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CEPEP - Escola Técnica – Mossoró/RN

Curso Técnico em Edificações

Disciplina – Construção Civil


APRESENTAÇÃO:
HUGO ANTEOGENES DE FREITAS
• Engenheiro Civil / Crea.: 2113400227

Ementa:
 Serviços Preliminares;
 Movimento de Terra;
 Fundações;
 Superestrutura;
 Alvenaria;
 Cobertura;
 Esquadrias;
 Revestimentos de Paredes;
 Forros;
 Impermeabilização;
 Piso e Pavimentação;
Controle de qualidade em edificações;
 Pintura.
Construção Civil

Bibliografia Básica:

 AZEVEDO, Hélio Alves. O edifício até sua cobertura.


São Paulo: Edgard Blucher, 1980;
 BORGES, Alberto de Campos. Práticas das pequenas
construções. São Paulo: Edgard Blucher, 2000.
 BAUD, G. Manual de construção. São Paulo: Hemus,
2003.
ALVENARIA
Definição e denominações:

 A palavra alvenaria deriva do árabe al-bannã: aquele que constrói, bannã significa construir.
 Alvenarias são construções feitas de tijolos, ou blocos superpostos (colocados uns sobre os
outros), normalmente unidos por argamassa, formando um conjunto rígido e coeso
(PCC/EPUSP, 2003).
 As alvenarias podem ser feitas de diversos materiais como tijolos e blocos de cerâmica ou
concreto, pedras, vidro e muitos outros.
 A alvenaria é provavelmente a mais antiga técnica de construção inventada pelo homem. A
torre de Babel, narrada na Bíblia, é descrita como uma construção em alvenaria.
 As mais importantes obras da antiguidade foram feitas em alvenaria de pedra.
 Daí a origem do nome pedreiro, que designava os trabalhadores que sabiam construir com
pedras. Eram os construtores da antiguidade.
Exemplos de obras antigas feitas em alvenaria:

Pirâmides de Gizeh -
Faraós Keops,
Kefrén e Mikerinos -
Egito

Muralha da China

Coliseu – Itália
ALVENARIA – Definições e denominações
Denominações das alvenarias:

 Alvenaria Ciclópica - executada com grandes blocos de pedras, trabalhadas ou não;


 Alvenaria Seca - executada com pedras ou blocos cerâmicos, simplesmente arrumadas,
calçadas com lascas de pedras e sem qualquer espécie de argamassa, denominadas
também de “alvenaria insossa”.
 Alvenaria com argamassa - executadas com argamassa de ligação entre os elementos,
sendo também denominadas:
 alvenaria hidráulica – executadas com argamassas mistas 1:4/8 (argamassa básica
de cal e areia 1:4, adicionando-se cimento na proporção de uma parte de cimento
para 8 partes de argamassa básica);
 alvenaria ordinária – executadas com argamassas de cal (1:4-argamassa de cal e
areia).
 Alvenaria de vedação – painéis executados com blocos, entre estruturas, com objetivo de
fechamento das edificações.
 Alvenaria de divisão - painéis executados com blocos ou elementos especiais (Ex. drywall
– gesso Acartonado), para divisão de ambientes, internamente, nas edificações.
ALVENARIA – Funções
 Resistência, para suportar pelo menos seu próprio peso e poder resistir a choques.
 Estanqueidade, proteger o edifício e seus ambientes da entrada de água, sol, ventos,
chuva, etc. Essa função é garantida pela alvenaria junto com seu revestimento.

 Isolamento térmico, fazer com


que, internamente, o edifício
mantenha uma temperatura
minimamente confortável, mesmo
com temperaturas externas muito
quentes ou muito frias.

 Isolamento acústico, fazendo com que os ambientes do edifício sejam protegidos do


excesso de ruídos externos e internos e tenham privacidade.
 Facilidade de execução, uma vez que serão construídas na obra e seus componentes (os
tijolos e blocos) são assentados manualmente.
Equipamentos de proteção e as ferramentas do pedreiro

Brocha
Equipamentos de proteção e as ferramentas do pedreiro
Equipamentos de proteção e as ferramentas do pedreiro
Equipamentos de proteção e as ferramentas do pedreiro
ALVENARIA – Materiais (TIJOLOS)
Tijolo é um componente para alvenaria em formato de paralelepípedo, feito com argila e
queimado em forno, apresentando coloração avermelhada.
L
a) Tijolo comum (maciço, caipira): H
São blocos de barro comum, moldados com arestas
vivas e retilíneas, obtidos após a queima das peças em
fornos contínuos ou periódicos com temperaturas da C
ordem de 900 a 1000°C.

NORMA ABNT - 7170


ALVENARIA – Materiais (TIJOLOS)
b) Tijolo furado (baiano):
Tijolo cerâmico vazado, moldados com arestas vivas
retilíneas. São produzidos a partir
da cerâmica vermelha, tendo a sua conformação
obtida através de extrusão.

19

8 furos

Dimensões: 9x19x19cm
 quantidade por m²:
 parede de 1/2 tijolo: 25un
6 furos  parede de 1 tijolo: 55un
 peso ≈ 3,0kgf
 σc tijolo espelho ≈ 30kgf/cm²
ALVENARIA – Materiais (blocos cerâmicos)
c) Os blocos cerâmicos, assim como os tijolos furados, são também fabricados de argila e
queimados em forno, possuindo furos perpendiculares a uma de suas faces.

 Podem ser de dois tipos:


 Vedação - são assentados com
os furos na horizontal; e
 Estruturais (portantes) – são Em algumas
assentados com os furos na obras ensaiamos,
vertical; em laboratório,
tijolos estruturais
com σc = 17 MPa

 Os estruturais são mais resistentes e podem ser utilizados em alvenaria estrutural.


 Quando a alvenaria é estrutural, a especificação do tipo de bloco a ser usado e de sua
resistência têm que estar definidos no projeto, feito por empresas ou profissionais
especializados.
ALVENARIA – blocos cerâmicos - Resistência
 A resistência à compressão mínima dos blocos na área bruta deve atender aos valores
indicados na tabela 3 da NBR 7171 “ Bloco Cerâmico para Alvenaria” que classifica os
blocos em tipo A, B, C, D e F:
ALVENARIA – Materiais (blocos cerâmicos)

Os blocos
correspondentes
à classe 10 (σc
até 1,0 MPa) são
os
correspondentes
aos tijolos
furados, de uso
mais comum.
ALVENARIA – Tijolos de solo cimento
d - Tijolos de solo cimento:
 Material obtido pela mistura de solo arenoso - 50 a 80% do próprio terreno onde se
processa a construção, cimento Portland de 4 a 10%, e água, prensados
mecanicamente ou manualmente.
 São assentados por argamassa mista de cimento, cal e areia no traço 1:2:8 ou por meio
de cola.

