Você está na página 1de 35

1

O QUE É ENGENHARIA???
É a arte, a ciência e técnica de bem conjugar os conhecimentos especializados
(científicos) de uma dada área do saber com a sua viabilidade técnico-
econômica, para produzir novas utilidades e/ou transformar a natureza em
conformidade com idéias bem planejadas e em observância aos imperativos de
preservação ambiental e de conservação ambiental, na escala que se fizer
necessária.
Serviços preliminares

Antes mesmo do inicio da implantação do canteiro de obras algumas atividades


previa, comumente necessária podem estar a cargo do engenheiro de obras ou
técnico de construção civil. Tais atividades são usualmente denominadas
“serviços preliminares” e envolvem, entre outras atividades: a verificação da
disponibilidade de instalação provisória; as demolições, quando existe
construções remanescente no local em que sera construído a edificação;
retirada de entulho e também o movimento de terra necessário para a obtenção
do nível desejado para o edifício.

DOCUMENTAÇÃO DO TERRENO:
• Escritura do terreno
• IPTU
• Memorial descritivo

_INVESTIGAÇÃO OU ESTUDO GEOTÉCNICO SUBSOLO DO TERRENO


ONDE SERÁ CONSTRUÍDO A EDIFICAÇÃO:
Esse estudo é de fundamental importância para se colher informações a
respeito do subsolo. Esse serviço é realizado, rotineiramente, bem antes da
mobilização ao canteiro de obras, de pessoal, material e equipamentos
necessários para execução da obra. Essa investigação é denominada de
sondagem de simples reconhecimento do subsolo e precede o
desenvolvimento no transcorrer da obra, ou posteriormente a ela.

Serviços Preliminares:
_SONDAGEM A PERCUSSÃO (SPT – Standard Penetration Test):
Na base do furo apóia-se o amostrador padrão acoplado a hastes de
perfuração. Marca-se na haste, com giz, um segmento de 45 cm dividido em
trechos iguais de 15 cm. Ergue-se o peso batente de 65 kg até a altura de 75
cm e deixa-se cair em queda livre sobre o haste.
Tal procedimento é repetido até que o amostrador penetre 45 cm do solo
A soma do número de golpes necessários para a penetração do amostrador
nos últimos 30 cm é o que dará o índice de resistência do solo na profundidade
ensaiada.
SERVIÇOS DE DEMOLIÇÃO:
A demolição é um serviço perigoso na obra, pois é comum mexer-se com
edifícios bastante deteriorados e com perigo de desmoronamento.
OBS: A responsabilidade pela segurança é sempre da construtora, ainda que
tenha contratado uma empresa especializada para fazer o serviço de
DEMOLIÇÃO; daí a necessidade de um constante controle sobre o andamento
dos serviços.
2

_LIMPEZA DO TERRENO:
Carpir: Quando a vegetação é rasteira e com pequenos arbustos, usando para
tal, unicamente a enxada.
Roçar: Quando além da vegetação rasteira, houver árvores de pequeno porte,
que poderão ser cortadas com foice.
Destocar: Quando houver árvores de grande porte, necessitando desgalhar,
cortar ou serrar o tronco e remover parte da raiz.
. Este serviço pode ser feito com máquina ou manualmente.

Canteiro de obras

A obra de construção de edifícios tem seu inicio propriamente dito com a


implantação do canteiro de obras. Esta implantação requer um projeto
especifico, que deve ser cuidadosamente elaborado a parte as necessidades
da obra e das condições do local de implantação.

A NR -18 define o canteiro de obras como "área de trabalho fixa e temporária,


onde se desenvolvem operações de apoio e execução de uma obra."

_PROJETOS:
Projeto topográfico
Projeto Arquitetônico
Projeto Elétrico
Projeto Hidrossanitário
Projeto Estrutural

_INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS:
Instalações elétrica - Faz-se necessário que ainda durante a etapa de
planejamento do canteiro, seja identificada a potência dos equipamentos que
serão utilizados para que se possa projetar a potência a ser requisitada à
Concessionária.

INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS:
Instalações hidrossanitária - A água, além de ser necessária para a higiene
pessoal dos operários, é a matéria prima para alguns materiais como concretos
eargamassas. Assim, é necessário que se tenha quantidade suficiente e que a
mesma apresente qualidade tanto para a higiene pessoal quanto para o uso no
preparo dos materiais básicos no canteiro, recomenda-se uso de água da rede
publica a qual apresenta qualidade garantida.
CONTENÇÕES COM TALUDES, MURO DE ARRIMO E TIRANTES :
São necessários para a realização de cortes no terreno, para adaptar ao
projeto e para execução de subsolos.
Antes do movimento de terra, quando necessário, realiza-se contenção de
terra por intermédio de muros de arrimo, com execução de estaca raiz, muro de
arrimo em concreto armado e outros, para evitar-se desmoronamento de
edificações vizinhas e outros danos.
3

INSTALAÇÕES DAS VIZINHAÇAS:


Uma importante etapa do início de obra é o “registro das condições da
edificações vizinhas”. Esta etapa, antigamente relegada a segundo plano, vem
ganhando cada vez mais importância, uma vez que permite maior segurança
empressa que constrói.
_LOCAÇÃO DA OBRA:
A locação da obra é o processo de transferência da planta baixa do projeto
da edificação para o terreno, ou seja, os recuos, os afastamentos, os alicerces,
a paredes, as aberturas e etc.
Na fase de execução da locação da obra deve-se adotar o máximo rigoroso
possível, pois e referencia principal da obra.
Processos de locação (gabarito):
_LOCAÇÃO POR CAVALETES:
A locação por cavaletes é indicada para obras de menor porte - garragem
barracões e ampliações - e com poucos elementos a serem locados.
Nesse tipo de locação, os alinhamentos são definidos por pregos cravados
nos cavaletes constituídos de duas ou três estacas cravadas diretamente no
solo travadas por uma travessa nivelada pregada nas estacas.
Vantagem:
Utilizar menos quantidade de material( estacas e tabuas)
Desvantagens:
A grande desvantagem dos cavaletes por seres isolados é a dificuldade de se
paerceber deslocamentos provocados pela circulação de equipamentos e
operários, resultando com isso alinhamentos e locações fora do previsto.
Processos de locação (gabarito):
_LOCAÇÃO POR TÁBUA CORRIDA (TABEIRA):
A locação por tábua corrida, também chamada de tabela ou tabeira, e indicada
para obras com muitos elementos a serem locados.
Consiste em contornar toda a futura edificação com um cavalete continuo
constituído de estacas e tábuas niveladas e em esquadro ( polígono em
esquadro).
Procedimentos que antecendem a locação da obra
- O terreno deve estar limpo (capinado)e , preferencialmente na
cota de arrasamento das fundações ( estacas ou sapatas).
- É necessário conseguir a referência inicial que pode ser um ponto
definido no terreno e um rumo ou uma parede de construção vizinha.
- A referência mais comum em obras urbanas é alinhamento
predial que geralmente é marcada por equipe de topografo da prefeitura ou por
empresa prestadora de serviços contratada.
de serviços contratada.
Com duas linhas de nylon n.80 (preferência arame de aço recozido n.18)
esticadas a partir das marcações do gabarito e no cruzamento das linhas
transferir as coordenadas das estacas (sapata ou elemento que venha a ser
executado) para o terreno, usando um fio de prumo (250 g) marcar o ponto
exato da estaca (centro) cravando um piquete (pintado de branco).
IMPORTANTE!!!
A correção do serviço de locação é essencial para a qualidade da obra.
4

Erros na locação se propagam por todos os subsistemas do edifício (estrutura,


vedações, instalações, etc.) gerando custos materiais e de tempo para
resolução de incompatibilidades e correção desses erros.
Em erros mais graves pode resultar na demolição de estruturas
Equipamentos e ferramentas necessárias
locação de uma obra:
- Teodolitos ou Estação Total e Níveis
- Nível de mangueira;
- Trena metálica de 30 metros (jamais usar trena de lona,
plástico ou metro de madeira);
- Linhas de nylon ou fios de aço;
- Nível de pedreiro;
- Prumo;
- Arame;
- Tinta esmalte (cores vermelha e branca), marreta, martelo
e pregos etc.

Medidas planialtimétricas do lote/terreno:


1. Lote regular:
Geralmente apresenta-se em forma de retângulo, bastando, portanto, medir os
dois lados. Caso, na realidade, os lados dois a dois, não
sejam iguais, devemos usar o valor médio para efeito de cálculos.
2. Lote irregular com pouco fundo:
Devemos medir além dos 4 lados as duas
diagonais (f e g).

3. Lote com grandes dimensõ


irregulares:
Sugere-se quadricular o terreno, digamos de 10 em 10 metros;
Coloca-se estacas em cada ponto quadriculação;
Assim a fila A tem os pontos A1, A
..., A5, a fila B tem B1, B2, ..., B5 e
assim por diante.
A seguir medem-se todas as
distâncias fracionárias, isto é, A1m
A2k, A3i, A4g, a5e, etc.
_Algum ponto que não fique bem definido, deverá merecer atenção especial;
digamos o ponto X; poderá ser determinado medindo medindo-se as distâncias
XE e D4E.
_O terreno será medido em detalhe de em 10 metros, ou em espaços menores,
5 em 5 metros.
_Pode-se aproveitar este quadriculado para um posterior trabalho de
nivelamento do terreno.
4. Nivelamento – Levantamento altimétrico
_Topografia: É a configuração das características superficiais de um
terreno;
_ Influencia onde e como se construir e ocupar o terreno;
_ O levantamento topográfico norteia o projeto da edificação, para isto
utilizamos de cortes no terreno ou planta altimétrica com curvas de nível;
5

Curvas de nível:
_ São linhas imaginárias que unem pontos de elevação igual acima de um nível
ou plano de referência;
_ A trajetória de qualquer curva de nível indica a configuração do terreno
naquela elevação;
_ Observe que as curvas de nível sempre são contínuas e nunca se cruzam;
_ Elas coincidem em planta baixa apenas quando cruzam uma superfície
vertical.
Representação de Curvas de nível:
_O intervalo de contorno é determinado pela escala do desenho, tamanho do
terreno e a natureza da topografia;
_Quanto maior for a área e mais íngremes forem os declives, maio será o
intervalo usado entre as curvas de nível;
_Em terrenos grandes ou muito acidentados, usualmente se usam curvas de
nível de 5,0 ou 10,0 metros;
_Em terrenos pequenos e relativamente planos, podem ser necessárias curvas
de nível de 0,5 ou 1,0 metros.
O método da mangueira é um dos mais utilizados. Fundamenta-se no princípio
dos vasos comunicantes, que nos fornece o nível.
_ Este é o método que os pedreiros utilizam para nivelar a obra toda, desde a
marcação da obra até o nivelamento dos pisos, batentes, azulejos, etc...
_ A mangueira deve ter pequeno diâmetro (1/4” a 5/16”), parede espessa para
evitar dobras e ser transparente.
_ Para uma boa marcação ela deve estar posicionada entre as balizas, sem
dobras ou bolhas no seu interior.
_ A água deve ser colocada lentamente para evitar a formação de bolhas.Para
facilitar a medição, podemos partir com o nível d'água em uma determinada
altura “h em uma das balizas, que será descontada na medida encontrada na
segunda baliza”.

