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Tipo de Documento: Orientação Técnica

Área de Aplicação: Linhas de Transmissão


Título do Documento:
Tratamento Anticorrosivo em Fundações de Estruturas
Metálicas

SUMÁRIO
1. FINALIDADE ..........................................................................................................2
2. ÂMBITO DE APLICAÇÃO .....................................................................................2
3. CONCEITOS ..........................................................................................................2
4. CONSIDERAÇÕES GERAIS .................................................................................3
5. REQUISITOS BÁSICOS ........................................................................................4
6. PROCESSO DE SUBSTITUIÇÂO..........................................................................5
7. PREPARO DAS SUPERFÍCIES ............................................................................7
8. PRECAUÇÕES QUANTO A PINTURA .................................................................7
9. APLICAÇÃO DOS PRODUTOS DA PINTURA ANTICORROSIVA ......................8
10. FABRICANTES HOMOLOGADOS........................................................................9
11. RECIPIENTES DOS PRODUTOS..........................................................................9
12. MEIO AMBIENTE.................................................................................................11
13. REGISTRO DE REVISÃO ....................................................................................12
14. FIGURA 1 - Avaliação da área danificada.........................................................13
15. TABELA 1 - Área das cantoneiras estruturas tipo K (m2) ..............................14
16. TABELA 2 - Área das cantoneiras estruturas tipo S (m2) ...............................15
17. FIGURA 2 - Conexão do contrapeso cobreado ................................................16
18. FIGURA 3 – Pintura de Poliuretano de Acabamento no Afloramento............17
19. ANEXO I - Modelo de especificação técnica ....................................................18

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1. FINALIDADE

Estabelecer critérios básicos para o tratamento anticorrosivo em fundações


metálicas de estruturas de linhas de transmissão através de pintura.

2. ÂMBITO DE APLICAÇÃO

Esta norma se aplica às todas as distribuidoras do grupo CPFL Energia.

3. CONCEITOS

3.1. Fiscalização

Atividade exercida por empregado da CPFL Energia ou por ela contratado,


para controlar e verificar o cumprimento das especificações técnicas dos
serviços.

3.2. Inspeção de Corrosão

Atividade exercida por empregado da CPFL Energia ou por ela contratado,


para avaliar o grau de corrosão nos componentes da estrutura metálica.

3.3. Contratada

Empresa, sociedade ou companhia que executará os serviços fornecendo


equipamentos, materiais, transporte e mão de obra necessários à sua
execução.

3.4. Contrato

Instrumento legal pelo qual a CPFL Energia ajusta com a contratada as


condições técnicas e comerciais para a execução dos serviços indicados.

3.5. Corrosão

Ataque destrutivo aos materiais por processos físicos, químicos ou


eletroquímicos.

3.6. Corrosão Branca

Produto da corrosão do zinco que se degrada rapidamente formando uma


camada esbranquiçada.

3.7. Padrão St 3 - (Norma Sueca SIS 05 59 00)

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Processo de limpeza minuciosa por raspagem, escovamento ou lixamento


(mecânico ou manual) para remoção de carepa de laminação solta e outras
impurezas, obtendo-se intenso brilho metálico.

3.8. Padrão Sa 2 ½ - (Norma Sueca SIS 05 59 00)

Processo de limpeza por jato de areia livre de impurezas e umidade, mantido


por tempo suficiente para assegurar a remoção da carepa de laminação e
outras impurezas de tal modo que apenas leves sombras possam aparecer na
superfície. Ao final da limpeza a superfície deverá apresentar cor cinza claro.

4. CONSIDERAÇÕES GERAIS

Os efeitos agressivos do meio ambiente nos componentes das linhas de


transmissão acentuam-se com a poluição industrial e com a contaminação do solo
pelos subprodutos da produção agrícola.
As medidas adotadas na CPFL no combate e prevenção da corrosão em
fundações metálicas de estruturas metálicas, ficavam restritos à área de transição
solo - ar, região mais atacada devido à presença de ar associado com a umidade
do solo. Inspeções feitas em fundações de LT´s desmanteladas mostraram que o
tratamento na zona de transição não é satisfatório pois o processo de corrosão
continua nas partes enterradas e não protegidas.
O processo de tratamento anticorrosivo objeto desta OT, estabelece o revestimento
de toda a grelha, até uma altura de 0,50 metro acima da linha de afloramento no
solo. Este revestimento é feito pela aplicação de pintura com Elastômero de
Poliuretano e Asfalto, obtido pela mistura a frio de dois componentes.

4.1. Eficiência do Tratamento

Independente do produto usado no tratamento anticorrosivo, sua eficiência é


diretamente proporcional aos cuidados com a limpeza do substrato
(cantoneiras), utilização e aplicação da pintura e a instalação da fundação
metálica (grelha) tratada. O controle das variáveis que interferem na qualidade
do tratamento é fundamental e cabe à fiscalização o papel de atuar
continuamente, com vistas a manter a atenção voltada aos padrões
estabelecidos nesta OT.

4.2. Agressividade do Solo

Diversos são os critérios para avaliação da agressividade do solo com base em


suas propriedades. Os solos podem ser genericamente classificados como
corrosivos de média ou ligeira agressividade ou como não corrosivos. A
avaliação do grau de agressividade do solo e a proposição de medidas de
proteção anticorrosiva são feitas de acordo com medições e inspeções
realizadas em campo.

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A resistividade elétrica tem sido o indicador mais utilizado para avaliar a


agressividade específica dos solos. Embora possa levar a uma avaliação
incorreta quando analisada isoladamente, geralmente solos de alta
resistividade elétrica são considerados pouco agressivos aos metais.

