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CURSO TÉCNICO EM QUÍMICA – TURMA 34 – PERÍODO: TARDE

COMPONENTE CURRICULAR: PROJETOS INDUSTRIAIS – QUI 34


PROPOSTA DE PROJETO

CONVERSOR DE FERRUGEM

IDEALIZADORES:

Anna Luiza Pinto Vieira 08


Gabrieli Pereira de Souza Silva xx
Maria Eduarda Cardoso de Oliveira 20
Shirley Oliveira 28
João Victor xx

1. Justificativa:
Nossa proposta é criar um produto inovador, que atue como uma barreira protetora
contra a oxidação, impedindo que o oxigênio entre em contato com o material e cause
corrosão. Além disso, a ideia é que, o produto possua propriedades de remoção da
ferrugem, restaurando a beleza e durabilidade do objeto afetado.
As ligas metálicas são amplamente utilizadas como materiais de construção de
equipamentos industriais e em aplicações domésticas, o que torna a corrosão um problema
significativo. A vida útil dos equipamentos é drasticamente reduzida após o processo de
corrosão, gerando custos de manutenção e riscos para a segurança e funcionamento dos
dispositivos.
Um dos maiores problemas causados pela corrosão é a necessidade de recursos
para manutenção e substituição de peças danificadas, o que gera impacto econômico
significativo. De acordo com dados da NACE AMPP (National Association of Corrosion
Engineers), a corrosão causa a perda de cerca de 3,5% do produto interno bruto mundial.
Além dos impactos econômicos, o desgaste das estruturas também tem sérias
consequências para a saúde pública e o meio ambiente.
A corrosão pode levar à substituição de equipamentos danificados, paralisação de
equipamentos, emprego de manutenção preventiva, contaminação do produto, perda de
material, riscos para a saúde e segurança, e problemas estéticos.
Os problemas associados à corrosão são frequentes e relevantes em diversas
atividades, e requerem estudos constantes para aperfeiçoar e reduzir os custos das técnicas
de controle da corrosão. Globalmente, estima-se que os gastos com problemas relacionados
à degradação de materiais cheguem a 5% do Produto Nacional Bruto, e que cerca de 20 a
25% dos custos poderiam ser evitados com o uso de tecnologias de controle apropriadas.
No Brasil, os gastos relativos aos processos corrosivos são estimados em US$15 bilhões ao
ano, dos quais cerca de US$5 bilhões poderiam ser economizados com métodos de
prevenção e controle.
Portanto, é crucial adotar medidas que previnam a corrosão e atrase suas
consequências. Através do uso regular do nosso produto, seria possível contribuir de forma
significativa na redução de diversos problemas que a sociedade enfrenta atualmente. Os
consumidores teriam a possibilidade de proteger e preservar uma ampla variedade de itens,
tais como ferramentas, móveis, equipamentos metálicos, entre outros. Acreditamos que
nosso produto pode trazer benefícios significativos para uma ampla gama de setores, desde
a indústria de manufatura até o uso doméstico, contribuindo para a melhoria da qualidade de
vida em ger

2. Metodologia:
Nosso projeto foi baseado no processo de fosfatização, no qual há o uso de fosfato
de zinco (Zn3(PO4)2), assim criando uma película na qual tem função de remoção e proteção
contra corrosão, com isso aumentando a durabilidade do material.
Adendo: os enxágues são feitos por imersão com fluxo de água, tendo assim adição de
água limpa e descarte da água com resíduos com certa agitação.

1) Desengraxante: o primeiro passo é o desengraxante por imersão em NaOH e sabão,


na finalidade de remover óleos e sujeiras da superfície - Enxágue para remoção de
resíduos.
2) Decapagem: segundo passo seria a remoção de oxidações e carepas das superfícies
através de imersão em HCl com concentração entre 1% a 50% sem aquecimento -
Enxágue para remoção de resíduos.
3) Neutralizador: o terceiro passo é neutralizar os resíduos ácidos utilizando Fe(OH)3 -
Enxágue para remoção de resíduos.
4) Refinador: quarto passo é o preparo da superfície para obtenção das camadas de
fosfato de que fique uniforme, densa e micro cristalina para que não fique
imperfeições nas camadas da superfície, isso tudo a base de titânio que na teoria
funciona como o refinador.
5) Fosfatização: quinto passo seria o banho em Zn3(PO4)2 para a formação da película
de fosfato - Enxágue para remoção de resíduos.
6) Passivação: sexto passo na teoria utiliza-se o acetato de cromo (C8H16Cr2O10), a fim
de aumentar a aderência à tintas, melhor resistência contra corrosão e selar
porosidade da camada de fosfato.
7) Enxágue DI: sétimo passo, a utilização de água contendo baixo teor de sais, com pH
e condutividade controlada, em fluxo de água, tendo assim adição de água limpa e
descarte da água com resíduos com certa agitação.
8) Secagem: as peças passam por fornos ou sopros de ar quente a temperaturas entre
100 e 150°C, assim não danificando as mesmas no procedimento de pintura.

