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Capítulo 17

Alvenarias (muros e paredes)

17.1 – Alvenarias Estruturais

Uma alvenaria é considerada estrutural quando suas


paredes são dimensionadas para suportar as cargas transmitidas
por lajes (pisos). As alvenarias estruturais via de regra são
utilizadas em prédios de até 18 (dezoito) pavimentos, mas nada
impede que sejam pensados prédios mais altos, no Brasil o recorde
é um prédio de 24 pavimentos. Os blocos de concreto estruturais
utilizados em nossas obras, devem possuir uma tensão de
compressão característica (fbk) de 3 mPa, no entanto a capacidade
de carga de uma parede é função da associação deste bloco com a
argamassa de assentamento e o graute (do inglês grout que
significa sopa espessa e que é um concreto fluido confeccionado
com brita zero), mas a capacidade de carga das paredes é de tal
ordem que podem ser eliminadas as estruturas convencionais ou
seja pilares e vigas, porém as funções de, vedação, divisão de
ambientes e isolamento termo acústico são mantidas. Existem dois
tipos de alvenarias estruturais as armadas e as não armadas:
Na armada, são introduzidas barras de aço, em alguns dos
vazados de blocos superposto, os quais são preenchidos com
“graute”, a necessidade das armaduras existe quando do surgimento
de esforços de tração, o que obviamente não é compatível com
blocos unidos por uma argamassa.
Na não armada, a armadura pode até se fazer presente,
porem não tem a função estrutural, é somente uma armadura
envolta com “graute” para dar amarração de blocos em encontros de
alvenarias ou em alvenarias muito compridas ou altas.
O processo construtivo de uma alvenaria estrutural (PCAE),
é um processo de montagem de blocos no qual não são admitidos
cortes, mas para que os cortes não sejam necessários, há de se ter
um projeto de modulação das fiadas e uma gama de comprimentos
para os blocos de tal forma que o assentamento em mata junta seja
possível, o projeto de modulação deve ser compatibilizado com os
demais projetos de instalações. Isto feito teremos a possibilidade de
um planejamento e gerenciamento da obra de qualidade. É o fim do
quebra-quebra das alvenarias para a passagem de dutos e desde
que sejam utilizados os equipamentos próprios teremos nossa obra
semi-industrializada (vide exemplo de projeto a seguir).

93
Projeto de arquitetura da primeira fiada de blocos.

94
Projeto de arquitetura da segunda fiada de blocos.

Obs: A fixação de caixonetes e aduelas, para portas e


janelas, é feita com a injeção de espuma de poliuretano, entre a
alvenaria e o caixonete.
95
Detalhes das montagens das paredes 2 e 8.
Par 2

__________________________________________________
Par 8

96
17.2 - Alvenarias divisórias

Uma alvenaria é considerada divisória, quando são aplicadas


em prédios estruturados (em madeira, concreto armado, concreto
protendido, aço, etc...) assim sendo, as alvenarias só terão a
finalidade em dividir ambiente, podendo, portanto, serem
confeccionadas com qualquer tipo de elemento construtivo.
Para cumprir as tarefas acima, as alvenarias podem ser
feitas, dentro de suas necessidades, em tijolos cerâmicos com furos
ou maciços, tijolos de argamassa vibrada, pedras aparelhadas ou
brutas, “dry wall” (gesso acartonado) ou ainda com outros materiais,
mas com menores freqüências, como, por exemplo, solo cimento,
sopapo, etc. Além das diferenças materiais, as alvenarias também
podem diferir pelo modo como são aplicadas. Para o melhor
entendimento passaremos a apresentar alguns tipos de alvenarias.

17.2.1 - Alvenarias de pedras

a) Alvenaria de pedras brutas secas.


