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Domínio
1. O estudo dos sedimentos e das rochas sedimentares fornece importantes informações acerca da
história da Terra e da Vida.
Faça corresponder a cada uma das letras (de A a E), que identificam afirmações relativas à formação
de rochas sedimentares e do seu conteúdo, o número (de I a VIII) da chave que assinala o respectivo
processo de formação.
Afirmações
A. É o processo que altera as características primárias (físicas e/ou químicas) das rochas, à
superfície da Terra.
B. É um fenómeno que ocorre quando a ação dos agentes de erosão e de transporte se anula ou é
muito fraca.
C. Consiste na transformação dos sedimentos móveis em rochas sedimentares consolidadas, por via
física ou química.
D. É o conjunto de processos físicos que permitem remover os materiais resultantes da
desagregação da rocha-mãe.
E. Ocorre por substituição dos tecidos, partícula a partícula, por sílica, ficando a estrutura original
preservada.
Chave
I. Mineralização
II. Sedimentação
III. Transporte
IV. Diagénese
V. Moldagem
VI. Erosão
VII. Meteorização
VIII. Mumificação
2. Faça corresponder a cada uma das letras (de A a E), que identificam afirmações relativas à
estratigrafia, o número (de I a VIII) da chave que assinala o princípio ou conceito geológico em que elas
se baseiam.
Afirmações
A. Numa sequência não deformada de estratos, aqueles que se encontram no topo são os mais
recentes.
B. Permite identificar o período durante o qual se formou um único estrato, independentemente da
comparação com outras sequências fossilíferas da região.
C. A ocorrência de balastros graníticos no seio de sedimentos marinhos mostra que estes são
posteriores à formação do granito.
D. Torna possível a identificação das idades relativas entre um filão e as rochas que este atravessa.
E. Permite caracterizar as condições físicas e/ou químicas do ambiente em que ocorreu a deposição.
Chave
I. Princípio da inclusão
II. Princípio da sobreposição
III. Fóssil indicador de idade
IV. Princípio da identidade paleontológica
V. Princípio da continuidade lateral
VI. Fóssil de fácies
VII. Princípio da horizontalidade inicial
VIII. Princípio da interseção
A. Os iões K+, na estrutura original do feldspato, são substituídos por iões H+.
B. Forma-se ácido carbónico (H2CO3).
C. Obtém-se caulinite, um mineral de argila.
D. Os iões H+ e os iões HCO3– formam-se por dissociação.
E. O dióxido de carbono atmosférico dissolve-se na água da chuva.
4. O granito de Lamares apresenta uma densa rede de fissuras interligadas, o que permite a circulação
de água com sais dissolvidos.
Explique de que modo as duas condições anteriores permitem explicar o elevado grau de alteração
física do granito de Lamares, nas condições climáticas atuais.
6. Terra rossa é a designação atribuída aos depósitos _______ de cor vermelha, resultantes da
acumulação de resíduos _______ presentes nas rochas carbonatadas.
(A) argilosos ... solúveis
(B) argilosos ... insolúveis
(C) calcários ... solúveis
(D) calcários ... insolúveis
8. O Mosteiro da Batalha é um monumento calcário que tem sofrido uma deterioração acelerada,
sobretudo após a construção do troço da estrada IC2, que liga Lisboa ao Porto e que passa perto dele.
Relacione a deterioração acelerada que o Mosteiro da Batalha tem sofrido com a sua localização.
10. Faça corresponder a cada uma das afirmações de A a E o respetivo conceito, utilizado para a
reconstituição da história da Terra, indicado na chave.
Afirmações
A. Assume que as leis físicas são válidas, independentemente do espaço e do tempo.
B. Atribui um valor numérico, expresso em unidades de tempo.
C. A sua aplicação atribui uma idade superior aos estratos mais profundos, relativamente aos
superficiais.
D. Resultou da preservação de seres vivos com distribuição estratigráfica limitada.
E. Estratos rochosos idênticos separados por um vale constituíram, no passado, um único estrato.
Chave
I. Princípio da sobreposição
II. Princípio da continuidade lateral
III. Princípio da identidade paleontológica
IV. Idade relativa
V. Idade radiométrica
VI. Princípio do atualismo
VII. Fóssil indicador de idade
VIII. Fossilização
11. Faça corresponder a cada uma das caracterizações de rochas sedimentares, que constam da coluna
A, o termo que as identifica, expresso na coluna B.
COLUNA A COLUNA B
12. A característica que faz do corindo o termo 9 da escala de Mohs verifica-se, também, no rubi e na
safira azul.
Relacione essa característica com a utilização, em joalharia, das referidas variedades do corindo.
13. Faça corresponder cada uma das rochas sedimentares caracterizadas na coluna A à respetiva
designação, que consta da coluna B.