Dimensões: 20x10x4,5cm
 quantidade por m²:
 parede de 1/2 tijolo: 90un
 parede de 1 tijolo: 153un
 peso ≈ 2,80kgf
 σc ≈ 30kgf/cm²
ALVENARIA – Blocos de concreto
e – Blocos de concreto:
 Peças regulares e retangulares, fabricadas com cimento, areia, pedrisco, pó de pedra e
água.
 O equipamento para a execução dos blocos é a prensa hidráulica.
 O bloco é obtido através da dosagem racional dos componentes, e dependendo do
equipamento é possível obter peças de grande regularidade e com faces e arestas de bom
acabamento.
 Em relação ao acabamento os blocos de concreto podem ser para revestimento (mais
rústico) ou aparentes.

Os blocos de concreto são vazados, isto é, possuem furos, devendo ser assentados com os
furos na vertical.
Podem ser de vedação e estrutural. São produzidos e comercializados em diversos tamanhos
e tipos, conforme mostra as figuras a seguir (fonte: www.glasser.com.br).
ALVENARIA – Blocos de concreto
Blocos inteiros - ℓ x h x c

Meio Bloco - ℓ x h x c
ALVENARIA – Blocos de concreto
Canaleta- ℓ x h x c

Meia Canaleta - ℓ x h x c
ALVENARIA – Argamassas - características
 As argamassas são materiais compostos, semelhantes ao concreto, ou seja, são feitas da
mistura de outros materiais: cimento ou cal ou ambos + areia.
 Sua função na alvenaria é muito importante, funciona como cola e garante a resistência e
as demais propriedades do conjunto.

Características da argamassa:

 Deve ser fácil de aplicar, deve ter, portanto, trabalhabilidade, unir solidamente os
elementos de alvenaria;
 Deve adquirir alguma resistência rapidamente, distribuindo uniformemente as cargas, para
que a parede possa ser erguida em algumas horas e possa permanecer de pé, sem cair ou
entortar;
 Ao endurecer, deve ter resistência e durabilidade suficientes para suportar os esforços que
atuarão na parede ao longo da vida útil do edifício.
ALVENARIA – Argamassas - características
Trabalhabilidade:
 É uma propriedade de avaliação qualitativa.
 Uma argamassa é considerada trabalhável quando:
• deixa penetrar facilmente a colher de pedreiro, sem ser fluida;
• mantém-se coesa ao ser transportada, mas não adere à colher ao ser lançada;
• distribui-se facilmente e preenche todas as reentrâncias da base;
• não endurece rapidamente quando aplicada.
A s características dos componentes do traço e próprio traço interferem nesta propriedade.
A presença da cal e de aditivos incorporadores de ar, por exemplo, melhoram essa
propriedade até um determinado limite.

ADITIVO INCORPORADOR DE AR, é um aditivo líquido, livre de cloretos, para concreto e


argamassas com características de plastificante e incorporador de ar permitindo maior
trabalhabilidade e durabilidade.
ALVENARIA – Argamassas - tipos

Argamassa de aderência - CHAPISCO:

 Proporciona condições de aspereza em superfícies muito lisas e praticamente sem poros;

 Possibilita o recebimento de outro tipo de argamassa;

 Sua aplicação é diferente, pois é jogada com certa violência a uma determinada distância
de lançamento, para que haja certo impacto, o que propicia uma maior aderência e
aspereza.

 Pode ser aplicado como revestimento único em muros e paredes.

 Deve adquirir alguma resistência rapidamente, distribuindo uniformemente as cargas;

 Ao endurecer, deve ter resistência e durabilidade suficientes para suportar os esforços que
atuarão na parede ao longo da vida útil do edifício.
ALVENARIA – Argamassas - tipos
Argamassa de regularização - EMBOÇO:
 Evita a infiltração e penetração de água sem impedir, entretanto, a ação capilar que
transporta a umidade da alvenaria à superfície exterior da argamassa;

 Uniformiza a superfície eliminando as irregularidades das superfícies;

 Regulariza o prumo e alinha as paredes, para o recebimento de outro revestimento,


como por exemplo, azulejos, cerâmicas, mármores entre outros.

Argamassa de acabamento - REBOCO:


 Pode atuar como superfície suporte para pintura, apresentando aspecto agradável,
superfície muito lisa e regular, com pouca porosidade.

 O reboco pode funcionar também como o próprio acabamento, não recebendo,


portanto, o recobrimento de pintura.
ALVENARIA – Argamassas - tipos

Argamassa - COLANTE:
É uma argamassa industrializada, constituída de
uma mistura pré-dosada de aglomerantes,
agregados e aditivos, fornecida em pó, no estado
seco, necessitando apenas da adição de água para
ser empregada;
ALVENARIA – Argamassas - tipos
CLASSIFICAÇÃO DAS ARGAMASSAS COLANTES

TIPO AMBIENTE CARACTERÍSTICA


RESISTENTES AS SOLICITAÇÕES MECÂNICAS E TERMO-HIGROMÉTRICAS
AC-I INTERNO TÍPICAS DE REVESTIMENTOS INTERNOS.

PODER DE ADESIVIDADE, ABSORVE ESFORÇOS EXISTENTES EM


REVESTIMENTOS DE PISO E PAREDES EXTERNAS DECORRENTES DE
AC-II EXTERNO CICLOS DE FLUTUAÇÃO TÉRMICA E HIGROMÉTRICA.

RESSITE A ALTAS TENSÕES DE CISALHAMENTO NA INTERFACE


SAUNAS,
SUBSTRATO/ADESIVO E PLACA CERÂMICA/ADESIVO.
AC-III PISCINAS,
ESTUFAS

SIMILAR A AC-III, PORÉM COM TEMPO EM ABERTO ESTENDIDO.


FACHADAS CÂMARAS FRIGORÍFICAS, FACHADAS ALTAS, AMBIENTES SUJEITOS A
AC-III-E EXTERNAS MUDANÇAS DE TEMPERATURAS INTENSAS.
(ESPECIAIS)
ALVENARIA – Argamassas - tipos
As argamassas colantes compõe-se de uma mistura de cimento portland, agregados
finos (tipos de areias bem finas) e aditivos químicos. Estes aditivos são em geral
resinas orgânicas (colas). O tipo de resina orgânica define o tipo de argamassa
colante e determina a qualidade da argamassa colante.

O tempo em aberto é o tempo máximo em que a as placas cerâmicas devem ser


assentadas, após a aplicação da argamassa sobre a base.
ALVENARIA – Argamassas - tipos
ARGA- TRAÇO
COMPOSIÇÃO EXECUÇÃO
MASSA esp (mm)

CHAPISCO Cimento + areia 1:3 •Consistência muito


CHAPISCO
grossa (5 mm) fluida, quase líquida;

Cimento + cal 1:1:6


(*) Detalhe construtivo a
EMBOÇO hidratada + 1:2:9
seguir.
areia (10 a 20 mm)

REBOCO •Existe massa pronta no


1:2 mercado;
REBOCO Cal + areia fina
EMBOÇO (5 mm) •Aplicado, no mínimo, 7
dias após o emboço.
ALVENARIA – Argamassas – Detalhes de execução
EMBOÇO: Deve ser aplicado no mínimo 24 h após o chapisco;