Neste tipo de alvenaria, as pedras são retiradas da pedreira
sem muita preocupação em aprimorar a forma dos blocos. Na
construção das alvenarias os blocos são arrumados um ao lado
do outro e ajustados num equilíbrio estável, utilizando-se para isto
pequenas pedras ou lascas, formando assim uma junta vazada.
.Este tipo de alvenaria tem grande aplicabilidade para a confecção
de muros de arrimo ou divisórios de propriedades, porém somente
em regiões com fartura de blocos e de mão de obra (canteiros).

b) Alvenaria de pedras brutas argamassadas


A diferença entre este tipo de alvenaria e o anterior está na
forma de unir um bloco de rocha a outro, neste tipo a ligação entre
blocos é feita através de argamassa confeccionada com cimento e
areia no traço 1 : 4 ou cimento e saibro no traço 1:6.
Quando da utilização desta alvenaria em muros de arrimo,
há necessidade da instalação de tubos para drenagem, a fim de que
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as águas de chuva, que se infiltram no solo, não fiquem represadas
pelo muro e venham a provocar um empuxo extra que possa
provocar o colapso da obra.

c) Alvenaria de pedras aparelhadas (alvenaria de cantaria)


Este tipo de alvenaria requer blocos de rocha com faces
aparelhadas por um canteiro (trabalhador especialista em formar
blocos de rocha). Os blocos aparelhados são arrumados com juntas
descasadas, o que irá permitir uma boa amarração entre blocos
vizinhos, tais juntas podem ser preenchidas com argamassa ou não,
se houver argamassa o traço ideal é 1:6 de cimento e saibro, quanto
ao cordão aparente de argamassa que forma a junta, ele poderá ser
reentrante, saliente ou aparelhado com os blocos.
Se a alvenaria que se irá construir requisitar grande
espessura, os blocos são arrumados em forma de caixa, sendo o
miolo preenchido por pequenos blocos argamassados ou por
concreto ciclópico.

Um muro de cantaria quando aparece o paramento e o


tardoz é chamado de muro de cantaria em prepinhamo.
Os modos de arrumação dos blocos de rocha em uma
alvenaria recebe o nome de “OPUS “(OBRA).
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17.2.2 - Alvenarias em tijolos cerâmicos

Tijolos são pedras com formas e dimensões variáveis, feitas


artificialmente com argilas cozida, previamente amassadas e
moldadas, tem como vantagem sobre a pedra natural, seu baixo
peso, sua resistência e facilidade de aplicação. Em face da forma
com que são confeccionados, os tijolos são classificados em crus ou
adobos (adobe), ordinários, refratários e leves.
Os tijolos crus são aqueles moldados em argila e secos ao
sol, logo sem nenhuma cozedura, são utilizados atualmente em
construções modestas e em regiões onde há abundância de matéria
99
prima, as paredes feitas com este tipo de tijolos são resistentes e
duráveis, desde que estejam convenientemente protegidas das
intempéries e das umidades do solo.
Os tijolos ordinários são moldados com argila, pura ou com
pequena quantidade de areia e cozidos em fornos, cozimento este
responsável por maior dureza e resistência, geralmente estes tijolos
apresentam cor avermelhada e podem ser maciços ou furados.
Os tijolos refratários são confeccionados com argila pura ou
quase pura e cozidos em altas temperaturas, o que lhes facultam
resistirem a temperaturas elevadas sem grandes deformações ou
rachaduras. Este tipo de tijolo tem grande aplicabilidade na
construção de fornos, incineradores, churrasqueiras, lareiras, ou
seja, obras sujeitas a temperaturas elevadas.
Os tijolos leves são confeccionados de várias formas
diferentes como, por exemplo, a incorporação de carvão a massa de
argila, ou a incorporação de ar a argamassa de confecção, sua
aplicabilidade se dá quando da necessidade de alvenaria ou
enchimento de baixo peso (ex: elevar um piso em uma obra pronta).
As alvenarias de tijolos cerâmicos ordinários, nos dias de
hoje são as mais utilizadas em nossas obras, por isto mesmo
daremos um tratamento especial não só a este material, mas como
também a locação da alvenaria e ao assentamento dos tijolos.
Os tijolos cerâmicos ordinários mais utilizados na cidade do
Rio de Janeiro são os que chamamos de:
- Tijolo comum - apresenta as dimensões 0,10x0,20x0,20
(muitas olarias estão fabricando este tipo com dimensões reduzidas
0,10 x 0,19 x 0,19, portanto todo cuidado é pouco pois isto pode
acarretar prejuízo financeiro).
- Lajota - apresenta as dimensões 0,10 x 0,20 x 0,30.
obs: Tanto os tijolos comum como as lajotas podem ser fabricados
por prensagem, porém, via de regra, são fabricados por laminação,
assim o peso destes tijolos ficam diminuído, face a possibilidade de
dotá-los de seis ou oito furos, além disto são ainda dotados de
ranhuras externas que aumentam a aderência de um revestimento,
logo estes tijolos dispensam o usual mas desnecessário chapiscar.
- Tijolo maciço - é um tijolo prensado, logo sem furos e
sem ranhuras, porém de grande resistência, apresenta as
dimensões 0,07x 0,10 x 0,21, tem aplicabilidade em alvenarias
aparentes e em alvenarias estruturais.
Um profissional quando recebe uma partida de tijolos
laminados em sua obra, deve ficar atento aos fatores que mostram
a boa qualidade dos tijolos.