Slide 2
MOVIMENTO DE TERRA
TERRAPLANAGEM OU TERRAPLENAGEM?
As duas palavras estão corretas e existem na língua portuguesa. Podemos
utilizar os substantivos TERRAPLENAGEM e TERRAPLANEGEM sempre que
quisermos referir o ato de terraplenar ou terraplanar, ou seja, de realizar
qualquer alteração do relevo do terreno através de aterros. A palavra
terraplenagem é a mais utilizada pelos falantes, sendo tida como a mais correta
e a mais socialmente aceitas. Ambas as palavras constam no Vocabulário
Ortográfico da Academia Brasileira de Letras.
Efetuado o levantamento planialtimétrico, temos condições de elaborar os
projetos e iniciar sua execução.
Começamos pelo acerto da topografia do terreno, de acordo com o projeto de
implantação e o projeto executivo.
Modelação do terreno, movimentando material de um lado e colocando em
outro, de modo a cumprir o perfil projetado, com o maior rigor e qualidade
possível, minimizando assim, desta forma, todos os custos inerentes à
atividade.
6

Cortes: No caso de cortes, deverá ser adotado um volume de solo


correspondente à área da seção multiplicada pela altura média, acrescentando-
se um percentual de empolamento.
O empolamento é o aumento de volume de um material, quando removido de
seu estado natural e é expresso como uma porcentagem do volume no corte.

RELAÇÃO DE EMPOLAMENTOS
Quando não se conhece o tipo de solo, podemos considerar o Empolamento
entre 30 a 40%.
Medições
Para a execução de medições e cálculo da produção dos equipamentos de
terraplenagens utilizam-se unidades de medição de solos ou rochas, que são
geralmente expressos em volume (m3)
A forma de cálculo desta medição deve estar definida, podendo ser
executada:
In situ (terreno no seu estado natural -corte)
Solto (terreno que sofreu escavação)
Compactado (terreno sujeito a compactação)
As diferenças da medição dependem dos conceitos de empolamentoe de
contraçãode terrenos.
Empolamento (E): aumento do volume de um solo (medido em volume ou em
peso) quando é escavado:
E =(Vsolto-Vcorte )x 100
Vcorte
Fator de contração (Fc): Redução do volume quando é
compactado:
Fc= ( Vcomp.)
Vcorte

Movimentação longitudinal de terras:


O conceito é que, no balanço entre desaterros (escavações) e aterros, o
movimento de terras não consuma terras de empréstimo (recolhidas fora do
local de intervenção), nem existam sobras de terras (bota fora).

Também aqui a idéia é movimentar o terreno entre a escavação e o aterro,


sendo que a gestão global é realizada entre as secções transversais da via de
comunicação e o seu perfil longitudinal.

O volume total de terras a deslocar surge da soma das seções transversais


ao longo do percurso.

ATaxa de Ocupação (TO) é a relação percentual entre a projeção da


edificação e a área do terreno. Ou seja,ela representa a porcentagem do
terreno sobre o qual há edificação.
A taxa de ocupação mede apenas a projeção da edificação sobre o terreno.
Cálculo da área ocupada –Taxa de Ocupação:
Por isso, a TO não está diretamente ligada ao número de pavimentos da
edificação. Na realidade ,se os pavimentos superiores estiverem contidos
7

dentro dos limites do pavimento térreo, o número de pavimentos não fará


diferença nenhuma na TO.
Taxa de Ocupação é a área da projeção da construção sobre o plano
horizontal dividida pela área do lote ou terreno;
Constará da área do pavimento térreo mais a soma dos balanços do pavimento
superior.
Área do terreno: 20 x 30 = 600 m2
Área do pavimento superior:
(8 x 10) + (7 x 5) = 115 m2
Taxa de Ocupação:
(8 x 10) + (12 x 5) / 600 = 23%
Área do térreo: 5 x 20 = 100 m2
Índices de ocupação do terreno e área total construída – Coeficiente de
Aproveitamento (CA):
COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO(CA):é a quantidade da área total
construída,dividida pela área do terreno.
A taxa de permeabilidadeé o percentual mínimo de área descoberta e
permeável do terreno (exigida pelo poder público) em relação a sua área total,
dotada de vegetação que contribua para o equilíbrio climático e propicie alívio
para o sistema público de drenagem urbana.
No nosso exemplo fictício, o terreno mede 360m2e a taxa de permeabilidade é
de 10%. Isso significa que 36m2do terreno deverão estar livres, teoricamente*,
de qualquer construção.

Esse valor pode ser calculado considerando áreas de jardim sobre áreas de
terreno natural, *jardineiras ou pavimentação do tipo cobograma. Mas, para
cada tipo é considerado uma porcentagem para o cálculo: a área de jardim
sobre terreno natural conta como área 100% permeável, já a jardineira e o
cobogramacontam como área 80% permeável.
Então, atenção aos cálculos: tanto a área da jardineira como o do
cobogramadevem ser multiplicadas por 0,80 e esses resultados é que devem
ser considerados para o cálculo final doTP.

LEI COMPLEMANTAR N°012/2006 –Plano Diretor do Município de Mossoró.


Art. 35. Com finalidade de garantir a drenagem natural das águas pluviais, os
imóveis situados na área urbana devem resguardar a taxa de permeabilidade
de 20% (vinte por cento) sobre a área total do terreno.
§1º. As áreas destinadas à drenagem natural das águas pluviais poderão
receber cobertura vegetal ou usar cobertura permeável.

SLIDE 3
Solos –reconhecimento do subsolo –Sondagens
Há dois tipos básicos de solo: solos de granulometria grossa e solos de
granulometria fina;
Granulometria grossa –Solos com pedra e areia, partículas relativamente
grandes, visíveis a olho nu;
Granulometria fina –solos com siltes e argilas, consiste de partículas muito
menores

Métodos empregados para exploração do subsolo:


8

Com retirada de amostras (testemunhos) –abertura de poços de exploração e


execução de sondagens;

Ensaios “in loco” –começam normalmente com um reconhecimento


superficial do terreno (vegetação, tipo de utilização anterior, deslizamentos,
construções vizinhas, etc.) e também busca de experiências locais (contatos
com moradores, técnicos).
Tipos de ensaios: Investigação de superfície; perfurações e amostragens e
ensaios de penetração.

Solos –reconhecimento do subsolo –Sondagens


Métodos de ensaios para obtenção de parâmetros geotécnicos:
Existem vários, vejamos o DPL –Penetrômetro Ligeiro:
Utiliza uma sonda com ponta mais grossa para reduzir ao máximo o atrito
lateral;
A partir do número de batidas N10, quantidade de batidas necessárias para
que a sonda penetre 10 cm no solo (dada uma altura de queda constante);
Podem ser tiradas conclusões com base em experiências anteriores, sobre a
capacidade de solos arenosos e a consistência de solos argilosos;
A partir de valores empíricos pode ser estimada a resistência do solo.
Vejamos agora o SPT–Standard Penetration Test:
A sondagem é um processo repetitivo, que consiste em:
Abertura do furo;
Ensaio de penetração e
Amostragem a cada metro de solo sondado.
A operação consiste em:
A cada metro faz-se, inicialmente, a abertura do furo com um comprimento de
55cm, e o restante dos 45cm para a realização do ensaio de penetração.
O amostrador é cravado 45cm no solo, sendo anotado o número de golpes
necessários à penetração de cada 15 cm.
O Índice de Resistência à Penetração é determinado através do número de
golpes do peso padrão, caindo de uma altura de 75cm, considerando-se o
número necessário à penetração dos últimos 30 cm do amostrador. Conhecido
como S.P.T.
As fases de ensaio e de amostragem são realizadas simultaneamente,
utilizando um tripé, um martelo de 65 kg, uma haste e o amostrador. (Godoy,
1971).
Operação:
Crava-se o amostradorno solo através de golpes do soquete, e nos últimos 45
cm de cada metro cravado, faz-se 3 contagens:
-nº de golpes nos primeiros 15 cm = A
-nº de golpes no segundo 15 cm = B
-nº de golpes nos últimos 15 cm = C
O SPT é igual à soma B + C, isto é, é o número de golpes para cravar os
últimos 30 cm de cada metro de sondagem. A tensão admissível do solo (TA),
ou seja a capacidade de carga do solo (em kgf/cm2) é igual a TA = SPT / 5ou3.
Como é uma correlação empírica, a prática brasileira que é mais conservadora,
recomenda dividir por 5.

Forças Estruturais
9

Uma força é qualquer influência (ação) que produz uma mudança na forma ou
movimento de um corpo.

É um vetor que possui magnitude (módulo, tamanho, intensidade) direção e


sentido.
É representado por uma seta cuja distância é proporcional ao seu módulo e
cuja orientação no espaço representa a direção e sentido.
Uma única força que atua sobre um corpo rígido pode ser considerada como
atuante em qualquer lugar ao longo se sua linha de ação sem alterar o esforço
esterno da força.
Forças colineares ocorrem ao longo de uma linha reta;
A soma vetorial é a soma algébrica de seus módulos ou magnitudes, atuando
na mesma linha de ação.
Forças concorrentes possuem linhas de ação que se cruzam em um ponto
comum;
Sua resultante (soma vetorial) produz o mesmo efeito, em um corpo rígido,
que os dois vetores atuando ao mesmo tempo no ponto do corpo rígido.
A lei do paralelogramo estabelece que a soma vetorial ou resultante de duas
forças concorrentes pode ser descrita pela diagonal (Fr) de um paralelogramo
com lados adjacentes que representam as duas forças vetoriais adicionadas.
Qualquer força pode ser transformada (decomposta) em duas ou mais forças
concorrentes com um efeito líquido em um corpo rígido equivalente ao da força
inicial.
Por questões de conveniência na análise estrutural, estas forças geralmente
são os componentes cartesianos ou retangulares da força inicial
O método do polígono é uma técnica gráfica para se determinar a força
resultante de um sistema coplanar de várias forças concorrentes através do
desenho em escala de cada força vetorial em sucessão.
Forças não concorrentes possuem linhas de ação que não se encontram em
um ponto comum;
Sua soma vetorial (resultante) é uma única força que causaria a mesma
translação e rotação de um corpo que o conjunto de forças originais.
Momento de uma força (F) em relação a um ponto (o), (MoF), é a tendência
desta força em produzir rotação no corpo sobre este ponto (o).
Um binário de forças é um sistema de duas forças equivalentes e paralelas que
atuam em direções opostas e tendem a produzir rotação, mas não translação.
EQUILIBRIO ESTRUTURAL
Tanto no projeto como na análise estrutural, nossa primeira preocupação é a
magnitude (intensidade), a direção e o ponto de aplicação das forças e sua
resolução para produzir um estado de equilíbrio.
Equilíbrio é um estado de descanso, resultante da ação igual de forças
opostas.
A medida que cada elemento estrutural é carregado, seus elementos de
apoio devem reagir com forças iguais, mas, opostas.
Duas condições necessárias para um corpo rígido estar em equilíbrio:
1º. A soma vetorial de todas as forças que atuam no corpo deve ser igual a
zero, garantindo o equilíbrio translacional.

