Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A palavra tribologia deriva do termo grego “tribos” que significa atrito. Sendo
assim, a sua tradução literal daria o seguinte conceito: “tribologia é a ciência que
estuda o atrito”.
Deste modo, a tribologia pode ser definida como sendo a ciência e tecnologia que
lida com a fricção, o desgaste e a ruptura e os seus métodos de controlo.
ii. O atrito – para este caso existem duas finalidades, que são:
• Em certos casos procura-se a redução do atrito, dado que representa
perda de energia;
• Noutros casos procura-se obter o seu valor máximo, por exemplo nos
travões e nas ligações simples parafuso porca.
71
Alexandre Charifo Ali Lições de Manutenção Industrial DEMA – FEUEM
iii. Uso de película lubrificante – o uso de uma película lubrificante que adere às
superfícies sólidas em movimento relativo e pela sua presença impede o
contacto directo é uma maneira de controlo do desgaste e do atrito.
A grande parte das matérias que estão inclusas na tribologia dizem respeito à
lubrificação, mas o âmbito da tribologia é muito mais vasto e, sobretudo, não está
condicionado à redução do atrito, pois em alguns casos o que se pretende é o aumento
da aderência entre as superfícies. Esta diferença fundamental, é que confere à
tribologia esse âmbito mais vasto e muito importante, pois considera os aspectos de
lubrificação que durante muito tempo foram depreciados nos projectos de órgãos de
máquinas.
72
Alexandre Charifo Ali Lições de Manutenção Industrial DEMA – FEUEM
Onde:
Fa – é a força de atrito;
Fadesão – é a orça de adesão; e
Fmecânica – é a força mecânica actuante.
Refira-se que para materiais iguais, devido a formação atómica similar, a adesão
será mais forte ainda. Por isso, é comum utilizar-se materiais diferentes em órgãos de
máquinas sujeitos ao atrito dinâmico. Por exemplo, a utilização de mancais de bronze
para veios de aço minimiza a possibilidade de adesão.
Adesão
Fractura
Deste modo, a superfície deve ter menor rugosidade possível, porém não deve ser
isenta desta, para evitar a adesão, por um lado, e permitir a penetração do
lubrificante, por outro lado.
73
Alexandre Charifo Ali Lições de Manutenção Industrial DEMA – FEUEM
Deste modo, todos os pontos das máquinas com movimento relativo entre duas
superfícies em contacto devem ser lubrificados, pois a lubrificação melhora sempre a
suavidade do movimento entre duas superfícies em contacto. Com efeito, a existência
de um lubrificante entre as superfícies reduz o atrito, reduzindo, portanto, os seus
efeitos sobre as máquinas.
Nos últimos anos, foram realizadas várias pesquisas, quer no campo teórico quer
na parte prática, inerentes à lubrificação. Estas pesquisas permitiram determinar
vários regimes de Lubrificação, destacando-se os que adiante se apresentam.
A lubrificação limite tem lugar quando, por efeito das cargas, ou por mau acesso
ao lubrificante, as superfícies chegam ao contacto. Isto é, a espessura da película do
lubrificante é tão fina (da ordem de grandeza das aspereza das superfícies) que se
verifica o contacto metal – metal, quase idêntica a que existiria se não houvesse
lubrificante. Nesta situação, as condições de lubrificação entres as superfícies em
contacto não são favoráveis. Isto porque a carga total transmitida é suportada por
camadas muito finas do lubrificante adjacente às superfícies. Contudo, o atrito entre
as superfícies é menor do que se não existisse qualquer lubrificante.
74
Alexandre Charifo Ali Lições de Manutenção Industrial DEMA – FEUEM
Existem diversos líquidos que podem ser usados como lubrificantes, mas os
largamente mais utilizados são os óleos minerais, derivados do petróleo. Os outros
óleos usados como lubrificantes incluem os óleos naturais (animais e vegetais) e os
óleos sintéticos. Para além da lubrificação, os óleos minerais são largamente utilizados
como fluídos hidráulicos nos sistemas hidráulicos. Devendo, cada sistema hidráulicos,
utilizar um fluído hidráulico com viscosidade adequada às suas condições
operacionais e à lubrificação da bomba hidráulica.
Por sua vez, os óleos naturais podem ser excelentes lubrificantes, mas
usualmente têm a tendência de se deteriorarem mais rapidamente do que os óleos
minerais. Por isso, no passado, os óleos naturais eram raramente utilizados
isoladamente, sendo muitas vezes utilizados em combinação com óleos minerais.
Entretanto, recentemente o interesse no uso de óleos naturais para a lubrificação tem
aumentado consideravelmente, pois eles são biodegradáveis, e geralmente menos
nocivos para o ambiente que os óleos minerais.
