Você está na página 1de 10

FICHA DE AVALIAÇÃO SUMATIVA

BIOLOGIA E GEOLOGIA
10.º ANO

Nome:________________________________________ N.:_____ Turma:_____


Data:___/____/____ Avaliação:_______________________________________
Professor:_________________________________________________________

Grupo I

Numa aula prática, um aluno analisou e interpretou o perfil geológico representado na


figura 1.

Figura 1 - Perfil geológico analisado.

1. Indique qual a letra do perfil analisado que representa rochas magmáticas mais antigas.

2. Selecione a opção que classifica corretamente as afirmações relativas à interpretação do


corte geológico:
I - No corte geológico estão representadas três séries sedimentares.
II - No corte geológico estão representadas duas superfícies de descontinuidade.
III - Na zona representada, não há evidências de ação de forças tectónicas.

A. Guerner Dias, Paula Guimarães, Paulo Rocha, Osório Matias, Pedro Martins
(A) A afirmação I é verdadeira; as afirmações II e III são falsas.
(B) As afirmações I e II são verdadeiras; a afirmação III é falsa.
(C) A afirmação I é falsa; as afirmações II e III são verdadeiras.
(D) As afirmações I e II são falsas; a afirmação III é verdadeira.

3. Relativamente ao corte geológico, é correto afirmar-se que


(A) os calcários são mais antigos do que os arenitos.
(B) os argilitos são mais antigos do que os calcários.
(C) a intrusão magmática mais antiga é a assinalada pela letra N.
(D) as condições de sedimentação foram constantes ao longo do tempo geológico.

4. Selecione a afirmação verdadeira sobre as rochas sedimentares representadas no corte


geológico.
(A) Os calcários representados são biogénicos devido à presença de amonites.
(B) Os argilitos resultam da compactação e cimentação de argilas de composição variada.
(C) Os arenitos são rochas sedimentares detríticas consolidadas.
(D) O estrato sedimentar atualmente em erosão é arenito-basáltico.

5. Considere o diagrama de Hjulström da figura 2.

Figura 2- Diagrama de Hjulström.

A. Guerner Dias, Paula Guimarães, Paulo Rocha, Osório Matias, Pedro Martins
De acordo com o diagrama de Hjulström,
(A) o transporte de sedimentos da dimensão ‘argila’ ocorre apenas em meios de baixa
velocidade.
(B) a deposição de sedimentos da dimensão ‘areão’ ocorre preferencialmente em meios de
elevada energia.
(C) a erosão de sedimentos de dimensão variada é condicionada pela energia do meio de
transporte.
(D) durante o transporte de sedimentos não ocorre erosão.

6. Na interpretação do ambiente paleotectónico em que se terão formado as dobras


observadas nos estratos do corte representado, o aluno baseia-se no princípio geológico do
(A) gradualismo.
(B) mobilismo.
(C) atualismo.
(D) catastrofismo.

7. Uma das rochas magmáticas observadas no corte geológico é um granito de duas micas.
Dos minerais que constituem esta rocha, o mais resistente à meteorização e erosão é
(A) o feldspato, devido ao seu processo de hidrólise.
(B) o quartzo, devido à sua dureza.
(C) a moscovite, devido à sua clivagem perfeita.
(D) a biotite, devido à sua densidade.

8. Para melhor interpretar o corte geológico, o aluno procedeu ao estudo prévio das rochas
sedimentares.
Faça corresponder cada uma das caracterizações da coluna A à respetiva rocha sedimentar
da coluna B. Utilize cada letra e cada algarismo apenas uma vez.
Coluna A Coluna B
(A) Forma-se no interior de maciços cársicos em erosão. (1) Argilito
2+ 2-
(B) Resulta da precipitação dos sedimentos quimiogénicos Ca e SO4 . (2) Siltito
(C) Rocha detrítica de menor granulometria. (3) Arenito
(D) Tipo de rocha predominantemente constituída por quartzo. (4) Calcário
(5) Travertino
(6) Sal-gema
(7) Gesso

9. Os arenitos representados no corte geológico são quártzicos. Uma amostra de um


mineral desconhecido risca o quartzo, mas não é riscado por ele, pelo que apresenta uma
dureza de Mohs
(A) de 6,5. (C) superior a 7.
(B) inferior a 7. (D) de 7,5.

A. Guerner Dias, Paula Guimarães, Paulo Rocha, Osório Matias, Pedro Martins
10. A deposição de materiais argilosos, transportados em suspensão num rio,
(A) diminui para jusante devido à ondulação das águas do mar.
(B) aumenta para jusante devido à salinização crescente da água do rio.
(C) diminui à medida que diminui a velocidade de transporte.
(D) aumenta para montante porque a agitação da água é maior.