COLUNA A COLUNA B
(1) Areia
(2) Argila
(a) Rocha detrítica consolidada de grão grosseiro.
(3) Calcário
(b) Rocha detrítica não consolidada de grão médio.
(4) Calcário conquífero
(c) Rocha biogénica carbonatada.
(5) Carvão
(d) Rocha constituída essencialmente por halite.
(6) Conglomerado
(e) Rocha detrítica não consolidada de grão fino.
(7) Sal-gema
(8) Travertino
A. Meteorização
B. Diagénese
C. Deposição
D. Erosão
E. Transporte
15. Faça corresponder cada uma das descrições de propriedades dos minerais expressas na coluna A à
respectiva designação, que consta da coluna B.
COLUNA A COLUNA B
(1) Brilho
(a) Tendência de um mineral para partir segundo direcções
(2) Clivagem
preferenciais.
(3) Composição
(b) Resistência de um mineral à abrasão.
(4) Densidade
(c) Forma regular como os átomos de um mineral se distribuem no
(5) Dureza
espaço.
(6) Estrutura cristalina
(d) Forma como um mineral reflete a luz.
(7) Fratura
(e) Cor do mineral quando reduzido a pó.
(8) Risca
16. A erosão costeira é um dos processos de fornecimento de sedimentos para o meio oceânico. A erosão
de arribas talhadas em rochas sedimentares
(A) detríticas consolidadas é responsável pelo fornecimento de materiais ricos em olivina.
(B) carbonatadas é responsável pelo fornecimento de grande volume de material sedimentar.
(C) carbonatadas é responsável pelo fornecimento de materiais ricos em quartzo.
(D) detríticas pouco consolidadas é responsável pelo fornecimento de grande volume de sedimentos.
19. Faça corresponder a cada uma das descrições relativas a combustíveis fósseis, expressas na coluna
A, a respetiva designação, que consta da coluna B.
COLUNA A COLUNA B
20. Na faixa litoral do Castelo do Queijo, há uma clara tendência para a formação de blocos arredondados,
de tamanhos variados, designados caos de blocos.
Explique, tendo em conta as condições da dinâmica litoral, a formação de caos de blocos na zona do
forte do Castelo do Queijo.
22. O Atlântico invadiu a bacia do Baixo Tejo no início do Miocénico inferior. Desde então, a sedimentação
GRUPO III
tem ocorrido na interface continente-oceano, com oscilações da linha de costa – ciclos transgressivo-
regressivos – dependentes de efeitos tectónicos e de variações do nível da água do mar.
Lisboa e a península de Setúbal estão localizadas no sector distal da bacia do Baixo Tejo, onde
sedimentação tem ocorrido na interface continente-oceano, com oscilações da linha de costa –
seencontram bem expostos estratos do Miocénico. Na determinação das idades desses estratos, o
água do mar.
estudo do seu conteúdo fossilífero foi fundamental. Os foraminíferos (protozoários geralmente com
concha calcária) foram particularmente importantes no que diz respeito aos sedimentos marinhos,
se encontram bem expostos estratos do Miocénico. Na determinação das idades desses estratos,
enquanto os fósseis de mamíferos se revelaram importantes marcadores nas formações continentais.
o estudo do seu conteúdo fossilífero foi fundamental. Os foraminíferos (protozoários geralmente
Na Figura
com concha1, calcária)
está representado um corte geológico
foram particularmente da arriba dano
importantes margem esquerda
que diz do estuário
respeito do Tejo,
aos sedimentos
sob o monumento a Cristo Rei, em Almada, na península de Setúbal. Os estratos, pouco deformados,
continentais.
fazem parte de unidades sequenciais bem definidas (II, III, IVa, IVb, Va1, Va2 e Va3), caracterizadas
pela presença de determinadas associações de fósseis de foraminíferos (N) e de mamíferos (MN3).
Podem ser destacados outros fósseis, como, por exemplo, moldes de moluscos (nas unidades III, Va1
e Va3), exemplares do molusco Pereraia gervaisi (unidade IVa) e bancos de ostras e restos de plantas
(unidade IVb).
(nas unidades III, Va1 e Va3), exemplares do molusco Pereraia gervaisi (unidade IVa) e bancos de
ostras e restos de plantas (unidade IVb).
100 m N8
Va3
N7
Va2
75 MN3
Va1
50 IVb
N6
25 IVa
N5
0
~ ~~ ~ ~ Rio Tejo
III ~ ~~
II
Areias de estuário Argilas e siltes marinhos Biocalcarenito (calcário conquífero com areia)
Figura 1
Figura 3
Baseado em J. Pais et al., The Paleogene and Neogene of Western Iberia (Portugal), Heidelberg, Springer, 2012
22.1. Os fósseis de moluscos encontrados na unidade III, e referidos no texto, resultaram de
processos de
(A) substituição da totalidade do ser vivo por matéria mineral.