ΣFx= 0; ΣFy= 0.
10

2º.A soma algébrica de todos os momentos das forças sobre um ponto


qualquer ou linha deve ser igual a zero, garantindo o equilíbrio rotacional.

ΣM = 0.
A lei da ação e reação, terceira lei do movimento de Newton, estabelece que
para cada força atuante em um corpo, o corpo exerce uma força com igual
magnitude, mesma direção e sentido oposto ao longo da mesma linha de ação
da força original.
Uma carga concentrada atua em uma área muito pequena ou ponto específico
de um elemento estrutural de apoio, como por exemplo, quando uma viga se
apoia em um pilar, ou um pilar se apoia em sua sapata.
Uma carga distribuída uniformemente é uma carga de magnitude uniforme que
se estende sobre o comprimento ou a área do elemento estrutural de apoio.
Um diagrama de corpo livre é uma representação gráfica do sistema completo
de forças aplicadas e de reação que atua memum corpo ou e muma parte
isolada de uma estrutura.
Cada parte fundamental de um sistema estrutural tem reações necessárias
para o equilíbrio da parte, assim como o sistema maior tem reações em sua
base que servem para manter o equilíbrio do todo.

FUNDAÇOES
As fundaçõessão as divisões mais baixas de uma edificação
Sua subestruturaé construída, em parte, ou totalmente abaixo do nível do
solo;
Sua primordial função é sustentar e ancorar a superestrutura acima e
transmitir as cargas da edificação de maneira segura à terra;
Todo o peso de uma edificação é transferido para o terreno em que a mesma
está apoiada;

Este peso produz esforços que deverão ser suportados pelo terreno sem a
ocorrência de recalques ou rupturas do mesmo;

O elemento que recebe o peso da edificação e o transfere para o solo, chama-


se fundação (alicerces);

Cargas impostas às edificações (algumas):

Cargas mortassão cargas estáticas verticais descendentes em uma estrutura;


compreende o peso próprio da mesma e o peso dos elementos construtivos,
acessórios e equipamentos permanentemente conectados a ela.
Cargas acidentaiscompreendem qualquer carga móvel em uma estrutura
resultante de
ocupação, neve e água acumulada ou equipamento móvel.
Cargas de ocupaçãoresultam do peso de pessoas, móveis, material
armazenado e outros itens.
A pressão do soloresulta da força horizontal que uma massa do solo exerce
em uma estrutura de contenção vertical.
11

A pressão da águaresulta da força hidráulica que as águas do lençol freático


exercem sobre o sistema de fundação.
Cargas de recalquesão impostas a uma estrutura pelo desmoronamento de
uma porção do solo de sustentação e o recalque diferencial resultante de sua
fundação.
Recalqueé o afundamento gradual de uma estrutura à medida que o solo sob
suas fundações se comprime devido ao carregamento.
Deve-se esperar um certo nível de recalque à medida que a carga sobre as
fundações aumenta e causa uma redução do volume de vazios no solo que
contém ar ou água, chamamos isto de consolidação.
Recalque diferencialé provocado pelo movimento relativo de diferentes parte
de uma estrutura causada pela consolidação do solo da fundação.
Pode fazer com que uma edificação fique desnivelada e que surjam fissuras
em suas
fundações, superestrutura ou seus acabamentos.
Em situações extremas, o recalque diferencial pode resultar na perda da
integridade estrutural de uma edificação.
Uma boa fundação deve distribuir suas cargas de modo que qualquer
recalque que venha ocorrer seja mínimo ou uniformemente distribuído em
todas as partes da edificação.
A distribuição de cargas deve ser equivalente por unidade de área do solo ou
rocha de apoio, daí a importância da geotecnia.

TIPOS DE FUNDAÇÔES

Quando encontramos um solo estável e com capacidade de carregamento


adequada relativamente perto da superfície, optamos por fundações rasas ou
diretas.
São assentadas diretamente abaixo da parte mais baixa de uma subestrutura
e transferem as cargas da edificação diretamente ao solo de sustentação
através da pressão vertical.
Quando o solo é instável ou apresenta capacidade de carregamento
inadequada, optamos por fundações profundas ou indiretas.
Elas atravessam as camadas de solo impróprias para a sustentação do
prédio;
Transferem as cargas recebidas a um estrato adequado e mais denso de
rocha ou areia e cascalho, bem abaixo da superestrutura.

CLASSIFICAÇÃO DAS FUNDAÇÕES


DEFINIÇÃO E TIPOS:
Fundações diretas: Transferem as cargas por efeito de atrito lateral do
elemento estrutural com o solo e por efeito de ponta.
Fundações indiretas: São sempre profundas, devido às dimensões das peças
estruturais.
DEFINIÇÃO E TIPOS -Fundações Diretas
De acordo com a NBR6122/1996,as fundações diretas ou superficiais são
aquelas em que a carga é transmitida ao solo, predominantemente pelas
Tensões distribuídas sob a base do elemento estrutural de fundação.
12

Sapatas isoladas: elementos de concreto armado dimensionado de forma que


as tensões detração geradas não sejam resistidas pelo concreto e sim pelo
aço.
DEFINIÇÃO E TIPOS -Fundações Diretas
Sapatasassociadas:sapatacomumaváriospilarescujoscentrosgravitacionaisnãoe
stejamsituadosnomesmoalinhamento
DEFINIÇÃO E TIPOS -Fundações Diretas
Sapatas corridas: sapata sujeita a ação de uma carga distribuída linearmente.
Radiês: fundação superficial que abrange todos os pilares de uma determinada
obra ao mesmo tempo;
Vigas de fundação: elemento de fundação comum a vários pilares cujos
centros gravitacionais estejam situados no mesmo alinhamento.
Blocos: elementos de grande rigidez executados com concreto simples ou
ciclópico, portanto, não armados, dimensionados de modo que as tensões de
tração produzidas sejam resistidas unicamente pelo concreto.
DEFINIÇÃO E TIPOS -Fundações Indiretas
Tem a vantagem de serem executadas como comprimento estritamente
necessário. Podem ser executadas de várias formas, principalmente com
hélices(contínuas ou descontínuas),que são chamadas também de estacas
rotativas, que perfuram o solo até uma cota pré-determinada em projeto pelo
engenheiro de fundações, com o auxílio dos perfis de sondagem, já executados
em etapas anteriores do processo de construção..
CLASSIFICAÇÃO DAS SAPATAS
As fundações diretas são empregadas onde as camadas do subsolo, logo
abaixo da estrutura, são capazes de suportar as cargas.
Com o auxílio da sondagem, obtemos o SPT na profundidade adotada e
calculamos a σs(tensão admissível do solo).
Dividindo a carga P pela σsdo solo, encontramos a área necessária da
sapata.
Como referência temos σs (Tensão admissível do solo) como sendo:
Boa = 4,0 kgf/cm²
Regular = 2,0 kgf/cm²
Fraca = 0,5 kgf/cm²
Viga Baldrame é uma viga de concreto armado que sustenta uma parede
portante que está no nível do solo ou próximo a ele, e que transfere as cargas
para sapatas isoladas.
Radier ou fundação flutuanteé uma laje de concreto armado, grossa e com
uma
grande armadura como se fosse uma grande sapata monolítica para vários
pelares ou mesmo toda a edificação.
Esse tipo de fundação é utilizada quando o terreno é de baixa resistência
(fraco) e a espessura da camada do solo é relativamente profunda.
Como alternativa de fundação, o radiermostra-se economicamente viável,
sempre que a área total das sapatas for superior a 50% da área de projeção da
obra.

RADIER
Operações:
Compactação do solo base, feita por rolos compressores ou placas vibratórias;
Lastro de concreto magro;
13

Impermeabilização sobre o concreto magro, composta de mantas betuminosas


ou lonas plásticas, deve ser completamente vedada à penetração de água;
Instalação das armaduras e Enchimento com concreto.
Os radiers são elementos contínuos que podem ser executados em concreto
armado, protendido ou em concreto reforçado com fibras de aço.

Fundações Profundas ou Indiretas:


Atravessam solos inadequados ou instáveis;
Transferem as cargas da edificação a um estrato (formação) mais adequado
composto por rocha mais resistentes (cascalhos, areias densas, etc.), bem
abaixo da superestrutura;

Principais tipos:
Estacas (pre-moldadas ou moldadas “in loco”.
Tubulões (moldados “in-loco”)

As estacas geralmente são cravadas em grupos de duas ou mais, espaçadas


a cada 75,0 cm a 120,0 cm entre eixos.
Blocos de concreto armado (blocos de coroamento) unem as cabeças de um
conjunto de estacas para distribuir uniformemente a carga de um pilar ou viga
baldrame entre as estacas.
Os blocos de coroamento têm também a função de absorver os momentos
produzidos por forças horizontais, excentricidade e outras solicitações (Caputo.
H.P., 1973).

Estacas de ponta: transmitem as cargas por meio de suas pontas para o solo,
que deve ter resistência para suportar estas cargas.
Estacas de atrito: transmitem as cargas aplicadas sobre elas, principalmente
por meio do atrito que ocorre entre a superfície lateral e o solo.
Estacas de ponta:dependem, para sustentação, principalmente da resistência
do solo ou da rocha sob sua ponta.
A massa do solo que as envolve oferece algum grau de estabilidade lateral
para esses longos elementos submetidos a compressão.

TUBULÕES

São estacas de concreto-massa ou concreto armado moldadas “in loco”.


Os tubulões dividem-se em dois tipos básicos: à céu aberto (com ou sem
revestimento) e a ar comprimido (pneumático) revestido. O revestimento pode
ser constituído de camisa de concreto armada ou de aço.
Após perfuração do poço, enche-se o mesmo de concreto.
A armadura na parte superior do fuste (haste) dá resistência adicional à
flambagem causadas pelas forças laterais ou pelo carregamento excêntrico de
um pilar.
O poço geralmente tem 75,0 cm de diâmetro ou mais para permitir a inspeção
da base.
Um molde temporário pode ser necessário para reter a água, a areia ou
desmoronamento das paredes do fuste durante a escavação.
Os tubulões a céu aberto são os mais simples, resulta de um poço perfurado
manualmente ou mecanicamente e a céu aberto.
14

Seu emprego é limitado para solos coesivos e acima do nível d’água,


A base pode ser aumentada, assumindo uma forma de sino, para maior área
de apoio e maior resistência ao soerguimento provocado pelo solo.
Aplicação:
Quando existe água, ou seja, deseja-se ultrapassar o lençol freático;
Grandes profundidades, existindo o risco de desmoronamento;
A injeção do ar comprimido impede a entrada de água no tubulão, pois a
pressão interna é maior que a pressão da água.
A pressão máxima empregada é de 3 atm, limitando a profundidade em 30m
abaixo do nível da água.
O equipamento utilizado compõe de uma câmara de equilíbrio e um
compressor.