4.3. Aeração Diferencial e Eletrólise

O fenômeno da corrosão por aeração diferencial é bastante característico nas


estruturas metálicas enterradas, principalmente na linha de afloramento. Nesta
região, as partes metálicas que estão num meio de maior aeração (próximos da
superfície) atuam como catodos, facilitando o processo de corrosão.
A velocidade do processo de corrosão por aeração diferencial depende
principalmente da permeabilidade e resistividade do solo e da presença de
agentes corrosivos como fertilizantes, defensivos e subprodutos da produção
agrícola, muito comuns nas regiões de cultura de cana de açúcar.
Nas linhas onde o contrapeso instalado é de cobre, contribui para a aceleração
do processo de corrosão o fenômeno da eletrólise: dois metais distintos (cobre
e aço zincado) imersos em um eletrólito (solo) reproduzem uma pilha galvânica
onde o metal menos nobre (aço zincado) cede elétrons ao metal mais nobre
(cobre) acelerando o processo corrosivo.

5. REQUISITOS BÁSICOS

5.1. Análise Preliminar

A área de serviços da transmissão é a responsável pelo levantamento das


fundações metálicas com corrosão, através de inspeções programadas.
A determinação do grau de comprometimento da fundação metálica por
corrosão pode ser feita visualmente, pela escavação no local, ou pela medição
do potencial de corrosão conforme Manual de Medição de Corrosão em Partes
Enterradas de Estruturas Metálicas de Linhas de Transmissão.

5.2. Procedimentos Adotados

Levantada a necessidade de tratamento anticorrosivo, a área de Gerência de


Gestão de Ativos solicita a licitação para contratação dos serviços, de acordo
com o regulamento de licitações e contratações em vigor.
Deve ser elaborada uma especificação técnica (conforme modelo do Anexo I) e
uma relação das estruturas envolvidas (quantidades por tipo) com dados de
sua localização que serão utilizadas durante o processo licitatório.

5.3. Peças a Tratar e Critério para Reaproveitamento

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Devem ser tratadas todas as peças da fundação metálica e das pernas até
0,50 metro acima da linha de afloramento no solo. Para cálculo da estimativa
de consumo da tinta, as áreas das cantoneiras a tratar estão apresentadas na
tabela 1 (Estruturas tipo “K”) e na tabela 2 (Estruturas tipo “S”).
Preferencialmente as fundações devem ser substituídas por fundações novas,
fazendo sempre uma analise criteriosa do custo benefício no reaproveitamento
das fundações com corrosão.
O reaproveitamento ou substituição das peças com corrosão depende do
índice de consumo do material por corrosão, avaliado com a peça limpa,
conforme critérios a seguir :
Montantes e “U” : condena-se a peça quando a corrosão tiver consumido 15 %
ou mais da área de sua seção transversal original.
Demais cantoneiras : condena-se a peça quando 20 % ou mais da área de sua
seção transversal original tiver sido consumida pela corrosão.
A figura 1 apresenta um exemplo de avaliação do índice de consumo do
material por corrosão.

6. PROCESSO DE SUBSTITUIÇÂO

6.1. Sistema de Trabalho

As fundações devem ser substituídas, uma a uma, obedecendo a um sistema


de rodízio, de acordo com a sequência a seguir:

• Tratar a grelha substituta até abaixo do ponto de emenda com o montante da


perna. Caso haja disponibilidade de peças, tratar o conjunto grelha e perna
(montante e pontões) até 0,50 metros acima da linha de afloramento no solo.

• Para estruturas de suspensão em alinhamento, segurar com guindauto ou tripé


hidráulico o montante, acima da emenda perna e corpo, retirar a fundação com
corrosão e instalar a fundação tratada.

• Para estruturas de suspensão em pequenos ângulos, estaiar a estrutura para o


lado externo do ângulo (em ambos os montantes), segurar com guindauto ou
tripé hidráulico o montante, acima da emenda perna/corpo, retirar a fundação
com corrosão e instalar a fundação tratada.

• Para estruturas de ancoragem, derivação e suspensão em ângulos grandes,


providenciar estudo específico para cada estrutura a tratar (em conjunto com o
item 5.2 - Procedimentos Adotados), envolvendo as áreas de engenharia e
serviços da transmissão.

• Completar, quando necessário, o tratamento da grelha, do montante e dos

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pontões até 0,50 metro acima da linha de afloramento no solo e reaterrar a


cava, conforme item 6.2 a seguir.

6.2. Abertura e Fechamento da Cava

Escavar somente um pé da estrutura, observando as condições de segurança


e estabilidade do conjunto, sempre de acordo com as recomendações do item
6.1. A escavação pode ser feita com retro-escavadeira ou manualmente, com
os cuidados necessários para que não seja danificada qualquer peça da
estrutura instalada. Adequar o item 3.1 da Especificação Técnica (anexo I) para
a opção (retroescavadeira/manual) escolhida.
Antes da abertura da cava, o local deverá ser limpo para que a terra escavada
esteja livre de detritos e entulhos quando do reaterro. Para que seja preservada
ao máximo a consistência natural do solo, as dimensões da cava devem se
restringir ao mínimo necessário para a realização do serviço.
O reaterro deve ser feito em camadas de no máximo 0,30 metro que, somente
depois de perfeitamente apiloadas com compactador mecânico, poderão ser
recobertas pela camada seguinte, até atingir o nível original do terreno. Nos
casos onde o apiloamento mecânico não seja possível, a critério da
fiscalização, poderá ser adotado o apiloamento manual, em camadas de 0,20
metro. Qualquer recalque no material apiloado deve ser corrigido. A terra
utilizada para o reaterro deve estar livre de vegetação ou entulho. Caso o
material proveniente da própria escavação não ofereça possibilidade de
compactação, deverá ser providenciado material adequado trazido de outra
jazida. Durante o reaterro, todo cuidado deve ser tomado para evitar danos na
camada de revestimento.
A cava seguinte, na mesma estrutura, somente pode ser aberta após concluído
o apiloamento da cava anterior.

