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DA ORIGEM À APLICAÇÃO
ATRITO: A FORÇA OCULTA
• ATRITO ESTÁTICO
Na História do homem, há
relatos de grandes feitos,
principalmente na tecnologia,
em construções de cidades e
monumentos. Tomemos como
exemplo os egípcios. Eles
ergueram as grandes
Pirâmides. E eles também
tiveram seus problemas em
relação com o atrito. Alguns
materiais eram transportados
de fontes com cerca de 800 km
de distância.
Essa tarefa de trazer esses blocos de pedra demorava
dias, pois as pedras eram arrastadas em contato direto
com o solo. Com o tempo, eles observaram que apoiar
os blocos em troncos e rolá-los facilitava o transporte.
Nasce assim, a primeira solução contra o Atrito.
Durante os anos, os egípcios buscavam formas de
atenuar o desgaste de seus veículos de transporte.
Com o avanço da arquitetura e das ciências
tecnológicas na época dos Faraós, os egípcios se viram
em um grande dilema. Para realizar tais feitos, eles
buscaram um modo de atenuar a perda de tempo
originada do atrito, pois carregar os materiais
necessários para as construções era dispendiosa.
Surge, durante a Era Faraônica, a TRIBOLOGIA.
CONCEITO DE TRIBOLOGIA
APLICAÇÃO (ÓLEOS
CIÊNCIA TRIBOLÓGICA TRIBOENGENHARIA
LUBRIFICANTES)
RESULTADOS OBTIDOS
PESQUISAS E ENSAIOS (DADOS SOBRE O ENGENHARIA DA
SOBRE O ATRITO DESGASTE E O ATRITO) LUBRIFICAÇÃO
• Redução de Atrito;
• Controle da Temperatura;
• Aumento da vida útil do equipamento;
• Melhora e otimiza o funcionamento;
• Aumento do intervalo entre manutenções;
• Diminuição dos custos de manutenção.
Hoje, os custos efetivos com a lubrificação na manutenção
chegam a no máximo 3% do orçamento da manutenção. É
um valor irrisório, e por ser tão pequeno, tido como
desnecessário. Mas para título de informação, no Brasil, as
paradas de produção por quebra variam entre 25% e 45%,
das quais 50% são paradas por quebra de rolamentos, e
dessas quebras de rolamento, cerca de 80% são por falha de
lubrificação.
TIPOS DE LUBRIFICAÇÃO
Existem cinco perfis de lubrificação:
CONTROLE DE
TEMPERATURA:
A película lubrificante
recebe o calor gerado
durante o contato entre
as superfícies, e o
distribui para todo o
fluído, homogeneizando
e dissipando o excesso,
refrigerando todo o
conjunto, evitando o
aquecimento excessivo.
FUNÇÕES DO LUBRIFICANTE
CONTROLE DE
CORROSÃO: A
película
lubrificante evita o
contato das
superfícies
diretamente com o
oxigênio, evitando
assim a oxidação,
e sucessivamente
a corrosão.
FUNÇÕES DO LUBRIFICANTE
LIMPEZA: O lubrificante
remove sedimentos
proveniente do eventual
desgaste dos componentes,
levando-os para o elemento
filtrante ou depositando no
fundo do reservatório,
mantendo o sistema limpo
(Detergente/Dispersante).
FUNÇÕES DO LUBRIFICANTE
• VEDAÇÃO: O
lubrificante impede que
partículas sólidas,
outros fluídos e gases
entrem no sistema.
Além disto, impede a
perda significativa do
lubrificante.
CLASSIFICAÇÃO DOS
LUBRIFICANTES
• LUBRIFICANTES SÓLIDOS;
• LUBRIFICANTES SEMI-SÓLIDOS;
• LUBRIFICANTES LÍQUIDOS;
• LUBRIFICANTES GASOSOS;
DEMONSTRATIVO DE USO DOS
LUBRIFICANTES NA INDÚSTRIA
LUBRIFICANTES SÓLIDOS
• GRAFITE;
• TALCO;
• MICA;
• BISSULFETO DE MOLIBIDÊNIO.
Grafite e Bissulfeto de Molibidênio
Os Lubrificantes Sólidos são usados, geralmente, em locais cujo índice
de contaminação do lubrificante é elevado, podendo prejudicar a ação
lubrificante. Como exemplo, as máquinas de Cardar Algodão, onde a
sujeira é elevada.
Máquina de Cardar
Algodão
PRÓS E CONTRAS DOS
LUBRIFICANTES SÓLIDOS
VANTAGENS DESVANTAGENS
• ELEMENTO ESPESSANTE;
• ÓLEO LUBRIFICANTE ;
• ADITIVO.