IMPORTANTE: Durante a compressão, o sangue do operador absorve mais


gases do que na pressão normal.
Isto impede que a descompressão o do operador seja feita rápida mente, pois
os gases absorvido em excesso no sangue pode formar bolhas, provocando
dores e até morte por embolia.
Para evitar esse problema, antes de passar a pressão normal, o operador deve
sofrer um processo de descompressão lenta(superior a 15minutos).

SLIDE 4

SUPERESTRUTURA
Muitos fatores, sejam eles de caráter ideológicos ou práticos, podem influenciar
um projeto final de arquitetura de um edifício. E a estrutura é de fundamental
importância, pois sua principal finalidade é dar forma e integridade a um
edifício, e sua contribuição pode ser crucial na realização de uma arquitetura
de alto nível.
O conjunto dos elementos da estrutura pode ser dividido em dois
subconjuntos, denominados de SUPER ESTRUTURA e INFRA-
ESTRUTURA , sendo esse último constituído pelos elementos de
fundação. No que se segue, serão descritos os principais elementos ou
tipologias, que formam a superestrutura.
LAJE MACIÇA
Elemento estrutural bidimensional, geralmente horizontal, constituindo os pisos
de compartimentos; suporta diretamente as cargas verticais do piso, e é
solicitado predominantemente à flexão (placa).
VIGA
Elemento unidimensional (barra), geralmente horizontal, que vence os vãos
entre os pilares dando apoio às lajes, às alvenarias de tijolos e, eventualmente,
a outras vigas, e é solicitado predominantemente à flexão.
PILAR
Elemento unidimensional (barra), geralmente vertical, que garante o vão
vertical dos compartimentos (pé direito) fornecendo apoio às vigas, e é
solicitado predominantemente à compressão.
FUNDAÇÃO
15

Elemento estrutural que transfere ao terreno natural as cargas que são


aplicadas à estrutura. Existem dois tipos de fundações; RASAS (Superficiais ou
diretas) PROFUNDAS (Indiretas).
Viga Baldrame e Radier:
Viga Baldrame é uma viga de concreto armado que sustenta uma parede
portante que está no nível do solo ou próximo a ele, e que transfere as cargas
para sapatas isoladas.
Radier ou fundação flutuante é uma laje de concreto armado, grossa e com
uma
Grande armadura como se fosse uma grande sapata monolítica para vários
peleres ou mesmo toda a edificação.
Esse tipo de fundação é utilizada quando o terreno é de baixa resistência
(fraco) e a espessura da camada do solo é relativamente profunda.
Como alternativa de fundação, o radiermostra-se economicamente viável,
sempre que a área total das sapatas for superior a 50% da área de projeção da
obra.

COMO FUNCIONA TODO O CONJUNTO:


As lajes são posicionadas nos pisos dos compartimentos para transferir as
cargas dos mesmos para as vigas de apoio; as vigas são utilizadas para
transferir as reações das lajes, juntamente com o peso das alvenarias, para os
pilares de apoio (ou, eventualmente, outras vigas), vencendo os vãos entre os
mesmos; e os pilares são utilizados para transferir as cargas das vigas para as
fundações.
Concreto
O que é o concreto ?
O concreto não existe pronto na natureza. É um material composto, feito a
partir da mistura de outros materiais: cimento, areia, pedra (ou brita) e água.
Propriedades:
Peso específico: 2.200 a 2.600 kgf.m3
Porosidade: depende das relações água/cimento (X) e cimento/agregado(Y)
Dilatação: 0,01 mm.
Resistência: nos concretos, o mais importante é a resistência à compressão
MATERIAIS EMPREGADOS EM CONCRETO ARMADO
CIMENTO:
O projeto deverá estabelecer os tipos de cimento adequados, tecnicamente e
economicamente, a cada tipo de concreto, estrutura, método construtivo, ou
mesmo, em relação aos materiais inertes disponíveis.
TIPOS DE CIMENTO:
CIMENTO PORTLAND COMUM:
Concreto armado em ambientes não agressivos.
Lançamento de pequenos e/ou grandes volumes.
Concreto protendido ou pré-moldado.
Não recomendado para emprego em ambientes agressivos.
CIMENTO PORTLAND DE ALTA RESISTÊNCIA INICIAL –PRÉ-MOLDADOS:
Para descimbramento a curto prazo.
Não recomendado para lançamento de grandes volumes.
CIMENTO DE MODERADA E ALTA RESISTÊNCIA A SULFATOS:
Estruturas em concreto com sulfatos.
Estruturas em meios ligeiramente ácidos.
16

Pouco recomendável o emprego em estruturas onde sejam necessárias a


desforma e o descimbramento rápido.
CIMENTO PORTLAND DE ALTO FORNO:
Recomendável para estruturas em meios ácidos ou sujeitas a ataques de
sulfatos e/ou ácidos.
Possível o emprego com agregados álcali-reativos.
CIMENTO PORTLAND POZOLÂNICO:
Recomendável para concreto massa e para uso com agregados reativos com
álcalis.
Aplicável a estruturas sujeitas a ataques ácidos fracos ou de sulfatos.
CIMENTO ALUMINOSO:
Para refratários; em ambientes ligeiramente ácido.
RECOMENDAÇÕES PARA ARMAZENAMENTO DO CIMENTO:
Recomenda-se iniciar a pilha de cimento sobre um tablado de madeira,
montado a pelo menos 30 cm do chão ou piso e não formar pilhas maiores do
que 10 sacos. Quanto maior a pilha, maior o peso sobre os primeiros sacos.
Isso faz com que seus grãos sejam de tal forma comprimidos que o cimento
contido nesses sacos fique quase endurecido, sendo necessário afofá-lo.
A pilha recomendada de 10 sacos também facilita a contagem, na hora da
entrega e no controle dos estoques ou na aplicação final e está prescrita pelas
normas da ABNT (Associação Brasileira de Norma Técnicas).
AGREGADO MIÚDO E GRAÚDO:
São materiais rochosos na forma granular. Devem possuir dimensões e
propriedades adequadas para o seu uso em construção civil. A areia e pedra
são os chamados “agregados do concreto”.
MATERIAIS EMPREGADOS EM CONCRETO ARMADO
ÁGUA:
A água de abastecimento público é adequada para o concreto e já vem sendo
utilizada, não necessitando de ensaio. A água potável que atende a Portaria nº
518 do Ministério da Saúde é considerada dentro dos padrões exigidos pela
norma do ABNT/CB-18 e pode ser utilizada sem restrição para a preparação do
concreto.
OBS: A água de esgoto, mesmo com tratamento, não é adequada para uso em
concreto.
Quantidade de cloretos permitida na água de amassamento:
•Concreto protendido, até 500 miligramas de cloreto por litro de água;•Concreto
armado, 1000 miligramas de cloreto por litro de água;•Concreto simples, até
4500 miligramas de cloreto por litro de água.
“Caso não seja apropriada, a água pode interferir nas propriedades do
concreto”.

ARMADURAS:
Armadura é o conjunto de elementos de aço de uma estrutura de concreto
armado ou protendido, capaz de suportar os carregamentos preestabelecidos
dentro dos limites de tensões e deformações previstas.
As armaduras para concreto armado e concreto protendidodevem ser
constituídas por barras, cordoalhas, fios e telas de aço que atendam, em suas
respectivas categorias, às regulamentações normativas da NBR 7480, NBR
17

7481, NBR 7482 e NBR 7483. A NBR 6118 define as condições de utilização
destes materiais em cada caso.
RECOMENDAÇÕES DE ARMAZENAMENTO:
Meios fortemente agressivos (regiões marítimas, ou altamente poluídas):
-Armazenar o menor tempo possível;
-Receber na obra as barras de aço já cortadas e dobradas, em pequenas
quantidades;
-Armazenar as barras em galpões fechados e cobertos com lona plástica;
-Receber as armaduras já montadas;
-Pintar as barras com pasta de cimento de baixa consistência (avaliar a
eficiência periodicamente).
Meios mediamente agressivos:
-Armazenar as barras sobre travessas de madeira de 30 cm de espessura,
apoiadas em solo limpo de vegetação e protegido de pedra britada.
-Cobrir com lonas plásticas;
-Pintar as barras com pasta de cimento de baixa consistência.(avaliar a
eficiência periodicamente);
Meios pouco agressivos:
-Armazenar as barras em travessas de madeira de 20 cm de espessura,
apoiadas em solo limpo de vegetação e protegido por camada de brita
TIPOS DE AÇO:
TIPOS DE AÇO:
Os aços estruturais de fabricação nacional em uso no Brasil podem ser
classificados em três grupos:
• Aços de dureza natural laminados a quente:utilizados há muito tempo no
concreto armado. Nos dias de hoje possui saliências para aumentar a
aderência do concreto.
• Aços encruados a frio: obtidos por tratamento a frio trabalho mecânico feito
abaixo da zona crítica, os grãos permanecem deformados aumentando a
resistência.
• Aços para concreto protendido: aços duros e pertencem ao grupo de aços
usados para concreto protendido. Pode ser encontrado em fios isolados ou
formando uma cordoalha.
No Brasil a indicação do aço utilizado no concreto armado é feita pelas letras
CA (concreto armado) seguida de um número que caracteriza a tensão de
escoamento em kg/mm². Os mais utilizados são o CA 25 e o CA 50 em barras,
fabricados por laminação a quente, o CA 60 em fio, fabricado por trefilação ou
processo equivalente (estiramento ou laminação a frio).
SISTEMA DE FÔRMAS E ESCORAMENTOS CONVENCIONAIS
Para se ter a garantia de que uma estrutura ou qualquer peça de
concretoarmado seja executada fielmente ao projeto e tenha a forma correta,
depende da exatidão e rigidez das fôrmas e de seus escoramentos.
Geralmente as fôrmas têm a sua execução atribuída aos mestres de obra ou
encarregados de carpintaria.
As fôrmas podem variar cerca de 40% do custo total das estruturas de concreto
armado. Considerando que a estrutura representa em média 20% do custo total
de um edifício, concluímos que racionalizar ou otimizar a fôrma corresponde a
8% do custo da construção.
REQUISITOS BÁSICOS PARA UMA PERFEITA EXECUÇÃO:
18

a) Devem ser executadas rigorosamente de acordo com as dimensões


indicadas no projeto, e ter a resistência necessária.
b) Devem ser praticamente estanques.
c) Deve ser projetado para serem utilizadas o maior número possível de vezes.
d) Antes de concretar, as fôrmas devem ser limpas.
e) Antes de concretar, as fôrmas devem ser molhadas até a saturação.
f ) Não colocar a agulha do vibrador entre a fôrma e as armaduras, isso pode
danificar os painéis.
Materiais e ferramentas
a)Tábuas de madeira serrada:
b)Chapas de madeira compensada:
c)Escoramentos:
d)Pregos:
e)Tensores:
f)Painéis:
g)Travessas:
h)Travessões:
i)Guias:
j)Fundo das vigas:
k)Cantoneiras:
l)Gravatas:
m)Montantes:
n)Pés-direitos:
o)Pontaletes:
p)Escoras:
q)Calços:
r)Travamento:
s)Contraventamento.
t)Etc...
Nas vigas e lajes
As fôrmas das vigas são constituídas por painéis de fundo e painéis das faces
firmemente travadas por gravata, mãos-francesas e sarrafos de pressão.
Devemos certificar se as formas têm as amarrações, escoramentos e
contraventamentos suficientes para não sofrerem deslocamentos ou
deformações durante o lançamento do concreto.
COMO SE PREPARA UM BOM CONCRETO
Faremos aqui algumas recomendações sobre o preparo do concreto, com o
objetivo de garantir sua homogeneidade, durabilidade e qualidade.
Concreto dosado em central
Para a utilização dos concretos dosados em central, o que devemos saber é
programar e receber o concreto.
Programação do concreto: devemos conhecer alguns dados, tais como:
•Localização correta da obra.
•O volume necessário.
•A resistência característica do concreto a compressão (fck) ou o consumo
de cimento por m³ de concreto.
•A dimensão do agregado
graúdo.
•O abatimento adequado
(slump test).
19

