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Corrosão

Unidade IV – Método de Combate a Corrosão


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Conteúdo
• Unidade 1 – INTRODUÇÃO À • Unidade 4 – MÉTODO DE COMBATE
CORROSÃO: A CORROSÃO
• 1.1. Introdução • 4.1. Introdução
• 1.2. Oxidação-Redução • 4.2. Proteção Galvânica
• Unidade 2 – ASPECTOS DA • 4.3. Proteção Eletrolítica
CORROSÃO • 4.4. Inibidores de Natureza
• 2.1. Potencial do eletrodo Química
• 2.2. Pilhas eletroquímicas • 4.5. Inibidores de Natureza Física
• 2.3. Formas de corrosão – Revestimentos Metálicos
• Unidade 3 – MEIOS CORROSIVOS • 4.6. Inibidores de Natureza Física
• 3.1. Atmosfera – Revestimentos Não Metálicos
• 3.2. Águas Naturais Inorgânicos
• 3.3. Solos • 4.7. Inibidores de Natureza Física
• 3.4. Produtos Químicos – Revestimentos Não Metálicos
• 3.5. Alimentos Orgânicos – Pintura Industrial
• 3.6. Substâncias Fundidas • 4.8. Inibidores de Natureza Física
• 3.7. Solventes Orgânicos – Metais de Sacrifício
• 7.8. Madeira e plásticos (polímeros) • 4.9. Proteção Catódica
• 4.10. Proteção Anódica
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4.4. Inibidores de Natureza Química

• O inibidor é uma substância ou mistura de substâncias que,


quando presente em concentrações adequadas, no meio
corrosivo, reduz ou elimina a corrosão.

• Fatores importantes:
• Causas da corrosão no sistema
• Custo da sua utilização
• Propriedades e mecanismos de ação dos inibidores a serem
usados, a fim de verificar sua compatibilidade com o processo
em operação e com os materiais metálicos usados.
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4.4. Inibidores de Natureza Química

• Condições adequadas de adição e controle:


- Formação de espuma
- Efeitos tóxicos
- Perda de inibidores devido à deficiência de solubilidade

• Classificação:
Estudo 1
- Quanto à composição Empresa fabricante
- Quanto ao comportamento

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4.4. Inibidores de Natureza Química

• Classificação:

• Quanto à composição: inibidores orgânicos e inorgânicos

• Quanto ao comportamento: inibidores oxidantes, não


oxidantes, anódicos, catódicos e de adsorção.

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4.4. Inibidores de Natureza Química

• Inibidores Anódicos

o Reprimem as reações anódicas, ou seja, retardam ou


impedem a reação do ânodo.

o Favorecem a formação e manutenção de películas sobre a


superfície de metal.

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4.4. Inibidores de Natureza Química

• Inibidores Anódicos
• Exemplos:
- Hidróxidos, carbonatos, silicatos, boratos e fosfatos terciários
de metais alcalinos.

• Reagem com os íons metálicos Mn+ produzidos no ânodo,


formando produtos insolúveis que apresentam ação
protetora.
• Esses produtos são quase sempre hidróxidos

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4.4. Inibidores de Natureza Química

• Inibidores Anódicos
• Cromatos – inibidores de corrosão para Fe, aço, Zn, Al, Cu
latão, Pb e diversas ligas.

• Nitritos (nitrito de sódio) – proteção temporária de


componentes ferrosos entre operações de usinagem e
montagem das peças.

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4.4. Inibidores de Natureza Química

• Inibidores Catódicos
• Reprimem as reações catódicas.

• São substâncias que fornecem íons metálicos capazes de


reagir com a alcalinidade catódica, produzindo compostos
insolúveis, os quais envolvem a área catódica impedindo a
difusão do oxigênio e a condução de elétrons, inibindo
consequentemente o processo.

• Não apresentam problemas referentes à dosagem.

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4.4. Inibidores de Natureza Química

• Inibidores Catódicos
• Exemplos
- Sulfatos de zinco, magnésio e níquel (formam hidróxidos
insolúveis).

