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Ficha 5 – Biologia e Geologia 11.

o ano

Deformação das rochas; rochas metamórficas; exploração sustentada de recursos


geológicos

Grupo I
A região de Estremoz é mundialmente conhecida pela sua riqueza em mármores. Explorado
desde o tempo dos romanos, os mármores são atualmente retirados de dezenas de pedreiras
espalhadas entre Estremoz e Alandroal. Além dos mármores, há naquela região pequenas
explorações ou ocorrências de minerais metálicos, sendo de salientar a antiga mina de Miguel
Vacas, a norte da aldeia de Pardais, onde se explorou cobre associado a óxidos de cobre.
A formação dos mármores envolveu inicialmente um regime distensivo que originou falhas que
provocaram o escorregamento gravítico dos sedimentos ainda por consolidar. Após esta fase de
formação das rochas que constituem a antiforma de Estremoz, cessou o regime distensivo e os
blocos continentais começaram a juntar-se. O seu confronto originou a deformação e o
metamorfismo das rochas, num processo de edificação de cadeias de montanhas conhecido por
Orogenia Varisca. Esta orogenia, em conjunção com outras que ocorreram simultaneamente à
escala global, esteve associada à formação da Pangeia. As rochas, que inicialmente estariam à
superfície, foram arrastadas em profundidade muitas centenas de metros. No caso dos mármores,
estima-se que se tenham formado a cerca de 5 km de profundidade em relação à cota em que
atualmente se encontram. Originou-se, deste modo, a antiforma de Estremoz, que se estende
desde Sousel até Alandroal e cujo núcleo é formado por xistos negros (entre outras rochas) com
idade provavelmente compreendida entre os 700 Ma e os 540 Ma.
Adaptado de:
http://www.associacaodpga.org/vii_estremoz_files/guia_campo_dpga-2013.pdf e de
http://home.uevora.pt/~lopes/olhar/D20.pdf (consultados em 23-02-2019)

Nas questões 1 a 6, selecione a opção que permite obter uma afirmação verdadeira.

1. É previsível que durante o regime distensivo, na região de Estremoz, se tenham formado


A. falhas normais. C. anticlinais.
B. falhas inversas. D. sinclinais

2. A formação da antiforma de Estremoz ocorreu por ação de forças _____ em material com
comportamento _______.
A. compressivas … frágil C. distensivas …. frágil
B. compressivas … dúctil D. distensivas … dúctil

3. A antiforma de Estremoz é também um anticlinal, sendo assim, as rochas dos flancos do


anticlinal têm uma idade
A. entre 700 Ma e 540 Ma C. inferior a 540 Ma
B. superior a 700 Ma D. superior a 700 Ma e inferior a 540 Ma

4. Os mármores de Estremoz resultaram de processos de metamorfismo


A. de contacto, que fundiram depósitos de sedimentos preexistentes.
B. regional, que fundiram depósitos de sedimentos preexistentes.
C. de contacto, que provocaram a recristalização de rochas detríticas.

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D. regional, que provocaram a recristalização de rochas carbonatadas.
5. A formação dos xistos do núcleo da antiforma de Estremoz ocorreu num ambiente onde o
principal fator de metamorfismo foi a
A. temperatura elevada.
B. circulação de fluidos.
C. pressão não litostática.
D. pressão litostática.

6. O mármore e o xisto são rochas de textura


A. foliada
B. não foliada
C. foliada e não foliada, respetivamente
D. não foliada e foliada, respetivamente

7. Faça corresponder as rochas que constam na coluna A às respetivas características expressas


na coluna B. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.

Coluna A Coluna B

(a) Micaxisto (1) Com bandas claras alternadas com bandas escuras, formada por
(b) Mármore metamorfismo de elevado grau.
(c) Gnaisse (2) Não foliada, muito rica em quartzo.
(d) Corneana (3) Densa, formada por metamorfismo de contacto a partir de
(e) Quartzito rochas como argilitos, entre outras.
(f) Ardósia (4) Com foliação e minerais lamelares visíveis a olho nu, formada por
metamorfismo de grau intermédio a elevado.
(5) Não foliada, formada por metamorfismo do calcário.
(6) Foliada, de cor escura, formada por metamorfismo de baixo grau.

8. Classifique como verdadeira ou falsa cada uma das seguintes afirmações sobre metamorfismo.
A. Durante o metamorfismo, os minerais fundem e originam outros.
B. No metamorfismo de contacto, o fator de metamorfismo principal é a pressão litostática.
C. A foliação das rochas metamórficas resulta do rearranjo dos minerais, que ficam orientados
segundo planos perpendiculares à direção da pressão sofrida pela rocha.
D. A formação de novos minerais está muitas vezes relacionada com a existência de novos iões,
transportados por fluidos.
E. Os fluidos que circulam nas rochas e que promovem o metamorfismo podem ter origem em
magma.
F. O metamorfismo regional ocorre nas auréolas de rocha que envolvem bolsas de magma.

9. Explique de que modo, a partir do estudo de uma rocha metamórfica é possível inferir a
profundidade e a temperatura a que esta se formou.

10. Explique por que razão o quartzo não é considerado um mineral-índice.

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Grupo II
A figura 1 representa um enquadramento geológico de uma reserva subterrânea de água.

Camada permeável B
A Nível piezométrico

Camada impermeável
Aquífero 1

Aquífero 2

Camada impermeável

Figura 1
Adaptado de:
https://water.usgs.gov/edu/earthgwaquifer.html (consultado em 23-0-2019)

Nas questões 1 a 6, selecione a opção que permite obter uma afirmação verdadeira.