Graxa Lubrificante
ELEMENTO ESPESSANTE
Aumento de adesividade;
Antioxidantes;
Anticorrosivos;
Inibidores de ferrugem;
Aditivos de alta-pressão, etc.
CARACTERÍSTICAS DAS
GRAXAS
Existe uma gama de características que as graxas precisam
possuir para garantir um bom desempenho. Abaixo serão
citadas as principais:
VANTAGENS DESVENTAGENS
• Dificuldade em verificar
• Baixo Custo; deterioração da graxa;
• Boa vedação; • Penetração de impurezas;
• Baixa Manutenção; • Menor dissipação de calor;
• Fácil aplicação. • Baixa resistência em altas
velocidades;
• Baixa resistência à oxidação.
LUBRIFICANTES LÍQUIDOS
São os lubrificantes no
estado líquido. São,
atualmente os
lubrificantes mais
empregados na
atualidade, em todos os
segmentos da Industria.
São responsáveis por
cerca de 83% da
utilização de lubrificantes.
O representante mais
conhecido é o óleo
lubrificante.
ÓLEOS LUBRIFICANTES
Antioxidantes;
Anticorrosivos;
Antiespumantes;
Detergentes/dispersantes;
Melhoradores do Índice de viscosidade;
Agentes de extrema pressão;
Antidesgaste, etc.
CLASSIFICAÇÃO DOS
ÓLEOS LUBRIFICANTES
• Sua origem;
• Sua viscosidade;
• Tipo de utilização.
CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO
SUA ORIGEM
• Óleos graxos;
• Óleos minerais;
• Óleos sintéticos.
ÓLEOS GRAXOS
• Inflamável;
• Uso em locais sem muita • Baixa resistência à cargas;
exigência;
• Não suporta altas temperaturas;
• Baixa Manutenção;
• Não suporta altas rotações;
• Fácil aplicação.
• Contaminação do meio ambiente.
ÓLEOS SINTÉTICOS
São os óleos lubrificantes que são produzidos artificialmente. Hoje
são o advento da lubrificação, devido aos inúmeros benefícios que
eles possuem. Sua fabricação se dá através de processos
químicos, onde são retirados todas as impurezas, além de
melhoramentos em suas características, para ter melhor
desempenho. São considerados os óleos top de linha.
O advento dos óleos sintéticos veio com a necessidade em alguns
países de produzir lubrificantes de outras fontes, já que o petróleo
era escasso. A Alemanha foi o berço do desenvolvimento de
lubrificação sintética. Na Segunda Guerra Mundial, praticamente
todos os tanques de guerra eram lubrificados com óleo sintético. E
com o surgimento do motor a jato, a lubrificação sintética ganhou
importância no cenário industrial.
CLASSIFICAÇÃO DOS
ÓLEOS SINTÉTICOS
Quando falamos em óleos sintéticos, classificamos em cinco tipos
de óleos:
O lubrificante é
aplicado ao
conjunto pelo
lubrificador através
de almotolias. Não
é eficiente, por não
produzir uma
camada de
lubrificante
homogênea.
LUBRIFICAÇÃO POR
PISTOLA DE GRAXA
O lubrificante é aplicado
ao conjunto pelo
lubrificador através de
pistolas para graxa,
onde chegarão ao
elemento mecânico
através de furos de
lubrificação e pinos
graxeiros
LUBRIFICAÇÃO POR PINCEL
É o método que se
aplica sobre a superfície
a ser lubrificada uma
película de óleo ou
graxa com a ajuda de
um pincel.
LUBRIFICAÇÃO POR COPO
STAUFFER
A graxa é colocada
em um copo,
apoiado em um
eixo roscado com
um orifício. Quando
a tampa é girada o
copo desce pela
rosca, forçando o
deslocamento da
graxa até o ponto a
ser lubrificado.
LUBRIFICAÇÃO POR COPO
COM AGULHA OU VARETA
Dispositivo composto
com copo que possui
uma agulha metálica
situado em um orifício
com diâmetro
levemente maior que a
agulha. A ponta da
agulha ao tocar o eixo,
realiza um movimento
alternado gerando o
fluxo de lubrificante.
LUBRIFICAÇÃO POR COPO
CONTA-GOTAS
O óleo fica no
cárter, e é borrifado
por uma ou mais
partes móveis. Em
velocidades mais
elevadas, o óleo se
pulveriza e atinge
todas as partes
móveis.
LUBRIFICAÇÃO POR ANEL OU
CORRENTE
Neste sistema, o
óleo fica no cárter,
abaixo do eixo ou do
mancal.um anel ou
corrente é colocado
em volta do eixo. O
movimento do eixo
movimenta o anel
ou corrente, levando
o lubrificante até as
partes necessárias.