6.3. Fio Contrapeso

O sistema de aterramento das linhas de transmissão na CPFL é composto de


um ou dois fios de aço galvanizado. Entretanto, em linhas construídas até
1974, o contrapeso utilizado é de aço cobreado, reproduzindo os efeitos de
uma pilha galvânica. Para evitar o contato do cobre com a estrutura de aço, a
fixação do contrapeso deve ser feita conforme ilustrado na figura 2.

6.4. Fundação em Stubs

Deverá ser quebrado o concreto da fundação na junção concreto – stub, o


suficiente para analisar o grau de envolvimento da corrosão.
Onde houver a quebra do concreto, estes deverão ser reconstituídos, onde
houver necessidade complementar o concreto, excluindo o acúmulo de água
na junção.

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7. PREPARO DAS SUPERFÍCIES

O preparo do substrato é um dos fatores mais importantes para o tratamento


anticorrosivo e varia de acordo com o estado inicial da superfície.

7.1. Superfície Galvanizada Nova ou em Bom Estado

Remover todas as impurezas estranhas à zincagem pela limpeza da peça com


solvente desengraxante de rápida evaporação, a base de xilol ou xileno, com o
uso de pincel. Se necessário, lixar manualmente a superfície com palha de aço
fina ou lixa número 100 e limpá-la novamente com solvente a base de xilol ou
xileno.

7.2. Superfície Zincada com Corrosão Branca

Lixar manualmente a superfície das peças com lixa número 220 ou palha de
aço média, para remover a fina camada de óxidos de zinco, sem remover a
camada de zinco. Em seguida, remover todos os resíduos da superfície através
de limpeza com panos umedecidos em solvente desengraxante de rápida
evaporação, a base de xilol ou xileno.

7.3. Superfície Zincada com Corrosão Vermelha Leve

Lixar mecanicamente ou manualmente a superfície das peças com lixa número


180 ou escova (radial ou copo), de modo a se obter uma limpeza padrão St 3,
conforme norma SIS 055900-67. Em seguida, remover todos os resíduos da
superfície através de limpeza com panos umedecidos em solvente
desengraxante de rápida evaporação, a base de xilol ou xileno.

7.4. Superfície com Corrosão Vermelha e Substrato Desgastado

Obter limpeza padrão Sa 2 ½ , conforme norma SIS 055900-67, pelo


jateamento com areia livre de impurezas e umidade. Em seguida, remover
todos os resíduos da superfície através de limpeza com panos umedecidos em
solvente desengraxante de rápida evaporação, a base de xilol ou xileno.

8. PRECAUÇÕES QUANTO A PINTURA

O preparo da superfície e a aplicação do “primer” de adesão devem ser executados


dentro da mesma jornada de trabalho para que não haja oxidação da superfície.
O preparo da superfície, mistura e aplicação das tintas, não deve ser feito em dias
de chuva, dias com temperatura ambiente abaixo de 10 °C e em dias com umidade
relativa do ar superior a 85%.
Nenhuma demão subsequente poderá ser aplicada sem obedecer o tempo entre
demãos, mínimo e máximo, especificado para o produto.

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O preparo do produto deve ser feito no momento da aplicação e em quantidade


suficiente para trabalho durante seu “pot-life” (tempo de vida útil da mistura).
Os produtos não podem entrar em contato com qualquer tipo de umidade (água,
suor, substrato molhado, etc.) sob a pena de perda total da mistura.
Deverão ser rigorosamente obedecidas as especificações técnicas para preparo e
aplicação, recomendadas pelo fabricante do produto.

9. APLICAÇÃO DOS PRODUTOS DA PINTURA ANTICORROSIVA

9.1. Esquema de aplicação em fundações galvanizadas novas de fábrica

Ø 1ª demão - Primer de adesão;


Ø 2ª demão - Epóxi Tar Free;
Ø 3ª demão - Poliuretano de Acabamento somente no afloramento.

9.2. Esquema de aplicação em fundações reaproveitadas, escovadas ou


jateadas

Ø 1ª demão - Epóxi Tar Free;


Ø 2ª demão - Poliuretano de Acabamento em toda a fundação.

9.3. Aplicação do Primer de Adesão (Marrom)

Imediatamente após o término do preparo da superfície aplicar o “Primer” de


Adesão para Epóxi Tar Free, em uma única demão, com trincha ou pincel. O
Primer de adesão deve ser do mesmo fabricante do Epóxi Tar Free, seguindo
sempre a recomendação do fabricante para o produto mais apropriado em
cada caso. A cor do Primer deve ser de cor marrom, a fim de possibilitar a
melhor visualização de falhas no momento da aplicação da pintura
anticorrosiva Epóxi Tar Free de cor preta.

9.4. Aplicação do Epóxi Tar Free (Preto)

Após um intervalo mínimo de 24:00 horas e máximo de 48:00 horas da aplicação


do Primer de adesão aplicar a primeira demão de tinta epóxi Tar Free, com uma
espessura seca de 150 µm por demão (espessura úmida de 200 a 220 µm por
demão), respeitando um intervalo mínimo de 24:00 horas e máximo de 48:00 horas
entre as demãos. A pintura deverá ser a trincha seguindo o esquema de aplicação
contido neste documento.

