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PÓS-GRADUAÇÃO EM PROCESSOS MECÂNICOS DE FABRICAÇÃO

IEC PUC MINAS

Disciplina:

CORROSÃO E PROCESSOS DE
REVESTIMENTO
Professora: Natália Lopes
APRESENTAÇÕES

Natália Isabel
de Azevedo Lopes

• Engenheira Química – UFMG (2008);


• Doutora em Engenharia Metalúrgica, Materiais e de Minas – UFMG (2018)
o Área do conhecimento: Engenharia de Superfícies e Corrosão

• Especialista em Corrosão na Companhania Siderúgica do Pecém – CSP


• https://www.linkedin.com/in/natália-lopes-b2650b36/
APRESENTAÇÕES

Formação e área de atuação


Fale um pouco sobre você e sua trajetória professional.

O que é corrosão?
Use suas palavras!

Expectativas para o curso


Quais suas motivações e expectativas para a disciplina?
Como você espera que o curso contribua para a sua formação?
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
DISCIPLINA: Corrosão e Processos de Revestimento
CURSO: Processos Mecânicos de Fabricação
PROF (A): Natália Isabel de Azevedo Lopes

DISTRIBUIÇÃO DE PONTOS/CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:

• Listas de exercícios: 40%


• Seminários: 50%
• Participação nas atividades propostas: 10%
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
UNIDADES DE ENSINO: Unidade 3: Métodos de Proteção
Unidade 1: Introdução 3.1 Revestimentos metálicos e não-metálicos.
1.1 Princípios básicos de corrosão. 3.2 Inibidores de corrosão.
1.2 Importância econômica e social da corrosão. 3.3 Proteção catódica.
1.3 Aspectos termodinâmicos e cinéticos. 3.4 Projeto e seleção de materiais.
1.4 Formas de classificação.
Unidade 4: Avaliação e monitoramento da corrosão
4.1 Testes acelerados e não-acelerados de resistência à
Unidade 2: Mecanismos de Corrosão e Degradação
corrosão.
2.1 Principais mecanismos de corrosão.
4.2 Estratégias de monitoramento e controle da
2.2 Degradação de materiais poliméricos, cerâmicos e
corrosão.
compósitos.
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
DISCIPLINA:

Aula Data Conteúdo Aula Data Conteúdo


Aula 1 31/08 Unidade 1 Aula 7 26/10 Unidade 3
Aula 2 14/09 Unidade 1 Aula 8 09/11 Unidade 3
Aula 3 21/09 Unidade 2 Aula 9 16/11 Unidade 3
Aula 4 28/09 Unidade 2 Aula 10 23/11 Unidade 4
Aula 5 05/10 Unidade 2 Aula 11 30/11 Unidade 4
Aula 6 19/10 Seminário Aula12 07/12 Seminário
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• ASM Handbook, Volume 13A, Corrosion: Fundamentals, Testing, and Protection. ASM International, 2005.
• ASM Handbook, Volume 13B, Corrosion: Materials. ASM International, 2003.
• ASM Handbook, Volume 13C, Corrosion: Environments and Industries, 2006.
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• Gentil, V. Corrosão. 6ª ed., Rio de Janeiro, LTC, 2011.


APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• Roberge, P. R. Handbook of Corrosion Engineering, McGraw-Hill Company, 2019.


• Roberge, P. R. Corrosion Engineering Principles and Practice, McGraw-Hill Company, 2008.
• Roberge, P. R. Corrosion Inspection and Monitoring, Wiley Series in Corrosion Book, 2010.
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• Chawla, S. L., Gupta, R. K. – Materials Selection for corrosion control. ASM International, 1995.
• Instalações e Engenharia de Corrosão Ltda – IEC. Sistemas de Proteção Catódica, 2ª ed., Rio de Janeiro,
Interciência, 2020.
• Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás. Inspeção de mecanismos de danos. Rio de Janeiro, IBP, 2021.
• Jambo, H. C. M.; Fofano, S. Corrosão: Fundamentos, Monitoração e Controle. Ciência Moderna, 2008.
• Nunes, L. P.; Lobo A. C. – Pintura Industrial na Proteção Anticorrosiva – Livros Técnicos e Científicos, 1994.
SITES RECOMENDADOS