Fixar taliscas (pequenas placas de madeira ou


cerâmica de aproximadamente 1 cm de
espessura) com argamassa nos cantos superiores
da parede a ser revestida.
Fixar primeiro a talisca superior, com distância
entre sua superfície e a parede de
aproximadamente 1,5 cm.
Com fio de prumo, fixa outras taliscas abaixo da
primeira (distância aproximada, 2 m);
Com linhas em nível e prumo fixa as taliscas
intermediárias.
Faz-se o sarrafeamento do emboço apoiando a
régua nas guias.
ALVENARIA – Argamassas – Detalhes de execução
REBOCO:
 É a camada final do revestimento (também chamada “massa fina”) e tem a
função de tornar a superfície sobre o emboço mais lisa, para receber a pintura.
 Em áreas secas (salas e quartos) usa-se o revestimento em três camadas
(chapisco, emboço e reboco) mais a pintura.
 Em áreas molhadas (cozinha, banheiro e área de serviço), o revestimento
normalmente é cerâmico, e nesse caso, não será feito reboco, pois a cerâmica será
assentada sobre o emboço.
A argamassa do reboco pode ser feita na obra, com cal hidratada e areia
fina (areia peneirada), traço 1:2.
Atualmente é comum o uso de reboco “pronto”, também chamado “massa fina”, que é
uma argamassa industrializada já pronta, à qual adiciona-se água na obra.
ALVENARIA – Argamassas – Detalhes de execução
 O ideal é aplicar o reboco no mínimo 7 dias após o emboço.
 Sobre a superfície do emboço, previamente molhada, aplica-se a argamassa do reboco
com desempenadeira, de baixo para cima.
 Normalmente aplica-se uma primeira camada, de 2 ou 3 mm, completando-se a
espessura do reboco, que é de 5 mm aproximadamente, com uma segunda camada de
argamassa.

 O acabamento final pode ser liso (feito com desempenadeira


de aço), camurçado (com desempenadeira revestida com
feltro ou esponja), ou raspado, onde a superfície é raspada
com pente de aço, formando desenhos e texturas.

REVESTIMENTO EM CAMADA ÚNICA:


Esse revestimento, também chamado “emboço único” ou
“emboço paulista”, ou ainda “massa única”, é feito somente
com chapisco e emboço, eliminando-se o reboco e deixando-
se a superfície do emboço mais lisa para receber a pintura.
ALVENARIA – Argamassas - Aderência
 Aderência é a capacidade que o revestimento tem de suportar tensões normais de tração e
tangenciais atuantes na interface substrato/revestimento sem sofrer um processo
degenerativo.
 A NBR 13749/96 estabelece o limite de resistência de aderência à tração (Ra), para
revestimentos de argamassa, que varia de acordo com o local de aplicação e tipo de
acabamento.

Fatores que influenciam este fenômeno:


 Características da base,
 Composição e propriedades da argamassa no
estado fresco;
 Técnica de aplicação, respeito ao tempo de
sarrafeamento e desempeno;
 Condições climáticas quando da aplicação; e
 Limpeza da base.
ALVENARIA – Argamassas - Aderência
Limites de Resistência de Aderência à tração (NBR 13749/96)
LOCAL ACABAMENTOS Ra (Mpa)

Pintura ou base para reboco ≥ 0,20

P Interna
A Cerâmica ou laminado ≥ 0,30
R
E Pintura ou base para reboco ≥ 0,30
D
E Externa
Cerâmica ≥ 0,30

Teto ≥ 0,20
ALVENARIA – Argamassas - traço
 Traço designa a proporção entre os materiais que comporão a argamassa;
 O traço é função das características da argamassa;
 Normalmente se utiliza a argamassa chamada “mista”, cimento e cal, mais areia;
 Argamassa só com cimento e areia seria muito resistente, porém não teria boa trabalhabilidade ,
além de aumentar o custo.

APLICAÇÃO TRAÇO REND./SACO CIM.

Tijolo comum 1 lata de cimento


(Cutelo ou ½ 2 latas de cal 1 : 2 : 8 10 m2
tijolo) 8 latas de areia
1 lata de cimento
Tijolo furado
2 latas de cal 1 : 2 : 8 16 m2
(espelho)
8 latas de areia

1 lata de cimento
Bloco Concreto
1/2 lata de cal 1 : ½ : 8 30 m2
(esp. 15 a 20 cm)
8 latas de areia
ALVENARIA – Argamassas - traço
 Outra forma de representar o traço de uma argamassa mista (alvenaria hidráulica) – o traço
tem três números, os dois primeiros indicam o traço de uma argamassa de cal e areia que
é preparada antes. O último número indica quantas partes de argamassa de cal, antes
preparada, são necessárias para juntar uma parte do cimento:

ÁGUA 1 CAL
5 AREIA MÉDIA A FINA PENEIRADA 5 AREIA
1 CAL HIDRATADA

1 CIMENTO

6 PARTES DE
ARGAMASSA
DE CAL

TRAÇO
1:5/6 (argamassa básica de cal e areia 1:5, adicionando-se cimento na proporção
de uma parte de cimento para 6 partes de argamassa básica);
ALVENARIA – Argamassas - traço
1 CAL
1 CAL HIDRATADA 4 AREIA MÉDIA A FINA PENEIRADA 4 AREIA
ÁGUA

1 1 1 1 1 5

5 PARTES DE
ARGAMASSA
1 CIMENTO DE CAL

6
1 5

TRATA-SE DE UMA ARGAMASSA BÁSICA DE CAL E AREIA NO TRAÇO 1:4,


ADICIONANDO-SE 1 PARTE DE CIMENTO PARA 5 PARTES DE ARGAMASSA
BÁSICA.
1 parte de cal para 4 partes de areia
TRAÇO – 1 : 4 / 5
1 cimento Para 5 partes de argamassa de cal
ALVENARIA – Argamassas – Mistura manual

1. Colocar primeiro a areia, formando uma camada de aproximadamente 15 cm de


altura.
2. Sobre essa camada coloque o cimento e a cal.
3. Misturar bem até a cor ficar bem uniforme. Depois, faça um monte com um
buraco no meio (coroa).
4. Adicione e misture a água aos poucos, tomando cuidado para não escorrer.
Importante
Se a alvenaria for estrutural, o traço da argamassa deve estar
especificado no projeto.
ALVENARIA – Argamassa – Mistura betoneira

1. Colocar primeiro a areia na betoneira


2. Adicionar metade da água
3. Colocar o cimento e a cal
4. Adicionar o restante da água
ESPESSURAS RECOMENDADAS PARA REVESTIMENTOS – NBR 13749 (ABNT 1996)

Parede interna (5 ≤ e ≤ 20) mm


Parede Externa (20 ≤ e ≤ 30) mm
Tetos internos e externos e ≤ 20 mm
Produção de Argamassas – No Canteiro

ARGAMASSA DOSADA NO CANTEIRO


 Central de produção – requer um número de equipamentos de mistura adequado ao
volume diário de consumo;
 Deve ser instalada próxima ao estoque dos materiais e ao equipamento de
transporte (vertical ou horizontal);
 Estocagem individual de cada material, acarretando maior área de estocagem e
interferência com o transporte vertical de outros materiais.