3. Revisão bibliográfica:

Artigo Acadêmico 1: “MONITORAMENTO DA CORROSÃO NO AÇO CARBONO SAE 1020,


AÇO GALVANIZADO, ALUMÍNIO E COBRE, CONSIDERANDO AS CONDIÇÕES
CLIMÁTICAS SERRANAS E LITORÂNEAS DE SANTA CATARINA.” (Escrito por Ederson
Gean Da Luz, 2010)

Este trabalho aborda o processo de corrosão em materiais metálicos, destacando a


importância do monitoramento para compreender seus tipos, problemas e formas de
proteção. Investigou-se a corrosão em diferentes materiais, como aço galvanizado, aço
carbono, alumínio e cobre, por meio de ensaios de intemperismo em condições naturais na
serra e no litoral de Santa Catarina. A pesquisa visa entender a agressividade da corrosão
atmosférica em cada material, considerando as variações climáticas regionais, através de
um monitoramento mensal da evolução.

Tal artigo acadêmico proporcionou um entendimento aprofundado sobre o processo


de corrosão em materiais metálicos, desde a sua classificação até as formas de proteção
contra esse fenômeno.
Artigo Acadêmico 2: “INIBIDORES ORGÂNICOS DE CORROSÃO - ESTUDOS COM
COMPOSTOS NATURAIS OBTIDOS DE DIVERSAS ESPÉCIES DE MENTAS.” (Escrito por
Fabiana Nogueira Grosser, 2015)

O estudo investigou o comportamento eletroquímico do aço carbono em soluções


contendo KNO3 e soluções etanólicas com cloreto de tetraetilamônio, adicionando diferentes
concentrações de acetato de linalila, mentol, limoneno e pulegona. Utilizando técnicas
eletroquímicas, como potenciometria e espectroscopia de impedância, foram analisadas as
interações entre os compostos orgânicos e a superfície do eletrodo. Observou-se que o
acetato de linalila, mesmo em presença de água ou etanol em grande quantidade, adsorve
na superfície do aço carbono. Os valores de energia livre de adsorção de Gibbs foram
calculados para cada composto, indicando sua eficácia como inibidores de corrosão.
Concluiu-se que esses compostos orgânicos atuam como inibidores naturais de corrosão,
reduzindo as densidades de corrente anódicas e a perda de massa do metal, tanto em
soluções aquosas quanto em soluções etanólicas.

A partir deste estudo, é possível compreender melhor o papel dos compostos


orgânicos, como acetato de linalila, mentol, limoneno e pulegona, como inibidores naturais
de corrosão para o aço carbono em diferentes condições de solução.

4. Referências:
1. Aula do Professor Braga, roteiro elaborado pelo Professor Rafael e por Tathy Xavier.
Corrosão. Moodle USP: e-Disciplinas, 2017. Disponível em:
https://drive.google.com/file/d/17FI2PjFvk0dzSha_BqGZs1ZDqTGTwsKx/view?usp=dri
vesdk. Acesso em: 11 fev. 2024.

2. DA LUZ, Ederson Gean. MONITORAMENTO DA CORROSÃO NO AÇO CARBONO


SAE 1020, AÇO GALVANIZADO, ALUMÍNIO E COBRE, CONSIDERANDO AS
CONDIÇÕES CLIMÁTICAS SERRANAS E LITORÂNEAS DE SANTA CATARINA..
Centro Universitário Unifacvest, 2010. Disponível em:
https://www.unifacvest.edu.br/assets/uploads/files/arquivos/25983-tcc-ederson-gean-d
a-luz-eng.-mecanica-2018.pdf. Acesso em: 12 fev. 2024.
3. GROSSER, Fabiana Nogueira. INIBIDORES ORGÂNICOS DE CORROSÃO:
ESTUDOS COM COMPOSTOS NATURAIS OBTIDOS DE DIVERSAS ESPÉCIES DE
MENTAS. Lume UFRGS, 2015. Disponível em:
https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/129769/000976605.pdf?sequence=
1. Acesso em: 13 fev. 2024.

4. GARCIQUÍMICA, Empresa. FOSFATIZAÇÃO. São Paulo, SP . 2020. Apresentação


de Powerpoint. 35 slides. color. Disponível em:
https://drive.google.com/file/d/17ED4BgvuwbyEobN0Kqr8uh8EwlQUSMqQ/view?usp=
drivesdk. Acesso em: 12 fev. 2024.

5. FILHO, João Archanjo De Oliveira ; MARTINS , Carlos Alexandre ; PANOSSIAN,


Zehbour . Corrosão e Proteção: Ciência e Tecnologia em Corrosão. 14. ed. Rio de
Janeiro, RJ: Aporte Editorial, 2007. 9-10 p.

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