• Aplicações
- Em processos de decapagem ácida, limpeza química de
caldeiras
- Indústria petrolífera, sistemas de resfriamento, tubos de
condensadores,
- Sistemas de geração de vapor, tubulações de água potável
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4.4. Inibidores de Natureza Química

• Inibidores de Adsorção
Funcionam como formadores de películas protetoras nas
regiões catódicas e anódicas, interferindo nas reações
eletroquímicas.

• Substâncias orgânicas com grupos fortemente polares que dão


lugar à película por adsorção.

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4.4. Inibidores de Natureza Química

• Inibidores de Adsorção
Eficiência dos inibidores de adsorção em meio ácido depende
de sua capacidade de formar e manter um filme sobre a
superfície metálica.

Fatores que influenciam


o Concentração do inibidor
o Temperatura, velocidade e composição do fluido do sistema
o Natureza da superfície metálica
o Tempo de contato entre o inibidor e o metal

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4.4. Inibidores de Natureza Química

• Inibidores de Adsorção

Exemplos:
o Coloides, sabões de metais pesados e substâncias orgânicas
com átomos de O2, N2 e enxofre.
o Aminas de ácidos graxos, utilizado na indústria petrolífera.
o Derivados de aminas e amidas de ácidos graxos, utilizados
em tubulações de transferência de gases e vapores, como o
H2O, CO2 e H2S

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4.5. Inibidores de Natureza Física –


Revestimentos Metálicos

• Revestimentos Protetores: películas aplicadas sobre a


superfície metálica e que dificultam o contato da superfície
com o meio corrosivo, objetivando minimizar a degradação
da mesma pela ação do meio.

• Principais revestimentos:
• Metálicos
• Não metálicos inorgânicos
• Não metálicos orgânicos

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4.5. Inibidores de Natureza Física –


Revestimentos Metálicos
• O tempo de proteção dado por um revestimento depende do
tipo:

• de revestimento (natureza química);

• das forças de coesão e adesão;

• da sua espessura

• da permeabilidade à passagem do eletrólito através da


película.

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4.5. Inibidores de Natureza Física –


Revestimentos Metálicos
❑Revestimentos anódicos - Aqueles cujos revestimentos são de
metais cujos potenciais de oxidação são maiores do que o
potencial do metal base. Ex.: Al, Zn, Cd.
• Funciona como uma espécie de anodo de sacrifício.

❑Revestimentos catódicos - Aplicação de metais mais nobres do


que o metal base.
• Protegem o metal pela formação de uma camada contínua e não
porosa, isolando-o do meio corrosivo, sendo esta camada imune
ao ataque do meio.
• Falhas podem criar pilhas onde o anodo é o metal base.
• Os revestimentos catódicos aplicados sobre o aço são o estanho,
chumbo, níquel, cromo, cobre e os metais raros, como prata, ouro
e platina. CORROSÃO 2021
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4.5. Inibidores de Natureza Física –


Revestimentos Metálicos

Finalidade do revestimento Metais de


revestimento
Decorativo Au, Ag, Cr, Ni, Pt

Resistência à corrosão em contatos Sn, Au, Ag, Rh


elétricos
Endurecimento superficial Cr

Resistência a corrosão Cr, Ni, Al, Zn, Cd, Sn

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4.5. Inibidores de Natureza Física –


Revestimentos Metálicos

• Subdividem-se através do método de aplicação:

▫ Por imersão em metal fundido


▫ Por cladização
▫ Por cementação
▫ Por eletrodeposição
▫ Por metalização por aspersão
▫ Por deposição química

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4.5. Inibidores de Natureza Física –


Revestimentos Metálicos
❑ IMERSÃO A QUENTE
• Definição - consiste em imergir a peça a ser protegida em banho
de metal líquido de revestimento possibilitando total recobrimento
da superfície da mesma.

• Os metais de revestimento mais usados neste processo são: Zn, Sn


e Al.
• Galvanização a quente: Revestimento com Zn
• Possibilidade de camada de revestimento alta (70 a 100 μm)
• Tempo de revestimento baixo
• Aderência do revestimento perfeita
• Processo mais simples

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4.5. Inibidores de Natureza Física – Revestimentos


Metálicos - Galvanização

Imersão da peça Resfriamento

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4.5. Inibidores de Natureza Física –


Revestimentos Metálicos - Cladização
• É uma laminação sobre um metal base no qual se quer proteger.
• O processo pode ser feito de três maneiras:
- através de uma pequena explosão;
- laminação conjunta à quente de chapas do metal com o
revestimento;
- por solda.