OBSERVAÇÃO (1)

Em qualquer caso em que o tempo de repintura máximo for ultrapassado em mais


de 12 horas, será necessário realizar lixamento leve com lixa 180 e remoção do pó
formado através de panos limpos, seguido de limpeza com solvente (xilol ou toluol).
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Este procedimento é necessário para promover perfil de ancoragem adequado


entre as demãos e de responsabilidade da CONTRATADA. Este procedimento não
será válido para a tinta epoxi rica em zinco, em virtude da porosidade da tinta, o
lixamento neste caso prejudica a aderência das demãos subsequentes, quando o
prazo de repintura for ultrapassado, realizar limpeza com jato de ar comprimido,
isento de água e óleo, somente no caso da existência de gorduras sobre a
superfície realizar a limpeza com solvente, em seguida limpar a superfície com ar
seco para remoção de fiapos soltos pelos panos. O uso de trincha é obrigatório
quando da pintura com finalidade de reforçar a proteção nos pontos críticos da
estrutura.

9.5. Aplicação do Poliuretano de Acabamento (Cinza Munsell N6,5)

Depois do período de secagem completa da pintura anticorrosiva Epóxi Tar Free


aplicar uma demão de pintura de acabamento contra os raios solares nos 50
centímetros abaixo, e 50 centímetros acima do afloramento, conforme figura 3. A
tinta de acabamento deve ser Poliuretânica Acrílica para ambientes externos de
baixa e média agressividade, na cor cinza Munsell N6,5, e conforme a Norma N
2677 da Petrobrás. Para fundações reaproveitadas escovadas ou jateadas aplicar
uma primeira demão de Epóxi Tar Free e uma segunda demão de Poliuretano de
Acabamento na fundação inteira e não somente no afloramento. A pintura deverá
ser a trincha seguindo o esquema de aplicação contido neste documento.

10.FABRICANTES HOMOLOGADOS

Ø SHERWIN-WILLIANS;
Ø WEG;
Ø CALAMAR;
Ø PPG (Renner);
Ø AKZONOBEL (Internacional, Coral).

OBS.: Outros fabricantes deverão ser submetidos à avaliação da área de


engenharia da CPFL.

11.RECIPIENTES DOS PRODUTOS

11.1. Embalagem

Lata no. 1 (3,6 litros) conforme ABNT PB 13/51

11.2.Marcação

Os recipientes da tinta devem ser rotulados ou marcados na superfície lateral,


com as seguintes informações:

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• nome do produto;
• nome do fabricante;
• identificação do lote de fabricação;
• data de fabricação;
• prazo de validade;
• solvente indicado;
• quantidade contida no recipiente (em litros e quilogramas) e
• relação de mistura (A+B), quando for o caso, em massa e volume.

11.3.Apresentação da embalagem

Os recipientes da tinta e solventes devem apresentar-se em bom estado de


conservação, hermeticamente fechados e devidamente rotulados ou marcados.

11.4.Armazenagem e Revalidação

As tintas e seus componentes, armazenados em lata fechada, em local


abrigado, à temperatura máxima de 45°C, devem manter suas propriedades
dentro dos limites especificados pelo fabricante, por um período de tempo de
até 6 (seis) meses, a contar da data de fabricação. Admite-se a revalidação
deste prazo de utilização por até dois períodos adicionais de 3 (três) meses
cada, mediante repetição e aprovação nos ensaios de rotina.

11.5.Ensaios de Tipo

A CONTRATADA deverá fornecer à fiscalização da CPFL todos os ensaios que


foram realizados nos produtos, em laboratório de reconhecida idoneidade, às
expensas da CONTRATADA.

11.6.Da aceitação

Somente serão aceitas as tintas e respectivos componentes que estiverem


contidas nas embalagens devidamente fechadas, completamente cheias, com
os respectivos rótulos contendo as marcações solicitadas, sem amassados e
sem marcas de corrosão ou vazamentos.

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12.MEIO AMBIENTE

As atividades, projetos, serviços, orientações e procedimentos estabelecidos neste


documento, deverão atender aos princípios, políticas e diretrizes de Meio Ambiente da
CPFL, bem como atender a todos os requisitos de normas e procedimentos do Sistema
de Gestão Ambiental.
Complementarmente, os casos específicos relativos a este documento estão
detalhados no corpo do texto do mesmo, incluindo-se as designações de órgãos
externos responsáveis, quando aplicável.
Documentos complementares:
- 02292 Aspectos ambientais
- 02293 Controle operacional
- 02294 Comunicação
- 02295 Requisitos legais
- 02296 Riscos ambientais
- 02299 Controle de não conformidades em meio ambiente
- 02314 Utilização e armazenamento de agrotóxicos e afins
- 02428 Gerenciamento controle e disposição de resíduos
- 02430 Planejamento e controle da arborização na coexistência com o sistema
elétrico
- 02592 Vazamento de óleo em equipamento hidráulico de caminhões
- 03404 Inspeção e limpeza de fossa séptica
- 03462 Plano de emergência para queda de condutor
- 05656 Diretrizes ambientais para empresas contratadas
- 12669 Análise e investigação de contaminação de derramamento de óleo
- 12671 Desmantelamento de áreas operacionais e avaliação de passivos
ambientais
- 12672 Ação emergencial para limpeza de derramamento de óleo
- 12689 Avaliação ambiental de novos empreendimentos
- 13020 Licenciamento ambiental
- 13102 Cadastro no IBAMA - Atividades potencialmente poluidoras e utilizadoras de
recursos naturais

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13.REGISTRO DE REVISÃO

Este documento foi revisado com a colaboração dos seguintes profissionais das
empresas da CPFL Energia.

