfície suave pela
extrusão pela faixa de orifícios numa fieira e a passagem dos filamentos através das
guias inclinados num banho de água. A manta é retirada numa velocidade menor do
que a velocidade em que os filamentos são extrudados e então as lupas são
formadas. Tal estrutura, após a corrugação forma o núcleo da esteira de material de
drenagem, Enkamat do Akzo Colbond CX 1000.
papel, ou ligados nos pontos discretos (faixa de massas 33,9 – 54,2 g/m2) resultam
num produto suave, mais flexível. Resulta de uma mobilização das fibras não ligadas.
Neste caso, a área ligada será entre 2 e 6% da área total da folha. Quando for
necessário obter produtos com permeabilidade de ar, existem com inúmeros orifícios
perfurados. Agulhagem hidráulica do Tyvek, na formação de uma tela de mesh finos
para suporte das telas também aumenta a permeabilidade e transforma a superfície
dos filtros em filtros de profundidade. Tyvek já foi usado como filtro de munições e
como suporte para membrana de gel permeável à água que é usada na ultrafiltração.
Um tratamento posterior na melhoria da permeabilidade para aplicações como filtração
ou drenagem do campo envolve imersão numa solução de agente de molhagem e
então numa dispersão de óxidos metálicos e um ligante que é seguida pela secagem
abaixo de 115oC. O uso significante dos produtos Tyvek é como embalagem
esterilizada para vestuário de sala de cirurgia e limpeza das salas. Os métodos de
testes das propriedades como barreiras são: testes de desafio dos microorganismos,
determinação da permeabilidade para gás óxido de etileno, que é usado na
esterilização e teste de coleta de ar para determinar a capacidade de filtração das
partículas destes tecidos.
Typar estruturas de polipropileno são fortes e resistentes com a massa de 67,8
– 118,7 g/m2, que foram inicialmente desenvolvidos para tecido de base para tapetes.
Estes tecidos substituíram o uso de tecidos de juta como tecido base para tapetes. È
importante que um tecido de juta de 339g/m2 tenha a resistência menor que um tecido
de estiramento de fusão de 101,7g/m2. Um outro produto da Kimberly Corporation, o
nãotecido de polipropileno de estiramento de fusão que é vendido principalmente para
fabricantes de camas para uso em colchões, em travesseiros, apoio aos edredons e
forros. Netas aplicações, a propriedade excelente de remoção de manchas exibida
pelo polipropileno é uma vantagem sobre as outras fibras. A mesma empresa prod uz
produtos destinados a estruturas laminadas, envolvendo materiais de estiramento de
fusão e outros véus. Absorção dos fluidos e a retenção do mesmo, com a superior
absorção de energia.
Os tecidos de estiramento de fusão são feitos de diferentes tipos de fibras
numa faixa grande de pesos e podem ser ligados para formar uma variedade de
tecidos parecidos com papel até relativamente grossos e volumosos. Os tecidos têm
aplicação na área de engenharia civil na construção de estradas e na aplicação de
drenagem e são conhecidos como geotêxtil. Um produto interessante que é usado na
fabricação de material para drenagem vertical, é o CX 1000 material produzido pela
Colbond na Holanda. (Figura 8.25).
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1. Sistema dos fios de urdume 2. sistema de estiramento dos fios por vai-vem 3. movimento vai-
vem 4. Calandra (adesivo para reforço) 5. sistema de fios de sobreposição
Figura 8.30 Sistema de estiramento de precisão dos filamentos
individuais numa camada fibrosa.
1. Tambor de tela 2. Tela para padrão 3. Bicos do tipo vai-vem 4. Esteira alimentador do véu 5.
Saída do véu estruturado
Figura 8.32 Desenhos secundários de um véu de filamento por meio de
corrente de ar.
1. Tambor de tela 2. Tela guia 3. Véu do filamento 4. Bicos de água 5. Véu estruturado
Figura 8.33 Ordenamento secundário de véu de filamento por meio de
corrente de água.
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As tábuas são perfuradas para coincidir com as posições das agulhas na tábua.
O véu deve ser apoiado até que ele passe no espaço entre as duas tábuas (D e E na
figura). A tábua é um pouco inclinada para dar espaço ao véu volumoso na entrada. A
tábua ou mesa inferior dá apoio ao véu durante a agulhagem e o espaço entre as
tábuas pode ser ajustado para acomodar o espaço, dependendo da espessura do véu.
Após a agulhagem o tecido é retirado pelos cilindros de retirada. A ação destes
cilindros pode ser contínua ou intermitente. A desvantagem desta máquina é que, se a
velocidade de retirada do tecido e a velocidade de agulhagem não foram
sincronizadas até um certo tempo, as agulhas podem ficar mais tempo no véu, o que
resulta em estiramento do tecido e aranhões na superfície do tecido. Esta
possibilidade aumenta quando a profundidade em que as agulhas devem trabalhar
aumenta.
O elemento principal funcional é obviamente a agulha. As interligações das
fibras por meio destas agulhas com barbelas quando penetram o véu, para cima e
para baixo, podem segurar um feixe de fibras (normalmente 10 a 20) e puxar através
da camada do véu.
Pelo uso de modelos dimensionais uma relação entre os módulos do produto e
o módulo das fibras foi deduzida pelo Hearle e outros, que pode ser uma guia na
avaliação dos tecidos agulhados.
módulo do tecido
funçã o da or ientaçã o 1 (1 a )12
Lt
R
módulo da fibr a
funçã o da or ientaçã o
1
2
(1 a ) se Ra Lt .10
Lt
R
Onde,
a – raio da fibra; R – raio da curvatura do caminho da fibra
µ - coeficiente de fricção L – comprimento da fibra
t – espessura do tecido.
número de agulhas
densidade.de agulhagem (cm ) 2 largura unitária(cm) da tábua
movimento do véu
ciclo do tear (cm)
onde
movimento do véu velocidade da passagem (cm / min)
ciclo do tear número de batidas
Então para um tear com 2.500 agulhas por metro de largura trabalhando de 600
batidas por minuto com a densidade de batida necessária de 100/cm2
1 – agulha; 2 – lingüeta; 3 – mesa para segurar a manta; 4 – mesa para retirada; 5 – correia
para manta; 6 – manta de fibra; 7 – nãotecido costurado.
A ligação por costura sem fio de amarração pode ser executada nas máquinas
convertidas de Arachne e Maliwatt. No Maliwatt somente o sistema de agulhagem é
mudado. Véus em disposição cruzada que contêm certa quantidade de fibras longas
parecem mais bem adaptados neste sistema sem fios de amarração.
O sistema de ligação por costura sem fios de amarração tem as seguintes
vantagens/desvantagens:
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Costura da manta/véu
Acabamento
1 – agulha; 2 – lingüeta; 3 – mesa para segurar a manta; 4 – mesa que empurra o laço; 5 –
correia que leva a manta; 6 – a manta da fibra; 7 – nãotecido ligado por costura com fio de
amarração.