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a) Regularidade de forma e igualdade das dimensões,
para que as juntas e os assentamentos sejam uniformes.
b) Arestas vivas e superfícies ásperas para maior
aderência das argamassas.
c) Som cheio e claro, ao receber uma pancada.
d) Homogeneidade em toda a massa, com ausência
completa de fendas, cavidades e de quaisquer corpos estranhos.
e) Fartura de grãos fino, de cor uniforme, sem
manchas que denunciem a presença de calcário na argila.
f) Facilidade de corte.
2
g) Resistência à compressão de 40 a 50 kg / cm .
(usar coeficiente de segurança = 5)
h) Não absorver muita água. Se absorver 18% (ou mais) do
seu peso em água, certamente durante a construção de uma
alvenaria, irá tomar a água necessária para a pega da argamassa
de assentamento.

Existe uma infinidade traços de argamassas para


assentamento de tijolos ordinários, mas normalmente as juntas
formadas no assentamento devem ter espessura de
aproximadamente 1 cm. Abaixo são transcritos alguns traços usados
no assentamento.
a) cal e areia 1 : 3 ou 1 : 4
b) cimento e areia 1 : 3
3 3 3
(cimento 430 Kg / m , areia 1,0 m / m )
c) cimento e saibro 1 : 6
3 3 3
(cimento 217 Kg / m , saibro 1,2 m / m )
d) cimento, areia e saibro 1 : 2 : 6
3 3 3 3 3
(cimento 225 Kg / m , areia 0,250 m / m , saibro 0,750 m / m )
e) cimento, areia e saibro 1 : 4 : 4
3 3 3 3 3
(cimento 200 Kg / m , areia 0,63 m / m , saibro 0,63 m / m )
f) cimento e areola 1 : 6
3 3 3
(cimento 217 Kg / m , areola 1,2 m / m )
g) argamassa pronta

