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CEPEP - Escola Técnica – Mossoró/RN

Curso Técnico em Edificações

Disciplina – Construção Civil


APRESENTAÇÃO:
HUGO ANTEOGENES DE FREITAS
• Engenheiro Civil / Crea.: 2113400227

Ementa:
 Serviços Preliminares;
 Movimento de Terra;
 Fundações;
 Superestrutura;
 Alvenaria;
 Cobertura;
 Esquadrias;
 Revestimentos de Paredes;
 Forros;
 Impermeabilização;
 Piso e Pavimentação;
Controle de qualidade em edificações;
 Pintura.
MOVIMENTO DE TERRA

TERRAPLANAGEM OU TERRAPLENAGEM?
As duas palavras estão corretas e existem na língua portuguesa. Podemos
utilizar os substantivos TERRAPLENAGEM e TERRAPLANEGEM sempre que
quisermos referir o ato de terraplenar ou terraplanar, ou seja, de realizar qualquer
alteração do relevo do terreno através de aterros. A palavra terraplenagem é a mais
utilizada pelos falantes, sendo tida como a mais correta e a mais socialmente
aceitas. Ambas as palavras constam no Vocabulário Ortográfico da Academia
Brasileira de Letras.

http://duvidas.dicio.com.br/terraplenagem-ou-terraplanagem/
TERRAPLENAGEM
 Efetuado o levantamento planialtimétrico, temos condições de elaborar os projetos
e iniciar sua execução.
 Começamos pelo acerto da topografia do terreno, de acordo com o projeto de
implantação e o projeto executivo.
 Modelação do terreno, movimentando material de um lado e colocando em outro,
de modo a cumprir o perfil projetado, com o maior rigor e qualidade possível,
minimizando assim, desta forma, todos os custos inerentes à atividade.
 Podemos executar, conforme o levantamento altimétrico, cortes, aterros, ou
ambos:
 Cortes: No caso de cortes, deverá ser adotado um volume de solo correspondente
à área da seção multiplicada pela altura média, acrescentando-se um percentual de
empolamento.
 O empolamento é o aumento de volume de um material, quando removido de seu
estado natural e é expresso como uma porcentagem do volume no corte.
Materiais %
Argila natural 22
Argila escavada, seca 23
Argila escavada, úmida 25
Argila e cascalho, seco 41
Argila e cascalho, úmido 11
Rocha decomposta RELAÇÃO DE
75% rocha e 25% terra 43
EMPOLAMENTOS
50% rocha e 50% terra 33
25% rocha e 75% terra 25 Quando não se conhece o tipo
Terra natural, seca 25 de solo, podemos considerar o
Terra natural, úmida 27 Empolamento entre 30 a 40%.
Areia solta, seca 12
Areia úmida 12
Areia molhada 12
Solo superficial 43
Corte em terreno – Volumes empíricos:
H+h
hm = 2

Vc = Ab . hm . 1,4
Sendo Vc = Volume do corte
Ab = área de projeção do corte e hm= altura média; E = 40%

Aterros e reaterros – Volumes empíricos:


H+h
hm = 2

Va = Ab . hm . 1,3
Sendo Va = Volume do aterro
Ab = área de projeção do corte e hm= altura média; E = 30%
Medições:
Para a execução de medições e cálculo da
produção dos equipamentos de terraplenagens
utilizam-se unidades de medição de solos ou
rochas, que são geralmente expressos em
volume (m3)
A forma de cálculo desta medição deve estar
definida, podendo ser executada:
In situ (terreno no seu estado natural - corte)
Solto (terreno que sofreu escavação)
Compactado (terreno sujeito a compactação)
As diferenças da medição dependem dos conceitos de
empolamento e de contração de terrenos.
Medições:
Empolamento (E): aumento do volume de um solo
(medido em volume ou em peso) quando é escavado:
Vsolto - Vcorte
E = x 100
Vcorte

Fator de contração (Fc): Redução do volume quando é


compactado:

Vcomp.
Fc =
Vcorte
Movimentação longitudinal de terras:
O conceito é que, no balanço entre desaterros
(escavações) e aterros, o movimento de terras não
consuma terras de empréstimo (recolhidas fora do local de
intervenção), nem existam sobras de terras (bota fora).
Movimentação transversal de terras:
Também aqui a idéia é movimentar o terreno entre a
escavação e o aterro, sendo que a gestão global é
realizada entre as secções transversais da via de
comunicação e o seu perfil longitudinal.