Empresa Colaborador
CPFL Paulista Fernando Cesar Pepe
Carlos Alberto De Carvalho

Alterações efetuadas:

Versão Data versão


Alterações em relação à versão anterior
anterior anterior
- Incluído o item de registros de revisão;
1.2 05.12.2003
- Geral - adequação às questões de meio ambiente.
1.3 21.12.2009 - Incluído o item meio ambiente.
- Em Âmbito de Aplicação foram incluídas as
distribuidoras que faltavam;
1.4 29/07/2011 - Foi atualizado o item Registro de Revisão e foram
preservados os autores da norma original e respectivos
órgãos.
1.5 15/08/2012 - Revisão por expiração da data.
- Alterada a especificação do tipo de tinta aplicada por
1.6 15/08/2012 Epóxi Tar Free (livre de Alcatrão de Ulha) com revisão do
esquema de aplicação dos produtos.

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14. FIGURA 1 - Avaliação da área danificada

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15.TABELA 1 - Área das cantoneiras estruturas tipo K (m2)


PARTES K1 K2 K3 K4 KD DH
Corpo 115.70 142.50 208.70 213.30 238.80 91.50
Base 0.00 m 4.70
Extensão 2.50 m 19.20 29.60 32.00 40.60 21.90
Extensão 5.00 m 31.60 52.20 54.90 77.60 38.20
Extensão 10.00 m 89.90
Perna 1.50 m (1x) 2.40 4.90
Perna 1.65 m (1x) 2.80
Perna 2.00 m (1x) 2.90
Perna 2.25 m (1x) 4.90
Perna 2.50 m (1x) 3.10 5.30 3.80
Perna 2.65 m (1x) 3.80
Perna 3.00 m (1x) 7.20 4.80
Perna 3.50 m (1x) 4.90 7.50 5.30
Perna 3.65 m (1x) 5.50
Perna 3.75 m (1x) 7.70
Perna 4.50 m (1x) 11.50 10.00
Perna 5.25 m (1x) 12.60
Grelha (4x) 16.00 20.40 44.80 53.20 82.80 39.60
Grelha + 0.50 (4x) * 20.90 25.70 51.90 62.30 92.60 47.10

* Área da Grelha + Área das Pernas até 0,50 metros acima da linha de terra.

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16.TABELA 2 - Área das cantoneiras estruturas tipo S (m2)


PARTES S1 S2 S3 S4
Corpo 77.50 92.70 120.60 133.40
Base 0.00 m 0.20 3.60 0.40
Extensão 2.50 m 16.40 24.90 29.90 31.70
Extensão 5.00 m 27.40 37.30 50.40 58.90
Perna 1.30 m (1x) 1.90
Perna 1.50 m (1x) 2.30
Perna 2.10 m (1x) 3.80 4.20
Perna 2.30 m (1x) 3.00
Perna 2.50 m (1x) 3.10
Perna 3.30 m (1x) 4.60
Perna 3.50 m (1x) 5.00
Perna 3.60 m (1x) 6.20 6.70
Perna 5.10 m (1x) 9.80 10.60
Grelha (4x) 11.40 11.70 21.70 37.50
Grelha + 0.50 (4x) * 15.80 16.80 28.20 44.60

* Área da Grelha + Área das Pernas até 0,50 metros acima da linha de terra.

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17. FIGURA 2 - Conexão do contrapeso cobreado

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18.FIGURA 3 – Pintura de Poliuretano de Acabamento no Afloramento

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19.ANEXO I - Modelo de especificação técnica


ANEXO AO CONTRATO N.º ................ PARA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE TRATAMENTO
ANTICORROSIVO EM FUNDAÇÕES DE ESTRUTURAS METÁLICAS DE LINHAS DE
TRANSMISSÃO.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA

1. OBJETIVO
Orientar e estabelecer critérios básicos para o Tratamento Anticorrosivo em Fundações de
Estruturas Metálicas de Linhas de Transmissão, através de pintura, até 0,50 metro acima da linha de
afloramento no solo.

2. SISTEMA DE TRABALHO ADOTADO


As fundações devem ser substituídas, uma a uma, obedecendo a um sistema de rodízio, de acordo
com a sequência descrita a seguir.

2.1. Primeira Etapa


Tratar a grelha substituta até abaixo do ponto de emenda com o montante da perna. Caso haja
disponibilidade de peças, tratar o conjunto grelha e perna (montante e pontões) até 0,50 metros
acima da linha de afloramento no solo.

2.2. Segunda Etapa


Para estruturas de SUSPENSÃO EM ALINHAMENTO, segurar com guindauto ou tripé
hidráulico o montante, acima da emenda perna/corpo, retirar a fundação com corrosão e instalar
a fundação tratada.
Para estruturas de SUSPENSÃO EM PEQUENOS ÂNGULOS, estaiar a estrutura para o lado
externo do ângulo (em ambos os montantes), segurar com guindauto ou tripé hidráulico o
montante, acima da emenda perna/corpo, retirar a fundação com corrosão e instalar a fundação
tratada.
Para estruturas de ANCORAGEM, DERIVAÇÃO, SUSPENSÃO EM ÂNGULOS GRANDES e
CASOS ESPECIAIS, garantir a estabilidade da estrutura conforme estudo específico para cada
caso/estrutura, de acordo com a orientação da fiscalização.

2.3. Terceira Etapa


Completar, quando não executado na primeira etapa, o tratamento anticorrosivo da grelha, do
montante e dos pontões, até 0,50 metro acima da linha de afloramento no solo e reaterrar a
cava.