1. Os aquíferos 1 e 2, esquematizados na figura 1, são


A. livre e confinado, respetivamente. C. ambos livres.
B. confinado e livre, respetivamente. D. ambos confinados.

2. A recarga do aquífero 2 é feita preferencialmente pela


A. subida de água de zonas mais profundas.
B. infiltração de água proveniente do aquífero 1.
C. mesma superfície de recarga do aquífero 1.
D. água da chuva, numa superfície de recarga diferente da do aquífero 1.

3. As camadas rochosas superior e inferior do aquífero 1 poderão ser formadas por


A. arenito e argila, respetivamente. C. arenito.
B. argila e arenito, respetivamente. D. argila.

4. A rocha que constitui os aquíferos tem geralmente


A. elevada porosidade e permeabilidade.
B. elevada porosidade e baixa permeabilidade.
C. baixa porosidade e elevada permeabilidade.
D. baixa porosidade e permeabilidade.

5. Nos aquíferos livres, em períodos de elevada precipitação, verifica-se


A. uma diminuição da espessura da zona de saturação, sendo o nível freático mais superficial.
B. um aumento da espessura da zona de aeração, sendo o nível freático menos superficial.
C. uma diminuição da espessura da zona de aeração, sendo o nível freático mais superficial.
D. um aumento da espessura da zona de saturação, sendo o nível freático menos superficial.

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6. No furo C, a água encontra-se
A. a uma profundidade menor que o nível freático.
B. a uma profundidade maior que o nível freático.
C. à profundidade do nível freático.
D. acima do nível do solo.

7. Explique por que razão o furo B é repuxante ao contrário do furo A, apesar de ambos retirarem
água do mesmo aquífero.

Grupo III
Desde os incêndios de 15 de Outubro de 2017 que os resíduos acumulados das antigas minas de
carvão do Pejão ardem a céu aberto e a olho nu. Máquinas vão escavando num barranco de brasas
incandescentes, que se ouvem crepitar e dois carros de bombeiros apagam as chamas. A terra
preta cola-se às retroescavadoras, cujas cores são já a da terra que revolvem. Impressiona - e suja:
as paredes e os telhados das casas e os solos acumulam as cinzas, as hortaliças ficam cinzentas e as
roupas no estendal negras. Nos dias de chuva sente-se ainda mais a nuvem de fumo. “E o cheiro,
que é?", pergunta uma senhora sem esperar resposta, “é impossível viver aqui”!
A Empresa de Desenvolvimento Mineiro (responsável pela operação de controlo do fogo) estima
estar extinto no final de abril de 2019.
Adaptado de:
https://www.dn.pt/ de 04-02-2019 (consultado em 22-02-2019)

1. O carvão pode ser classificado como um recurso ________ quanto ao conteúdo e um recurso
não renovável quanto à________.
A. energético … origem C. disponibilidade … origem
B. energético… disponibilidade D. geológico … disponibilidade

2. Os resíduos acumulados nas antigas minas de carvão são chamados de


A. ganga C. escombreiras
B. lixiviados D. minério

3. Selecione, da lista seguinte, as alíneas que constituem impactes previsíveis da situação que
decorre nas antigas minas do Pejão.
A. Contribuição para o aumento do efeito de estufa.
B. Contaminação de solos.
C. Contribuição para o esgotamento das reservas mundiais de carvão.
D. Aumento do emprego na região.
E. Aumento de doenças respiratórias na população.
F. Contaminação de aquíferos.
G. Poluição térmica do oceano.

4. Uma jazida constitui uma reserva se o minério


A. existir em baixa concentração.
B. apresentar viabilidade económica.
C. ocupar uma vasta área.
D. se encontrar a pequena profundidade.

5. Na Região Autónoma dos Açores a produção geotérmica representou, em 2017, 25% do total da
produção de energia elétrica. Explique de que modo este facto contribui para um
desenvolvimento sustentável do planeta Terra.

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Propostas de solução

Ficha 5 – Deformação das rochas; rochas metamórficas; exploração sustentada de recursos geológicos

Grupo I

1. Opção A
2. Opção B
3. Opção C
4. Opção D
5. Opção C
6. Opção D
7. (a) – (4); (b) – (5); (c) – (1); (d) – (3); (e) – (2); (f) – (6)
8. A – F; B – F; C – V; D – V; E – V; F – F

9. Os valores de temperatura e de pressão a que a rocha é sujeita determinam a formação de certos


minerais (minerais-índice). Assim, pela associação de minerais que a rocha possui, é possível
identificar as condições de pressão e de temperatura a que a rocha se formou.

10. Os minerais de quartzo são estáveis numa elevada gama de temperaturas e pressões, por isso, a
sua presença não é indiciadora das condições específicas que estiveram na origem da rocha
metamórfica, ao contrário dos minerais-índice, cuja formação a partir de outros preexistentes
apenas ocorre em determinadas condições de pressão e de temperatura.

Grupo II

1. Opção A
2. Opção D
3. Opção A
4. Opção A
5. Opção C
6. Opção C
7. O furo B é repuxante porque, no local onde foi feito, o nível piezométrico fica acima da superfície
do terreno, ao contrário do que acontece no furo A.

Grupo III
1. Opção D
2. Opção C
3. A; B; E; F
4. Opção B
5. Sendo a energia geotérmica uma fonte de energia renovável, a sua utilização reduz o recurso a
fontes de energia não renováveis, como o carvão ou o petróleo. Além disso, a utilização deste tipo de
energia tem menos impactes negativos, por exemplo, ao nível da produção de CO2. A preservação dos
recursos e a redução dos impactes negativos do seu uso contribui para o desenvolvimento
sustentável.

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