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Ensaios, Monitoração e

Taxa de Corrosão
Ensaios

Seu objetivo é caracterizar a agressividade


de um determinado meio corrosivo e
fornecer dados que sirvam ao controle da
corrosão.

Na prática, os fenômenos de corrosão se


multiplicam, obrigando à variedade dos
ensaios.
Ensaios

Para satisfazer as exigências de


reprodutibilidade de resultados, os ensaios
de corrosão só devem ser efetuados após
consideradas as exatas possibilidades e o
desenvolvimento do processo corrosivo.
Ensaios de Laboratório e Campo

Dependendo do objetivo, podem ser feitos no


laboratório ou no campo.

Nos ensaios de laboratório, usam-se


pequenos corpos de prova, a composição do
meio é fixada com exatidão, podendo-se
acelerar ou retardar o processo.
Ensaios de Laboratório e Campo
Nos ensaios de campo, a peça de teste é
submetida diretamente às condições reais dos
sistemas e meios corrosivos; em geral o
tempo de resposta é longa, a condição dos
ataques são variáveis e às vezes não
controláveis.

Porém, para se verificar a resistência dos


materiais e a eficiência de uma medida
protetora, é decisivo o comportamento de
campo dos mesmos.
Monitoramento da Corrosão
Métodos:

Não-destrutivos

Analíticos

Engenharia de Corrosão
Monitoramento da Corrosão
Métodos Não-destrutivos

– Estão em primeiro plano, pois são


indispensáveis para indicar a presença de
ataque, fissuras, trincas, reduções de
espessura de parede, defeitos internos,
vazamentos, porosidades e outras formas
de dano.
São feitos em paradas ou com
equipamento em operação. Os ensaios de
emissão acústica, já se encontra para
resposta em tempo real.
Monitoramento da Corrosão
Métodos Não-destrutivos

Exemplos:

Ultra-som, correntes parasitas, emissão


acústica, radiografia, partículas
magnéticas, líquidos penetrantes, exame
visual, termografia, etc;
Monitoramento da Corrosão
Métodos Analíticos

São complementares, igualmente


importantes, são especialmente úteis para
os casos de corrosão controladas por
parâmetros de meio. Ex. corrosão de
águas contaminadas por H2S, CN - .
Monitoramento da Corrosão
Métodos Analíticos

Exemplos:

Análise química
Medidas de pH
Medidas do teor de O2 e atividade
microbiológica.
Monitoramento da Corrosão
Métodos de Engenharia de Corrosão
– Com inúmeras aplicações, podem ser usados
desde meios aquosos até sistemas gasosos.
Divide-se em naturezas eletroquímicas e não-
eletroquímicas ( método dos cupons).
Permitem a detecção de alterações sensíveis
nas cinéticas do processo corrosivo, o que
torna os métodos eletroquímicos atraentes no
acompanhamento in situ da evolução do
processo corrosivo nos equipamentos
industriais.
Monitoramento da Corrosão
Métodos de Engenharia de Corrosão

Exemplos:

Não eletroquímicos: Os cupons de corrosão,


resistência elétrica e os provadores de
hidrogênio.
Eletroquímicos: Resistência à polarização ou
polarização linear, potencial de corrosão,
amperimetria de resistência nula, impedância
eletroquímica e ruído eletroquímico.
VELOCIDADE DE CORROSÃO
A velocidade com que se processa a
corrosão é dada pela massa de material
desgastado, em uma certa área, durante um
certo tempo, ou seja, pela taxa de corrosão.

A taxa de corrosão pode ser representada


pela massa desgastada por unidade de área
na unidade de tempo.
VELOCIDADE DE CORROSÃO
Os valores das taxas de corrosão podem ser expressos
por meio da redução de espessura do material por
unidades de tempo, em mm/ano ou em perda de massa
por unidade de área, por unidade de tempo, por exemplo
mg/dm2/dia (mdd). Pode ser expressa ainda em
milésimos de polegada por ano (mpy).
VELOCIDADE DE CORROSÃO
O cálculo das taxas de corrosão em mm/ano e mpy, quando
se conhece a perda de massa pode ser dada pelas
seguintes expressões:

onde:
mm/ano = é a perda de espessura, em mm por ano;
m = perda de massa, em mg;
S = área exposta, em cm2;
t = tempo de exposição, em dias;
 = massa específica do material, em g/cm3.
VELOCIDADE DE CORROSÃO

onde:
mpy = é a perda de espessura, em
milésimos de polegada por ano;
m = perda de massa, em mg;
S = área exposta, em pol2;
t = tempo de exposição, em horas;

 = massa específica do material, em


g/cm3.
VELOCIDADE DE CORROSÃO
Para conversão das taxas dadas em mm/ano e mpy
para mdd usa-se as seguintes expressões:

sendo:
mdd = mg/dm2/dia
VELOCIDADE DE CORROSÃO
A massa deteriorada pode ser calculada pela
equação de Faraday:
m = e.i.t
onde:
m = massa desgastada, em g;
e = equivalente eletroquímico do metal;
i = corrente de corrosão, em A;
t = tempo em que se observou o
processo, em s.
VELOCIDADE DE CORROSÃO
A corrente “i” de corrosão é, portanto, um fator
fundamental na maior ou menor intensidade do
processo corrosivo e o seu valor pode ser variável
ao longo do processo corrosivo.
A corrente de corrosão depende fundamentalmente
de dois fatores:
• diferença de potencial das pilhas (diferença de
potencial entre áreas anódicas e catódicas) - DV;
• resistência de contato dos eletrodos das pilhas
(resistência de contato das áreas anódicas e
catódicas) - R;
VELOCIDADE DE CORROSÃO
A diferença de potencial - DV - pode ser
influenciada pela resistividade do eletrólito, pela
superfície de contato das áreas anódicas e
catódicas e também pelos fenômenos de
polarização e passivação.
O controle da velocidade de corrosão pode se
processar na área anódica ou na área catódica, no
primeiro caso diz-se que a reação de corrosão é
controlada anodicamente e no segundo caso
catodicamente. Quando o controle se dá anódica e
catodicamente diz-se que o controle é misto.
VELOCIDADE DE CORROSÃO
Influência de outros fatores:
Alguns outro fatores influem na velocidade de corrosão,
principalmente porque atuam nos fenômenos de polarização
e passivação:
• aeração do meio corrosivo: como foi dito anteriormente , o
oxigênio funciona como controlador dos processos
corrosivos.
Portanto, na pressão atmosférica, a velocidade de
corrosão aumenta com o acréscimo da taxa de
oxigênio dissolvido. Isto ocorre por ser o oxigênio um
elemento despolarizante e que desloca a curva de
polarização catódica no sentido de maior corrente de
corrosão;
VELOCIDADE DE CORROSÃO
Influência de outros fatores:
pH de eletrólito:
a maioria dos
metais passivam-
se em meios
básicos (exceção
para os metais
anfóteros).
Portanto, as taxas
de corrosão Efeito do pH na velocidade de
aumentam com a corrosão
diminuição do pH.
VELOCIDADE DE CORROSÃO
Influência de outros fatores:

temperatura: o aumento de temperatura acelera,


de modo geral, as reações químicas. Da
mesma forma, também em corrosão, as taxas
de desgaste aumentam com o aumento da
temperatura. Com a elevação da temperatura
diminui-se a resistividade do eletrólito e,
conseqüentemente, aumenta-se a velocidade
de corrosão;
VELOCIDADE DE CORROSÃO
Influência de outros fatores:

efeito da velocidade: a velocidade relativa,


superfície metálica-eletrólito, atua na taxa de desgaste de
três formas:
1) para velocidades baixas - há uma ação despolarizante
intensa que se reduz à medida que a velocidade se aproxima de 8 m/s
(para o aço em contato com água do mar).
2) a partir desta velocidade as taxas praticamente se
estabilizam;e
3) voltam a crescer para altas velocidades quando, diante de
um movimento turbulento, tem-se – inclusive – uma ação erosiva.
VELOCIDADE DE CORROSÃO
Influência de outros fatores:

Efeito da velocidade relativa do metal/eletrólito na


corrosão do aço em água do mar
Classificação dos Metais quanto
Taxa de Corrosão
• Boa Resistência à Corrosão – Metais com taxa menor
que 5 mpy: Usados em partes críticas ou equipamentos
onde se deseja baixos índices de corrosão;
• Corrosão Tolerada – Metais com taxas entre 5 a 50
mpy: Usados em equipamentos onde são tolerados
relativas taxas de corrosão, esta na qual o projeto julgou
viável. Os exemplos podem ser: tanques, tubulações,
corpo de válvulas;
• Baixa Resistência – Metais com taxa superior a 50
mpy, esses não são recomendados para uso.
Projeto de Equipamentos
• Conhecendo-se a taxa de corrosão de um material, escolhido
para o dado equipamento, em determinado meio, o projeto
estimando o tempo de vida útil do equipamento constituído
desse material, a tarefa agora é saber qual a espessura das
paredes desse equipamento.

• Essa determinação deve atender as exigências requeridas,


como: pressão, temperatura e peso do equipamento ( vazio e
cheio). Além disso, costuma-se usar uma espessura extra,
conhecida como sobreespessura, sua finalidade e oferecer
maior segurança e compensar a perda de massa por corrosão
durante o tempo de vida prevista em projeto.
Exemplo
Admitindo que um determinado projeto, estipulou como um equipamento com espessura
de parede em 5 mm, espessura essa necessária a atender as características mecânicas.
A taxa de corrosão do material, no sistema é de 0,4 mmpy; com vida útil de 10 anos.

Calculando-se qual a espessura necessária:


Redução de espessura prevista, ao longo dos 10 anos.
10y X 0,4 mmpy = 4,0 mm;
Fator de segurança ou Sobre-espessura de corrosão F = 2.
4,0 mm X 2 = 8,0 mm ( Esse fator se deve principalmente a variação da profundidade de
penetração);
Espessura total requerida no projeto, seria:
5,0 mm + 8,0 mm = 13,0 mm.
Observação: O custo com material é 1,6 vezes maior, apenas para “atender à realidade da
corrosão”.
Relação entre Emprego de
Materiais e Taxas de Corrosão
( caso de corrosão uniforme).
Penetração Média (μm/ano)
Uso Materiais Caros Materiais de Preços Materiais .
.
moderados baratos
( Ag, Ti, Zr) ( Cu, Aço Inox, Al ) ( Aço-C, Fe Fund.)

Satisfatório < 75 < 100 < 225

Aceitável em
condições 75-250 100-500 225-1500
específicas

Não Aceitável > 250 > 500 > 1500


Cupons de monitoramento da corrosão interna:

duto

Cupon

Caixa de inspeção
Cupons de monitoramento da corrosão interna:

Cupons por perda de massa:

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