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ATIVIDADE EM GRUPO VALENDO 1 PONTO EXTRA NA NOTA DO 1º EE

ESTUDO DE UM CASO DE CORROSÃO

Discentes: Alice Maria Zeferino dos Santos, Danilo Santos de Oliveira, Maria Renata de
Oliveira Martins, Matheus Leonardo Gomes da Silva, Gleybson José da Silva Barbosa.

1. Identificação do problema:

Iremos realizar o estudo de caso baseado em uma máquina de musculação localizada na


academia Match Fit na unidade de Camaragibe, PE.
A máquina trata-se de uma mesa flexora, a qual possui um material de aço carbono em sua
estrutura, como é possível observar na Figura 1.

Figura 1. Área corroída da mesa flexora.

Para solucionar este problema precisamos identificar o tipo de corrosão, a causa e possíveis
meios de solução, e após o aprofundamento nessas alternativas, escolher a que for mais
adequada para a situação.

2. Produção de critérios:

a) Apresentar quais os vínculos científicos que o caso apresenta

• Classificação, tipo e composição das ligas:

O problema se trata de uma corrosão atmosférica úmida, em que se classifica as corrosões


mais comuns, principalmente na atmosfera de Recife onde a sua umidade é bem alta em
comparação com outras cidades. As áreas que corroem (liberação de elétrons) são chamadas
de anódicas, enquanto as que não corroem (recebem os elétrons, ocorrendo reações com
elementos do meio aquoso) são chamadas de áreas catódicas. Neste tipo de corrosão, as áreas
anódicas e catódicas são distribuídas aleatoriamente na superfície, e é por essa razão que
acontece esse aspecto generalizado da corrosão. Essa separação acontece em função da
heterogeneidade do material, de regiões deformadas mecanicamente, da presença de
inclusões e de microconstituintes de ligas, entre outros fatores.

• Meio Corrosivo:

Nesta situação, o meio corrosivo no qual a máquina está exposta é a umidade do ambiente e o
contato direto com o suor, o qual tem em sua composição uma substância chamada ácido
úrico, capaz de contribuir com o processo de oxidação.

• Condições operacionais:

Trata-se de uma máquina mesa flexora no material de aço carbono. Com pressão atmosférica
de 1 atm e temperatura de 25º C.

• Principais formas de corrosão nas ligas:

Corrosão atmosférica úmida associada a uma corrosão uniforme/ generalizada

• Mecanismos dos processos corrosivos:

Os aços-carbono comuns contêm mais de 97% de Fe, até 2% de C e outros elementos


remanescentes do processo de fabricação. O ar constitui o meio no qual os materiais estão
mais frequentemente expostos e a oxidação do Fe(s) ocorre porque este elemento é
termodinamicamente instável na presença de O2(g) (ΔGf0 FeO(s) = -251,5 kJ/mol, ΔGf0
Fe3O4(s) = -1014 kJ/mol e ΔGf0 Fe2O3(s) = -741,9 kJ/mol). Na atmosfera, a ação conjunta do
O2(g) e H2O(g) torna o meio mais agressivo que reage com os aços-carbono formando uma
camada porosa de produtos de corrosão conhecida como ferrugem, bem como o suor com a
presença do ácido úrico favorecendo também a maior agilidade desse processo corrosivo, de
modo que o mecanismo presente seria conforme abaixo:

Reação anódica :

Reação catódica:

Reação global:
Note que como foi mencionado o equipamento é de aço carbono, ou seja, possuindo 97% da
sua composição de ferro , sendo o mesmo oxidado na presença do oxigênio e em meio ácido
proveniente do ácido proveniente do suor, diante disso, o ferro é “solto” do equipamento
formando assim a ferrugem e o seu devido processo corrosivo.

