Ministério da Educação

Universidade do Estado de Minas Gerais

Departamento de Engenharia
Curso de Engenharia Civil

TOPOGRAFIA II
CURVAS DE NÍVEL

PROF. DR. GUILHERME GODOY FONSECA

ENGENHEIRO AGRÔNOMO
MSc. DSc. FITOTECNIA
O que são:
• São Recursos de desenho gráfico
capazes de representar na planta o
relevo, ou seja, as nuances do
terreno;
• Na prática representam elevações e
depressões do terreno.
2
Geração de curvas de nível:
• São Linhas curvas fechadas provenientes da
interseção de planos horizontais com a superfície
do terreno;
• Cada linha representa um plano horizontal.
Portanto, todos os seus pontos possuem a
mesma altitude;
• A diferença de altitude (equidistância) entre as
curvas é constante.

3
Representação 2D e 3D

4
Depressão e Elevação: como na figura a seguir, são superfícies nas quais
as curvas de nível de maior valor envolvem as de menor no caso das
depressões e vice-versa para as elevações.
Processo de construção:
• Coletar no campo pontos cotados aleatórios ou em malha;
• Através do método da INTERPOLAÇÃO determinar as curvas de nível;

Para podermos ter um melhor entendimento do

desenho que está sendo representado, também
temos as curvas chamadas MESTRAS, estas curvas
servem para poder visualizar melhor o desenho.

No desenho topográfico as curvas mestras aparecem a cada 5

curvas a partir do espigão ou divisor de aguas, elas devem ter a
linha mais forte e sempre tem que ser cotadas 7
Formas do terreno representadas pelas curvas:

• Terreno plano uniformemente inclinado.

16

15

14

13

12

11

10

8
• Terreno em curva com inclinação uniforme.
30

25

9
Terreno com declinação desuniforme.

35

10
Elevação: as curvas de nível de menor valor
envolvem as de maior valor

30 20 10

11
• Depressão: as curvas de valor maior envolvem as curvas de valor
menor.

10 20 30

12
• Espigão: é a superfície de altitude mais alta da linha de cumiada (linha
divisória de água).

15

20

13
 PROPRIEDADES DAS CURVAS DE NÍVEL
• Curvas de nível muito afastadas representam terreno plano

14
• Curvas de nível mais próximas representam terrenos acidentados

15
• Como indicado na figura a seguir, a maior declividade (d%) do
terreno ocorre no local onde as curvas de nível são mais próximas e
vice-versa.

16
Erros de interpretação gráfica nas curvas de nível

• Uma curva de nível não pode desaparecer repentinamente, pois

sempre é uma linha fechada, exceto quando representam uma
parcela do terreno;

200

210 220
Duas curvas de nível não podem se cruzar;

50

49
• Duas ou mais curvas de nível jamais poderão convergir para
formar uma curva única, com exceção das paredes verticais
da rocha;
50

49
Pela figura vemos que trata-se de um vale. O que é impossível é o fundo do vale
coincidir com a cota 37 em toda sua extensão, ou seja, tratar-se de um vale cujo
fundo ("talvegue") é horizontal para esquerda e para a direita.

O fundo de um vale
não pode ter uma
mesma cota, pois este
não pode ser
horizontal

20
21
Representação gráfica: Superfície de altitude mais alta da
linha de cumiada (linha divisória de água). Espigão:

22
• Linha de talvegue
• Linhas notáveis do terreno
• Talvegue:s.m. Hidrologia - A linha formada pela intersecção das duas superfícies
formadoras das vertentes de um vale.
• É o local mais profundo do vale, onde correm as águas de chuva, dos rios e
riachos

23
Obtenção das curvas de níveis

24
Métodos de Obtenção das Curvas de Nível

Os métodos topográficos para traçar as curvas de nível são:

Quadriculação;
QUADRICULAÇÃO:

•É o mais preciso dos métodos;

•Também é o mais demorado e dispendioso;
•Recomendado para pequenas áreas;
•Consiste em quadricular o terreno (com
piquetes) e nivelá-lo;
•A quadriculação é feita com a ajuda de um
teodolito/estação (para marcar as direções
perpendiculares) e da trena /estação (para
marcar as distâncias entre os piquetes);
•O valor do lado do quadrilátero é escolhido
em função: da sinuosidade e das dimensões do
terreno e da precisão requerida.
•No escritório as quadrículas são lançadas em
escala apropriada, os pontos de cota inteira são
interpolados e as curvas de nível são traçadas
26
Irradiação taqueométrica
Irradiação taqueométrica
Interpolação gráfica
Interpolação Numérica
 Método da interpolação:
Sendo dois pontos de cota conhecida é possível determinar
analiticamente e graficamente por onde passa uma curva de nível de
cota intermediária entre eles.

31
Estudo de caso:
• Pontos 10
cotados
(malha 15 x
10 m);
• Exemplo:
traçar a
curva 20 m 32
Estudo de caso:
• 1º - Localizar
os trechos
por onde a
curva passa
(ver cotas)

33
Estudo de caso:
• 2º -
Determinar
os pontos
por onde a
curva passa.

34
Estudo de caso:
• 3º - Traçar a
curva.

35
Procedimento de cálculo:
• Cota de 20 m

36
Cálculo de declividade entre
duas curvas de nível:
• Angular
• Percentual

37
 DECLIVIDADE
Declividade AB = [ ( 54,6 - 38,5 ) / ( 108 - 85 ) ] * 100
Declividade AB = ( 16,1 ) / ( 23 ) * 100 = 0,700 * 100 = 70 %

Pode-se também expressar a declividade na forma angular, calculando-se pela seguinte fórmula:
tangente do ângulo de declividade ( α ) = [ ( 54,6 - 38,5 ) / ( 108 - 85 ) ]

tg α = 0,7000
α = arco tg de 0,7000
α = 34° 59' 31" ( 34,99202019o )
Uma declividade de 100% corresponde a um
ângulo de inclinação em relação ao horizonte
da ordem de 45°.
38
 DECLIVIDADE

O conhecimento da declividade no espaço geográfico é um dos fatores

de fundamental importância para o gerenciamento ambiental. O
Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), pela legislação
vigente para delimitação das áreas de preservação permanente,
definida através de resoluções, considera em seu artigo 2º , as encostas
com declividade superior a 30% (16o 41' 57") como áreas de
preservação permanente.

39
 Cálculo da altitude de um ponto
entre duas curvas de nível:
• Determinar a cota de um ponto
distante 42 m da cota A, sabendo que:
• a) Cota de A = 55,2
• b) Cota de B = 62,8
• Distância horizontal entre as cotas: DH
= 120 m

40
 GREIDE (GRADE)
Greide é a linha gráfica que acompanha o perfil do terreno, sendo dotada de uma certa
inclinação, e que indica quanto do solo deve ser cortado ou aterrado.

COTA VERMELHA - é a distância vertical entre um ponto qualquer do greide e um ponto

correspondente no terreno.
Se o Greide estiver acima do ponto correspondente do terreno, a cota vermelha é positiva ( + ),
indicando aterro. Quando o Greide estiver abaixo do ponto correspondente do terreno, a cota
vermelha é negativa ( - ), indicando corte.
PONTO DE PASSAGEM - quando o ponto do greide coincide com o ponto do terreno, não
havendo corte nem aterro 41