3. ABERTURA E FECHAMENTO DAS CAVAS

3.1 Abertura das Cavas para escavação com RETRO-ESCAVADEIRA


Escavar somente um pé de cada estrutura por vez, observando as condições de segurança e
estabilidade do conjunto, de acordo com as recomendações do item 2 - Sistema de Trabalho
Adotado. A escavação deve ser feita com retro-escavadeira para agilizar o processo, com os
cuidados necessários para que não seja danificada qualquer peça da estrutura instalada.
Antes da abertura da cava, o local deverá ser limpo para que a terra escavada esteja livre de
entulhos e detritos quando do reaterro. Para que seja preservada ao máximo a consistência

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natural do solo, as dimensões da cava devem se restringir ao mínimo necessário para a


realização do serviço.

3.2 Abertura das Cavas com ESCAVAÇÃO MANUAL


Escavar somente um pé de cada estrutura por vez, observando as condições de segurança e
estabilidade do conjunto, de acordo com as recomendações do item 2 - Sistema de Trabalho
Adotado. A escavação deve ser feita manualmente, com os cuidados necessários para que não
seja danificada qualquer peça da estrutura instalada.
Antes da abertura da cava, o local deverá ser limpo para que a terra escavada esteja livre de
entulhos e detritos quando do reaterro. Para que seja preservada ao máximo a consistência
natural do solo, as dimensões da cava devem se restringir ao mínimo necessário para a
realização do serviço.

3.3 Fechamento das Cavas


O reaterro deve ser feito em camadas de no máximo 0,30 metro que, somente depois de
perfeitamente apiloadas com compactador mecânico, poderão ser recobertas pela camada
seguinte, até atingir o nível original do terreno. Nos casos onde o apiloamento mecânico não
seja possível, a critério da fiscalização, poderá ser adotado o apiloamento manual, em camadas
de 0,20 metro. Qualquer recalque no material apiloado deve ser corrigido. A terra utilizada para
o reaterro deve estar livre de vegetação ou entulho. Caso o material proveniente da própria
escavação não ofereça condições de aproveitamento, de acordo com avaliação da fiscalização,
deverá ser providenciado material adequado trazido de outra jazida.
Durante o reaterro/apiloamento, todo cuidado deve ser tomado para evitar danos nas peças da
estrutura metálica ou no revestimento anticorrosivo.
A cava seguinte, na mesma estrutura, somente poderá ser aberta após totalmente concluído o
apiloamento da cava anterior.

3.4 Retirada e Instalação das Fundações


Após a escavação, desconectar o fio contrapeso, retirar a fundação com corrosão sem
desmontá-la, com o auxílio de um guindauto. Depois de retirada a fundação, limpar e nivelar o
fundo da cava para a instalação da fundação tratada.
Durante a instalação da fundação tratada deve-se tomar o máximo de cuidado para que não
seja danificada a camada de proteção anticorrosiva. Caso durante o transporte, instalação ou
reaterro a camada de proteção anticorrosiva seja danificada, executar retoques no local, com os
mesmos critérios de aplicação do produto durante o tratamento.
Após a instalação da fundação tratada, conectar o fio contrapeso conforme orientação da
fiscalização.

4. PREPARO DA SUPERFÍCIE

4.1 Limpeza da Peça


Após a retirada da fundação com corrosão, proceder a limpeza das peças de forma a remover
toda a terra agregada, sais e solventes orgânicos. Remover qualquer oleosidade da peça,
quando constatada, com solvente desengraxante de rápida evaporação a base de xilol ou
xileno.
4.2 Superfície Zincada em Bom Estado
Remover todas as impurezas estranhas à zincagem pela limpeza da peça com solvente
desengraxante de rápida evaporação, a base de xilol ou xileno, com o uso de pincel. Se

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necessário, lixar manualmente a superfície com palha de aço fina ou lixa número 100 e limpá-la
novamente com solvente a base de xilol ou xileno.
4.3 Superfície Zincada com Corrosão Branca
Lixar manualmente a superfície das peças com lixa número 220 ou palha de aço média, para
remover a fina camada de óxidos de zinco, sem remover a camada de zinco. Em seguida,
remover todos os resíduos da superfície através de limpeza com panos umedecidos em
solvente desengraxante de rápida evaporação, a base de xilol ou xileno.
4.4 Superfície Zincada com Corrosão Vermelha Leve
Lixar mecanicamente ou manualmente a superfície das peças com lixa número 180 ou escova
(radial ou copo), de modo a se obter uma limpeza padrão St 3, conforme norma SIS 055900-67.
Em seguida, remover todos os resíduos da superfície através de limpeza com panos
umedecidos em solvente desengraxante de rápida evaporação, a base de xilol ou xileno.
4.5 Superfície com Corrosão Vermelha e Substrato Desgastado
Obter limpeza padrão Sa 2 ½ , conforme norma SIS 055900-67, pelo jateamento com areia livre
de impurezas e umidade. Em seguida, remover todos os resíduos da superfície através de
limpeza com panos umedecidos em solvente desengraxante de rápida evaporação, a base de
xilol ou xileno.
4.6 Norma SIS 055900-67
4.6.1. Padrão St 3
Processo de limpeza minuciosa por raspagem, escovamento ou lixamento (mecânico ou
manual) para remoção de carepa de laminação solta e outras impurezas, obtendo-se
intenso brilho metálico.

4.6.2. Padrão Sa 2 ½
Processo de limpeza por jato de areia livre de impurezas e umidade. O jato é mantido por
tempo suficiente para assegurar a remoção da carepa de laminação e outras impurezas de
tal modo que apenas leves sombras possam aparecer na superfície. Ao final da limpeza a
superfície deverá apresentar cor cinza claro.