101
Os tijolos devem ser assentados com as juntas descasadas,
ou seja, como é vulgarmente dito, dando amarração.
Sempre que uma alvenaria encosta-se a um pilar, há a
necessidade de apicoar, ou no mínimo chapiscar, o concreto do pilar
na faixa de encosto com a alvenaria.
As alvenarias devem ser levantadas até encostarem, em
vigas ou lajes, mesmo que venha a existir teto rebaixado, o que
esconderia a alvenaria acima do rebaixo, tal prática se faz
necessário para melhor estabilidade da alvenaria e a
compartimentação do espaço acima do rebaixo, afim de não criar
um espaço propício a roedores.
A confecção das alvenarias de um prédio começa com o
serviço de locação, para tal o local deverá estar livre de
escoramentos, formas, etc. que venham a impedir ou dificultar a
conferencia de esquadros e distâncias das futuras alvenarias. As
aberturas de portas e janelas devem ser também locadas e para que
suas alturas sejam respeitadas há a necessidade de que sejam
deixados pontos de nível marcados em todos os pilares do andar.
Estes pontos de nível são postos a 1,07 m acima do R.N. do andar,
que será a soleira da porta do elevador ou o último degrau da
escada.
Marcadas as alvenarias, elas são erguidas com os tijolos em
pé (parede de ½ vez) quando for parede de edifício ou parede
interna de uma residência e com os tijolos deitados (parede de 1
vez) quando for a parede externa de uma residência, porém
qualquer que seja a alvenaria devem ser feitas com juntas
descasadas de 1 cm de espessura.
O fechamento de uma alvenaria em teto ou viga pode ser
feito com tijolos maciços colocados inclinados e prensados entre a
estrutura e a alvenaria (aperto da alvenaria), ou simplesmente com
tijolos laminados. Os apertos são executados na folga de 0,15 m,
deixada entre a alvenaria e a estrutura, 14 dias após a conclusão da
parede.
Acima de vãos de portas ou janelas, as alvenarias se
apoiam em vergas, ou seja, vigotas de concreto armado pré-
fabricadas na obra, sendo que o comprimento de uma verga deve
ser sempre 0,40 m maior que o vão a vencer, para possibilitar um
apoio de 0,20 m de cada lado nas alvenarias.
Afim de que possam ser instalados os caixonetes em
madeira, de portas e janelas, há a necessidade de que seja
chumbados com argamassa, o que chamamos de tacos de alvenaria
(vide desenho a seguir), que são nada mais que pedaços de
madeira de boa qualidade, descupinizados e pichados, nas

102
dimensões 0,20 x 0,08 x 0,025 m, para alvenaria de ½ vez ou 0,20 x
0,19 x 0,025 m, para alvenaria de 1 vez (hoje há a substituição do
taco por injeção de polurietano).

A quantidade de tijolos a serem comprados para a execução


de uma alvenaria depende de três fatores, a saber:
- Dimensões do tijolo a ser utilizado
- espessura da parede
Obs: Diz-se que a alvenaria é de ½ vez quando a espessura for de
0,15 m e de 1 vez quando a espessura for de 0,25 m.
- área total da face da alvenaria a ser executada.

De posse destes elementos, o cálculo do número de tijolos


2
para a execução de 1 m de alvenaria, se faz mediante aplicação da
fórmula abaixo:
n x (c+ j) x (h + j) = 1,1 . A

Onde n é o número de tijolos, c o comprimento do tijolo, h a


altura do tijolo, j a espessura da junta de argamassa entre tijolos, A
área da alvenaria a ser construída e 1,1 é o acréscimo de 10 %
devido às perdas.

103
Logo, utilizando-se a equação acima e juntas com 0,01 m
chega-se aos consumos transcritos na tabela a seguir.

o 2
N de tijolos para 1 m
Tipo do tijolo alvenaria de 1 vez alvenaria de ½ vez
0,10 x 0,20 x 0,30 33 17
0,10 x 0,20 x 0,20 48 25

O volume de argamassa necessário para o assentamento


dos tijolos será calculado como sendo o volume das juntas
acrescido de 10 %; no caso da utilização de tijolos furados, a
argamassa da junta na face que contem os furos, o acréscimo
passará a ser de 50%.

Exercício: Determinar a quantidade de tijolos especiais


com dimensões 0,08 x 0,10 x 0,20, para executar uma alvenaria
de 2,50 m de comprimento e 3,40 m de altura, de tal forma que sua
espessura em osso seja de 0,10 m.

Solução:
2
Área da alvenaria - 2,5 x 3,4 = 8,5 m
c = 0,20 m e h = 0,08 m
n x ( 0,20 + 0,01 ) x ( 0,08 + 0,01 ) = 1,1
n x 0,21 x 0,09 = 1,1 n x 0,0189 = 1,1 n = 1,1 / 0,0189
2
n = 58,2 ------------- n = 59 tijolos / m
2
logo para executar 8,5 m serão necessários : 8,5 x 59 = 502 tijolos.