Resistência do Concreto -depende do(a):


•Traço: quanto mais rico em cimento, mais resistente
•Adensamento: quanto mais compacto, mais resistente
•Idade: a resistência dos concretos aumenta com o tempo
•Fator água/cimento: a resistência varia inversamente com o volume de água
empregado
2°Critério -Trabalhabilidade:
É o que faz o concreto ser capaz de preencher a fôrma.
Um concreto com boa trabalhabilidade, ou concreto bom de trabalhar, é
aquele que permite encher a fôrma completamente, com o menor esforço
possível.

Quanto mais mole, ou seja, quanto mais água tem o concreto, mais fácil de
trabalhar.
Por outro lado, quanto mais água tem o concreto, maior deve ser a
quantidade de cimento para se ter a resistência necessária e, portanto, mais
caro será o concreto.
devemos achar um traço com a menor quantidade de água possível, mas
suficiente para garantir a trabalhabilidade do concreto.
Esse ponto de equilíbrio depende do tipo de estrutura que será concretada.
Trabalhabilidade:
A Norma Brasileira define um teste, denominado slump-testou teste de
abatimento para de determinar a trabalhabilidade do concreto:
3oCritério -Diâmetro máximo do agregado:

É o tamanho máximo do agregado que pode ser utilizado. Também depende


da estrutura que será concretadae da densidade da armadura, ou seja, da
quantidade de aço que existe dentro da fôrma.

Quanto mais estreita é a peça e maior é a densidade de aço, menor deve ser
o tamanho máximo do agregado, senão o concreto não passa pela armadura.
Na tabela a seguir é dada a relação entre o tamanho máximo do agregado
(chamado diâmetro máximo do agregado) e o tipo de peça a ser concretada.
APLICAÇÃO
Exemplo de cálculo de volume; calcular o volume de concreto necessário para
executar as peças abaixo que compõe uma estrutura. Para termos um volume
significativo, vamos considerar 10 peças de cada.
Solução

Cálculo dos volumes das peças:


1.Sapata:
Vs= 1,20 . 0,80 . 0,30 = 0,288 m3
10 sapatas VS(total) = 2,88m3
2. Pilar:
Vp= 0,40 . 0,20 . 3,60 = 0,288 m3
10 pilares VP(total) = 2,88m3
3. Viga:
Vv= 5,00 . 0,40 . 0,20 = 0,40 m3
10 pilares VV(total) = 4,00m3
VOLUME PARA AS 30 PEÇAS = 9,76 m3
20

Considerando 35% de vazios devido especificamente a areia e brita.


VT= 9,76 x 1,35 = 13,20 m3

O emprego do traço em volume é muito conveniente, porém pouco preciso,


uma vez que a massa específica aparente das areias varia muito com a
umidade, e a massa específica da brita varia com a forma das partículas e do
recipiente usado para medir o volume.
Como indicações práticas aproximadas, podem ser adotados os valores de
massa específica aparente: Areia com 3% de umidade = 1,4 kg/ℓe Brita = 1,3
kg/ℓ.
Sugestões para dimensões de uma padiola
As padiolas possuem base fixa e altura variável. As dimensões da base são de
0,35 m x 0,35 m e a altura varia em função do volume de agregado a ser
medido.
Recomenda-se que a altura da padiola não exceda 0,35 m a fim de facilitar o
manuseio do operário na obra, não as tornando extremamente pesadas.
A norma ABNT especifica que o volume de concreto a ser amassado por vez
não deverá exceder o que se consegue com 100 kg de cimento (2 sacos de 50
kg).
Para um traço 1:2:3 que representa a maioria dos nossos concretos,
utilizaremos 1 padiola com 1 saco de cimento, 2 de areia e 3 de brita para uma
masseira
V = 35 litros –1 saco de cimento
Grauteamento
Consideração : O graute, apesar de ser uma argamassa fluida, devido as suas
peculiaridades, não é um concreto nem uma argamassa. Possui características
técnicas, aplicações e execuções bem específicas.

Para que uma substância (semelhante a uma argamassa ou concreto) seja


considerada um grauteé necessário que:

Apresente consistência fluida, dispensando o adensamento


Atinja altas resistências iniciais e finais
Apresente expansão controlada

Outras propriedades particulares de um determinado grautepodem ser


necessárias em função de cada tipo de aplicação.
Os “grautes”, são utilizadas, em geral, para:

Preenchimento de cavidades em estruturas de concreto;

Fixação de chumbadores, tirantes e outros artefatos metálicos à estrutura de


concreto;

Reparos em juntas de pavimentos, pontes e viadutos, entre outras finalidades.


Aplicação do concreto em estruturas
Na aplicação do concreto devemos efetuar o adensamento de modo a torná-lo
o mais compacto possível. O método mais utilizado para o adensamento do
concreto é por meio de vibrador de imersão, para isso devemos ter alguns
cuidados:
21

Aplicar sempre o vibrador na vertical


•Vibrar o maior número possível de pontos
•O comprimento da agulha do vibrador deve ser maior que a camada a ser
concretada.
•Não vibrar a armadura
•Mudar o vibrador de posição quando a superfície apresentar-se brilhante.
Cobrimento da armadura
A importância do Cobrimento de concreto na armadura é de vital importância
na durabilidade, mas também pelos benefícios adicionais, como por exemplo, a
resistência ao fogo. É preocupante ao constatar que esse ponto é
freqüentemente negligenciado.
Cura
A cura é um processo mediante o qual mantém-se um teor de umidade
satisfatório, evitando a evaporação da água da mistura, garantindo ainda, uma
temperatura favorável ao concreto, durante o processo de hidratação dos
materiais aglomerantes.
A cura é essencial para a obtenção de um concreto de boa qualidade. A
resistência potencial, bem como a durabilidade do concreto, somente serão
desenvolvidas totalmente, se a cura for realizada adequadamente.
Tempo de Cura
Para definir o prazo de cura, motivo de constante preocupação de
engenheiros e construtores nacionais, é necessário considerar dois aspectos
fundamentais:
-A relação a/c e o grau de hidratação do concreto;
-Tipo de cimento.
O que devemos verificar antes da concretagem -Plano de Concretagem
a)Fôrma e Escoramento
b)Armadura
c)Lançamento
d)Adensamento
e)Cura
Desforma
A desforma deve ser realizada de forma criteriosa. Em estruturas com vãos
grandes ou com balanços, deve-se pedir ao calculista um programa de
desforma progressiva, para evitar tensões internas não previstas no concreto,
que podem provocar fissuras e até trincas.
PRAZOS PARA RETIRADA DE FORMAS:
• Faces laterais 3 dias
• Retirada de algumas escoras 7 dias
• Faces inferiores, deixando-se algumas
escoras bem encunhadas 14 dias
• Desforma total, exceto as do item abaixo 21 dias
• Vigas e arcos com vão maior do que 10 m 28 dias

ALVENARIA
Definição e denominações:
A palavra alvenaria deriva do árabe al-bannã: aquele que constrói, bannã
significa construir.
22

Alvenarias são construções feitas de tijolos, ou blocos superpostos


(colocados uns sobre os outros), normalmente unidos por argamassa,
formando um conjunto rígido e coeso (PCC/EPUSP, 2003).

As alvenarias podem ser feitas de diversos materiais como tijolos e blocos de
cerâmica ou concreto, pedras, vidro e muitos outros.

A alvenaria é provavelmente a mais antiga técnica de construção inventada


pelo homem. A torre de Babel, narrada na Bíblia, é descrita como uma
construção em alvenaria. 

As mais importantes obras da antiguidade foram feitas em alvenaria de pedra.

Daí a origem do nome pedreiro, que designava os trabalhadores que sabiam


construir com pedras. Eram os construtores da antiguidade.

Alvenaria Ciclópica - executada com grandes blocos de pedras, trabalhadas


ou não;
Alvenaria Seca - executada com pedras ou blocos cerâmicos, simplesmente
arrumadas, calçadas com lascas de pedras e sem qualquer espécie de
argamassa, denominadas também de “alvenaria insossa”.
Alvenaria com argamassa - executadas com argamassa de ligação entre os
elementos, sendo também denominadas:
alvenaria hidráulica – executadas com argamassas mistas 1:4/8 (argamassa
básica de cal e areia 1:4, adicionando-se cimento na proporção de uma parte
de cimento para 8 partes de argamassa básica);
alvenaria ordinária – executadas com argamassas de cal (1:4-argamassa de
cal e areia).
Alvenaria de vedação – painéis executados com blocos, entre estruturas,
com objetivo de fechamento das edificações.
Alvenaria de divisão - painéis executados com blocos ou elementos
especiais (Ex. drywall – gesso Acartonado), para divisão de ambientes,
internamente, nas edificações.

ALVENARIA – Funções

Resistência, para suportar pelo menos seu próprio peso e poder resistir a
choques.

Estanqueidade, proteger o edifício e seus ambientes da entrada de água,


sol, ventos, chuva, etc. Essa função é garantida pela alvenaria junto com seu
revestimento.
solamento térmico, fazer com que, internamente, o edifício mantenha uma
temperatura minimamente confortável, mesmo com temperaturas externas
muito quentes ou muito frias.
Isolamento acústico, fazendo com que os ambientes do edifício sejam
protegidos do excesso de ruídos externos e internos e tenham privacidade.