ARGAMASSA INDUSTRIALIZADA
 Reduz áreas de estocagem e interferência com o transporte vertical dos outros
materiais;
 Estocagem dos sacos de argamassa implica numa maior facilidade de controle,
diminuição de desperdício, reduzindo custos.
Produção de Argamassas – No Canteiro

ARGAMASSA FORNECIDA EM SILO


 Dispensa a organização de uma central de produção no canteiro – reduz espaço;
 Todos os materiais constituintes da argamassa ficam armazenados no próprio silo;
 Maior facilidade de controle e estocagem do material - mistura feita no equipamento
acoplado no próprio silo;
 Elimina-se a interferência do transporte dessa argamassa com outros materiais.
Produção de Argamassas – No Canteiro

O Sistema dosa, prepara, bombeia ou faz a


projeção de argamassas diretamente na obra.
Toda matéria prima empregada na preparação
da argamassa tem total aproveitamento e
apresenta ainda outras vantagens como:
• Eliminação de estocagem;
• Canteiro de obra limpo;
• Eliminação de mão de obra excedente;
• Redução no tempo e no custo do transporte
interno e na aplicação;
• Preparo exato, contínuo e isento de falhas na
dosagem e mistura da argamassa.
ALVENARIA – Argamassa – Quantitativos
EXEMPLO DE QUANTITATIVOS DE ARGAMASSAS:
Calcular as quantidades de materiais para uma parede com as seguintes características:
 Comprimento = 4,0 m
 Altura = 2,50 m
 Argamassa de revestimento interno:
• Chapisco: cimento e areia grossa lavada, traço 1:4 em volume, com 5 mm de
espessura;
• Emboço: cimento, cal hidratada e areia média lavada, traço 1:1:6 em volume, com
20 mm de espessura;
• Reboco: cal hidratada e areia fina lavada, traço 1:4 em volume, com 5 mm de
espessura.
Outros dados:
• Peso específico do cimento: 1.600 kg/m3;
• Peso específico da areia grossa: 1.700 kg/m3;
• Peso específico do cal: 1.200 kg/m3;
• Peso específico da areia média: 1.500 kg/m3;
• Peso específico da areia fina: 1.900 kg/m3;
QUANTITATIVOS – SOLUÇÃO PASSO A PASSO
1. Calcular a área dos revestimentos: A = 2,50 m x 4,0 m A = 10,00 m2;

2. Cálculo do volume do chapisco com 5 mm de espessura (ech):


Vch = A x ech = 10,00 x 0,005 Vch = 0,05 m3.

3. Cálculo do volume de emboço com 20mm de espessura:


Veb = A x eeb = 10,00 x 0,02 Veb = 0,2 m3.

4. Cálculo do volume do reboco com 5 mm de espessura (erb):


Vrb = A x erb = 10,00 x 0,005 Vrb = 0,05 m3.

5. Cálculo do volume de cimento (no chapisco), considerando 1 parte sobre 5 (traço 1:4) Significa 1
parte de cimento + 4 partes de areia grossa = 5 partes preenchendo um volume de 0,05m³ ou seja:
Volume do cimento = 0,05/5 VC = 0,01m3
• Volume de areia no chapisco = 4 X 0,01 = 0,04m3;
• Cálculo do peso do cimento: γ = P/V  P = V.γ = 0,01 x 1600 = 16,00 kg.
• Cálculo do peso da areia grossa: γ = P/V  P = V.γ = 0,04 x 1700 = 68,00 kg.
QUANTITATIVOS – SOLUÇÃO PASSO A PASSO
6. Cálculo do volume de cimento e cal ( no emboço), considerando 1 parte sobre 8 (traço 1:1:6) 
Significa: 1 parte de cimento + 1 parte de cal + 6 partes de areia = 8 partes, preenchendo um volume de
0,2 m3, ou seja:
Volume de cimento = Volume de cal = 0,2/8 = 0,025m3 .

• Volume de areia no emboço  6 x 0,025 = 0,15m3


• Cálculo do peso do cimento: γ = P/V  P = V.γ = 0,025 x 1600 = 40,00 kg.
• Cálculo do peso de cal: γ = P/V  P = V.γ = 0,025 x 1200 = 30,00 kg.
• Cálculo do peso da areia média: γ = P/V  P = V.γ = 0,15 x 1500 = 225,00 kg.

7. Cálculo do volume de cal ( no reboco), considerando 1 parte sobre 5 (traço 1:4) Significa: 1 parte
de cal + 4 partes de areia fina = 5 partes, preenchendo um volume de 0,05m3, ou seja:
Volume de cal = 0,05/5 = 0,01 m3.
• Volume de areia fina no emboço = 4 X 0,01 = 0,04 m3
• Cálculo do peso de cal: γ = P/V  P = V.γ = 0,01 x 1200 = 12,00 kg.
• Cálculo do peso da areia fina: γ = P/V  P = V.γ = 0,04 x 1900 = 76,00 kg.
QUANTITATIVOS – SOLUÇÃO PASSO A PASSO
QUADRO RESUMO

ARGAMASSA COMPONENTE TRAÇO VOLUME(m3 - ℓ) PESO (kg)

CIMENTO
0,01m3 = 10ℓ 16
CHAPISCO 1:4
AREIA GROSSA
0,04m3 = 40ℓ 68

CIMENTO
0,025m3 = 25ℓ 40

CAL HIDRATADA
EMBOÇO 1:1:6 0,025m3 = 25ℓ 30

AREIA MÉDIA
0,15m3 = 150ℓ 225

CAL HIDRATADA
0,01m3 = 10ℓ 12
REBOCO 1:4
AREIA FINA
0,04m3 = 40ℓ 76
Algumas considerações:

 Para cada m3 de argamassa, são consumidos de 350 a 370 litros de água limpa;
 Considerar um acréscimo de 5% nas quantidades dos materiais a título de taxa de
quebra e/ou desperdício;
 No caso de tijolos furados, acrescentar 5%, nas quantidades dos materiais para
argamassa de assentamento;
 Existem diferentes tipos de aditivos químicos que podem ser utilizados nas argamassas,
entre eles:
 Impermeabilizantes;
 Adesivos;
 Aceleradores e retardadores de pega;
 Plastificantes;
 Controladores de fissuração, etc.
 Deve-se consultar os fabricantes para definição do traço.
ALVENARIA – Tipos de paredes

Parede de espelho – (cutelo) Parede de meio tijolo


(meia vez)
ALVENARIA – Tipos de paredes

Parede de um tijolo Parede de um tijolo e meio


(uma vez ou dobrada) (uma vez e meia)
ALVENARIA – Tipos de paredes

Parede de um tijolo Parede de meio tijolo


(uma vez ou dobrada) (meia vez)
ALVENARIA – Tijolos – Quantitativos
Quantidade de tijolos por m²

 Em função do tamanho dos tijolos e da espessura da junta podemos calcular quantas


unidades de tijolos precisamos para preencher um metro quadrado de alvenaria;

 O cálculo é simples, basta ver quantos tijolos precisamos na horizontal, quantos na vertical
e multiplicar um pelo outro:

N = TH x TV

N = Número de tijolos por m²


TH = Quantidade de tijolos na horizontal, por metro linear
TV = Quantidade de tijolos na vertical, por metro linear

TH = 100 / C + J
TV = 100 / H + J
C e J, comprimento e junta, em cm.
H e J, altura e junta em cm.
ALVENARIA – Tijolos – Quantitativos
EXEMPLO DE QUANTITATIVOS DE TIJOLOS – PAREDE DO EXEMPLO ANTERIOR:
 Comprimento = 4,0 m x Altura = 2,50 m  Área = 10 m2
Dimensões dos tijolos: (23 x 11 x 5) cm
Tipo de parede: Parede ½ tijolo
Juntas de 1cm
SOLUÇÃO:
1. Calcular a quantidade de tijolos por metro linear na horizontal e Vertical:

5
TH = 100 / C + J = 100 / 23 + 1 = 100/24  TH = 4,17 Un/m

TV = 100 / H + J = 100 / 5 + 1 = 100/6  TH = 16,67 Un/m

Tijolos / m2  N = TH x TV = 16,67 x 4,17 ≈ 70 Un/m2.


