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GEOFOCO 11

QUESTÕES DE AULA

QUESTÃO DE AULA 7 Metamorfismo do Autóctone da Zona Centro-Ibérica


A Zona Centro-Ibérica é um domínio bastante heterogéneo da Orogenia Varisca,
compreendendo áreas com diferentes graus de metamorfismo, desde baixo a alto grau, e

Nome: ___________________________________________________ Turma: ______ Data: ___/___/___

abundantes granitoides. A atuação da primeira e principal fase de deformação Varisca no eixo


Marão-Vila Nova de Foz Côa (Autóctone da Zona Centro Ibérica) induziu a formação de zonas
pouco deformadas, alternando com zonas contemporâneas onde se observa uma deformação
bastante mais acentuada. Este Autóctone apresenta um conjunto de unidades com idades
compreendidas entre o Pré-Câmbrico e o Carbónico (até 299 Ma), sendo possível reconhecer
duas megassequências: o Super-Grupo Dúrico-Beirão, que se subdivide em Grupo do Douro e
Grupo das Beiras; e a Megassequência pós-Câmbrica.
Na sequência do Grupo do Douro (figura 1) distinguiram-se, inicialmente, seis formações:
Bateiras, Ervedosa, Rio Pinhão, Pinhão, Desejosa e S. Domingos. Posteriormente, concluiu-se
que algumas destas formações estariam duplicadas tectonicamente, devido a um acidente
ocorrido durante a sedimentação da Formação da Desejosa, o que permitiu explicar a
semelhança de fácies entre a Formação da Ervedosa e a Formação do Pinhão, e entre a
Formação Bateiras e a Formação de Rio Pinhão, pelo que atualmente se considera a
existência de apenas quatro formações: Bateiras, Ervedosa, Desejosa e S. Domingos. Estas
formações apresentam, de um modo geral, características turbidíticas 1 constituídas por
alternâncias de filitos e metagrauvaques2, sendo que a sua diferenciação se baseia, entre
outros fatores, na variação das percentagens relativas de areias e argilas. Quanto à sua idade,
esta está balizada pela ocorrência de trilobites mal preservadas na Formação da Desejosa e,
na Formação do Pinhão, pela existência de icnofósseis que apontam uma idade câmbrica.
A cartografia detalhada realizada nas formações câmbricas do Grupo do Douro no setor de
Vila Nova de Foz Côa (Figura 2) mostra que a principal fase de deformação Varisca originou
uma sucessão de dobramentos de primeira ordem, caracterizada pela formação de sinclinais
muito amplos separados por anticlinais muito apertados.

Adaptado de Moreira, N; Búrcio, M; Dias, R; Coke, C; “Partição da deformação Varisca nos setores de Peso da Régua e Vila
Nova de Foz Côa (Autóctone da Zona Centro Ibérica)”, Comunicações Geológicas, 2010, t. 97, pp. 147-162

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1. Durante a orogenia Varisca, a região que atualmente corresponde ao Autóctone da Zona


Centro-Ibérica foi predominantemente sujeita a ________ associadas a metamorfismo
________.
(A) pressões dirigidas … regional
(B) pressões litostáticas … de contacto
(C) pressões litostáticas … regional
(D) pressões dirigidas … contacto

2. De entre as afirmações seguintes, relacionadas com o Autóctone da Zona Centro-Ibérica,


selecione as duas que estão corretas, transcrevendo para a folha de respostas os números
romanos correspondentes.
I – A primeira fase de deformação Varisca ocorreu durante a Era Mesozoico.
II – A Megassequência pós-câmbrica do Autóctone da Zona Centro-Ibérica subdivide-se em
Grupo do Douro e Grupo das Beiras.
III – A Formação da Ervedosa é mais antiga do que a Formação do Pinhão.
IV – A Formação Bateiras e a Formação de Rio Pinhão apresentam características geológicas
idênticas.
V – A diferenciação dos filitos e metagrauvaques baseia-se na variação das percentagens
relativas de sedimentos com diferentes granulometrias.