Facilidade de execução, uma vez que serão construídas na obra e seus


componentes (os tijolos e blocos) são assentados manualmente.
23

ALVENARIA – Materiais (TIJOLOS)

Tijolo é um componente para alvenaria em formato de paralelepípedo, feito


com argila e queimado em forno, apresentando coloração avermelhada.
Tijolo comum (maciço, caipira): São blocos de barro comum, moldados com
arestas vivas e retilíneas, obtidos após a queima das peças em fornos
contínuos ou periódicos com temperaturas da ordem de 900 a 1000°C.
Tijolo furado (baiano): Tijolo cerâmico vazado, moldados com arestas vivas
retilíneas. São produzidos a partir da cerâmica vermelha, tendo a sua
conformação obtida através de extrusão.
Dimensões: 9x19x19cm
quantidade por m²:
parede de 1/2 tijolo: 25un
parede de 1 tijolo: 55un
peso ≈ 3,0kgf
σc tijolo espelho ≈ 30kgf/cm²
ALVENARIA – Materiais (blocos cerâmicos
Os blocos cerâmicos, assim como os tijolos furados, são também fabricados
de argila e queimados em forno, possuindo furos perpendiculares a uma de
suas faces.
Podem ser de dois tipos:
Vedação - são assentados com os furos na horizontal; e
Estruturais (portantes) – são assentados com os furos na vertical;
Os estruturais são mais resistentes e podem ser utilizados em alvenaria
estrutural.
Quando a alvenaria é estrutural, a especificação do tipo de bloco a ser usado
e de sua resistência têm que estar definidos no projeto, feito por empresas ou
profissionais especializados.
ALVENARIA – blocos cerâmicos – Resistência
A resistência à compressão mínima dos blocos na área bruta deve atender
aos valores indicados na tabela 3 da NBR 7171 “ Bloco Cerâmico para
Alvenaria” que classifica os blocos em tipo A, B, C, D e F:

ALVENARIA – Tijolos de solo cimento


d - Tijolos de solo cimento:
Material obtido pela mistura de solo arenoso - 50 a 80% do próprio terreno
onde se processa a construção, cimento Portland de 4 a 10%, e água,
prensados mecanicamente ou manualmente.

São assentados por argamassa mista de cimento, cal e areia no traço 1:2:8
ou por meio de cola.

ALVENARIA – Blocos de concreto


e – Blocos de concreto:
Peças regulares e retangulares, fabricadas com cimento, areia, pedrisco, pó de
pedra e água.
O equipamento para a execução dos blocos é a prensa hidráulica.
24

O bloco é obtido através da dosagem racional dos componentes, e


dependendo do equipamento é possível obter peças de grande regularidade e
com faces e arestas de bom acabamento.
Em relação ao acabamento os blocos de concreto podem ser para
revestimento (mais rústico) ou aparentes.
Os blocos de concreto são vazados, isto é, possuem furos, devendo ser
assentados com os furos na vertical.

ALVENARIA – Argamassas – características


As argamassas são materiais compostos, semelhantes ao concreto, ou seja,
são feitas da mistura de outros materiais: cimento ou cal ou ambos + areia.
Sua função na alvenaria é muito importante, funciona como cola e garante a
resistência e as demais propriedades do conjunto.

Características da argamassa:
Deve ser fácil de aplicar, deve ter, portanto, trabalhabilidade, unir
solidamente os elementos de alvenaria;
Deve adquirir alguma resistência rapidamente, distribuindo uniformemente
as cargas, para que a parede possa ser erguida em algumas horas e possa
permanecer de pé, sem cair ou entortar;
Ao endurecer, deve ter resistência e durabilidade suficientes para suportar
os esforços que atuarão na parede ao longo da vida útil do edifício.

ALVENARIA – Argamassas – características

Trabalhabilidade:
É uma propriedade de avaliação qualitativa.
Uma argamassa é considerada trabalhável quando:
•deixa penetrar facilmente a colher de pedreiro, sem ser fluida;
•mantém-se coesa ao ser transportada, mas não adere à colher ao ser lançada;
•distribui-se facilmente e preenche todas as reentrâncias da base;
•não endurece rapidamente quando aplicada. A s características dos
componentes do traço e próprio traço interferem nesta propriedade. A presença
da cal e de aditivos incorporadores
ALVENARIA – Argamassas – tipos
Argamassa de regularização - EMBOÇO:
Evita a infiltração e penetração de água sem impedir, entretanto, a ação
capilar que transporta a umidade da alvenaria à superfície exterior da
argamassa;

Uniformiza a superfície eliminando as irregularidades das superfícies;


Regulariza o prumo e alinha as paredes, para o recebimento de outro
revestimento, como por exemplo, azulejos, cerâmicas, mármores entre outros.
Argamassa de acabamento - REBOCO:
Pode atuar como superfície suporte para pintura, apresentando aspecto
agradável, superfície muito lisa e regular, com pouca porosidade.
25

O reboco pode funcionar também como o próprio acabamento, não


recebendo, portanto, o recobrimento de pintura.
Argamassa - COLANTE:
É uma argamassa industrializada, constituída de uma mistura pré-dosada de
aglomerantes, agregados e aditivos, fornecida em pó, no estado seco,
necessitando apenas da adição de água para ser empregada;
EMBOÇO: Deve ser aplicado no mínimo 24 h após o chapisco;
REBOCO:
É a camada final do revestimento (também chamada “massa fina”) e tem a
função de tornar a superfície sobre o emboço mais lisa, para receber a pintura.
Em áreas secas (salas e quartos) usa-se o revestimento em três camadas
(chapisco, emboço e reboco) mais a pintura.
Em áreas molhadas (cozinha, banheiro e área de serviço), o revestimento
normalmente é cerâmico, e nesse caso, não será feito reboco, pois a cerâmica
será assentada sobre o emboço.
A argamassa do reboco pode ser feita na obra, com cal hidratada e areia fina
(areia peneirada), traço 1:2.
Atualmente é comum o uso de reboco “pronto”, também chamado “massa
fina”, que é uma argamassa industrializada já pronta, à qual adiciona-se água
na obra.
ALVENARIA – Argamassas – Aderência
Aderência é a capacidade que o revestimento tem de suportar tensões
normais de tração e tangenciais atuantes na interface substrato/revestimento
sem sofrer um processo degenerativo.
A NBR 13749/96 estabelece o limite de resistência de aderência à tração
(Ra), para revestimentos de argamassa, que varia de acordo com o local de
aplicação e tipo de acabamento.
Fatores que influenciam este fenômeno:
Características da base,

Composição e propriedades da argamassa no estado fresco;

Técnica de aplicação, respeito ao tempo de sarrafeamento e desempeno;

Condições climáticas quando da aplicação; e

Limpeza da base.

ALVENARIA – Argamassas – traço

Traço designa a proporção entre os materiais que comporão a argamassa;


O traço é função das características da argamassa; Normalmente se utiliza a
argamassa chamada “mista”, cimento e cal, mais areia;
Argamassa só com cimento e areia seria muito resistente, porém não
teria boa trabalhabilidade , além de aumentar o custo.
Outra forma de representar o traço de uma argamassa mista (alvenaria
hidráulica) – o traço tem três números, os dois primeiros indicam o traço de
26

uma argamassa de cal e areia que é preparada antes. O último número indica
quantas partes de argamassa de cal, antes preparada, são necessárias para
juntar uma parte do cimento:
TRAÇO 1:5/6 (argamassa básica de cal e areia 1:5, adicionando-se cimento na
proporção de uma parte de cimento para 6 partes de argamassa básica);
Produção de Argamassas – No Canteiro
ARGAMASSA DOSADA NO CANTEIRO
Central de produção – requer um número de equipamentos de mistura
adequado ao volume diário de consumo;
Deve ser instalada próxima ao estoque dos materiais e ao equipamento de
transporte (vertical ou horizontal);
Estocagem individual de cada material, acarretando maior área de estocagem
e interferência com o transporte vertical de outros materiais.

ARGAMASSA INDUSTRIALIZADA
Reduz áreas de estocagem e interferência com o transporte vertical dos
outros materiais;
Estocagem dos sacos de argamassa implica numa maior facilidade de
controle, diminuição de desperdício, reduzindo custos.
ARGAMASSA FORNECIDA EM SILO
Dispensa a organização de uma central de produção no canteiro – reduz
espaço;
Todos os materiais constituintes da argamassa ficam armazenados no próprio
silo;
Maior facilidade de controle e estocagem do material - mistura feita no
equipamento acoplado no próprio silo;
Elimina-se a interferência do transporte dessa argamassa com outros
materiais.
O Sistema dosa, prepara, bombeia ou faz a projeção de argamassas
diretamente na obra.
Toda matéria prima empregada na preparação da argamassa tem total
aproveitamento e apresenta ainda outras vantagens como:
•Eliminação de estocagem;
•Canteiro de obra limpo;
•Eliminação de mão de obra excedente;
•Redução no tempo e no custo do transporte interno e na aplicação;
•Preparo exato, contínuo e isento de falhas na dosagem e mistura da
argamassa.

ALVENARIA – Argamassa – Quantitativos

EXEMPLO DE QUANTITATIVOS DE ARGAMASSAS: Calcular as quantidades


de materiais para uma parede com as seguintes características:
Comprimento = 4,0 m
Altura = 2,50 m
Argamassa de revestimento interno:
27

•Chapisco: cimento e areia grossa lavada, traço 1:4 em volume, com 5 mm


de espessura;
•Emboço: cimento, cal hidratada e areia média lavada, traço 1:1:6 em
volume, com 20 mm de espessura;
•Reboco: cal hidratada e areia fina lavada, traço 1:4 em volume, com 5 mm
de espessura.
Outros dados:
•Peso específico do cimento: 1.600 kg/m3;
•Peso específico da areia grossa: 1.700 kg/m3;
•Peso específico do cal: 1.200 kg/m3;
•Peso específico da areia média: 1.500 kg/m3;
•Peso específico da areia fina: 1.900 kg/m3;
Algumas considerações:
Para cada m3 de argamassa, são consumidos de 350 a 370 litros de água
limpa;

Considerar um acréscimo de 5% nas quantidades dos materiais a título de


taxa de quebra e/ou desperdício;

No caso de tijolos furados, acrescentar 5%, nas quantidades dos materiais
para argamassa de assentamento;

Existem diferentes tipos de aditivos químicos que podem ser utilizados nas
argamassas, entre eles:
Impermeabilizantes;
Adesivos;
Aceleradores e retardadores de pega;
Plastificantes;
Controladores de fissuração, etc.

Deve-se consultar os fabricantes para definição do traço.
ALVENARIA – Execução
1ª. Etapa – MARCAÇÃO:
•É a execução da primeira fiada da alvenaria. Para isso, são recomendados os
passos a seguir.
1.Conferir a modulação: Verificar o “casamento” das dimensões da parede a
construir com as dimensões dos tijolos ou blocos. É desejável que os
componentes encaixem conforme a dimensão da parede, sem quebras ou
enchimentos. Caso necessário simular uma fiada no piso, sem argamassa,
com juntas secas de aproximadamente 1 cm.

ALVENARIA – Execução – Elevação

A marcação da galga (altura das fiadas) é feita com o auxílio da mangueira de


nível ou com aparelho de nível, nos pilares ou escantilhão.
São marcadas também cotas de vergas e contravergas;
Verga – viga de concreto armado colocada sobre as aberturas nas
alvenarias.
28

Contra-verga - viga de concreto armado colocada sob as aberturas de


janelas, com a função de evitar o surgimento de trincas na alvenaria.
Fixação de dispositivos de amarração da alvenaria aos pilares “ferros-cabelo”
– aço CA50 – Ø 5 mm ou 8 mm chumbada no pilar a cada 2 fiadas.