• ABRACO - Associação Brasileira de Corrosão - https://abraco.org.br/


• AMPP - Association for Materials Protection and Performance - https://www.ampp.org/home
(Antigas SSPC – The Society For Protective Coatings e NACE – National Association of Corrosion Engineers)
• Corrosionpedia - https://www.corrosionpedia.com/
• Corrosion Doctors - https://corrosion-doctors.org/
• IBP – Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás - https://www.ibp.org.br/
• ABENDI - Associação Brasileira de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção - http://www.abendi.org.br/abendi/
• Inspectioneering - https://inspectioneering.com/
O que é cor rosão?
DEFINIÇÕES

“Deterioração de um material, geralmente metálico, por ação química ou eletroquímica


do meio ambiente associada, ou não, a esforços mecânicos. A deterioração causada
pela interação físico-química entre o material e o seu meio operacional representa
alterações prejudiciais indesejáveis, sofridas pelo material, tais como desgaste,
variações químicas ou modificações estruturais, tornando-o inadequado para o uso.”

Gentil, 2011
(1ª ed. 1970)
DEFINIÇÕES

“Corrosão é o ataque destrutivo de um metal por uma reação química ou eletroquímica


com o seu meio. Deterioração por causas físicas não são chamadas de corrosão (...). Em
alguns casos o ataque químico é associado à deterioração física, sendo descrito como
corrosão-erosão ou tribocorrosão. Materiais não-metálicos não são incluídos nessa
definição.”

Uhlig, 2008
(1ª ed. 1948)
DEFINIÇÕES

• A corrosão é fenômeno espontâneo:


termodinamicamente favorável.
• Pode ser entendida como o inverso dos
processos metalúrgicos.
• Energia nos produtos de corrosão é
menor do que a energia nos metais.

Fonte: Pannoni, 2008


DEFINIÇÕES
Energia requerida para converter óxidos para produzir 1 kg de metal

Energia requerida para Tendência à


produção de um metal corrosão

Fonte: Roberge, 2008


ENGENHARIA DE CORROSÃO

• A engenharia de corrosão atua de modo a controlar a cinética das reações envolvidas nos
processos corrosivos.

• É responsabilidade do Engenheiro de Corrosão estudar os mecanismos de corrosão para:


(a) melhorar a compreensão das causas da corrosão e
(b) encontrar meios para prevenir ou ao menos minimizar os danos causados pela
corrosão.
IMPACTOS SOCIAL

DA CORROSÃO •

Saúde
Segurança
• Histórico e Cultural
• Cotidiano

Social ECONÔMICO
• Custos diretos
• Custos indiretos

Econômico Ambiental AMBIENTAL


• Acidentes ambientais
• Conservação de reservas minerais e recursos
energéticos
IMPORTÂNCIA SOCIAL:
SEGURANÇA
Explosões em Guadalajara em 1992

• Série de explosões ocorreram em Guadalajara, a segunda maior


cidade do México, em 22 de abril de 1992.
• O balanço oficial das explosões foi de 212 mortos, 69
desaparecidos, 1.800 feridos, oito quilômetros de ruas destruídas.
• Prejuízo econômico estimado entre 7 e 10 milhões de dólares.

Ducumentário National Geographic:

https://www.youtube.com/watch?v=WkQGKlCQB3w
IMPORTÂNCIA SOCIAL:
SEGURANÇA
Explosões em Guadalajara em 1992

• 5 anos antes do acidente, tubulações de água, feitas de


cobre revestido de zinco, foram construídas próximas a
um duto para gasolina construído em aço carbono, já
existente.
• O contato entre as tubulações, com o solo atuando
como eletrólito, levou à corrosão galvânica, causando a
perfuração do duto e vazamento da gasolina.
• A gasolina vazou contaminando o duto de esgoto da
cidade.
• Estimasse que o vazamento ocorreu por 5 a 8 dias, até
que uma fonte de ignição desencadeou as explosões.
IMPORTÂNCIA SOCIAL:
SEGURANÇA
O Desastre da Vila Socó em 1984