3. Na Formação do Pinhão, predominam rochas _________, resultantes de processos de


metamorfismo de _________.
(A) foliadas … baixo grau
(B) não foliadas … baixo grau
(C) foliadas … grau médio a alto
(D) não foliadas … grau médio a alto

4. Os metagrauvaques presentes na Formação de Rio Pinhão tiveram origem em rochas


_________ com uma granularidade mais _________ do que os metaconglomerados.
(A) quimiogénicas … fina
(B) quimiogénicas … grosseira
(C) detríticas … fina
(D) detríticas … grosseira

5. O quartzito do sinclinal de Castelo Melhor é uma rocha que teve como protólito um
(A) calcário, apresentando uma textura granoblástica.
(B) arenito silicioso, evidenciando à vista desarmada grãos sem uma orientação preferencial.
(C) granito, exibindo grãos dispostos com uma orientação preferencial.
(D) calcário, com grãos de dimensões muito variáveis.

6. O eixo do anticlinal do Vale Moinhos apresenta uma direção _________, sendo que as
camadas encontradas no núcleo são as mais _________.
(A) NE-SO … recentes (C) NO-SE … recentes

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(B) NE-SO … antigas (D) NO-SE … antigas

7. A formação do sinclinal de Foz Côa esteve associada a um ambiente de _________ ductilidade,


que se encontrava _________.
(A) baixa … na superfície terrestre
(B) alta … no interior da litosfera
(C) baixa … no interior da litosfera
(D) alta … na superfície terrestre

8. É possível determinar a idade _________ do Grupo do Douro devido à presença de fósseis de


_________ nas Formações da Desejosa e do Pinhão.
(A) relativa … fácies
(B) absoluta … idade
(C) relativa … idade
(D) absoluta … fácies

9. A distena e a silimanite são minerais polimorfos, dado que apresentam composição química
_________ e estrutura cristalina _________.
(A) igual … diferente
(B) igual … igual
(C) diferente … diferente
(D) diferente … igual

10. Associe aos tipos de foliação apresentados na Coluna I as afirmações da Coluna II que lhes
correspondem. Cada um dos números deve ser associado apenas a uma letra e todos os
números devem ser utilizados.

COLUNA I COLUNA II

(1) Ocorre em rochas sujeitas a metamorfismo de baixo grau.


(2) Resulta do alinhamento de minerais de hábito tabular, em rochas de
granularidade média a alta.
(a) Bandado gnáissico (3) Comum em rochas como as ardósias e os filitos.
(4) Alternância de leitos de minerais de cor clara e de cor escura.
(b) Clivagem
ardosífera (5) Conduz ao aparecimento de planos de fissilidade.
(6) O granito, quando sujeito a metamorfismo de alto grau, passa a
(c) Xistosidade
apresentar esta foliação.
(7) As rochas quebram-se segundo superfícies lisas e levemente onduladas
de aspeto brilhante.

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11. Explique de que modo, a partir de análises petrográficas realizadas a rochas metamórficas do
Autóctone Centro-Ibérico situadas próximas de granitoides, se pode inferir sobre as condições
termodinâmicas de formação destas rochas.

QUESTÃO DE AULA 7 PROPOSTA DE SOLUÇÕES

Metamorfismo do Autóctone da Zona Centro-Ibérica


1. Opção A.
2. Afirmações IV e V.
3. Opção C.
4. Opção C.
5. Opção B.
6. Opção D.
7. Opção B.
8. Opção C.
9. Opção A.
10. (a) – 4, 6; (b) – 1, 3, 5; (c) – 2, 7.
11. O aluno deve contemplar na sua resposta os seguintes elementos:
(A) As análises petrográficas permitem identificar a composição mineralógica da rocha
metamórfica.
(B) As condições de formação dos minerais presentes nas rochas metamórficas são específicas
dentro de determinados valores de pressão e de temperatura.

(C) Tendo em conta que as rochas metamórficas analisadas estão próximas de granitoides, será
de esperar que nelas se encontrem minerais-índice formados em condições de baixa pressão e
temperaturas moderadas a altas.

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