2.Definir as juntas: Junta amarrada – cada fiada fica defasada meio


comprimento do tijolo ou bloco em relação a fiada de baixo; Junta a prumo –
todas as juntas ficam alinhadas.

Junta amarrada – mais comum e mais recomendada, causa um travamento


dos componentes, o que favorece muito o aumento da resistência da parede.
Junta a prumo – é usada em condições especiais, alvenaria aparente ou para
se conseguir um efeito visual diferenciado.
3. Assentar a primeira fiada:
Checada a modulação, inicia-se o assentamento da primeira fiada:
O local deve estar limpo e molhado;

Os tijolos ou blocos devem, também, ser previamente molhados (não


encharcados);

O assentamento deve iniciar pelos cantos, espalhando-se uma camada de


argamassa no piso com a colher de pedreiro;

A espessura dessa primeira camada deve ser maior que as demais (mais de
1 centímetro) – para acertar o nível e determinar a espessura das demais;

Cada bloco, depois de assentado, deve ter seu alinhamento, nível e prumo
conferidos;

O ajuste do bloco é feito com o auxílio de pequenas batidas com o cabo da


colher de pedreiro. (adaptado de MEDEIROS-1993).

4. Elevação:
Inicia-se pelos cantos, executando-se primeiramente o início e o fim de
algumas fiadas, o que se chama “castelo”. As fiadas dos castelos servirão de
base para o alinhamento das fiadas da parede.
O “escantilhão”, haste de madeira ou metálica com comprimento igual ao pé
direito do pavimento, graduada com espaços iguais à altura nominal do bloco
ou tijolo, acrescido da espessura da junta, apoiada no piso, é utilizada para
controlar as alturas das fiadas do castelo (serve como gabarito).
A elevação do castelo deve ser feita observando-se a planeza da face da
parede (com uma régua), assim como o nível e o prumo de cada bloco
assentado.

Depois de executados os castelos, preenche-se o interior das paredes, fiada


por fiada.

Para o alinhamento das fiadas usa-se uma linha-guia, presa em pequenos


pregos fixados nas extremidades de cada fiada, no escantilhão ou na junta
horizontal.
29

A argamassa deve ser estendida sobre a superfície da fiada anterior e na


face lateral do bloco ou tijolo que será assentado.

A quantidade de argamassa deve ser suficiente para que um excesso seja
expelido quando o bloco for pressionado para ficar na posição correta.

Esse excesso deve ser raspado e pode ser reutilizado.

As linhas-guia facilitam bastante o controle do alinhamento, do nível e do


prumo, porém, a cada 3 ou 4 fiadas, no máximo, deve ser conferida a planeza,
o nível e o prumo da parede.

Recomenda-se a elevação máxima, num dia, de meio pé-direito, ou uma


altura entre 1,20 e 1,50 m aproximadamente.

ALVENARIA – Elevação – Tipos de Juntas


Cordão: o pedreiro forma dois cordões de argamassa, melhorando o
desempenho da parede em relação a penetração de água de chuva, ideal para
paredes em alvenaria aparente. O cordão pode ser lançado com bisnaga ou
ferramenta específica feita pelo próprio pedreiro. ALVENARIA – Elevação –
Tipos de Juntas Tradicional: espalha-se a argamassa com a colher de
pedreiro e depois pressiona o tijolo ou bloco conferindo o alinhamento e o
prumo.
Cordão: o pedreiro forma dois cordões de argamassa, melhorando o
desempenho da parede em relação a penetração de água de chuva, ideal para
paredes em alvenaria aparente. O cordão pode ser lançado com bisnaga ou
ferramenta específica feita pelo próprio pedreiro.
Quando a alvenaria for utilizada aparente, pode-se frisar a junta de
argamassa, que deve ser comprimida e nunca arrancada, conferindo mais
resistência e com o efeito estético que desejar. Abaixo alguns modelos de
juntas para alvenaria aparente.
ALVENARIA – Execução – Encunhamento
4. Encunhamento:


Utiliza-se tijolos comuns, assentados inclinados e pressionados entre a última
fiada e a viga ou laje superior;
Podem ser utilizadas também cunhas pré-moldadas de concreto, ou então
uma argamassa com expansor (argamassa expansiva).
ALVENARIA – Elevação – Fiadas - Amarração
Quando a parede encosta num pilar, recomenda-se amarrar a alvenaria neste
evitando o surgimento de trincas ou fissuras entre os dois.
Costuma-se usar os “ferros-cabelo”, pequenas barras de aço inseridas no
pilar e na junta da alvenaria.
Ou pode-se usar outros elementos que produzam o mesmo efeito como por
exemplo, telas metálicas.
Nos encontros entre paredes (“L”, “T” ou cruz) é sempre desejável as juntas
de amarração;
30

Recomenda-se o emprego de blocos com comprimentos ou formas


adaptadas para essas ligações.
JUNTAS A PRUMO NÃO RECOMENDADAS AS PAREDES DE
FACHADASEXECUÇÃO DE LIGAÇÃO ENTRE ALVENARIA DE FACHADA E
ALVENARIA INTERNA.
ALTURA EFETIVA
Considera-se como altura efetiva das paredes a altura real quando a parede
é apoiada na base e no topo.

No caso de ser apoiada apenas na base a sua altura efetiva deve ser duas
vezes a altura da parede acima de sua base.

SLIDE 5

COBERTURA
As coberturas são estruturas que se definem pela forma, observando as
características de função e estilo arquitetônico das edificações. As coberturas
têm como função principal a proteção das edificações, contra a ação das
intempéries, atendendo às funções utilitárias, estéticas e econômicas.
TIPOS DE TELHADOS:
Uma água (meia água):
Caracterizada pela definição de somente uma superfície plana, com
declividade, cobrindo uma pequena área edificada ou estendendo-se para
proteger entradas (alpendre)
Duas águas:
Caracterizada pela definição de duas superfícies planas, com declividades
iguais ou distintas, unidas por uma linha central denominada cumeeira ou
distanciadas por uma elevação (tipo americano). O fechamento da frente e
fundo é feita com oitões.
Três águas:
Caracterizada como solução de cobertura de edificações de áreas triangulares,
onde se definem três tacaniças unidas por linhas de espigões.
Quatro águas:
Caracterizada por coberturas de edificações quadriláteras, de formas regulares
ou irregulares.
Múltiplas águas:
Coberturas de edificações cujas plantas são determinadas por superfícies
poligonais quaisquer, onde a determinação do número de águas é definida pelo
processo do triângulo auxiliar. De acordo com os sistemas construtivos das
coberturas, ou seja, quanto às características estruturais determinadas pela
aplicação de uma técnica construtiva e/ou materiais utilizados, podemos
classificar as coberturas em:
NATURAIS
coberturas minerais:
coberturas vegetais rústicas (sapé):
coberturas vegetais beneficiadas:
coberturas com membranas:
coberturas em malhas metálicas:
coberturas tipo cascas:
COBERTURA MINERAL
31

São materiais de origem mineral, tais como pedras em lousas (placas), muito
utilizadas na antigüidade (castelos medievais) e maisrecentemente apenas
com finalidade estética em superfícies cobertas com acentuada declividade
(50% < d >100 %). Atualmente, vem sendo substituída por materiais similares
mais leves e com mesmo efeito arquitetônico (placas de cimento amianto);
COBERTURAS VEJETAIS RÚSTICAS (SAPÉ): De uso restrito a construções
provisórias ou com finalidade decorativa, são caracterizadas pelo uso de folhas
de árvores, depositadas e amarradas sobre estruturas de madeiras rústicas ou
beneficiadas. COBERTURAS VEJETAIS BENEFICIADASPodem ser
executadas com pequenas tábuas (telhado de tabuinha) ou por tábuas corridas
superpostas ou ainda, em chapas de papelão betumado;
COBERTURAS COM MEMBRANASCaracterizadas pelo uso de membranas
plásticas (lonas), assentadas sobre estruturas metálicas ou de madeiras ou
atirantadas com cabos de aço -tenso estruturas, ou ainda, por sistemas
infláveis com a utilização de motores insufladores;
COBERTURAS EM MALHAS METÁLICASCaracterizadas por sistemas
estruturais sofisticados, em estruturas metálicas articuladas, com vedação de
elementos plásticos, metálicos, acrílicos ou vidros.
COBERTURAS TIPO CASCAS: Caracterizadas por estruturas de lajes em
arcos, em concreto armado, tratadas com sistemas de impermeabilização.
Especificações do projeto arquitetônico:
a)-Altura das cumeeiras, também chamada de Ponto de Cobertura.
b)-Acabamentos laterais de coberturas.
c)-Oitão -elevação externa em alvenaria de vedação acima da linha de forro
(pé-direito).
d)-Platibandas -elevação de alvenarias acima da linha de forro, na mesma
projeção das paredes.
e)-Beirais -caracterizados pela projeção das estruturas de apoio de cobertura
alem da linha de paredes externas.
f)-Elementos de captação de águas: canaletas, calhas e ralos.
g)-Iluminação e ventilação zenital: clarabóias e domos.
Ex. de Clarabóia e Domos
COBRIMENTO OU TELHAMENTOO mercado oferece uma diversidade de
materiais para telhamento de coberturas, cuja escolha na especificação de um
projeto depende de diversos fatores, entre eles o custo que irá determinar o
patamar de exigência com relação à qualidade final do conjunto, devendo-se
considerar as seguintes condições mínimas:
a)Deve ser impermeável, sendo esta a condição fundamental mais
relevante;b)Resistente o suficiente para suportar as solicitações e
impactos;c)Possuir leveza, com peso próprio e dimensões que exijam menos
densidade de estruturas de apoio;d)Deve possuir articulação para permitir
pequenos movimentos;e)Ser durável e devem manter-se inalteradas suas
características mais
importantes;f)Deve proporcionar um bom isolamento térmico e acústico.
Chapa de aço zincado: a)Existem perfis ondulados, trapezoidais e
especiais;b)Podem ser obtidas em cores, com pintura eletrostática;c)Permitem
executar coberturas com pequenas inclinações;d)Podem ser fornecidas com
aderência na face inferior de poliestireno
32

(isopor) expandido para a redução térmica de calor.