5. PRECAUÇÕES QUANTO A PINTURA


O preparo da superfície e a aplicação do “primer” de adesão devem ser executados dentro da
mesma jornada de trabalho para que não haja oxidação da superfície.
O preparo da superfície, da mistura e aplicação das tintas, não deve ser feito em dias de chuva, dias
com temperatura ambiente abaixo de 10°C e em dias com umidade relativa do ar superior a 85%.
Nenhuma demão subsequente poderá ser aplicada sem obedecer o tempo entre demãos, mínimo e
máximo, especificado para o produto.
O preparo do produto deve ser feito no momento da aplicação e em quantidade suficiente para
trabalho durante seu “pot-life” (tempo de vida útil da mistura).
Os produtos não podem entrar em contato com qualquer tipo de umidade (água, suor, substrato
molhado, etc.) sob a pena de perda total da mistura.
Deverão ser rigorosamente obedecidas as especificações técnicas para preparo e aplicação,
recomendadas pelo fabricante do produto.

6. APLICAÇÃO DOS PRODUTOS DA PINTURA ANTICORROSIVA

6.1. Esquema de aplicação em fundações galvanizadas novas de fábrica

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Ø 1ª demão - Primer de adesão;


Ø 2ª demão - Epóxi Tar Free;
Ø 3ª demão - Poliuretano de Acabamento somente no afloramento.
6.2. Esquema de aplicação em fundações reaproveitadas, escovadas ou jateadas

Ø 1ª demão - Epóxi Tar Free;


Ø 2ª demão - Poliuretano de Acabamento em toda a fundação.
6.3. Aplicação do Primer de Adesão (Marrom)

Imediatamente após o término do preparo da superfície aplicar o “Primer” de Adesão para Epóxi
Tar Free, em uma única demão, com trincha ou pincel. O Primer de adesão deve ser do mesmo
fabricante do Epóxi Tar Free, seguindo sempre a recomendação do fabricante para o produto
mais apropriado em cada caso. A cor do Primer deve ser de cor marrom, a fim de possibilitar a
melhor visualização de falhas no momento da aplicação da pintura anticorrosiva Epóxi Tar Free
de cor preta.

6.4. Aplicação do Epóxi Tar Free (Preto)

Após um intervalo mínimo de 24:00 horas e máximo de 48:00 horas da aplicação do Primer de
adesão aplicar a primeira demão de tinta epóxi Tar Free, com uma espessura seca de 150 µm
por demão (espessura úmida de 200 a 220 µm por demão), respeitando um intervalo mínimo de
24:00 horas e máximo de 48:00 horas entre as demãos. A pintura deverá ser a trincha seguindo
o esquema de aplicação contido neste documento.

OBSERVAÇÃO (1)

Em qualquer caso em que o tempo de repintura máximo for ultrapassado em mais de 12


horas, será necessário realizar lixamento leve com lixa 180 e remoção do pó formado através
de panos limpos, seguido de limpeza com solvente (xilol ou toluol). Este procedimento é
necessário para promover perfil de ancoragem adequado entre as demãos e de
responsabilidade da CONTRATADA. Este procedimento não será válido para a tinta epoxi rica
em zinco, em virtude da porosidade da tinta, o lixamento neste caso prejudica a aderência das
demãos subsequentes, quando o prazo de repintura for ultrapassado, realizar limpeza com jato
de ar comprimido, isento de água e óleo, somente no caso da existência de gorduras sobre a
superfície realizar a limpeza com solvente, em seguida limpar a superfície com ar seco para
remoção de fiapos soltos pelos panos. O uso de trincha é obrigatório quando da pintura com
finalidade de reforçar a proteção nos pontos críticos da estrutura.

6.5. Aplicação do Poliuretano de Acabamento (Cinza Munsell N6,5)

Depois do período de secagem completa da pintura anticorrosiva Epóxi Tar Free aplicar uma
demão de pintura de acabamento contra os raios solares nos 50 centímetros abaixo, e 50
centímetros acima do afloramento, conforme figura 3. A tinta de acabamento deve ser
Poliuretânica Acrílica para ambientes externos de baixa e média agressividade, na cor cinza
Munsell N6,5, e conforme a Norma N 2677 da Petrobrás. Para fundações reaproveitadas
escovadas ou jateadas aplicar uma primeira demão de Epóxi Tar Free e uma segunda demão
de Poliuretano de Acabamento na fundação inteira e não somente no afloramento. A pintura
deverá ser a trincha seguindo o esquema de aplicação contido neste documento.
7. FABRICANTES HOMOLOGADOS

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Ø SHERWIN-WILLIANS;
Ø WEG;
Ø CALAMAR;
Ø PPG (Renner);
Ø AKZONOBEL (Internacional, Coral).

OBS.: Outros fabricantes deverão ser submetidos à avaliação da área de engenharia da CPFL
Energia.
8. RECIPIENTES DOS PRODUTOS

9.1 Embalagem

Lata no. 1 (3,6 litros) conforme ABNT PB 13/51

9.2 Marcação

Os recipientes da tinta devem ser rotulados ou marcados na superfície lateral, com as seguintes
informações:
• nome do produto;
• nome do fabricante;
• identificação do lote de fabricação;
• data de fabricação;
• prazo de validade;
• solvente indicado;
• quantidade contida no recipiente (em litros e quilogramas) e
• relação de mistura (A+B), quando for o caso, em massa e volume.

9.3 Apresentação da embalagem

Os recipientes da tinta e solventes devem apresentar-se em bom estado de conservação,


hermeticamente fechados e devidamente rotulados ou marcados.

9.4 Armazenagem e Revalidação

As tintas e seus componentes, armazenados em lata fechada, em local abrigado, à temperatura


máxima de 45°C, devem manter suas propriedades dentro dos limites especificados pelo
fabricante, por um período de tempo de até 6 (seis) meses, a contar da data de fabricação.
Admite-se a revalidação deste prazo de utilização por até dois períodos adicionais de 3 (três)
meses cada, mediante repetição e aprovação nos ensaios de rotina.