• Proteções contra corrosão:

Embora a concentração de O2(g) no ar possa ser considerada constante, a sua solubilidade em


água é muito baixa (0,0014 mol L-1 H2O a 20 ºC), sendo este consumido rapidamente sobre a
superfície do aço. O O2(g) será reposto naturalmente, mas este deverá atravessar uma camada
de ferrugem cada vez mais espessa para atingir uma área exposta cada vez menor, diminuindo
a velocidade de corrosão no decorrer do tempo. Sendo assim, deduz-se que a superfície dos
aços-carbono deve ser sempre protegida da atmosfera e, caso isto não seja possível, deve-se
procurar um procedimento alternativo que dificulte o progresso da reação anódica ou
catódica, porque desta maneira diminuirá a velocidade da reação de corrosão. Em geral, os
métodos mais comuns de proteção consistem em cobrir a superfície com um revestimento
metálico, inorgânico, orgânico ou superposição destes com o intuito de isolar o material do
meio.

b) Julgamento de valor – gravidade do problema


Como se trata de um equipamento destinado a atividade física, e como pode-se notar na
figura 1 o material apresenta uma elevada corrosão, a um determinado instante de tempo
áreas expostas podem aparecer e assim formar uma região propícia a acidentes de modo que,
o usuário do equipamento pode se acidentar no decorrer do exercício, diante disso, pode-se
considerar que nesse contexto tem-se um risco de médio a elevado tendo em vista as
condições do equipamento para uso, bem como as variadas formas de acidentes que podem
ocorrer.

c) Geração de Alternativas
Inicialmente pode-se levar em consideração a conscientização dos usuários e analisar a
corrosão em relação ao uso do equipamento a se atentar ao suor em contato com a região
propícia à corrosão, além disso, realizar o devido controle da umidade presente ali, ou seja,
aumentando a ventilação do local, além de realizar uma nova pintura , ter a devida
substituição dos elementos danificados, ter uma devida inspeção da estrutura da mesa flexora
utilizando aços inoxidáveis, além disso pode-se utilizar revestimentos com metais que
apresentam uma boa resistência à corrosão atmosférica.

d) Avaliação das alternativas:


Sim, pois com a conscientização dos usuários sobre a influência corrosiva que o suor humano
causa no material do equipamento é possível mitigar o processo corrosivo, sendo necessário
deixar o equipamento limpo e seco, uma vez que o suor cria um meio eletrolítico que contém
íons que favorecem a passagem de corrente elétrica e a reação de oxirredução (troca de
elétrons). A ventilação do espaço irá ajudar a reduzir o efeito da umidade relativa do ar,
evitando que a água presente na atmosfera condensa e se deposite no material metálico.
Outras medidas de resolução do problema seria o uso de ligas metálicas que resistem bem à
corrosão, como é o caso do aço inoxidável austenítico que possui em sua composição 18% de
cromo e 8% de níquel, e também realizar uma pintura da superfície metálica com uma tinta
ou resina anticorrosiva, ou ainda, o uso de inibidores de corrosão, como por exemplo o
fosfato de zinco.

e) Escolha da solução:
É possível concluir depois dos estudos e análises levantados, que o fator predominante na
mesa flexora cujo material é de aço-carbono é a corrosão do tipo uniforme/ generalizada
bem como a corrosão atmosférica devido a forte umidade , associado ao suor com a
presença do ácido úrico .É analisado que se deve ter métodos para evitar esse tipo de corrosão
, observando a importância da escolha das ligas de forma rigorosa ao montar e projetar o
equipamento, levando em conta o meio em que ele estará inserido .Esse método deve ser feito
como analisado por meio de conhecimento sobre técnicas mais assertivas e acessíveis de
manutenção e reparo da corrosão, usar ligas mais resistentes objetivando diminuir a taxa de
corrosão com manutenção através de proteção que consistem em cobrir a superfície com
um revestimento metálico, inorgânico, orgânico ou superposição destes com o intuito de
isolar o material do meio e materiais do tipo aço inoxidável e ligas de alumínio, reforço ou
substituição dos elementos danificados . É claro que além da utilização de revestimentos,
estudos mostram que a manutenção preventiva, limpeza e checagem periódica ajudam a
combater os efeitos causados pela corrosão - inspeção regular da estrutura , além de formas
de controlar a umidade como, por exemplo,melhorando a ventilação do ambiente evitando
desse modo a corrosão atmosférica úmida.
3. Resuma o problema e solução através de fluxograma:

Figura 2: Fluxograma do problema

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