Telhas autoportantes: a)Executadas com chapas metálicas ou concreto
protendido, em perfis
especiais (autoportantes) para vencer grandes vãos, variando de 10 a 30
metros, em coberturas planas e arcadas, sem a existência de estrutura de
apoio;b)Utilizadas em construções de galpões industriais, agrícolas, esportivos,
hangares etc. Telhas de alumínio: a)É um material mais leve, porém, de maior
custo;b)Fornecidas em perfil ondulados e trapezoidais;c)Refletem 60% das
irradiações solares, mantendo o conforto térmico sob a
cobertura, são resistentes e duráveis;d)Cuidado deve ser observado para não
apoiar as peças diretamente sobre
a estrutura de apoio em metal ferroso, as peças devem ser isoladas no
contato; Telhas plásticas a)Fornecidas em chapas onduladas e trapezoidais,
translúcidas e opacas,
de PVC ou Poliéster e em cores;
Telhas cerâmicas: a)São tradicionalmente usadas na construção civil;b)Tipos
principais: francesa, colonial ou paulista, romana, plana ou
germânica.
Telhas de vidro: a)Formatos similares às telhas cerâmicas;b)Utilizadas para
propiciar a iluminação zenital. Telhas de fibrocimentoa)São fabricadas com
cimento portland e fibras de amianto, sob pressão;b)Incombustíveis, leves,
resistentes e de grande durabilidade;c)Fácil instalação, existindo peças de
concordância e acabamento, e
exigindo estrutura de apoio de pouco volume;d)Perfis variados e também
autoportantes, com até 9,0 m de comprimento. Telhas de chapas
compensadas e aluminizadas: a)Feitas com lâminas de madeira
compensada, coladas a alta pressão;b)Incombustíveis;c)Alta resistência
mecânica, suportando peso de cinco pessoas;d)Refletem os raios solares,
permitindo temperaturas interiores mais baixas;e)Dimensões das peças: C =
2,2 m, L = 1,00 m, e = 6 mm. Telhas de concreto: a)Telhas produzidas com
traço especial de concreto leve, proporcionando
um telhado com 10,5 telhas por metro quadrado e peso de 50 kg/m2;b)Perfis
variados com textura em cores obtidas pela aplicação de camada de
verniz especial de base polímero acrílica;c)Alta resistência das peças, superior
a 300 kg.
Chapas de policarbonato: a)Apresentadas em chapas compactas (tipo vidro)
ou alveolares, transparentes ou translúcidas, em cores, praticamente
inquebráveis (resistência superior ao do vidro em 250 vezes), baixa densidade,
resistentes a raios ultra-violeta, flexíveis, material auto extinguível não gerando
gases tóxicos quando submetido a ação do fogo;b)A aplicação de chapas de
policarbonato, devido a variedade de tipos e espessuras, é a solução para
inúmeras indicações, tais como: coberturas em geral, luminosos, blindagem,
janelas e vitrines etc.
Estruturas de madeira: Para facilitar, podemos dividir a estrutura em armação
e trama. A armação é a parte estrutural, constituída pelas tesouras,
cantoneiras, escoras, etc... E a trama é o quadriculado constituído de terças,
caibros e ripas, que se apóiam sobre a armação e por sua vez servem de apoio
às telhas. Estruturas de apoio tipo tesouras: As armações tipo tesouras
correspondem ao sistema de vigas estruturais treliçadas, ou sejam, estruturas
isostáticas executadas com barras situadas num plano e ligadas umas ao
33

outras em suas extremidades por articulações denominadas de nós, em forma


de triângulos interligados e constituindo uma cadeia rija, apoiada nas
extremidades. Tipos tesouras: Independente do material a ser utilizado na
execução de estruturas tipo tesoura, as concepções estruturais são definidas
pelas necessidades arquitetônicas do projeto e das dimensões da estrutura
requerida. Estruturas de apoio tipo tesourasA altura das cumeeiras, também
chamada de Ponto de Cobertura -é a relação entre a altura máxima da
cobertura e o vão. O Ponto varia entre os limites de 1:2 a 1:8 nos telhados.
IMPORTANTE: Em tesourassimples, no mínimo devemos saber:
-Vãos até 3,00m não precisam de escoras.
-Vãos acima de 8,00m deve-se colocar tirantes.
-O espaçamento ideal para as tesouras deve ficar na ordem de 3,0m.
-O ângulo entre a perna e a linha é chamado de inclinação;
-O ponto é a relação entre a altura da cumeeira e o vão da tesoura.
-A distância máxima entre o local de intersecção dos eixos da perna e da

linha e a face de apoio da tesoura deverá ser ≤ 5,0cm.


Terças:
As terças são peças horizontais colocadas em direção perpendicular às
tesouras e recebem o nome de cumeeiras quando são colocadas na parte mais
alta do telhado (cume), e contra frechal na parte baixa.
Apoiam-se sobre as tesouras, e suas bitolas dependem do espaço entre elas
(vão livre entre tesouras), do tipo de madeira e da telha empregada.
-Bitolas de 6 x 12 se o vão entre tesouras não exceder a 2,50m.
-Bitolas de 6 x 16 para vãos entre 2,50 a 3,50m.
vãos entre 2,50 a 3,50m.
OBS: Estes vãos são para as madeiras secas. Caso não se tenha certeza,
devemos diminuir ou efetuar os cálculos que leva em consideração o tipo
de madeira e de telha:
Para vãos maiores que 3,50m devemos utilizar bitolas especiais o que não
é aconselhável pelo seu custo.
Caibros:
Os caibros são colocados em direção perpendicular às terças, portanto paralela
às tesouras. São inclinados, sendo que seu declive determina o caimento do
telhado.
A bitola do caibro varia com o espaçamento das terças, com o tipo de madeira
e da telha.
-Terças espaçadas até 2,00m usamos caibros de 5 x 6.
-Quando as terças excederem a 2,00m e não ultrapassarem a 2,50m, usamos
caibros de 5x7 ou 6x8.
Os caibros são colocados com uma distância máxima de 0,50m (eixo a eixo)
para que se possa usar ripas comuns de 1x5.
OBS: Estes vãos são para as madeiras secas. Caso não se tenha certeza,
devemos diminuir ou efetuar os cálculos que leva em consideração o tipo
de madeira e de telha: Ripas: As ripas são a última parte da trama e são
pregadas perpendicularmente aos caibros. São encontradas com seções de
1,0x5,0cm (1,2x5,0cm).
O espaçamento entre ripas depende da telha utilizada. Para a colocação das
ripas é necessário que se tenha na obra algumas telhas para medir a sua
galga. Elas são colocadas do beiral para a cumeeira, iniciando-se com duas
34

ripas ou sobre testeira. Telhado Pontelado: Podemos construir o telhado sem


o uso de tesouras. Para isso, devemos apoiar as terças em estruturas de
concreto ou em pontaletes.
Em construções residenciais, as paredes internas e as lajes oferecem apoios
intermediários. Nesses casos, portanto, o custo da estrutura é menor.
O pontalete trabalha à compressão e é fixado em um berço de madeira
apoiado na laje. Sendo assim, a laje recebe uma carga
distribuídaRECOMENDAÇÕES:
-Reconhece-se um bom trabalho de carpinteiro, quando os alinhamentos das
peças são perfeitos, formando cada painel do telhado um plano uniforme. Um
madeiramento defeituoso nos dará um telhadoondulado e de péssimo
aspecto.
-Não devemos esquecer a colocação da caixa d'água, antes do término do
madeiramento.
-Quando o prego for menor do que a peça que ele tem que penetrar, deve ser
colocado em ângulo, coloque-o numa posição próxima e inclinada suficiente
para que penetre metade de sua dimensão em uma peça e metade em outra.
O ideal seria o prego penetrar 2/3 do seu comprimento.
-Quando tiver que pregar a ponta de uma peça em outra, incline os pregos
para que estes não penetrem paralelamente às fibras e sim o mais
perpendicular possível a elas. Inclinação dos Telhados: As inclinações
citadas em cada tipo de telha relaciona-se a telhados retos. Os cuidados
devem ser redobrados quando os telhados forem selados também chamados
de corda bamba.
Devido ao seu traçado, as águas pluviais ganham uma velocidade maior no
seu início (cume) e perdem no seu final (beiral), fazendo com que as águas
retornem, infiltrando parte das águas nos telhados. O ponto de transição é
onde o telhado é mais selado. Portanto, a inclinação mínima deve ser
conseguida na posição onde o telhado estiver mais selado. Calhas: São
captadoras de águas pluviais e são colocadas horizontalmente. São
geralmente confeccionadas com chapas galvanizadas nº 26 e 24.
As chapas galvanizadas geralmente medem 1,00m e 1,20m de largura por
2,00m de comprimento mas para a confecção das calhas o que se utiliza é a
bobina de chapa galvanizada (pois diminui o número de emendas) e mede 1,0
ou 1,20m de largura e comprimento variável. Tipos de Calhas:
-Calhas tipo coxo:
São calhas que captam uma quantidade de água maior devido a sua seção,
geralmente são utilizadas para grandes áreas cobertas. Podem Ter a sua
seção variável, promovendo assim uma inclinação no fundo da mesma,
auxiliando o escoamento das águas (calhas coxo cônica). Tipos de Calhas:
-Platibanda:
Designa uma faixa horizontal (muro ou grade) que emoldura a parte superior de
um edifício e que tem a função de esconder o telhado e as calhas. Podendo ser
utilizado em diversos tipos de construção, como casas e igrejas, etc. Tipos de
Calhas:
-Moldura:
Tem a mesma função da tradicional, porém, possuem modelos, formatos e
cores diferenciados. Tipos de Calhas:
-Rufos e Pingadeiras:
35

Os rufos e as pingadeiras geralmente são confeccionados com chapa n°28


(mais finas) e em concreto ou argamassa simples. Dimensionamento de
Calhas:
-Para o dimensionamento das calhas devemos ter dados dos índices
pluviométricos de região etc..., o que dificulta, em certas cidades, devido
ao difícil acesso a esses dados.
Entretanto podemos utilizar na prática, uma fórmula empírica que nos
fornece a área da calha "A" (área molhada), a qual tem dado bons
resultados.
A = [ n.a (m²)] = cm²
sendo: A = área útil da calha
a = área da cobertura que contribui para o condutor
n = significa o numero de áreas “a” que contribui para o condutor mais
desfavorável. 1º necessitamos de uma calha com área útil de 50,0cm²
2º devemos verificar se é uma área grande ou não
3º Se for grande, podemos aumentar o nº de condutores ou adotar uma calha
tipo
coxo (a mais indicada para esses casos)
4º Se for pequena, adotar calha tipo platibanda, mas sempre verificando as
condições de adaptações da calha ao telhado. Dimensionamento de
Condutores: Para o caso de condutores podemos considerar a regra prática:
Um cm² de área do condutor para cada m² de área detelhado a seres gotado.
Ex.Ø3"=45 cm² e Ø4"=81cm²
Nota:Se1”=2,54cm;3”=7,62cm.Se o condutor tem Ø3"e a fórmula da área do
circulo é A=π*R²,logo temos 7,62 cm de diâmetro onde encontraremos a área
em cm²:A=π*3,81²A=45,6cm²
Exemplo:
No caso anterior temos três condutores de cada lado do telhado. Os da
Extremidade tem uma área de contribuição de 25m². Podemos adotar um Ø de
3".
O do centro recebe a contribuição de 50m², adotando, portanto, um Ø de 4".
Obs: 1 -Neste caso podemos utilizar o de maior dimensão para todos
2 -Devemos evitar colocar condutores inferiores a 3".

Você também pode gostar