17.2.3 - Alvenarias em tijolos de argamassa vibrada

Na execução das alvenarias divisórias podemos


substituir os tijolos cerâmicos, por tijolos de dimensões maiores,
confeccionados em argamassa vibrada, chamados de blocos de
concreto. Estes tijolos são ocos para a diminuição do peso próprio, o
que vem a facilitar o manejo e diminuir as dimensões da estrutura
que irá suportar tais alvenarias. Estes blocos têm larga utilização
nas alvenarias de enclausuramento das escadas.

A argamassa para assentamento destes blocos deve ser de cimento


3 3 3
e areia no traço 1:4 (cimento 330 Kg / m , areia 1,0 m /m ).

104
As dimensões usuais para estes blocos estão
materializadas nos desenhos abaixo.

17.3 - Técnica de assentamento de tijolos

Independentemente do tipo de tijolo a ser aplicado em uma


alvenaria, há de se tomar o cuidado de promover amarrações das
alvenarias em cantos ou nas formadoras de “T “. O assentamento
dos tijolos deve ser iniciado pelos cantos das alvenarias, não se
esquecendo de assentar os tijolos de amarração.
Há de se tomar os cuidados para, garantir a verticalidade
das paredes (prumo) e a horizontalidade das mesmas (nível).

105
17.4 - Paredes divisórias de gesso acartonado (Drywall)

A utilização de paredes confeccionadas em gesso


acartonado vem, dia a dia, conquistando cada vez mais espaço,
função de fatores econômicos e estruturais que são evidentes.

Quadro comparativo com a alvenaria convencional.

VANTAGENS DO
ALVENARIA DRYWALL
DRYWALL
Redução do volume
Tijolos, cimento e Perfis metálicos,
de material
agregados. chapas e gesso.
transportado.
Facilidade na
Instalações feitas Instalações feitas confecção das
depois da parede antes da parede. instalações, sem
quebra-quebra.
Grandes perdas de Pouca perda de Mínimo desperdício
tijolos e massa. chapas e gesso e retrabalho
Flexibilidade de
Posicionamento Reposicionamento
“layout” e liberdade
definitivo. possível.
de criação.
Mão de obra de Mão de obra de
servente, pedreiro, servente e montador Redução de mão de
estucador em grande em pequeno obra no canteiro.
número. número.
Grande espessura e Pequena espessura Ganho em área útil e
peso e leve estruturas mais leves
Prazo de execução Prazo de execução Obra mais rápida
alto baixo (tempo é dinheiro)

17.4.1 - Chapas de gesso

Para a construção de paredes de “drywall” são utilizadas


chapas industrializadas confeccionadas por laminação contínua de
uma mistura de gesso, água e aditivos entre duas lâminas de cartão,
das quais uma é virada sobre as bordas longitudinais e colada sobre
a outra, este processo é normalizado pelas normas, NBR 14715,
14716 e 14717 todas de 2001.
As chapas são confeccionadas com as medidas padrão e
com as bordas, da maior dimensão e da face da frente da chapa,
rebaixadas.
(vide quadro e croquis, a seguir)
106
Característica geométricas Tolerância Limite
9,5 mm
Espessura 12,5 mm +/- 0,5 mm -------------
15,0 mm
Máximo
Largura -4 mm
de 1,2 m
Máximo
Comprimento -5 mm
de 3,6 m
Mínimo ---------- 40 mm
Largura
Máximo ---------- 80 mm
Rebaixo
Mínimo ---------- 0,6 mm
Profundidade
Máximo ----------- 2,5 mm

Obs: Medidas especiais podem ser solicitadas aos fabricantes.