75
Alexandre Charifo Ali Lições de Manutenção Industrial DEMA – FEUEM
76
Alexandre Charifo Ali Lições de Manutenção Industrial DEMA – FEUEM
ii. Ponto de gota – que indica a temperatura em que a massa lubrificante se torna
fluído, capaz de gotejar através do orifício- padrão, dentro das condições
exigidas pelas normas.
77
Alexandre Charifo Ali Lições de Manutenção Industrial DEMA – FEUEM
È evidente que é difícil definir fronteiras rígidas para a aplicação dos diversos
tipos de lubrificantes. No entanto, é possível indicar determinadas áreas de aplicação
que estão indicadas no Quadro 7.2.
78
Alexandre Charifo Ali Lições de Manutenção Industrial DEMA – FEUEM
79
Alexandre Charifo Ali Lições de Manutenção Industrial DEMA – FEUEM
7.3.5.5 Compatibilidade
7.3.5.6 Corrosibilidade
80
Alexandre Charifo Ali Lições de Manutenção Industrial DEMA – FEUEM
7.3.5.7 Demulsibilidade
7.3.5.8 Emulsionabilidade
7.3.5.9 Toxicidade
81
Alexandre Charifo Ali Lições de Manutenção Industrial DEMA – FEUEM
82
Alexandre Charifo Ali Lições de Manutenção Industrial DEMA – FEUEM
Custos Produtividade
Lubrificação Competitividade
Segurança Qualidade
83
Alexandre Charifo Ali Lições de Manutenção Industrial DEMA – FEUEM
distâncias a percorrer e optimizando depois o percurso geral. Este estudo deve ser
completado por um estudo de métodos de trabalho para o empregado de manutenção
e também de ergonomia.
Dado que as operações de manutenção têm de ser feitas com bastante frequência
é ainda importante prever um fácil acesso aos pontos de lubrificação e dispor do
equipamento adequado. Neste aspecto, as unidades móveis, com depósitos de
dimensão adequada, prateleiras para ferramentas e distribuidores de lubrificante,
apresentam considerável vantagem.
Os óleos são facilmente contaminados com água. A água pode ser proveniente de
chuvas ou da humidade do ar.
84
Alexandre Charifo Ali Lições de Manutenção Industrial DEMA – FEUEM
Mensalmente
Diariamente
Semi Anual
Trimestral
85
Alexandre Charifo Ali Lições de Manutenção Industrial DEMA – FEUEM
7.4.4. O Lubrificador
86
Alexandre Charifo Ali Lições de Manutenção Industrial DEMA – FEUEM
iv. Peça em trânsito – qualquer peça que, tendo sido submetida à detecção de
defeitos, foi determinado que ela se encontra dentro das tolerâncias aceitáveis e
pode voltar a ser usada sem necessidade de ser recondicionada;
vi. Peça rejeitada – qualquer peça que depois de ser sujeita a determinação de
defeitos foi considerada estar fora de tolerâncias aceitáveis e, portanto,
impossível de ser recondicionada através de um método conhecido;
87
Alexandre Charifo Ali Lições de Manutenção Industrial DEMA – FEUEM
vii. Peça defeituosa (sucata) – qualquer peça que, tendo sido submetida à
detecção de defeitos, foi determinado que ela se encontra demasiado fora das
tolerâncias aceitáveis e não pode ser recondicionada através de um método
existente e já conhecido;
ix. Reparação da peça – qualquer processo usado para reparar os defeitos uma
peça cuja superfície danificada ainda conserva as suas tolerâncias de trabalho
permissíveis.
88
Alexandre Charifo Ali Lições de Manutenção Industrial DEMA – FEUEM
89
Alexandre Charifo Ali Lições de Manutenção Industrial DEMA – FEUEM
Armazenagem
Classificação
Inspecção
Execução
Peça Peça
Danificada 1 2 3 4 5 6 Recuperada
O gráfico de fluxo acima apresentado não deve ser visto como sendo isolado, pois
o recondicionamento de peças danificadas é também um subsistema da Manutenção
Geral e tem como objectivo final o suporte das operações desta última.
90
Alexandre Charifo Ali Lições de Manutenção Industrial DEMA – FEUEM
Dado que os métodos usados nas oficinas de reparação geral são bastante
próximas ao diagrama de organização geral, as oficinas de reparação geral constituem
a forma mais conhecida de organização dos processos de recondicionamento de peças.
O uso deste princípio organizacional foi, durante muito tempo, limitado dado que o
termo industrial a ele associado era entendido como grandes volumes de peças por ser
processadas.
91
Alexandre Charifo Ali Lições de Manutenção Industrial DEMA – FEUEM
92