• Os clads mais usados nas indústrias químicas, petroquímicas e de


petróleo são de monel, aço inoxidável e titânio sobre aço carbono.

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4.5. Inibidores de Natureza Física –


Revestimentos Metálicos - Metalização
• Processo pelo qual se deposita sobre uma superfície previamente
preparada camadas de materiais metálicos.
• Os metais de deposição são fundidos em uma fonte de calor
gerada no bico de uma pistola apropriada, por meio de combustão
de gases, arco elétrico, plasma e por detonação. O metal fundido é
pulverizado e aspergido sobre o substrato a proteger.

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4.5. Inibidores de Natureza Física –


Revestimentos Metálicos - Metalização
❑ Materiais comuns: Zn, Sn, Pb, Cu, Al

❑ Problemas:
• Poros e trincas
• Óxidos
• A presença de óxidos proporciona baixa passividade e corrosão por
frestas e diminuição da estabilidade eletroquímica.

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4.5. Inibidores de Natureza Física –


Revestimentos Metálicos - Eletrodeposição

❑ Deposição de metais que se encontram sob a forma iônica em um


banho. A superfície a revestir é colocada no catodo de uma célula
eletrolítica.

❑ É comum revestir-se com cromo, níquel, ouro, prata, estanho e


cádmio
❑ Problemas:
• preparação da superfície;
• preparação do banho;
• manutenção do banho;
• condição de deposição.

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4.5. Inibidores de Natureza Física –


Revestimentos Metálicos - Eletrodeposição

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4.5. Inibidores de Natureza Física –


Revestimentos Metálicos – Deposição Química

• Consiste na deposição de metais por meio de um processo de


redução química.

• É comum revestir-se com cobre e níquel (denominados cobre


e níquel químicos)
• Utilizados em peças com formato especial.

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4.5. Inibidores de Natureza Física –


Revestimentos Metálicos - Cementação

❑ O material metálico é posto no interior de tambores rotativos em


contato com uma mistura de pó metálico e um fluxo adequado.
Esse conjunto é aquecido a altas temperaturas, permitindo a
difusão do metal no material.

❑ pó Al, óxido Al a 1000°C → aço alonizado


❑ pó Zn, óxido Zn a 350-400°C → sherardização

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4.6. Inibidores de Natureza Física –


Revestimentos Não Metálicos Inorgânicos

• Revestimentos anticorrosivos inorgânicos


obtidos por reação entre substrato e o meio.

• Principais métodos:
• Anodização
• Cromatização
• Fosfatização

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4.6. Inibidores de Natureza Física – Revestimentos


Não Metálicos Inorgânicos - Anodização

• Produção de uma camada protetora de óxido de maneira


controlada.
• O fluxograma abaixo mostra as principais fases do processo
de anodização.
Polimento Limpeza Desengraxe Lavagem Decapagem
alcalina c/NaOH

Lavagem Decapagem Lavagem Anodização


ácida

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4.6. Inibidores de Natureza Física – Revestimentos


Não Metálicos Inorgânicos - Anodização
• Representação esquemática
+ Cátodo de
Pb

Tanque revestido de
Ânodo – peça a Pb
revestir
H2SO4 → 2H+ + SO42-

• Reações no ânodo (peça): 2H2O → O2(g) + 4H+ + 4e-


• Reações no cátodo: 2H+ + 2e → H2(g)
• O oxigênio gerado no anodo reage com o alumínio segundo a
reação:
• 2Al + 3/2O2(g) → Al2O3 (revestimento protetivo)

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4.6. Inibidores de Natureza Física – Revestimentos Não


Metálicos Inorgânicos - Anodização
Corantes para alumínio anodizado
CORANTE COR
Ferro oxalato de amônio latão

Acetato de cobalto e bronze


Permanganato de
potássio
Nitrato de chumbo e marrom
Permanganato de
potássio
Sulfato de cobre e verde
Sulfito de amoníaco ((NH4)2SO3)

Sulfato férrico e azul


Ferro cianeto de potássio (K4Fe2(CN)6

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4.6. Inibidores de Natureza Física – Revestimentos Não


Metálicos Inorgânicos - Cromatização

• Obtenção de uma camada de óxido do metal tratado e metal


alcalino na forma de cromato duplo básico. O revestimento é
obtido a partir de solução de cromato e ácido crômico.