11

2. Cálculo da quantidade de tijolos para parede citada:


A = 10 m2  T = 10 x 70 = 700 tijolos
ALVENARIA – Argamassa – Quantitativos
Considere o ex. anterior e determine os quantitativos de materiais para a argamassa de
assentamento, cimento, cal hidratada e areia grossa lavada, no traço 1:2:8 em volume.
Parede: Meio tijolo, (4,00 x 2,50) m  A = 10 m2; esp.da junta = 1 cm
Pesos específicos médios considerados:
Cimento portland comum – 1.600kg/m3
Cal hidratada – 1.200kg/m3
Areia grossa seca – 1.700kg/m3
11
SOLUÇÃO – Vamos proceder da seguinte maneira:
1. Ora, 10 m2 de parede, corresponde a área de tijolos +
área de argamassa;

2. Um tijolo, apresenta uma área para argamassa na horizontal =


(0,23 x 0,11) m = 0,0253 m2.
11
 700 tijolos = 700 x 0,0253 = 17,71 m2.
3. Como a junta tem 1cm  o volume de argamassa na
5
horizontal = 17,71 x 0,01 = 0,17 m3
ALVENARIA – Argamassa – Quantitativos
11
3. Um tijolo, apresenta uma área para argamassa na
vertical = (0,11 x 0,05) m = 0,0055 m2.
 700 tijolos = 700 x 0,0055 = 3,85 m2.
4. Como a junta tem 1cm  o volume de argamassa na
vertical = 3,85 x 0,01 = 0,0385 m3
11 Volume total de argamassa = VH + VV
Volume total de argamassa = 0,17 + 0,0385
5
Volume total de argamassa = 0,2085m³

Agora que sabemos o volume total de argamassa que será usada para o
assentamento dos tijolos, vamos calcular seus quantitativos de cimento, cal
hidratada e areia grossa lavada...
5. Cálculo dos quantitativos argamassa no traço 1:2:8 (11 partes);

5.1 – Volume do Cimento  1 parte de cimento sobre 11  0,2085/11 = 0,019 m3.

5.2 – Volume da cal  2 partes de cal sobre 11  2 x 0,019 = 0,038 m3.

5.3 – Volume da Areia  8 partes de areia sobre 11  8 x 0,019 = 0,152 m3.

6. Cálculo do peso do cimento  γ = P/V  P = V.γ = 0,019 x 1.600 = 30,04 kg.

7. Cálculo do peso de cal: γ = P/V  P = V.γ = 0,038 x 1.200 = 45,60 kg.

8. Cálculo do peso da areia grossa: γ = P/V  P = V.γ = 0,152 x 1.700 = 258,40 kg.

QUADRO RESUMO
ARGAMASSA COMPONENTE TRAÇO VOLUME(m3 - ℓ) PESO (kg)
CIMENTO 0,019m3 = 19ℓ 30,04
CAL HIDRATADA
ASSENTAMENTO 1:2:8 0,038m3 = 38ℓ 45,60

AREIA GROSSA 0,152m3 = 152ℓ 258,40


APLICAÇÃO – CONCRETO/ALVENARIA/ARGAMASSA
Considere a estrutura abaixo (equipamento todo fechado em alvenaria, sem vãos
vazados), calcular o quantitativo de todo material.

Laje maciça (5,00x5,00x0,10)m

10

(3,60x0,20x0,20)m

5
DADOS:

• Concreto (Fundações e Estrutura): cimento, areia grossa e brita - 1:2:3


• Concreto (Laje): cimento, areia grossa e brita - 1:3:5
• Tijolos: 10 x 20 x 5 cm
• Argamassa de assentamento: cimento, cal hidratada e areia média - 1:2:8 com
10 mm de espessura.
• Chapisco: cimento e areia grossa - 1:4 com 5 mm de espessura;
• Emboço: cimento, cal hidratada e areia média - 1:1:6 com 20 mm de espessura;
• Reboco: cal hidratada e areia fina - 1:4 com 5 mm de espessura.

Outros dados:
• Peso específico do cimento: 1.600 kg/m3;
• Peso específico da areia grossa: 1.700 kg/m3;
• Peso específico da areia média: 1.500 kg/m3;
• Peso específico da areia fina: 1.900 kg/m3;
• Peso específico do cal: 1.200 kg/m3;
• Peso específico da brita: 2.750 kg/m³
CONCRETO: (FUNDAÇÕES E ESTRUTURAS – 1:2:3)
1. Calcular o volume dos elementos:
1. Volume das sapata = (1 x 1 x 0,3) x 4 = 1,2m³
2. Volume dos pilares = (3,6 x 0,2 x 0,2) x 4 = 0,576m³
3. Volume das vigas = [(5 – 0,2 – 0,2) x 0,3 x 0,2] x 8 = 2,208m³
4. Volume total = 1,2 + 0,576 + 2,208 = 3,984m³

2. Cálculo do volume de cimento (no concreto), considerando 1 parte sobre 6 (traço 1:2:3) Significa 1
parte de cimento + 2 partes de areia grossa + 3 partes de brita = 6 partes preenchendo um volume de
3,984m³ ou seja:

• Volume do cimento = 3,984 / 6 = 0,664m3;


• Volume de areia = 2 X 0,664 = 1,328m3;
• Volume da brita = 3 X 0,664 = 1,992m3;

• Cálculo do peso do cimento: γ = P/V  P = V.γ = 0,664 x 1.600 = 1.062,4kg.


• Cálculo do peso da areia grossa: γ = P/V  P = V.γ = 1,328 x 1.700 = 2.257,6kg.
• Cálculo do peso da brita: γ = P/V  P = V.γ = 1,992 x 2.750 = 5.478,0kg.
CONCRETO: (LAJE – 1:3:5)
1. Calcular o volume da laje:
1. Volume da laje = (5 x 5 x 0,1) = 2,5m³

2. Cálculo do volume de cimento (no concreto), considerando 1 parte sobre 9 (traço 1:3:5)
Significa 1 parte de cimento + 3 partes de areia grossa + 5 partes de brita = 9 partes
preenchendo um volume de 2,5m³ ou seja:

• Volume do cimento = 2,5 / 9 = 0,28m3;


• Volume de areia = 3 X 0,28 = 0,84m3;
• Volume da brita = 5 X 0,28 = 1,4m3;

• Cálculo do peso do cimento: γ = P/V  P = V.γ = 0,28 x 1.600 = 448,0kg.