9.5 Ensaios de Tipo

A CONTRATADA deverá fornecer à fiscalização da CONTRATANTE todos os ensaios que


foram realizados nos produtos, em laboratório de reconhecida idoneidade, às expensas da
CONTRATADA.

9.6 Da aceitação

Somente serão aceitas as tintas e respectivos componentes que estiverem contidas nas
embalagens devidamente fechadas, completamente cheias, com os respectivos rótulos

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contendo as marcações solicitadas, sem amassados e sem marcas de corrosão ou


vazamentos.

9. RESPONSABILIDADES DA CONTRATADA

9.1 Condições de Segurança e Higiene


Cumprir e fazer cumprir as normas e legislação sobre segurança e higiene no trabalho vigentes.
Fornecer e tornar obrigatório o uso dos EPI’s - Equipamentos de Proteção Individual (botas de
segurança, capacetes de segurança, óculos de segurança, luvas de PVC, luvas de vaqueta,
máscaras faciais com filtro orgânico, etc.) e dos EPC’s - Equipamentos de Proteção Coletiva
(extintores de incêndio, placas de sinalização e advertência, cones de sinalização, etc.) a todos
os seus empregados envolvidos com os serviços objeto desta contratação.
Manter, durante toda a jornada de trabalho, as condições de higiene nas áreas de trabalho e
alojamento de pessoal, se houver.
Durante o manuseio de solventes, ou produto que os contenha, é obrigatório o uso de luvas de
PVC e de máscaras faciais (com filtro orgânico compatível com o solvente manuseado).
Durante os serviços de escavação, estaiamento, montagem e desmontagem das fundações, é
obrigatório o uso de botas de segurança, luvas de vaqueta e de capacetes de segurança.
Durante o preparo da superfície, é obrigatório o uso de EPI / EPC compatível com o tipo de
limpeza adotado (óculos, luvas, aventais, etc.).
O transporte de pessoal deve ser feito em veículo apropriado e de acordo com as exigências e
normas do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), do Departamento Nacional de Estradas
de Rodagem (DNER) e do Departamento de Estradas de Rodagem (DER).

9.2 Mão de Obra e Serviços


Manter constantemente na obra:
ü Encarregado de Obras com experiência mínima comprovada de três anos na supervisão de
serviços de preparo de superfície e pintura industrial.
ü Pintor com experiência mínima comprovada de três anos em serviços de preparo de
superfície e pintura industrial.
ü Mão de Obra para escavação, reaterro, instalação de âncoras e estais, montagem e
desmontagem das grelhas e para retirada / instalação das fundações.
ü Mão de Obra especializada em jateamento de areia, para limpeza das peças com corrosão.
ü Cumprir rigorosamente as recomendações contidas nesta especificação técnica, sempre de
acordo com as orientações da fiscalização.
ü Profissional devidamente qualificado e treinado em aterramento temporário para trabalhos
em linhas desenergizadas.
ü A presença da fiscalização da CPFL na obra, não exime e nem diminui as responsabilidades
da Contratada pela qualidade técnica na execução dos serviços contratados.

9.3 Ferramentas, Equipamentos e Materiais


Manter na obra, em perfeitas condições de uso, os seguintes equipamentos:
Ø Compactador Mecânico;
Ø Equipamento para Jateamento de Areia;
Ø Retro - Escavadeira (RETIRAR QUANDO ESCAVAÇÃO FOR MANUAL);
Ø Caminhão com Guindauto;
Ø Equipamento Hidráulico que suporte os esforços mecânicos durante a substituição das
grelhas;
Ø Lixadeira Elétrica.

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Ø Medidor de Película de Tinta Seca e Úmida

Suprir a obra com os materiais e ferramentas necessárias ao preparo da superfície, aplicação do


elastômero e para a montagem / desmontagem e substituição das fundações, tais como: trincha,
pincel, escovas e palha de aço, lixa, areia para jateamento, solventes de limpeza, chaves para
montagem das grelhas, pás, socadores, etc.

9.4 Limpeza da Área


Providenciar a limpeza da área de trabalho e a devolução das sobras de materiais fornecidos
pela CONTRATANTE ou resultantes da retirada das fundações (cantoneiras e parafusos), após a
conclusão final da obra.
Os resíduos de solventes e outros, provenientes da limpeza e pintura das torres devem tratados
conforme GED2428, Procedimento Para Gerenciamento Controle e Disposição de Resíduos.

10. RESPONSABILIDADES DA CONTRATANTE


ü O fiscal da CONTRATANTE será o responsável pelo número de ordem junto ao Centro de Operação
da CPFL Energia (COS).

ü A fiscalização da CONTRATANTE poderá paralisar a qualquer momento os serviços prestados pela


CONTRATADA, quando estes estiverem fora dos padrões técnicos e de segurança exigidos e sem
ônus para CONTRATANTE.

ü Fornecer as peças para substituição daquelas sem condições de reaproveitamento, quando


necessário.

ü Fornecer as fundações necessárias ao início do sistema de rodízio para substituição das grelhas
com corrosão.

ü Manter na obra um fiscal, a quem caberá, como seu preposto, aprovar as frentes e métodos de
trabalho adotados, sempre de acordo com os padrões técnicos de qualidade exigidos pela
CONTRATANTE e em conjunto com o representante da CONTRATADA.

ü Elaborar o “diário de obra”, cuja quantidade de estruturas com serviços concluídos forem apontadas,
para posterior medição, pagamentos e auditoria.

ü Inspecionar a obra e suas instalações de apoio e quanto aos aspectos de prevenção de acidentes e
higiene no trabalho, exigindo ações da CONTRATADA para corrigir possíveis irregularidades
encontradas.

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