Você está na página 1de 4

PLACAS DE PEDRAS (MÁRMORES OU GRANITOS) EM FACHADA ( responde IPT )

O uso de placas de pedra em fachadas envolve muita responsabilidade, pois o


descolamento pode causar acidentes sérios. O mais recomendado é utilizar inserts
metálicos que sejam presos à estrutura ou alvenaria e possam receber as placas de pedra
natural já preparadas com sulcos onde serão encaixadas e fixadas ao inserts. Se a opção for
pela fixação com argamassa, deve-se utilizar argamassas especiais, bem mais caras que as
argamassas colantes comuns, mas que agregam adesivos químicos que garantem a
colagem, mesmo de materiais pouco porosos como as pedras.

A fixação de mármores e granitos com inserts metálicos surgiu da necessidade de melhoria


nas condições de segurança, qualidade no assentamento das peças, proporcionar maior
conforto térmico e garantir maior agilidade em revestimentos externos de fachadas.

As primeiras obras executadas com esse sistema surgiram na Europa e nos Estados Unidos
da América há mais de 40 anos tendo surgido no Brasil a cerca de 15 anos. Desta época até
os nossos tempos este sistema tem sido difundido por todo o mundo e as técnicas foram
evoluindo com o desenvolvimento da tecnologia de fixação e metodologia de aplicação.

.Existem duas metodologias básicas para a realização da fixação de placas de rochas


ornamentais em fachadas com inserts metálicos:

-Aplicação individual das placas ao prédio, com elementos de fixação para todas as
unidades utilizadas na fachada (sistema europeu),

-Confecção de painéis onde as placas são fixadas individualmente e há posterior aplicação


dos painéis à estrutura do prédio (sistema americano).

.Entre as características do sistema de fixação por inserts metálicos pode-se citar:

-Rapidez na montagem das placas.

-Evita-se as manchas nas placas ocasionadas pela cal e pela umidade.

-Dispensa o uso de chapisco sendo a prumada corrigida com a regulagem dos inserts.

-Maior segurança em termos de fixação e aderência a estrutura do prédio.

-Juntas bitoladas.

-Dispensa colocação de escoramento nas placas no assentamento, bem como a mão-de-


obra do carpinteiro.

Devido a essas características do sistema de fixação por inserts metálicos é consenso no


setor que esse sistema substituirá por definitivo o método tradicional de assentamento de
mármores e granitos em fachadas através de argamassa.

1
OUTROS REVESTIMENTOS EM PAREDES

Pedras irregulares

Revestimentos de paredes com pedras irregulares tipo arenito, pedra madeira, pedra São
Tomé, etc., deverão ser assentadas nas paredes anteriormente chapiscadas (com cimento e
areia grossa), com argamassas convencionais de cimento e areia média no traço 1:4 e
pequena adição de cal (1 cal para 12 argamassas de cimento e areia) . Deverá chapar a
argamassa em pequena área e comprimir a pedra nesta argamassa, conforme projeto,
alinhamento ou arranjo estético adequado. Deve-se limpar o excedente da argamassa com
uma escovinha algumas horas após. Quando optar por junta a seco não deve-se colocar
argamassas no contorno, e, a limpeza deve ser feita logo após o assentamento para retirar
resíduos de massa.

Paredes de fachadas deverão ter atenção especial por conta da altura e peso das pedras.
Deverá ser estudada a necessidade de colocação de grampos de apoio de aço chumbados
à base quando assim for necessário.

Após o painel pronto deve-se aguardar a secagem total para uma limpeza final.

Lambris de madeira ( paredes internas)

Revestimentos de paredes com lambris de madeira maciça: deverão ser chumbados caibros
com perfil trapezoidal (de madeira de lei imunizados) ao longo da parede no sentido
contrário ao do assentamento do lambri, a cada 40 cm de eixo a eixo. Entre os caibros
poderá ser feito um emboço. As tábuas do lambri chamadas de réguas (vem normalmente
vem com 10, 12, 15 e 20 cm de largura, espessura de 1,5 a 2 cm e comprimentos diversos)
com encaixe macho fêmea, deverão ser parafusadas aos caibros (com chumbamento já
seco) respeitando um padrão de alinhamento e com no mínimo 2 parafusos por régua de
10cm ou 3 para as réguas mais largas. As cabeças dos parafusos deverão ficar rebaixadas
das réguas para posteriormente receberem pequenos discos de madeira, as cavilhas,
coladas para escondê-los (parafusos).

Colados

Revestimentos colados em paredes (colas de contato): placas vinílicas, placas de cortiça,


papéis de parede, fórmicas, etc. Cada qual tem seu método de aplicação e tipo de cola.
Normalmente são vendidos com a colocação já que a mão de obra de cada um é

2
especializada. O importante nestes casos é a base do revestimento, ou seja, o emboço ou o
reboco que servirá como base: a composição do traço, sua cura , bem como a perfeição no
prumo, o tipo de acabamento requerido, mais liso ou mais áspero, tudo isto deverá ser
pesquisado junto ao fabricante do revestimento (e se possível do fornecedor da cola
também) para a sua plena garantia. Sem esquecer de verificar o local e o tipo de exposição
permitido (ambientes úmidos, internos, externos, etc.).

Tijolos aparentes

Fabricados em placas (menor espessura) ou em peças inteiras (tijolos), que conforme sua
apresentação podem ser assentados com argamassa colante ou argamassa convencional.

As placas quando bitoladas, podem ser assentadas com argamassa colante especial sobre
emboço, neste caso as juntas deverão ser preenchidas após o assentamento com material
de rejunte ou argamassa de cimento e areia.

As peças inteiras ou tijolos, normalmente tem um friso no meio para partir em duas metades
o revestimento permitindo utilizar os dois pedaços no revestimento. Normalmente são
assentadas com argamassa convencional (cimento:cal:areia) sobre a parede chapiscada. A
argamassa de assentamento preencherá as juntas ao pressionar o tijolo no assentamento.
As juntas deverão ser totalmente preenchidas se houver falhas, e poderão ser frisadas (
ficando levemente rebaixadas) para compor melhor o painel.

É muito importante que as peças antes do assentamento recebam proteção, com uma
demão de silicone, para que a massa de assentamento não suje as peças causando
manchas e dificultando a limpeza posterior. Sempre durante o assentamento remover os
excessos de massa e cerca de 2 horas após já frisar a junta. Não deve se alterar a
composição da massa (nem o cimento nem a cor da areia) muito menos o traço, pois isto
pode alterar a coloração da massa. A limpeza final deverá ser feita com material apropriado
e posteriormente a superfície deverá receber pintura de proteção apropriada (silicones,
resinas acrílicas, etc).

No sistema de assentamento previsto em “junta seca” há necessidade de ajustes de


tamanhos uma a uma das peças para não fugir nem do nível nem do prumo.

Quando adotar junta seca em áreas externas verificar o problema de chuvas no painel, o
que pode causar infiltração entre as peças, nestes casos é ideal assentar o tijolo sobre um
emboço.

3
A mão de obra para este serviço deve ser especializada, o alinhamento, prumo e nível das
juntas deve ficar perfeito, por isso antes do assentamento é feito um rigoroso taliscamento
marcando nas extremidades das paredes o alinhamento e o prumo, sendo feita a galga do
tijolo mais a junta que deverá ser respeitada e conferida fiada a fiada verificando o nível de
todas as fiadas.

Obs: atualmente são fabricadas placas cerâmicas que reproduzem o efeito do tijolinho
aparente. Neste caso o assentamento se dará conforme o que foi estudado para
revestimentos de paredes em placas cerâmicas.

Você também pode gostar