• Cálculo do peso da areia grossa: γ = P/V  P = V.γ = 0,84 x 1.700 = 1.428,0kg.
• Cálculo do peso da brita: γ = P/V  P = V.γ = 1,4 x 2.750 = 3.850,0kg.
TIJOLOS: (10 x 20 x 5)cm

1. Calcular a área da alvenaria:


1. Área da alvenaria = (altura da alvenaria x largura) = [2,5 x (5 – 0,2 – 0,2)] x 4 =
46,00m²

1. Calcular a quantidade de tijolos por m linear:


1. TH = 100 / C + J  TH = 100 / 20 + 1  TH = 4,76 Und/m
2. TV = 100 / H + J  TV = 100 / 5 + 1  TV = 16,67 Und/m

1. Calcular a quantidade de tijolos por m²:


1. Tijolos/m² = N = TH x TV  N = 4,76 x 16,67  N = 79,35 Und/m²
2. Quantidade de tijolos = A x N  Qt = 46 x 79,35  Qt ≈ 3.650 Tijolos
ASSENTAMENTO: (1:2:8 / 10mm)
1. Calcular a área da alvenaria: (Já calculada anteriormente)
1. Área da alvenaria = (altura da alvenaria x largura) = [2,5 x (5 – 0,2 – 0,2)] x 4 =
46,00m²

2. Ora, se temos 46,00m2 de parede, isso quer dizer que corresponde a área de tijolos + área
de argamassa.

3. Volume de argamassa na horizontal: Um tijolo apresenta uma área na horizontal de


(0,20 x 0,10) = 0,02m². Como temos uma quantidade de tijolos no equivalente a 3.670,
multiplicamos pela área horizontal de cada um.

• Área na horizontal = 3.650 X 0,02 = 73,0m2;


• Como a junta tem 1cm de espessura, multiplicando essa área pela espessura obtemos o
volume de argamassa na horizontal:
• Volume na horizontal = 73 X 0,01 = 0,73m3;
ASSENTAMENTO: (1:2:8 / 10mm)

4. Volume de argamassa na vertical: Um tijolo apresenta uma área na vertical de


(0,10 x 0,05) = 0,005m². Como temos uma quantidade de tijolos no equivalente a 3.670,
multiplicamos pela área vertical de cada um.

• Área na vertical = 3.650 X 0,005 = 18,25m2;


• Como a junta tem 1cm de espessura, multiplicando essa área pela espessura obtemos o
volume de argamassa na vertical:
• Volume na vertical = 18,25 X 0,01 = 0,1825m3;

5. Volume total de argamassa de assentamento = Volume horizontal + Volume vertical


Volume total de argamassa de assentamento = 0,73 + 0,1825
Volume total de argamassa de assentamento = 0,9125m³
ASSENTAMENTO: (1:2:8 / 10mm)

6. Cálculo do volume de cimento (no assentamento), considerando 1 parte sobre 11


(traço 1:2:8) Significa 1 parte de cimento + 2 partes de cal hidratada + 8 partes de areia
média = 11 partes preenchendo um volume de 0,9125m³ ou seja:

• Volume do cimento = 0,9125 / 11 = 0,083m3;


• Volume da cal = 2 X 0,083 = 0,166m3;
• Volume da areia média = 8 X 0,083 = 0,664m3;

• Cálculo do peso do cimento: γ = P/V  P = V.γ = 0,083 x 1.600 = 132,80kg.


• Cálculo do peso da cal: γ = P/V  P = V.γ = 0,166 x 1.200 = 199,20kg.
• Cálculo do peso da areia média: γ = P/V  P = V.γ = 0,664 x 1.500 = 996,0kg.
CHAPISCO: (1:4 / 5mm)

1. Calcular a área a ser chapiscada: (Por fora e por dentro)


1. Área a ser chapiscada = (perímetro x pé direito) = [(5 + 5 + 5 + 5 x 2,70 )] x 2 =
108,00m²

2. Ora, se temos 108,00m2 de área a ser chapiscada se multiplicarmos pela espessura do


chapisco que é de 5mm (0,005m) iremos obter o seu volume.

3. Volume do chapisco = área do chapisco x espessura

• Volume do chapisco = 108,0 X 0,005 = 0,54m3


Laje maciça (5,00x5,00x0,10)m

10

(3,60x0,20x0,20)m

5
CHAPISCO: (1:4 / 5mm)

4. Cálculo do volume de cimento (no chapisco), considerando 1 parte sobre 5 (traço


1:4) Significa 1 parte de cimento + 4 partes de areia grossa = 5 partes preenchendo um
volume de 0,54m³ ou seja:

• Volume do cimento = 0,54 / 5 = 0,108m3;


• Volume da areia grossa = 4 X 0,108 = 0,432m3;

• Cálculo do peso do cimento: γ = P/V  P = V.γ = 0,108 x 1.600 = 172,80kg.


• Cálculo do peso da areia grossa: γ = P/V  P = V.γ = 0,432 x 1.700 = 734,40kg.
EMBOÇO: (1:1:6 / 20mm)

1. Calcular a área a ser emboçada: (Por fora e por dentro) = área chapiscada
1. Área a ser emboçada = (perímetro x pé direito) = [(5 + 5 + 5 + 5 x 2,70 )] x 2 =
108,00m²

2. Ora, se temos 108,00m2 de área a ser chapiscada se multiplicarmos pela espessura do


chapisco que é de 20mm (0,02m) iremos obter o seu volume.

3. Volume do emboço = área do emboço x espessura

• Volume do emboço = 108,0 X 0,02 = 2,16m3


EMBOÇO: (1:1:6 / 20mm)

4. Cálculo do volume de cimento (no emboço), considerando 1 parte sobre 8 (traço


1:1:6) Significa 1 parte de cimento + 1 parte de cal hidratada + 6 partes de areia média = 8
partes preenchendo um volume de 2,16m³ ou seja:

• Volume do cimento = 2,16 / 8 = 0,27m3 ;


• Volume da cal = 1 x 0,27 = 0,27m3 ;
• Volume da areia média = 6 X 0,27 = 1,62m3;

• Cálculo do peso do cimento: γ = P/V  P = V.γ = 0,27 x 1.600 = 432,0kg.


• Cálculo do peso da cal: γ = P/V  P = V.γ = 0,27 x 1.200 = 324,0kg.
• Cálculo do peso da areia média: γ = P/V  P = V.γ = 1,62 x 1.500 = 2.430,0 kg.
REBOCO: (1:4 / 5mm)

1. Calcular a área a ser rebocada: (Por fora e por dentro) = área emboçada
1. Área a ser emboçada = (perímetro x pé direito) = [(5 + 5 + 5 + 5 x 2,70 )] x 2 =
108,00m²

2. Ora, se temos 108,00m2 de área a ser rebocada se multiplicarmos pela espessura do


reboco que é de 5mm (0,005m) iremos obter o seu volume.