• Os cromatos são usados para revestir vários metais não


ferrosos, como: Al, Zn, Cd, Mg e também podem ser aplicados
sobre peças revestidas por óxidos anodizados ou fosfatizados.

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4.6. Inibidores de Natureza Física – Revestimentos Não


Metálicos Inorgânicos - Cromatização

• Reações prováveis:

M → Mn+ + ne
nH+ + ne → n/2 H2
HCr2O - + 3H → 2Cr(OH) + OH-
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Com a elevação do pH tem-se:


HCr2O7- + H O → 2CrO4- + 3 H+
2Cr(OH)3 + CrO42- + 2H+ → Cr(OH)3.Cr(OH)CrO4 + 2H2O

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4.6. Inibidores de Natureza Física – Revestimentos Não


Metálicos Inorgânicos - Fosfatização

• Processo que consiste em recobrir as peças metálicas com fosfatos


neutros (PO4-3) e monofosfatos [H(PO4)-2], de zinco, manganês ou de
ferro.
• As principais propriedades da película de fosfato são:
• Baixa porosidade
• Alto poder isolante
• Grande aderência à superfície metálica
• Boa afinidade pelos óleos e vernizes
• Baixo custo de aplicação

• A deposição de cristais de fosfato exige que as peças estejam


perfeitamente limpas, isentas de óleos ou de óxidos.

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4.6. Inibidores de Natureza Física – Revestimentos Não Metálicos


Inorgânicos – Fosfatização: resistência do revestimento

Material Saltspray (h)

Corpos de prova sem proteção 1/10


Corpos de prova fosfatizados ½
Corpos de prova niquelados 10-13
Corpos de prova cromados 23-24
Corpos de prova fosfatizados mais uma camada 60
de óleo parafínico
Corpos de prova recobertos com duas demãos de 70
tinta (Tinta sintética)
Corpos de prova fosfatizados e tintados com duas >500
demãos de tinta (Tinta sintética).
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4.7. Inibidores de Natureza Física –


Revestimentos Não Metálicos Orgânicos
• Interposição de uma camada de natureza orgânica entre a superfície metálica e o
meio corrosivo.
• Características desejadas:
- Boa e permanente aderência ao tubo;
- Baixa taxa de absorção de água;
- Boa e permanente resistência elétrica (resistividade elétrica);
- Boa resistência a água, vapor e produtos químicos;
- Boa resistência mecânica;
- Boa estabilidade sob efeito de variação de temperatura;
- Resistência a acidez, alcalinidade, sais e bactérias do solo;
- Boa flexibilidade de modo a permitir o manuseio dos tubos
revestidos e as dilatações e contrações do duto
- Permitir fácil aplicação e reparo;
- Durabilidade;
- Economicidade.

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4.7. Inibidores de Natureza Física – Revestimentos


Não Metálicos Orgânicos - borrachas

• Consiste em recobrir a superfície metálica com uma camada


de borracha, utilizando-se o processo de vulcanização.

• Utilizado em equipamentos e tubulações que trabalham com


meios altamente corrosivos, especialmente ácidos.

• O tipo de borracha é selecionado em função


destas características de agressividade.

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4.7. Inibidores de Natureza Física – Revestimentos


Não Metálicos Orgânicos - pintura

• Revestimento de pequena espessura, situando-se na faixa de


120 a 500 mm.

• Aplicabilidade:
• Estruturas submersas que possam sofrer
manutenção periódica em dique seco, tais como navios,
embarcações, boias, carros, tubulações, tanques e etc.
• Pouco utilizada em estruturas enterradas, pela dificuldade de
manutenção apresentada nestes casos.