(B) reprodução da morfologia da parte interna ou externa da concha.
(C) conservação completa das estruturas orgânicas do ser vivo.
(D) preservação de registos da atividade do animal marinho.
22.2. O molusco Pereraia gervaisi é um fóssil de idade, pois esta espécie viveu num período de tempo
relativamente
(A) curto e apresenta grande distribuição estratigráfica.
(B) longo e apresenta reduzida distribuição estratigráfica.
(C) curto e apresenta grande dispersão geográfica.
(D) longo e apresenta reduzida dispersão geográfica.
22.4. As areias de estuário depositaram-se _______ das argilas e dos siltes marinhos da unidade IVa,
o que permite deduzir que houve _______ da energia do agente de transporte.
(A) antes ... uma diminuição
(B) depois ... uma diminuição
(C) antes ... um aumento
(D) depois ... um aumento
22.6. Relacione o conteúdo fossilífero das unidades IVa e IVb com a variação do nível da água do mar.
22.7. Faça corresponder cada uma das caracterizações de rochas sedimentares, expressas na coluna
A, à respetiva designação, que consta da coluna B.
COLUNA A COLUNA B
23. De entre as rochas sedimentares, os conglomerados apresentam partículas detríticas com a dimensão
de
(A) balastros.
(B) areias.
(C) siltes.
(D) argilas.
24. A piroxena e a olivina contêm quase sempre ferro. Quando estes minerais sofrem alteração, o ferro
ferroso (Fe2+) passa a ferro férrico (Fe3+). Este processo de meteorização química ocorre por
(A) dissolução.
(B) oxidação.
(C) incorporação.
(D) hidrólise.
25. A biotite apresenta _______ e é riscada pelo quartzo, pelo que tem dureza _______ a este mineral.
(A) clivagem ... superior
(B) clivagem ... inferior
(C) fratura ... superior
(D) fratura ... inferior
26. Ao longo do seu curso, o rio Vouga perde gradualmente a capacidade de _______, depositando
sedimentos cada vez mais _______, à medida que se aproxima da foz, em Aveiro.
(A) transporte ... grosseiros
(B) sedimentação ... grosseiros
(C) transporte ... finos
(D) sedimentação ... finos
28. Faça corresponder os diferentes processos de meteorização das rochas, referidos na coluna A, à
respetiva designação, que consta da coluna B.
COLUNA A COLUNA B
A litologia
30. A litologia e o registo
e o registo fóssil fóssil da do
da Bacia Bacia doTejo
Baixo Baixo Tejo permitem
permitem inferir queinferir quepassou
a região a região
porpassou por
diferentes
fases climáticas e que, como resultado de variações do nível médio do mar e de movimentos
tectónicos, foi tendo diferentes configurações paleogeográficas.
norte,
No em relação
Miocénico, de 23àa Península Ibérica,
5 milhões de algumas
anos (Ma), rochas, quea tinham
acompanhando sido
deriva da depositadas
placa na norte,
africana para Bacia
Lusitânica
em relaçãodurante o Jurássico
à Península (dealgumas
Ibérica, 199 a 145 Ma) e o
rochas, Cretácico
que tinham (de
sido145 a 66 Ma), sofreram
depositadas na Baciadeformação
Lusitânica
e deram origem às serras do Maciço Calcário Estremenho, a norte, e à serra da Arrábida, a sul.
durante o Jurássico (de 199 a 145 Ma) e o Cretácico (de 145 a 66 Ma), sofreram deformação e deram
Mais tarde, há cerca de 5 Ma, formou-se uma vasta planície emersa, entre Lisboa e a serra da
origem às serras
Arrábida, onde se doinstalou
Maciço Calcário
o sistemaEstremenho, a norte,
fluvial precursor doeTejo
à serra da Arrábida,
atual, a sul.
constituído por múltiplos canais
que atravessavam
Mais tarde, há cerca a península
de 5 Ma, de Setúbal, uma
formou-se desaguando algunsemersa,
vasta planície na zona entre
onde Lisboa
hoje se esitua a Lagoa
a serra da
de Albufeira.