• O desastre na Vila Socó foi um incêndio de grandes proporções que atingiu a


favela de Vila Socó, em Cubatão/SP, na madrugada entre os dias 24 e 25 de
fevereiro de 1984.
• O número oficial de mortos é de 93 pessoas mas acredita-se que o número seja
superior a 500.
• O incêndio foi decorrente de um vazamento de 700 mil litros de combustível
em um oleoduto da Petrobras, que ligava a Refinaria Presidente Bernardes ao
Terminal de Alemoa.
• O vazamento foi causado por uma falha na operação (válvula fechada),
associada à ausência de manutenção (duto com baixa espessura devido à
corrosão), levando à ruptura por sobretensão.
IMPORTÂNCIA SOCIAL:
SEGURANÇA
Queda da arquibancada do Maracanã

• Durante a final do campeonato brasileiro de 1992,


parte da estrutura da arquibancada do estádio caiu
resultando em três mortes e deixando 82 feridos.
• 12,8 metros de grade cederam devido à corrosão
nas placas de apoio e nos parafusos, além da
quantidade insuficiente de parafusos e parafusos de
tamanho inferior ao necessário, aliadas à
superlotação do estádio.
IMPORTÂNCIA SOCIAL:
SEGURANÇA
Outros exemplos

• 1967 - Queda da ponte Silver Bridge sobre o rio Ohio (EUA) devido à corrosão sob
tensão causando 46 mortes.
• 1987 – Na Suíça, em uma piscina coberta, a estrutura do teto de concreto era suportada
por aço inoxidável, que colapsou devido à corrosão sob tensão, em função da presença
de cloretos proveniente do tratamento da piscina, causando 12 mortes.
• 1988 – Boeing 737 da Aloha Airlines perdeu parte da fuselagem em pleno voo devido a
tensões cíclicas aliadas a corrosão, causando a morte de um tripulante.
• 2004 – Acidente na usina Nuclear Mihama 3, onde uma tubulação que transportava
água fervente e vapor se rompeu devido à corrosão acelerada pelo fluxo, causando 5
mortes.
IMPORTÂNCIA SOCIAL:
CULTURAL
Corrosão de monumentos históricos

Escultura O pensador, de Rodin, construída em bronze.

Estátua da Liberdade, construída em cobre.


Torre Eiffel, construída em aço carbono.
IMPORTÂNCIA SOCIAL:
SAÚDE
Biomaterias
• Implantes odontológicos
o Ligas de titânio
• Stents
o Aço inoxidável
o Ligas NiTi
• Implantes ortopédicos
o Ligas de Co-Cr-Mo (risco de intoxicação por Co ou Cr)
o Ligas de titânio
• Instrumentos cirúrgicos
o Aço inoxidável
IMPORTÂNCIA SOCIAL:
COTIDIANO
Eletrodomésticos
IMPORTÂNCIA SOCIAL:
COTIDIANO
Praia do Futuro - Fortaleza

https://globoplay.globo.com/v/6421334/

• Atmosfera com a maior


corrosividade do Brasil.
IMPORTÂNCIA SOCIAL:
COTIDIANO
Automóveis
CORROSÃO ESTÁ NA MODA?
IMPORTÂNCIA AMBIENTAL:
ACIDENTES
Naufrágio do petroleiro Erika em 1999

• Durante uma tempestade à 70km da costa francesa, o petroleiro


carregando mais de 30 000 toneladas de petróleo se partiu em
dois.
• A mancha de óleo atingiu 400km de extensão da costa francesa,
causando danos irreparáveis, como a morte de 42 000 aves
marinhas.
• Causa atribuída à corrosão do casco, relacionada diretamente à
falta de manutenção.
IMPORTÂNCIA AMBIENTAL:
ACIDENTES
Derramamento de óleo em Prudhoe Bay, Alasca, em 2006

• Vazamento em um duto durante 5 dias, derramando 267 000


galões de óleo, em uma área de 7 700 m².
• Corrosão severa no duto.
• Indícios de que a companhia ignorou diversos relatórios de
monitoramento de corrosão sinalizando os riscos do duto em
operação.
IMPORTÂNCIA AMBIENTAL:
CONSERVAÇÃO DE RECURSOS

• A reciclagem de metais e a prevenção da corrosão contribuem para a


conservação das reservas minerais e para redução do consumo
energético, do consumo de água e da poluição gerada pelo processo
de produção de metais.