3. Volume do reboco = área do reboco x espessura

• Volume do emboço = 108,0 X 0,005 = 0,54m3


REBOCO: (1:4 / 5mm)

4. Cálculo do volume de cimento (no reboco), considerando 1 parte sobre 5 (traço


1:4) Significa 1 parte de cal hidratada + 4 partes de areia fina = 5 partes preenchendo um
volume de 0,54m³ ou seja:

• Volume de cal = 0,54 / 5 = 0,108m3 ;


• Volume da areia fina = 4 X 0,108 = 0,432m3;

• Cálculo do peso da cal: γ = P/V  P = V.γ = 0,108 x 1.200 = 129,60kg.


• Cálculo do peso da areia fina: γ = P/V  P = V.γ = 0,432 x 1.900 = 820,80kg.
QUADRO RESUMO – FUNDAÇÕES E ESTRUTURAS
ARGAMASSA COMPONENTE TRAÇO VOLUME (m³ - L) PESO (Kg)
CIMENTO 0,664m³ = 664L 1.062,4
CONCRETO AREIA GROSSA 1:2:3 1,328m³ = 1.328L 2.507,6
BRITA 1,992m³ = 1.992L 5.478

QUADRO RESUMO – LAJE


ARGAMASSA COMPONENTE TRAÇO VOLUME (m³ - L) PESO (Kg)
CIMENTO 0,28m³ = 280L 448
CONCRETO AREIA GROSSA 1:3:5 0,84m³ = 840L 1.428
BRITA 1,40m³ = 1.400L 3.850

QUADRO RESUMO – ASSENTAMENTO DE TIJOLOS


ARGAMASSA COMPONENTE TRAÇO VOLUME (m³ - L) PESO (Kg)
CIMENTO 0,083m³ = 83L 132,8
ASSENTAMENTO CAL HIDRATADA 1:2:8 0,166m³ = 166L 199,2
AREIA MÉDIA 0,664m³ = 664L 996
QUADRO RESUMO – CHAPISCO
ARGAMASSA COMPONENTE TRAÇO VOLUME (m³ - L) PESO (Kg)
CIMENTO 0,108m³ = 108L 172,8
CHAPISCO AREIA GROSSA 1:4 0,432m³ = 432L 734,4

QUADRO RESUMO – EMBOÇO


ARGAMASSA COMPONENTE TRAÇO VOLUME (m³ - L) PESO (Kg)
CIMENTO 0,27m³ = 270L 432
EMBOÇO CAL HIDRATADA 1:1:6 0,27m³ = 270L 324
AREIA MÉDIA 1,62m³ = 1.620L 2.430

QUADRO RESUMO – REBOCO


ARGAMASSA COMPONENTE TRAÇO VOLUME (m³ - L) PESO (Kg)
CAL HIDRATADA 0,108m³ = 108L 129,6
REBOCO AREIA FINA 1:4 0,432m³ = 432L 820,8
QUADRO RESUMO GERAL DE MATERIAIS
MATERIAIS VOLUME (m³ - L) PESO (Kg) SACOS (50Kg) LATAS 18L
(QUANTIDADE)
CIMENTO 1,447m³ = 1.447L 2.248 45 81
AREIA GROSSA 2,6m³ = 2.600L 4.670 145
AREIA MÉDIA 2,284m³ = 2.284L 3.426 127
AREIA FINA 0,432m³ = 432L 820,8 24
CAL HIDRATADA 0,544m³ = 544L 652,8 31
BRITA 3,392m³ = 3.392L 9.328 189
ALVENARIA – Execução
1ª. Etapa – MARCAÇÃO:
• É a execução da primeira fiada da alvenaria. Para isso, são recomendados os passos a
seguir.
1. Conferir a modulação: Verificar o “casamento” das dimensões da parede a
construir com as dimensões dos tijolos ou blocos. É desejável que os
componentes encaixem conforme a dimensão da parede, sem quebras ou
enchimentos. Caso necessário simular uma fiada no piso, sem argamassa, com
juntas secas de aproximadamente 1 cm.
ALVENARIA – Execução - Elevação
 A marcação da galga (altura das fiadas) é feita com o auxílio da mangueira de
nível ou com aparelho de nível, nos pilares ou escantilhão.
 São marcadas também cotas de  Verga – viga de concreto armado
vergas e contravergas; colocada sobre as aberturas nas
alvenarias.
 Contra-verga - viga de concreto
armado colocada sob as aberturas de
janelas, com a função de evitar o
surgimento de trincas na alvenaria.
 Fixação de dispositivos de
amarração da alvenaria aos
pilares “ferros-cabelo” – aço
CA50 – Ø 5 mm ou 8 mm
chumbada no pilar a cada 2
fiadas.
ALVENARIA – Execução
2. Definir as juntas:
Junta amarrada – cada fiada fica defasada meio comprimento do tijolo ou
bloco em relação a fiada de baixo;
Junta a prumo – todas as juntas ficam alinhadas.
Junta amarrada – mais comum e mais
recomendada, causa um travamento dos
componentes, o que favorece muito o
aumento da resistência da parede.

Junta a prumo – é usada em condições


especiais, alvenaria aparente ou para se
conseguir um efeito visual diferenciado.
ALVENARIA – Execução – Tipos de Juntas

Junta prumo com meio bloco Junta prumo com bloco em pé

Junta tipo dama com bloco inteiro Junta Bloco inteiro e meio bloco
ALVENARIA – Execução – 1ª. Fiada

3. Assentar a primeira fiada:


Checada a modulação, inicia-se o
assentamento da primeira fiada:
 O local deve estar limpo e
molhado;
 Os tijolos ou blocos devem,
também, ser previamente
molhados (não encharcados);
 O assentamento deve iniciar
pelos cantos, espalhando-se uma
camada de argamassa no piso
com a colher de pedreiro;
ALVENARIA – Execução
 A espessura dessa primeira camada deve ser maior que as demais (mais de 1
centímetro) – para acertar o nível e determinar a espessura das demais;
 Cada bloco, depois de assentado, deve ter seu alinhamento, nível e prumo
conferidos;
 O ajuste do bloco é feito com o auxílio de pequenas batidas com o cabo da colher
de pedreiro. (adaptado de MEDEIROS-1993).
ALVENARIA – Execução - Elevação
4. Elevação:
 Inicia-se pelos cantos, executando-se primeiramente o início e o fim de algumas
fiadas, o que se chama “castelo”. As fiadas dos castelos servirão de base para o
alinhamento das fiadas da parede.
 O “escantilhão”, haste de madeira ou metálica com comprimento igual ao pé direito
do pavimento, graduada com espaços iguais à altura nominal do bloco ou tijolo,
acrescido da espessura da junta, apoiada no piso, é utilizada para controlar as
alturas das fiadas do castelo (serve como gabarito).
ALVENARIA – Execução - Elevação

A elevação do castelo deve


ser feita observando-se a
planeza da face da parede
(com uma régua), assim
como o nível e o prumo de
cada bloco assentado.
ALVENARIA – Execução - Elevação
 Depois de executados os castelos,
preenche-se o interior das paredes,
fiada por fiada.
 Para o alinhamento das fiadas usa-se
uma linha-guia, presa em pequenos
pregos fixados nas extremidades de
cada fiada, no escantilhão ou na junta
horizontal.