Grupo II

Uma das questões centrais relativas à formação de rochas ígneas tem que ver com a
formação de magmas ricos em sílica, que estão na origem de rochas graníticas. Existem
evidências que muitos dos grandes complexos graníticos na crusta continental resultam de
anatexia1.
O deslocamento de grandes massas de magma granítico de zonas profundas da crusta
continental até às zonas superiores resulta numa crusta inferior desidratada, com a crusta
superior enriquecida em minerais félsicos e elementos radioativos. Este fluxo de materiais
siliciosos fundidos também é responsável pela chegada, à superfície, de elementos
fundamentais para a vida, como potássio, sódio e fósforo.
Tendo em conta a espessura média da crusta continental (cerca de 35 km), o gradiente
geotérmico de cerca de 20 °C.km -1 não é suficiente para gerar temperaturas de fusão da
maioria das rochas crustais. A fusão de rochas parece resultar do transporte de calor desde o
manto por magmas basálticos, que, por isso, estarão intimamente associados à génese de
magmas siliciosos. A associação de magmas máficos e siliciosos poderá ocorrer em zonas de
orogénese associadas a subducção, em hot spots continentais e em zonas de estiramento
crustal.
O magmatismo continental associado à formação de granitos envolve quatro fases
distintas: génese, segregação, ascensão e inclusão. A segregação e a ascensão representam o
transporte de material fundido, em pequena escala (centímetros a decímetros) e em grande
escala (quilómetros) ao longo da crusta continental, respetivamente.
A tabela 1 sumariza esses processos e respetivas escalas temporais.

1
anatexia- refere-se à fusão parcial/inicial de rochas crustais, como o granito, a temperaturas
superiores às do ultrametamorfismo (800-900 °C).

Tabela 1

Processo Contextos tectónicos Escala temporal (anos)


Fusão parcial Orógenos; 102 a >105
Distensão/Compressão
Segregação Distensão/Compressão 103 a 109
Ascensão Distensão/Compressão 10-1 a 109
Inclusão Distensão/Compressão 102 a 104

Baseado em Huppert, H. E., Sparks, S.J. (1988) The Generation of Granitic Magmas by Intrusion of Basalt
into Continental Crust. Journal of Petrology, Vol. 29, p. 599-24 e Petford, N. et al (2000) Granite magma
formation, transport and emplacement in the Earth's crust. Nature, Vol. 408, p. 669-673

A. Guerner Dias, Paula Guimarães, Paulo Rocha, Osório Matias, Pedro Martins
Nas questões de 1. a 6., selecione a opção que completa corretamente as afirmações.

1. As rochas magmáticas plutónicas, como _________, apresentam geralmente _________.


(A) andesitos e granitos (...) textura fanerítica
(B) granitos e gabros (...) textura afanítica
(C) dioritos e granitos (...) minerais bem desenvolvidos
(D) riolitos e granitos (...) minerais félsicos

2. Relativamente à constituição das camadas do interior da Terra, é correto afirmar que


(A) a crusta terrestre é rica em sílica e o ferro é um elemento comum em camadas mais
profundas.
(B) à medida que a profundidade aumenta, são mais raros os elementos mais densos.
(C) o núcleo é constituído maioritariamente por peridotito.
(D) na crusta oceânica é provável formarem-se magmas ácidos.

3. Os movimentos de materiais fundidos ao nível da crusta continental


(A) resultam de uma densidade superior do magma relativamente às rochas envolventes.
(B) são uma evidência da rigidez desta camada interna da Terra.
(C) são responsáveis pela consolidação de rochas básicas, como os basaltos.
(D) condicionam os seres vivos à superfície, disponibilizando minerais.

4. Relativamente ao aumento da temperatura com a profundidade, não será de esperar


que
(A) em zonas próximas do rifte, o gradiente geotérmico seja elevado. 
(B) a temperatura na crusta continental ultrapasse os 700 °C.
(C) se detetem diferenças no grau geotérmico em diferentes locais.
(D) o grau geotérmico diminua com o aumento da proximidade a uma dorsal.

5. De acordo com os dados fornecidos, a mistura de magmas básicos e magmas ácidos está
associada
(A) à astenosfera, uma camada com material parcialmente fundido.
(B) apenas a zonas de convergência entre placas litosféricas, como as fossas.
(C) à formação de rochas com características mistas entre o basalto e o granito.
(D) à convergência e à divergência de placas, assim como a regiões intraplaca.

6. Tendo em conta a Série Reacional de Bowen,


(A) a temperatura de cristalização de um mineral e a sua resistência à meteorização são
inversamente proporcionais.
(B) em rochas andesíticas abundam minerais como a biotite, a plagióclase cálcica e o
feldspato potássico.
(C) o mineral anortite cristaliza primeiro do que o mineral albite, aquando do arrefecimento
do magma.