• Metais são 100% recicláveis

• No Brasil o percentual de aço reciclado é próximo a 40%. Para o


alumínio, o percentual sobre para 92%.
IMPORTÂNCIA ECONÔMICA
Perdas econômicas relacionadas à corrosão podem ser divididas em custos diretos ou custos indiretos.

CUSTOS DIRETOS CUSTOS INDIRETOS


• Com correções • interrupção de produção
➢ reparos • perda de produtos
➢ substituições • contaminação de produtos
• perda de eficiência
• Com prevenção • superdimensionamento
➢ revestimentos
➢ materiais resistentes à corrosão DIFÍCEIS DE MENSURAR
➢ sistemas de proteção catódica
➢ inibidores de corrosão
➢ climatização de galpões de armazenamento
IMPORTÂNCIA ECONÔMICA
Estima-se que os custos atribuídos à corrosão sejam da ordem de 3 a 5% do PIB em países desenvolvidos,
considerando apenas os custos diretos da corrosão. 25 a 30% dos custos podem ser reduzidos
com estratégias de proteção adequadas
• EUA – 3,1% PIB (2001) – 276 bilhões de US$ (Fonte AMPP)
CLASSIFICAÇÃO DA CORROSÃO
Existem diversas formas de classificação da corrosão, que variam de autor para autor
CLASSIFICAÇÃO DA CORROSÃO

Quanto ao
• Corrosão química (direta)
mecanismo • Corrosão eletroquímica • Uniforme
primário • Por placas
• Alveolar
• Por pites (puntiforme)
• Intergranular
Quanto à • Generalizada Quanto à • Transgranular (Intragranular)
localização • Localizada
morfologia •

Filiforme
Por Esfoliação
• Grafítica
• Dezincificação
• Atmosférica • Empolamento por hidrogênio
Quanto ao • Pela água / água do mar • Em torno do cordão de solda

meio •
Pelo solo
Microbiológica
CLASSIFICAÇÃO DA CORROSÃO

Quanto ao
• Corrosão química (direta)
mecanismo • Corrosão eletroquímica • Uniforme
primário • Por placas
• Alveolar
• Por pites (puntiforme)
• Intergranular
Quanto à • Generalizada Quanto à • Transgranular (Intragranular)
localização • Localizada
morfologia •

Filiforme
Por Esfoliação
• Grafítica
• Dezincificação
• Atmosférica • Empolamento por hidrogênio
Quanto ao • Pela água / água do mar • Em torno do cordão de solda

meio •
Pelo solo
Microbiológica
CLASSIFICAÇÃO DA CORROSÃO
QUANTO À LOCALIZAÇÃO

GENERALIZADA LOCALIZADA

• ocorre ao longo de toda a extensão do • ocorre em regiões localizadas do metal exposto


metal exposto ao meio corrosivo. ao meio corrosivo.
CLASSIFICAÇÃO DA CORROSÃO

Quanto ao
• Corrosão química (direta)
mecanismo • Corrosão eletroquímica • Uniforme
primário • Por placas
• Alveolar
• Por pites (puntiforme)
• Intergranular
Quanto à • Generalizada Quanto à • Transgranular (Intragranular)
localização • Localizada
morfologia •

Filiforme
Por Esfoliação
• Grafítica
• Dezincificação
• Atmosférica • Empolamento por hidrogênio
Quanto ao • Pela água / água do mar • Em torno do cordão de solda

meio •
Pelo solo
Microbiológica
CLASSIFICAÇÃO DA
CORROSÂO

QUANTO À MORFOLOGIA /
FORMA
CORROSÃO UNIFORME

• Ocorre em toda a extensão da superfície com uma perda uniforme de espessura.