O volume total de terras a deslocar surge da soma das


seções transversais ao longo do percurso.
Perfil Longitudinal Esquerdo +2,50
+2,20
+1,50 +1,80
+1,30
+1,00
+0,50

+0,50 +1,00 +1,30 +1,50 +1,80 +2,20 +2,50


8,0
0

0,0 +0,70 +1,20 +1,30 +1,50 +2,00


5,00 5,00 5,00 5,00 5,00 2,50

+1,50 +2,00
+1,30
+1,20
+0,70
0,0

Perfil Longitudinal Direito


Volumes Empíricos:
S2
L

S1
S1 + S 2
V = xL
2
Exemplo: Suponha a situação acima.

Quantas viagens seriam necessárias para deslocar o volume


resultante do corte acima, em um transporte com capacidade
efetiva de 12 m3/viagem, considerando S1 = 6,2 m2, S2 = 5,1
m2, L = 10 m, com empolamento do material igual a 35%.
Volumes Empíricos:
S1 + S 2
V = xL
S2 2
L 6,2 + 5,1
V = x 10
S1 2
V = 56,5 m³
Capacidade = 12m3/viagem
S1 = 6,2 m2 V = 56,5 x 1,35
S2 = 5,1 m2
L = 10 m V = 76,275 m³
Empolamento = 35%.
V = 76,275
V = 7 viagens
12
Volumes Empíricos – Seções variadas:
Perfil do
terreno
D3 D2
A1

L
Perfil do
D1 terreno

A2 A3

Aterro Misto Desaterro


2
A3 L Legenda:
VA ≈ A1 + A2 +
D3 + A3 2
L – Largura do lote
2 D – Seção de desaterro
D3 L
VD ≈ D1 + D2 +
D3 + A3 2
A – Seção de aterro
VD – Volume de desaterro
VA – Volume de aterro
EXERCÍCIO
Dada a planta do terreno abaixo, determine a sua área, desenhe os perfis
longitudinais esquerdo e direito, o volume de terra a ser movimentado, bem
como o numero de caçambas com capacidade de 15m3, necessárias para
transportar a terra movimentada.
Considere E = 25% e cotas e distâncias em metros.
EXERCÍCIO
Dada a planta do terreno abaixo, determine a sua área, desenhe os perfis
longitudinais esquerdo e direito, o volume de terra a ser movimentado, bem como o
numero de caçambas com capacidade de 15m3, necessárias para transportar a terra
movimentada.
Considere E = 30% e cotas e distâncias em metros.

+0,80 +1,10
+1,20 0,00
+1,00

1,4
0
10,00

+1,10

1,4
+0,80 +1,10

0
+0,50 +0,00 +1,10

10,00 10,00 10,00 10,00 8,00


EXERCÍCIO
Dada a planta do terreno abaixo, determine a sua área, desenhe os perfis
longitudinais esquerdo e direito, o volume de terra a ser movimentado, bem como o
numero de caçambas com capacidade de 12m3, necessárias para transportar a terra
movimentada.
Considere E = 45% e cotas e distâncias em metros.
α = 5º  tgα = 0,0874 +0,90 +1,20
+1,30 0,00
+1,10
15,00

+1,20

+0,90 α = 5º +1,20
+0,60 +0,00 +1,20

20,00 20,00 20,00 20,00 12,00


Cálculo da área ocupada – Taxa de Ocupação:
 A Taxa de Ocupação (TO) é a relação
percentual entre a projeção da edificação
e a área do terreno. Ou seja, ela
representa a porcentagem do terreno
sobre o qual há edificação.
 A taxa de ocupação mede apenas a
projeção da edificação sobre o terreno.