A. Guerner Dias, Paula Guimarães, Paulo Rocha, Osório Matias, Pedro Martins
(D) a olivina surge em associação com a moscovite e a anortite, em rochas como o basalto.

7. As afirmações I a III dizem respeito aos dados fornecidos.


I – A formação de um magma ácido na crusta poderá depender de magmas básicos
mantélicos.
II – O transporte quilométrico de um magma pode ser mais rápido do que o transporte
decimétrico.
III – As etapas de formação de granitos continentais ocorrem exclusivamente em limites de
convergência de placas.

Selecione a opção que permite classificar corretamente as afirmações.


(A) I é verdadeira; II e III são falsas. (C) I e II são verdadeiras; III é falsa.
(B) II e III são verdadeiras; I é falsa. (D) III é verdadeira; I e II são falsas.

8. Faça a correspondência entre as afirmações da coluna A e os elementos da coluna B.


Coluna A Coluna B
(A) Rocha melanocrata e de textura fanerítica, cujos minerais (1) Basalto
cristalizam a altas temperaturas.
(B) Minerais ferromagnesianos isomórficos. (2) Riólito
(C) Rocha rica em minerais félsicos, resultante da consolidação de (3) Gabro
magma próximo da superfície. (4) Olivinas
(5) Plagióclases

9. Classifique o diamante e a grafite como minerais polimórficos ou isomórficos. Justifique.

10. Relacione a cristalização fracionada com a abundância de quartzo em rochas graníticas.

Grupo III

Documento 1
A Falha da Azambuja (FA) é a principal estrutura da região do Vale Inferior do Tejo (VIT).
Localizada a cerca de 50 quilómetros de Lisboa, insere-se na Bacia Sedimentar do Baixo Tejo
(BSBT), de idade Cenozoica, sobre depósitos do Mesozoico e Paleozoico que poderão também
apresentar falhas (figura 1). Esta região localiza-se a sul de uma bacia sedimentar que se
desenvolveu na Margem Ocidental Ibérica durante parte do Mesozoico, associada à
fragmentação do supercontinente Pangeia, mais especificamente à abertura do Atlântico
Norte.
A BSBT localiza-se na Microplaca Ibérica, na zona de limite entre a placa Euroasiática e a
placa Africana, que convergem atualmente a uma velocidade de cerca de 4 mm por ano.
A região do VIT tem sido sujeita a alguns eventos sísmicos, com registos de danos materiais
e perda de vidas humanas ao longo dos séculos; destacam-se os grandes sismos históricos de
1344 (?), 1531 e 1909 (figura 2), com magnitudes estimadas entre 6,5-7. Embora a localização
dos sismos históricos não seja conhecida com precisão (a localização nas proximidades de
Lisboa baseia-se nos registos escritos de destruição provocada na capital), há indícios de que a

A. Guerner Dias, Paula Guimarães, Paulo Rocha, Osório Matias, Pedro Martins
FA poderá estar relacionada com estes episódios sísmicos. A FA é uma das estruturas
tectónicas mais bem caracterizadas nesta região e apresenta um rejeito vertical que aumenta
progressivamente para sul, atingindo um máximo de 80 metros perto da vila da Azambuja.

Figura 1 - Mapa geológico da região do VIT: 1 - Base paleozoica; 2 - Sedimentos do Jurássico; 3 -


Sedimentos do Cretáceo; 4 - Maciço intrusivo de Sintra, final do Cretáceo; 5 - Sedimentos do
Paleogénico (66-23 Ma); 6 - Sedimentos do Miocénico (23-5 Ma); 7 - Sedimentos do Pliocénico (5-2 Ma);
8 e 9 - Sedimentos fluviais do Rio Tejo, com 2 Ma-11 mil anos e <11 mil anos, respetivamente; 10 - Falha
normal; 11 - Falha inversa; AB - Bacia do Algarve; AF - Falha da Azambuja; LB - Bacia Lusitaniana;
LTB - Vale Inferior do Tejo.

A. Guerner Dias, Paula Guimarães, Paulo Rocha, Osório Matias, Pedro Martins
Figura 2 - Cartas de isossistas (IMM) para os sismos de 1531 e 1909 (A e B, respetivamente).

Baseado em run.unl.pt, Cabral, J. et al. (2004) The Azambuja fault: An active structure located in an
intraplate basin with significant seismicity (Lower Tagus Valley, Portugal). Journal of Seismology, vol. 8,
p. 347-362

Nas questões de 1. a 6., selecione a opção que completa corretamente as afirmações.