• É o tipo de corrosão mais comum e mais fácil de prever e monitorar, mesmo atingindo toda a
superfície exposta do metal.
CO RROSÃO UNIFORME

TAXA DE CORROSÃO

• Geralmente expressa em mm/ano ou g/m².dia.


• Conversão entre as taxas requer o conhecimento da densidade do metal.
• Classificação de taxas de corrosão de metais – ataque uniforme em determinado meio de exposição:
➢ < 0,15 mm/ano — Boa resistência à corrosão, sendo adequado inclusive para partes críticas .
➢ 0,15 a 1,5 mm/ano — Desempenho satisfatório se maiores taxas de corrosão podem ser toleradas, por exemplo em
tanques e tubulações que podem ser facilmente monitorados.
➢ > 1,5 mm/y — Não satisfatório.
CORROSÃO UNIFORME OU GENERALIZADA?

• ATENÇÃO: a corrosão uniforme é comumente chamada de corrosão generalizada, o que gera


confusão!
• É possível ter corrosão por pite ou alveolar generalizada, isto é, em toda a superfície corroída.
CORROSÃO EM PLACAS

• Localizada em regiões de superfície metálica e não em toda sua extensão


• Apresenta uma espécie de escavação no material
CORROSÃO ALVEOLAR
• Se processa na superfície metálica produzindo cavidades e sulcos (alvéolos) com profundidade
inferior ao seu diâmetro.
• É um tipo de corrosão localizada.
CORROSÃO POR PITE OU PUNTIFORME

• Corrosão em pontos ou pequenas áreas localizadas na superfície metálica produzindo pites.


• Pites são cavidades que apresentam o fundo em forma angulosa e profundidade maior que o
diâmetro.
CORROSÃO ALVEOLAR OU POR PITE?
CORROSÃO ALVEOLAR OU POR PITE?

Formas típicas da seção transversal de pites (Roberge, 2008)


CO RROSÃO LOCALIZADA - PITTING
CONCEITO
• Corrosão em pontos ou pequenas áreas localizadas na superfície metálica produzindo pites.
• A taxa de corrosão é maior em algumas áreas do que em outras.

AVALIAÇÃO
• Não é possível utilizar perda de massa
• Medidas de frequência de ocorrência de pites, forma e profundidade.
CO RROSÃO LOCALIZADA - PITTING

AVALIAÇÃO PELA FORMA - FATOR DE PITE

• Se o ataque estiver confinado à uma área pequena do


metal, o pite resultante será profundo.
• Se a área de ataque for relativamente grande, o pite será
raso (alvéolo).

FATOR DE PITE = profundidade do pite


perda de espessura média do metal

Se o fator = 1, a corrosão é uniforme


CO RROSÃO LOCALIZADA - PITTING A B C

AVALIAÇÃO - PENETRAÇÃO MÁXIMA

• Medida do pite mais profundo, ou média dos 10 pites mais profundos, pelo
tempo de exposição (mm/ano).