As chapas mais usuais são de três tipos distintos, a saber:

LOCAL DE COR DO
TIPO OBS:
APLICAÇÃO CARTÃO
È a de maior
Escritórios, salas,
aplicabilidade, é
“Standart” quartos e branco
a chapa de uso
circulações.
geral
Cozinhas,
RU banheiros e áreas Na fabricação é
(resistente de serviço.(Áreas verde impermeabilizada
à umidade) com umidade com silicone.
intermitente)
Utilizadas como Dependendo da
proteção passiva, configuração
RF
para revestimento resistem ao fogo
(resistente rosa
de dutos, por um tempo
ao fogo)
estruturas, cabos que varia de 30 a
elétricos etc. 240 minutos
107
Porém para fins específicos existem chapas especiais:
- Chapas de alta dureza (AD) indicadas para uso em área de
grande circulação.
- Chapas flexíveis são chapas mais delgadas (finas), que
permitem a execução de curvas com raio mínimo de 30 cm.
- Chapas com perfurações de diferentes tipos, que
promovem a absorção sonora, são recomendadas para uso em
foros de ambientes que se deseje conforto acústico.
- Chapas anti-radiação, revestidas com laminas de chumbo,
são recomendadas para uso em salas de raios-X.
- Chapas cimentícias, para uso em locais de umidade crítica.

17.4.2 - As paredes de “drywall”

As paredes de “drywall” são estruturadas com perfis de aço


galvanizado, em linhas únicas ou duplas, esta estrutura é composta
de guias e montantes onde são aparafusadas, dos dois lados, as
placas de gesso acartonado.
O nível de desempenho de uma parede de “drywall”
depende dos seguintes fatores:
- número de chapas postas de cada lado de sua estrutura,
- dimensões, número de linhas e posicionamento das guias
e montantes que compõem as estrutura,
- necessidade de incorporar elementos térmicos ou
acústicos no seu interior.
- Fica vetado ao usuário pendurar qualquer coisa à parede,
há de serem feitos reforços para este fim.

17.4.3 - Nomenclatura das paredes


Conjunto 1o Chapas
2o 3o DE a a
de letras e MD 1 ou 2 LM ou LR
número número (L ou S)
números número face
Identificação
do tipo de
parede.
(X) Existência
(c).
de Lã
Knauf – (a) (b) espaç. Dupla Quantidade
mineral ou
F W mais espess. largura eixo a estrutura e tipos de
Montante de rocha
A número total da dos eixo Ligada chapas
duplo Quantidade
B Lafarge parede montantes dos Ou para cada
de
R GYP (mm) (mm) montantes separada face
camadas e
I mais D (mm)
espessuras
C ou DL
A ou SL...
Plascotil

108
Exemplo de tipologia de paredes
(usando nomenclatura do fabricante KNAUF)

W111 / 73 /48 / 600 - ST/ST

a=73
b=48
c=600

Montante duplo Lã de vidro com espessura = 50 mm

W111 / 115 / 90 / 400 MD - ST/ST - LV50


115
90

400

W116 / 210 /48 / 400 DEL - RU/RU Pedaços de chapas


aparafusadas aos
montantes, com
30 cm de altura
210

e espaçadas na
vertical de 1,00 m
48

a 1,50 m (eixo a eixo)


400

W116 / 240 /48 / 600 DEL - RF+RF/RF+RF - LR50


240
48

600

Obs: a opção por montante duplo ou simples é função da altura da


parede.

109
17.4.4 - Recomendações de especificações e uso

Sal a o u Sal a ou Sal a ou Sal a o u


qua rto qua rto qua rto qua rto
uni dade 1 uni dade 1 uni dade 1 uni dade 2

Chapa ST Chapa ST Chapa ST+ST Chapa ST+ST

Sal a o u Cozinha ou Sal a o u Cozinha ou


qua rto banheiro qua rto ban heiro
uni dade 1 unidade 1 uni dade 1 uni dade 2
Chapa ST Chapa RU Chapa ST+ST Chapa ST+RU ou
Chapa RU+RU

Circulação Sal a,
de qua rto ou
emerg ência escritó rio
Chapa RF+RF Chapa RF+RF

Recomenda do para pare des


de uma mesma unidad e
que in co rporem vigas, pilare s
ou tubula çõ es

Recomenda do para pare des


de uni dades inde pende nte s
que pode m ou não in co rporar
vigas, pilare s ou tubula çõ es

110

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