LUBRIFICAÇÃO POR COLAR
Este sistema é
similar ao de anel,
mas ao invés do
anel, é fixado um
colar ranhurado no
eixo. Como gira na
mesma rotação do
eixo, é ideal para
velocidades
maiores e
lubrificantes mais
viscosos.
LUBRIFICAÇÃO POR BANHO DE
ÓLEO
As peças ficam
imersas total ou
parcialmente no
óleo lubrificante. O
excesso é levado
às outras peças
através de
ranhuras. Uma
outra função deste
sistema é refrigerar
o conjunto. Muito
empregados em
mancais de
rolamentos.
LUBRIFICAÇÃO POR PERDA
O óleo é levado de
um reservatório
externo através de
uma bomba e
força-o para os
espaços entre as
peças. A perda é
expulsa do sistema,
necessitando de
reposição
constante. Usado
em compressores.
LUBRIFICAÇÃO POR
CIRCULAÇÃO
O óleo é bombeado
de um depósito,
geralmente
acoplado no
equipamento e
levado até as
partes a serem
lubrificadas. Após a
lubrificação, o óleo
volta para o
depósito, para a
repetição do ciclo.
LUBRIFICAÇÃO POR
ENCHIMENTO
Utilizado muito em
mancais de
rolamento. A graxa
é colocada no
mancal até que a
graxa atinja a
metade da
capacidade do
mancal.
CUIDADOS NA LUBRIFICAÇÃO
• ÓLEO
• GRAXA
• PODE-SE
APENAS
COMPLETAR O
ÓLEO JÁ
EXISTENTE.
MITO
• NÃO É
PRECISO
SUBSTITUIR O
FILTRO EM
TODA A
TROCA.
MITO
O FILTRO DE ÓLEO ARMAZENA AS IMPUREZAS DO SISTEMA. SE
FOR TRCADO APENAS O ÓLEO, AS IMPUREZAS DO FILTRO VÃO
PARA O NOVO ÓLEO, CONTAMINANDO-O.
3º MITO
• PODE-SE
USAR ÓLEO
DE
FABRICANTES
DIFERENTES.
VERDADE
DESDE QUE ATENDAM AS ESPECIFICAÇÕES DO EQUIPAMENTO E
AS CARACTERÍSTICAS QUE O LUBRIFICANTE EXIGE, PODE-SE
USAR ÓLEO DE QUALQUER FABRICANTE.
4º MITO
• DEVE-SE
TROCAR O
ÓLEO COM O
MOTOR DO
CARRO
QUENTE.
VERDADE
• NÃO SE DEVE
TROCAR O ÓLEO
SE O CARRO NÃO É
UTILIZADO COM
FREQUÊNCIA OU
FICA PARADO NA
GARAGEM.
MITO
SE O CARRO FICA PARADO MUITO TEMPO, O ÓLEO PODE CRIAR
CROSTAS, EM VIRTUDE DO DESUSO. RECOMENDA-SE, NESSES
CASOS, A TROCA A CADA 6 MESES.
6º MITO
• É PRECISO COLOCAR
ADITIVOS COM O
ÓLEO LUBRIFICANTE,
PARA MELHORAR O
DESEMPENHO.
MITO
O LUBRIFICANTE INDICADO PARA O EQUIPAMENTO JÁ POSSUEM OS
ADITIVOS NECESSÁRIOS PARA O BOM FUNCIONAMENTO DO MOTOR.
O USO DE ADITIVOS É OPCIONAL.
7º MITO
• DEVE-SE
COLOCAR
GRAXA ATÉ
COMPLETAR
O
RESERVATÓ
RIO.
MITO
O EXCESSO DE GRAXA PROVOCA AQUECIMENTO E ATÉ
TRAVAMENTO DO ROLAMENTO.
8º MITO
• DEVO SUBSTITUIR
O ÓLEO QUE EU
USO POR
PRODUTOS QUE
PROMETEM
MELHOR
RENDIMENTO E
BAIXA
MANUTENÇÃO.
MITO
NÃO SE DEVE SUBSTITUIR JAMAIS O ÓLEO QUE ESTÁ SENDO
USADO POR PRODUTOS QUE PROMETEM MAIOR VIDA ÚTIL E
ECONOMIA DE COMBUSTÍVEL.
9º MITO
• ÓLEO ESCURO
SIGNIFICA QUE
O MOTOR ESTÁ
MAIS LIMPO.
VERDADE
O ÓLEO LUBRIFICANTES POSSUEM ADITIVOS QUE REALIZAM A FUNÇÃO
DE DETERGENTES/DISPERSANTES, COLETANDO AS IMPUREZAS DO
MOTOR. A COR ESCURA SIGNIFICA ESTE PROCESSO, GERALMENTE
COM ACOR MARROM.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• Lubrificação – Curso de Formação Técnica de Nível Médio em Manutenção
Industrial. 2011