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4.7. Inibidores de Natureza Física – Revestimentos Não Metálicos Orgânicos

Resina Umidade Corrosão Durabilidade Resistência Resistência à


exterior química riscos

Acrílica E B E B E

Alquídica R R R R B

Epóxi E E D E E

Poliéster E B B B B

Poliuretan E B E B E
o

Vinílica E B B B B

E2021= excelente, B = bom, R = regular,CORROSÃO


D = deficiente 39
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4.7. Inibidores de Natureza Física – Revestimentos Não Metálicos Orgânicos

Durabilidade de tintas
Resina Umidade Corrosão Durabilidade Resistência Resistência
exterior química à riscos

Acrílica E B E B E

Alquídica R R R R B

Epóxi E E D E E

Poliéster E B B B B

Poliuretano E B E B E

Vinílica E B B B B

E = excelente, B = bom, R = regular, D = deficiente


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4.7. Inibidores de Natureza Física – Revestimentos


Não Metálicos Orgânicos – fitas plásticas
• As fitas plásticas mais utilizadas em
revestimentos são:

• fitas de polietileno;
• fitas de PVC;
• fitas de poliéster.

• A aplicação pode ser manual ou mecânica.

• Geralmente, antecede a aplicação das fitas


uma limpeza da superfície e a aplicação de um
primer capaz de melhorar a adesão da fita.

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4.7. Inibidores de Natureza Física – Revestimentos


Não Metálicos Orgânicos – espuma rígida de
poliuretano

• Utilizada quando se requer que o revestimento anticorrosivo


possua também boa capacidade de isolamento térmico.

• Normalmente aplicada com espessura em torno de 50 mm,


sendo o revestimento complementado para conferir
propriedades anticorrosivas. Utiliza-se polietieleno extrudado.

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4.9. Proteção Catódica


• Permite o controle seguro da corrosão por um tempo indeterminado

• Muito vantajoso em instalações enterradas ou submersas que não podem ser


inspecionadas ou revestidas periodicamente.

• Principais aplicações:
• Oleodutos, gasodutos, tubulações que transportam derivados de petróleo e
produtos químicos
• adutoras, minerodutos, redes de água para combate a incêndio
• estacas de píeres de atracação de navios
• plataformas submarinas de prospecção e produção de petróleo
• camisas metálicas para poços de água e de petróleo
• navios e embarcações
• equipamentos industriais
• tanques de armazenamento de água, de óleo, de derivados de petróleo e
de produtos químicos
• cabos telefônicos com revestimentos metálicos
• estacas metálicas de fundação
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4.9. Proteção Catódica


• A corrosão se caracteriza pela presença de uma diferença de potencial entre
áreas heterogêneas, surgindo então, uma corrente elétrica, com regiões
anódicas e catódicas.

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4.9. Proteção Catódica


• Mecanismo de proteção catódica
• Elimina-se, por processo artificial, as áreas anódicas da superfície do metal
fazendo com que toda a estrutura adquira comportamento catódico.
• Assim, o fluxo de corrente elétrica anodo/catodo deixa de existir e a corrosão é
totalmente eliminada.

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4.9. Proteção Catódica


• Mecanismos de proteção catódica
1) o potencial do metal atinge um valor tal que, em todas as áreas do
metal, só ocorre um processo catódico.
2) o eletrólito adjacente à superfície metálica se torna mais básico
devido à redução dos íons hidrogênio, H+, ou à redução do oxigênio

3) a elevação do pH pode acarretar a precipitação de substâncias


insolúveis, como CaCO3 e Mg(OH)2, que podem depositar-se sobre o
metal produzindo camada protetora.

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4.9. Proteção Catódica


• São utilizados dois sistemas, baseados na injeção de corrente
elétrica na estrutura através do eletrólito:
1) Proteção catódica galvânica ou por anodos galvânicos ou de
sacrifício
2) Proteção catódica por corrente impressa ou forçada

• Proteção catódica galvânica


• O fluxo de corrente elétrica fornecido origina-se da diferença de
potencial existente entre o metal a proteger e outro escolhido
como anodo e que tem potencial mais negativo na tabela de
potenciais.

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4.9. Proteção Catódica galvânica

2021 CORROSÃO 48
49 8

4.9. Proteção Catódica galvânica


• Os materiais mais comumente utilizados como anodos
de sacrifício são ligas de zinco, magnésio e alumínio.

• Estes devem apresentar as seguintes características:


- Bom rendimento teórico da corrente em relação às
massas consumidas
- a corrente não deve diminuir com o tempo
- o rendimento prático da corrente não deve ser muito
inferior ao teórico.