1. A Falha da Azambuja tem orientação _________, em que o teto _________


relativamente ao muro.
(A) NNO-SSE (...) desceu
(B) NNE-SSO (...) desceu
(C) NNE-SSO (...) subiu
(D) NNO-SSE (...) subiu

2. Sobre a bacia sedimentar associada à fragmentação de Pangeia, é correto afirmar que


(A) tem mais de 250 Ma.
(B) poderá estar associada à formação de rochas metamórficas.
(C) resulta de um regime distensivo.
(D) é anterior à Era Paleozoica.

3. O limite entre as placas Euroasiática e Africana faz prever


(A) a elevada probabilidade de ocorrência de fenómenos sísmicos.
(B) a extrusão contínua de magma através de fissuras.
(C) a ocorrência de estiramento crustal, com diminuição da espessura da crusta.
(D) a existência de tensões litostáticas, com formação de rochas metamórficas foliadas.

4. A atividade sísmica na região do VIT


(A) não deverá ser considerada na avaliação de risco para esta região densamente povoada.
(B) estará associada à convergência de placas.
(C) terá atingido o valor máximo na Escala de Mercalli Modificada, ou seja, VIII.
(D) pode ser considerada sismicidade histórica pois não foi registada em sismógrafos.

5. De acordo com a figura 1, é incorreto afirmar que


(A) na região de Sintra podem ser encontradas rochas sedimentares e rochas magmáticas.
(B) os sedimentos na região da Azambuja são mais antigos do que os que se encontram em
Loures.
(C) a maioria das falhas na região do VIT são falhas normais.
(D) em toda a região do VIT é provável a existência de registos fósseis.

A. Guerner Dias, Paula Guimarães, Paulo Rocha, Osório Matias, Pedro Martins
6. Complete o texto seguinte com a opção adequada a cada espaço.
Transcreva para a folha de respostas cada uma das letras, seguida do número que
corresponde à opção selecionada. A cada letra corresponde um só número.

Os principais fatores de metamorfismo são ___a)___. As rochas metamórficas podem ser


de baixo ou alto grau de metamorfismo, como ___b)___, respetivamente. Os minerais índice
podem ser de baixa pressão e baixa temperatura, como ___c)___ ou de alta pressão, como
___d)___. As rochas de granularidade fina tendem a apresentar ___e)___.

a) b) c)
1. a tensão e a
profundidade
1. ardósia e gnaisse 1. silimanite
2. a tensão, a temperatura
2. xisto e filito 2. distena
e os fluidos
3. quartzito e micaxisto 3. andaluzite
3. a temperatura, a
densidade e o tempo
d) e)
 
 
1. granada 1. clivagem ardosífera
 
2. distena 2. xistosidade
 
3. andaluzite 3. bandado gnáissico

7. O rejeito vertical da FA atinge um máximo de 80 metros perto da vila da Azambuja.


Defina rejeito de uma falha.

8. As afirmações I a III dizem respeito aos dados da figura 2 e à propagação de ondas


sísmicas.
I – O sismo de 1909 ocorreu perto de Benavente, a NO de Lisboa, e a intensidade máxima
foi de IX na EEM.
II – A FA localiza-se, em ambos os sismos representados, próximo da região de intensidade
máxima.
III – O período de retorno entre estes sismos pode ser considerado curto (187 anos).

Selecione a opção que permite classificar corretamente as afirmações.


(A) A afirmação II é verdadeira e as afirmações I e III são falsas.

A. Guerner Dias, Paula Guimarães, Paulo Rocha, Osório Matias, Pedro Martins
(B) As afirmações II e III são falsas e a afirmação I é verdadeira.
(C) As afirmações I e III são verdadeiras e a afirmação II é falsa.
(D) A afirmação I é falsa e as afirmações II e III são verdadeiras.

Documento 2
A Praia da Foz dos Ouriços, em Almograve, apresenta registos da ação de forças tectónicas
associadas à designada Orogenia Varisca, um evento geológico no final do Paleozoico que
resultou da colisão entre os continentes Laurásia e Gondwana, com formação do
supercontinente Pangeia. Desta colisão resultaram, entre outros, eventos de formação de
grandes cadeias montanhosas e deformação de rochas.
A figura 3 mostra uma evidência dessa deformação na Praia da Foz dos Ouriços.

B
2

Figura 3 - Exemplos de deformação na Praia da Foz dos Ouriços assinalados a preto.

Baseado em https://jra.abae.pt/

9. Classifique as dobras A e B, tendo em conta a sua disposição espacial.

10. Indique, justificando, se as rochas da figura 3 sofreram deformação a uma temperatura


elevada ou baixa.

A. Guerner Dias, Paula Guimarães, Paulo Rocha, Osório Matias, Pedro Martins

Você também pode gostar