Arrábida, onde se instalou o sistema fluvial precursor do Tejo atual, constituído por múltiplos canais que
Posteriormente, entre 1,7 e 1,5 Ma, a subsidência1 da bacia de sedimentação e a atividade da
atravessavam a península de Setúbal, desaguando alguns na zona onde hoje se situa a Lagoa de
falha do Vale Inferior do Tejo, entre Vila Nova da Barquinha e o Barreiro, e, mais a jusante, da falha
Albufeira.
do Gargalo do Tejo, a oeste de Lisboa, com direção E-O, provocaram a reorganização da rede
hidrográfica do entre
Posteriormente, Tejo. 1,7 e 1,5 Ma, a subsidência1 da bacia de sedimentação e a atividade da falha do
ValeAInferior
Figura do
2 apresenta
Tejo, entreum
Vilamapa
Novageológico simplificado
da Barquinha da região.
e o Barreiro, e, mais a jusante, da falha do Gargalo
BaseadoE-O,
do Tejo, a oeste de Lisboa, com direção em J.provocaram
Pais et al. Ciências do
a reorganização da rede hidrográfica Geológicas:
Tejo.
Ensino e Investigação, Vol. I, pp. 365-376, 2010
A Figura 2 apresenta um mapa geológico simplificado
e em da região.
A. Cruces et al.,«A Geologia no Litoral – Parte I: Do Tejo à Lagoa de Albufeira»,
Geologia no Verão 2002 – Guia de Excursão, 2002
Nota:
Nota:
1 subsidência – movimento lento de descida do fundo de uma bacia de sedimentação.
1 subsidência – movimento lento de descida do fundo de uma bacia de sedimentação.
N
Vila Nova
da Barquinha
jo
Te
o
Ri
Santarém
Benavente
+ +
Rochas do
+ + +
+ + Lisboa Cenozoico
30.1. Na Bacia do Baixo Tejo, foram encontrados fósseis de rinoceronte com cerca de 16 Ma, o que
permite deduzir que, nessa época, a região corresponderia a uma savana.
A dedução enunciada na afirmação anterior baseia-se no Princípio
(A) do Catastrofismo.
(B) da Sobreposição dos Estratos.
(C) da Identidade Paleontológica.
(D) do Atualismo.
I. Há cerca de 5 Ma, alguns dos canais do sistema fluvial desaguavam numa zona situada a
sul da foz atual.
II. Parte dos sedimentos que se encontram na península de Setúbal resultaram da erosão de
rochas que afloravam no interior da Península Ibérica.
III. Na península de Setúbal, encontram-se calhaus rolados do granito de Sintra, o que indicia
que, quando os mesmos se depositaram, o Tejo já desaguava na zona do «Gargalo».
30.4. Em 1909, ocorreu um sismo na região de Benavente. Com os dados disponíveis, é de supor que
este sismo tenha estado associado à falha
(A) interplaca do Vale Inferior do Tejo.
(B) intraplaca do Vale Inferior do Tejo.
(C) interplaca do Gargalo do Tejo.
(D) intraplaca do Gargalo do Tejo.
30.5. Explique o processo de formação das grutas existentes nas serras do Maciço Calcário
Estremenho.
Jurássico
1 superior Cabaços 14 2,8 563,9 16,0
(161-155)
Jurássico
2 inferior Pereiros 96 0,6 16,7 0,1
(199-196)
Triásico
3 Conraria 96 0,9 33,3 0,3
(228-216)
Baseado em Spigolon et al.,«Geoquímica orgânica de rochas potencialmente geradoras de petróleo no contexto evolutivo da
Bacia Lusitânica, Portugal», Boletim de Geociências – Petrobras, Vol. 19, n.os 1/2, janeiro de 2011, e em J. Gomes & F. Alves,
, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 2011
31.1. O tratamento inicial das amostras com ácido clorídrico teve como objetivo
(A) identificar a fração argilosa.
(B) eliminar o carbono orgânico.
(C) transformar o querogénio.
Prova 702.V1/2.ª F. Página
(D) remover 8/ 14 de cálcio.
o carbonato
A. Formação de querogénio.
B. Deposição de sedimentos ricos em matéria orgânica.
C. Formação de petróleo.
D. Acumulação de hidrocarbonetos na rocha-armazém.
E. Migração de hidrocarbonetos em direção à superfície.
31.8. Justifique a afirmação seguinte: «O querogénio do tipo I-II apresenta elevado potencial gerador».
Na sua resposta, utilize os resultados da investigação.
33. Faça corresponder cada uma das descrições relativas à formação de rochas sedimentares expressas
na coluna A ao respetivo processo, que consta na coluna B.
COLUNA A COLUNA B
(a) Processo que altera as características das rochas à superfície da (1) Diagénese
Terra. (2) Erosão
(b) Acumulação de detritos por ação da gravidade. (3) Meteorização
(c) Transformação de sedimentos soltos em rochas sedimentares (4) Sedimentação
consolidadas. (5) Transporte
34. A calcite é um mineral que _______ clivagem e que risca o gesso, pelo que a sua dureza é _______ à
do gesso.
(A) não apresenta ... inferior
(B) não apresenta ... superior
(C) apresenta ... inferior
(D) apresenta ... superior