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4.9. Proteção Catódica galvânica

• Faz-se adição de elementos para garantir


características adequadas às ligas, como:

• potencial de corrosão suficientemente negativo


• alta eficiência do anodo (não deve conter impurezas que
possam originar autocorrosão ou torná-loineficiente
• estado ativo para que o anodo seja corroído uniformemente,
evitando que ocorra sua passivação

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10

Baixa
resistividade
elétrica ∴
alta corrente

❖ Quando são utilizados anodos de magnésio e zinco (enterrados no solo), é


necessário utilizar um enchimento condutor (mistura de gesso, bentonita e
sulfato de sódio) com as seguintes finalidades:
• melhorar a eficiência de corrente do anodo
• evitar a formação de películas isolantes na superfície do
anodo
• absorver umidade do solo
• diminuir a resistência de aterramento
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52 11

4.9. Proteção Catódica por corrente impressa

• O fluxo de corrente fornecido origina-se da força eletromotriz (fem) de uma


fonte geradora de corrente elétrica contínua.
• Comumente utilizam-se retificadores

• Para a dispersão dessa corrente elétrica no eletrólito são utilizados anodos


especiais, inertes, com características e aplicações que dependem do
eletrólito onde são utilizados

• A fonte geradora (retificador de corrente) pode ser ajustada com a potência e


a tensão de saída necessária em cada caso, podendo-se então, utilizar o
método para eletrólitos com resistividades variadas.

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4.9. Proteção Catódica por corrente impressa

Quando os anodos inertes são enterrados no solo é necessário


envolvê-los com um enchimento condutor de coque metalúrgico
moído com as seguintes finalidades:

- diminuir a resistência de aterramento, facilitando


a passagem da corrente elétrica do anodo para o solo

- diminuir o desgaste do anodo

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4.9. Proteção Catódica por corrente


impressa

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4.9. Proteção Catódica por corrente impressa

Proteção catódica por corrente impressa para uma tubulação enterrada


A e para uma estaca de píer de atracação de navios B .

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4.9. Proteção Catódica (reações envolvidas)


• Proteção galvânica

• Proteção por corrente forçada

Anodo não inerte

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58 19

Corrosão
Aplicações
• Tubulações submersas
• Geralmente, utiliza-se
corrente forçada

Orientações:
Galvânica:
utilização de anodos de zinco ou de alumínio (magnésio somente em água doce);
os anodos galvânicos são normalmente fixados diretamente aos tubos, por
intermédio de solda elétrica da alma de aço do anodo

Corrente forçada
utilização de anodos de titânio ou de ferro-silício-cromo, com ou sem enchimento
condutor; os anodos poder ser lançados diretamente no fundo do mar ou
enterrados na praia, dependendo de cada situação em particular.

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4.9 Proteção anódica


• É um método de aumento da resistência à corrosão que consiste na
aplicação de uma corrente anódica na estrutura a proteger. Essa
corrente favorece a passivação do material, estabilizando a película e,
consequentemente, ocasionado polarização anódica.

• É empregada com sucesso somente para os metais e ligas formadores


de película protetoras, como o titânio, o cromo, ligas de ferro-cromo,
ligas de ferro-cromo-níquel.

• O seu emprego encontra maior interesse para eletrólitos de alta


agressividade (eletrólitos fortes), como reatores de sulfonação,
tanques de armazenamento de ácido sulfúrico, digestores alcalinos na
indústria de celulose e trocadores de calor de aço inoxidável para ácido
sulfúrico.

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4.9 Proteção anódica


• Entre as condições necessárias para aplicação da
proteção anódica devem ser destacadas:
- o material metálico deve apresentar a transição
ativo/passivo no meio corrosivo em que vai ser utilizado
- todas as partes expostas devem ser passivadas e
mantidas nesta condição

CORROSÃO 2021
4.9 Proteção anódica

2021 CORROSÃO 63
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4.9 Proteção anódica

• A variável de controle na proteção catódica é a corrente.


Para proteção anódica, o potencial (a corrente é devida ao
potencial)

• A presença de íons halogeneto é um limitante da aplicação


de proteção anódica, pois, eles destroem o estado passivo do
ferro e de aços inoxidáveis, principalmente cloreto.

CORROSÃO 2021
4.9 Proteção anódica

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