Detalhe do
prumo da
alvenaria
PRUMO
ALVENARIA – Execução - Elevação

 A argamassa deve ser estendida


sobre a superfície da fiada
anterior e na face lateral do bloco
ou tijolo que será assentado.
 A quantidade de argamassa
deve ser suficiente para que um
excesso seja expelido quando o
bloco for pressionado para ficar
na posição correta.
 Esse excesso deve ser raspado
e pode ser reutilizado.
ALVENARIA – Execução - Elevação

 As linhas-guia facilitam bastante o


controle do alinhamento, do nível e
do prumo, porém, a cada 3 ou 4
fiadas, no máximo, deve ser
conferida a planeza, o nível e o
prumo da parede.

 Recomenda-se a elevação máxima,


num dia, de meio pé-direito, ou
uma altura entre 1,20 e 1,50 m
aproximadamente.
ALVENARIA – Elevação – Tipos de Juntas
Tradicional: espalha-se a argamassa
com a colher de pedreiro e depois
pressiona o tijolo ou bloco conferindo o
alinhamento e o prumo.

Cordão: o pedreiro forma dois cordões de


argamassa, melhorando o desempenho da
parede em relação a penetração de água de
chuva, ideal para paredes em alvenaria
aparente.
O cordão pode ser lançado com bisnaga ou
ferramenta específica feita pelo próprio pedreiro.
ALVENARIA – Elevação – Modelos de juntas

Quando a alvenaria for utilizada aparente, pode-se frisar a junta de argamassa, que
deve ser comprimida e nunca arrancada, conferindo mais resistência e com o efeito
estético que desejar. Abaixo alguns modelos de juntas para alvenaria aparente.

CÔNCAVA PLANA EM “Y” REBAIXADA


ALVENARIA – Elevação – passo a passo (Revisão)
ALVENARIA – Elevação – passo a passo (Revisão)
ALVENARIA – Elevação – algumas ferramentas

ESCANTILHÃO
ALVENARIA – Elevação – algumas ferramentas

ESQUADRO LONGO
ALVENARIA – Elevação – algumas ferramentas

RÉGUA DE NÍVEL
ALVENARIA – Elevação – algumas ferramentas

PRUMO DE FACE
ALVENARIA – Elevação – algumas ferramentas

CARRINHO PARA
TRANSPORTE
DE MATERIAIS
ALVENARIA – Elevação – algumas ferramentas

MASSEIRA
ALVENARIA – Execução - Encunhamento
4. Encunhamento:
 É a ligação entre o topo da parede e a viga ou laje de concreto que se situam
acima;
 Utiliza-se tijolos comuns, assentados inclinados e pressionados entre a última fiada
e a viga ou laje superior;
 Podem ser utilizadas também cunhas pré-moldadas de concreto, ou então uma
argamassa com expansor (argamassa expansiva).

Encunhamento
com tijolo maciço
ALVENARIA – Elevação – Fiadas - Amarração

 Junção em T de 2 paredes de ½ tijolo


1ª. fiada 2ª. fiada

 Cruzamento de 2 paredes de ½ tijolo


1ª. fiada 2ª. fiada

 Cruzamento paredes de ½ tijolo e de 1 tijolo 1ª. fiada 2ª. fiada


ALVENARIA – Elevação – Fiadas - Amarração
 Paredes de 1 tijolo

1ª. fiada
1ª. fiada

2ª. fiada 2ª. fiada

1ª. Alternativa 2ª. Alternativa


 Pilares com tijolos maciços

Pilar de 1 tijolo Pilar de 1 e ½ tijolo Pilar de 2 tijolos

1ª. fiada 2ª. fiada 1ª. fiada 2ª. fiada 1ª. fiada 2ª. fiada
ALVENARIA – Elevação – Fiadas - Amarração

 Amarração no próprio bloco


ALVENARIA – Elevação – Fiadas - Amarração

 Amarração com barras de aço


ALVENARIA – Elevação – Fiadas - Amarração

 Amarração com tela metálica

 Quando a parede encosta num pilar,


recomenda-se amarrar a alvenaria
neste evitando o surgimento de
trincas ou fissuras entre os dois.
 Costuma-se usar os “ferros-cabelo”,
pequenas barras de aço inseridas no
pilar e na junta da alvenaria.
 Ou pode-se usar outros elementos
que produzam o mesmo efeito como
por exemplo, telas metálicas.
ALVENARIA – Elevação – Fiadas - Amarração
 Nos encontros entre paredes (“L”, “T” ou
cruz) é sempre desejável as juntas de
amarração;
 Recomenda-se o emprego de blocos com
comprimentos ou formas adaptadas para
essas ligações.

JUNTAS A PRUMO NÃO RECOMENDADAS AS


PAREDES DE FACHADAS

EXECUÇÃO DE LIGAÇÃO ENTRE ALVENARIA


DE FACHADA E ALVENARIA INTERNA.
ALVENARIA – Elevação – Fiadas - Amarração

❶ ❷
≥7
ALVENARIA – Elevação – Fiadas - Amarração

Ligações entre alvenarias e pilares


com gancho de aço de dois ramos
(ferro cabelo) ou com auxílio de
blocos tipo canaleta
ALVENARIA – Amarração – Estrutura metálica
 As ancoragens podem ser executadas com insertos de aço soldados nos
pilares e chumbados nas juntas horizontais de assentamento;

PERFIL ESTRUTURAL METÁLICO – PERFIL “H”


ALVENARIA – Estabilidade da parede

 O índice de esbeltez (λ) de uma parede é definida pela relação entre sua altura
efetiva (hef) e a espessura do bloco (eb).

 λ - índice de esbeltez;
hef  hef - Altura efetiva da alvenaria entre as estruturas superiores e
λ= inferiores;
eb
 eb - Espessura do bloco/elemento de montagem da alvenaria.

A referência para considerar a alvenaria estável é λ ≤ 27, para alvenarias externas e


λ ≤ 30 para alvenarias internas.
Quando o valor de λ ultrapassa o limite, recomenda-se:
• Aumentar a espessura do bloco; ou
• Adotar recurso de enrijecimento interno da alvenaria.
ALVENARIA – Estabilidade da parede
ALTURA EFETIVA
 Considera-se como altura efetiva das paredes a altura real quando a parede é
apoiada na base e no topo.
 No caso de ser apoiada apenas na base a sua altura efetiva deve ser duas vezes a
altura da parede acima de sua base.

Tabela referência para dimensões de alvenaria


Fonte: IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas - Tecnologia das edificações

Alvenaria interna Alvenaria externa


Espessura do
bloco (m) Alt. Máx.
Alt. Máx. (m) Comp. Máx. (m) Comp. Máx. (m)
(m)
0,09 3,0 6,0 2,5 5,0
0,14 5,0 10,0 3,5 7,0
0,19 6,5 13,0 5,0 10,0
OBRIGADO...

TENHAM UMA ÓTIMA NOITE!!!

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