AVALIAÇÃO - PADRÕES
• ASTM G 46 - Standard Guide for Examination and Evaluation of Pitting Corrosion
CORROSÃO INTERGRANULAR
• Ocorre entre os grãos da rede cristalina do metal, perdendo suas propriedades mecânicas e
fraturando-se com esforços mecânicos.
• Também chamada de Corrosão sob Tensão (CST) ou Stress Corrosion Cracking (SCC).
• A trinca pode se formar sem nenhuma perda de espessura aparente.
CORROSÃO INTRAGRANULAR OU TRANSGRANULAR
• Ocorre nos grãos da rede cristalina do metal, perdendo suas propriedades mecânicas e fraturando-se
com esforços mecânicos.
CORROSÃO FILIFORME
• A corrosão filiforme é caracterizada por filamentos que se propagam em diferentes direções e se
cruzam.
• Ocorre em superfícies metálicas revestidas com tintas ou com metais pelo processo de metalização,
pois produzem o deslocamento do revestimento.
CORROSÃO POR ESFOLIAÇÃO
• Apresenta um produto de corrosão que fica entre a estrutura de grãos alongados, causando um
“inchamento”.
• O material se desintegra em forma de placas paralelas. É comum em ligas de alumínio.
CORROSÃO GRAFÍTICA
• Ocorre em ferro fundido em temperatura ambiente
• O ferro metálico é convertido em produtos de corrosão, restando a grafita.
• Corrosão seletiva do ferro.
DEZINCIFICAÇÃO
• Ocorre em ligas de Cu-Zn (latão) caracterizada pela formação de regiões vermelhas, contrastando
com a cor amarela do latão.
• Corrosão seletiva do zinco.
EMPOLAMENTO POR HIDROGÊNIO
• O hidrogênio atômico penetra no material metálico e se difunde rapidamente.
• Em regiões com vazios (poros e inclusões), átomos de hidrogênio se recombinam, formando
hidrogênio molecular (H2).
• A pressão exercida pela formação das moléculas de H 2 leva à formação de bolhas no metal.
CORROSÃO NO CORDÃO DE SOLDA
• Ocorre em aços inoxidáveis não estabilizados ou com teores maiores que 0.03% de carbono,
processando-se intergranulamente.
EXERCÍCIOS

1. O magnésio sofre corrosão uniforme na água do mar a uma taxa de 1,45 g/m².dia. Qual é a taxa de corrosão em mm/ano?
Densidade do magnésio: 1,74 g/cm³
EXERCÍCIOS

1. O magnésio sofre corrosão uniforme na água do mar a uma taxa de 1,45 g/m².dia. Qual é a taxa de corrosão em mm/ano?
Densidade do magnésio: 1,74 g/cm³

Taxa de corrosão g/m².dia = mm/ano x ρ

mm/ano = g/m².dia x 1/ ρ

𝑔 365 𝑑𝑖𝑎 1𝑚²


Taxa (mm/ano) = 1,45 2 . . 6 . 1/ρ
𝑚 .𝑑𝑖𝑎 1 𝑎𝑛𝑜 10 𝑚𝑚²

𝑔 365 𝑑𝑖𝑎 1𝑚² 𝑐𝑚³ 103 𝑚𝑚³


Taxa (mm/ano) = 1,45 2 . . 6 . .
𝑚 .𝑑𝑖𝑎 1 𝑎𝑛𝑜 10 𝑚𝑚² 1,74 𝑔 1 𝑐𝑚³

Taxa (mm/ano) = 0,30 mm/ano


EXERCÍCIOS

2. Considere agora que o chumbo sofre corrosão uniforme com taxa de 1,45 g/m².dia. Qual é a taxa de corrosão em mm/ano?
Densidade do chumbo: 11,34 g/cm³
EXERCÍCIOS

2. Considere agora que o chumbo sofre corrosão uniforme com taxa de 1,45 g/m².dia. Qual é a taxa de corrosão em mm/ano?
Densidade do chumbo: 11,34 g/cm³

Taxa de corrosão g/m².dia = mm/ano x ρ

mm/ano = g/m².dia x 1/ ρ

𝑔 365 𝑑𝑖𝑎 1𝑚²


Taxa (mm/ano) = 1,45 2 . . 6 . 1/ρ
𝑚 .𝑑𝑖𝑎 1 𝑎𝑛𝑜 10 𝑚𝑚²

𝑔 365 𝑑𝑖𝑎 1𝑚² 𝑐𝑚³ 103 𝑚𝑚³


Taxa (mm/ano) = 1,45 2 . . 6 . .
𝑚 .𝑑𝑖𝑎 1 𝑎𝑛𝑜 10 𝑚𝑚² 11,34 𝑔 1 𝑐𝑚³

Taxa (mm/ano) = 0,047 mm/ano


TAREFA

Publique no fórum uma foto tirada por você de um metal


apresentando corrosão encontrado em seu dia a dia.

Inclua uma breve descrição de onde a foto foi tirada.

PRAZO: 11/09 – 23:59 (domingo)

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