 Por isso, a TO não está diretamente ligada ao número de pavimentos da


edificação. Na realidade, se os pavimentos superiores estiverem contidos
dentro dos limites do pavimento térreo, o número de pavimentos não fará
diferença nenhuma na TO.
 A TO apenas muda com o número
de pavimentos se houver
elementos que se projetam para
além dos limites do pavimento
térreo.
Taxa de Ocupação:
 Taxa de Ocupação é a área da projeção da construção sobre o plano
horizontal dividida pela área do lote ou terreno;
30
 Constará da área do pavimento
Terreno

20
térreo mais a soma dos balanços
20

5
Pavto. térreo do pavimento superior.
Área do terreno: 20 x 30 = 600 m2
30 8 Área do térreo: 5 x 20 = 100 m2
7

10
20

Área do pavimento superior:


5

Pavto. Superior
15 (8 x 10) + (7 x 5) = 115 m2
30 8
12 Taxa de Ocupação:
10
20

(8 x 10) + (12 x 5) / 600 = 23%


5

20
Projeção da edificação
Índices de ocupação do terreno e área total
construída – Coeficiente de Aproveitamento (CA):

COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO (CA): é a


quantidade da área total construída, dividida pela área do
terreno.
GG H
TO = (C x D) / (A x B)
H

E
F Índice de área total
construída - CA
A C D

[(C x D) + (E x F) + (G x H)]
B

(CA) =
(A x B)
Índices de ocupação do terreno e área total
construída – Coeficiente de Aproveitamento (CA):
Coeficiente de Aproveitamento (CA) - é um número que, multiplicado pela área
do lote, indica a quantidade máxima de metros quadrados que podem ser
construídos em um lote, somando-se as áreas de todos os pavimentos.

TO = (45 x 20) / (60 x 30) = 0,50 = 50%


Atotal Construída = 4 x (45 x 20) = 3.600m2

CA = Atotal Construída / Aterreno= 3.600/1800 CA = 2

TO = (15 x 30) / (60 x 30) = 0,25 = 25%

Atotal Construída = 8 x (15 x 30) = 3.600m2

CA = Atotal Construída / Aterreno= 3.600/1800 CA = 2


TAXA DE PERMEABILIDADE:
A taxa de permeabilidade é o percentual mínimo de área descoberta e
permeável do terreno (exigida pelo poder público) em relação a sua área total,
dotada de vegetação que contribua para o equilíbrio climático e propicie alívio
para o sistema público de drenagem urbana.
No nosso exemplo fictício, o terreno mede 360m2 e a taxa de
permeabilidade é de 10%. Isso significa que 36m2 do terreno deverão estar livres,
teoricamente*, de qualquer construção.
TAXA DE PERMEABILIDADE:

Esse valor pode ser calculado


considerando áreas de jardim sobre
áreas de terreno natural, *jardineiras
ou pavimentação do tipo cobograma.
Mas, para cada tipo é considerado
uma porcentagem para o cálculo: a
área de jardim sobre terreno natural
conta como área 100% permeável, já
a jardineira e o cobograma contam
como área 80% permeável.
Então, atenção aos cálculos:
tanto a área da jardineira como o do
cobograma devem ser multiplicadas
por 0,80 e esses resultados é que
devem ser considerados para o
cálculo final do TP.
LEI COMPLEMANTAR N° 012/2006 –
Plano Diretor do Município de Mossoró.
Art. 35. Com finalidade de garantir a drenagem
natural das águas pluviais, os imóveis situados
na área urbana devem resguardar a taxa de
permeabilidade de 20% (vinte por cento) sobre a
área total do terreno.
§ 1º. As áreas destinadas à drenagem
natural das águas pluviais poderão receber
cobertura vegetal ou usar cobertura permeável.
EXERCÍCIO
A edificação abaixo está inserida em um terreno cujas dimensões são de 22m x
13m de comprimento. Calcule a área total construída; a taxa de ocupação; o coeficiente
de aproveitamento; e com uma taxa de impermeabilidade de 30% diga se o
empreendimento será aprovado ou não, e caso haja incompatibilidade de uma solução.
OBRIGADO!!!

TENHAM UMA ÓTIMA NOITE...

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