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Tecnologia da Construção
(Sistemas Construtivos)
Projeto
Projeto de arquitetura: plantas, cortes, fachadas. Definição das áreas, dimensões e níveis, e
locação da obra no terreno – posicionamento em relação a um determinado ponto.
Levantamentos iniciais:
Verificação das condições do terreno, construções, vegetação, acessos, planejamento do
local do canteiro de obras.
Levantamento topográfico – levantamento planialtimétrico: dados da topografia e geometria
do terreno, níveis (do terreno e dos vizinhos), interferências, particularidades.
Limpeza do terreno e remoção de todas as interferências, como vegetações, construções etc.
Execução dos muros de divisa para delimitar e dar segurança.
Definição, projeto e execução do canteiro de obras. Suas instalações devem prever áreas para
abrigar, pelo menos:
local de trabalho para engenheiros/arquitetos da obra;
arquivo de documentação técnica, normas e especificações e consulta aos projetos;
locais para ensaios e controle tecnológico de materiais;
suporte administrativo: registros e controle de pessoal, tesouraria, primeiros socorros;
almoxarifado, equipamentos de segurança (EPI);
sala de reunião e treinamento;
sanitários;
cantina/refeitório;
área de descanso e lazer.
O canteiro de obras
Além do canteiro, deve ser estudada a implantação dos fluxos durante a obra:
Estoque de material.
O movimento de terra tem como objetivo a realização da escavação e/ou aterro para deixar o
terreno na cota desejada para a implantação da obra, ou seja, para executar a
terraplenagem.
A escavação pode ser manual (no caso de poucos volumes ou de locais com restrição de
acesso) ou mecanizada. Os equipamentos pesados de escavação possuem uma
produtividade maior que os equipamentos leves, mas necessitam de espaços livres de
movimentação para se tornarem viáveis. Os equipamentos leves são ideais para locais
restritos e com interferências que impõem cuidados e escavações localizadas.
A distância e o tempo até o local de descarte do material devem ser considerados para o
dimensionamento do número de caminhões, definindo um ciclo de viagens que incide no
prazo da execução da terraplenagem.
Caso sejam necessárias estruturas de arrimo nos aterros, deve-se executar esses arrimos e
depois realizar o movimento de terra.
Deverá ser dada atenção especial à drenagem dessas áreas durante a construção. E os
taludes provisórios deverão ser protegidos contra a ação deletéria das águas de chuva.
O rebaixamento do lençol, que pode ser feito basicamente com duas técnicas diferentes,
por meio de poços de captação ou ponteiras filtrantes, deve durar o tempo necessário da
escavação abaixo do nível do lençol, não podendo ser interrompido de forma alguma, sob o
risco de desestabilizar toda a escavação.
Caso o nível do lençol esteja próximo ao nível da escavação, é necessário considerar a sua
possível variação e eventualmente projetar uma captação de água abaixo do piso.
VC
Empolamento (E) Solto
Corte
VC = 𝜑 Vs Fator de conversão Vs
(𝜑) Fonte: adaptado de:
http://souzaengenharia.blogspot.com/2015
/05/empolamento-e-compactacao.html
Locação da obra
Pode ser feita com o auxílio de gabaritos de madeira fixados no terreno, que servem de
auxílio para a definição dos pontos de referência da obra, ou em obras de maior envergadura,
de instrumentos topográficos de maior precisão.
3ª Etapa
Lançamento a partir da
linha base dos eixos dos
Teodolito
elementos construtivos
sobre os gabaritos.
Utilize cortes na madeira
e pregos para definir os
eixos lançados.
Fonte: BORGES, A. C. Prática das pequenas construções.
Vol. 1 e 2. São Paulo: Editora Blucher. 2009/2010, fl. 46.
Locação da obra
Ilustração: exemplo de gabarito fixado no terreno com pregos para a passagem de fios que
materializam os eixos principais da obra.
Prego da face
Prego do eixo
Prego da face
Fonte: Aplicação
da Topografia na
Engenharia –
EESC USP-
STT0177, 2010.
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do piso
As fundações rasas são, em sua maioria, de concreto armado e não há necessidade do uso
de maquinário específico. Sua execução é feita a céu aberto, após a escavação do solo local
até a cota de assentamento, o preparo do apoio com a compactação manual da superfície e
o lançamento de uma camada de lastro, geralmente de concreto magro com espessura de
5 cm. Sobre esse lastro é posicionada a armadura do elemento, colocadas as formas e, em
seguida, lançado o concreto, seguindo as prescrições das normas de estruturas e fundações,
em especial as normas NBR 6118/2014 e NBR 6120/2019.
Dentre os tipos de fundação profundas existem os tubulões (fundação profunda que se apoia
diretamente no solo profundo) e as estacas (fundações profundas que transmitem os
esforços de forma indireta para o solo, parte por atrito, parte por resistência de ponta).
Dentre os tipos mais comuns de estaca, existem as pré-moldadas (de concreto e metálicas,
além das estacas de madeira, menos utilizadas) e as estacas moldadas no local, durante
sua execução.
Dentre as moldadas no local, existem a estaca Strauss, a hélice contínua, a estaca Franki e
as estacas escavadas (com ou sem o uso de líquido estabilizante), além das estacas raiz e
das micro estacas.
Cada um desses tipos possui suas condições mais favoráveis de aplicação e restrições
quanto a determinadas condições de aplicação.
A definição do tipo de estaca a ser utilizada em uma obra,
muitas vezes é definida por fatores executivos (como
facilidade de instalação, restrições com relação ao pé-direito,
por exemplo) ou mesmo de rapidez de execução.
Após a execução das estacas, o seu topo deve ser arrasado e
preparado para que a armadura dentro delas fique incorporada
no bloco de coroamento.
Fundações
Após a execução das estacas, o seu topo deve ser arrasado e preparado para que seu topo
possa ser incorporado ao bloco de coroamento.
Esse corte deve preservar a armadura da estaca para que sua armadura fique incorporada
ao bloco de coroamento.
Etapas 1ª Etapa
Escavação dos blocos e
baldrames de fundação
Retroescavadeira
2ª Etapa
Acerto manual de
fundo de vala
3ª Etapa
Preparo da cabeça
Rompedor automático
Etapas
Compressor 4ª Etapa Bomba de
Apiloamento do fundo esgotamento submersível
da vala
Socador
ram. 30
Etapas
5ª Etapa Betoneira
Assentamento manual
Cimento
para lastro de
concreto magro
Areia
Brita
6ª Etapa
Execução do lastro
de concreto magro
Vibrador
Fôrmas
de imersão
Armação
No caso das fundações diretas rasas (sapatas), elas só podem ser executadas após a
terraplenagem chegar à cota de projeto.
Muitas vezes, por facilidade de instalação dos equipamentos, as estacas são executadas em
uma cota acima da cota de terraplenagem, antes do movimento de terra. Mais tarde, quando
os serviços de terraplenagem efetuarem o corte do terreno, os topos das estacas ficarão à
mostra e será necessário fazer o corte da sua parte superior (arrasamento) até a cota de
fundo do bloco. E essa operação do corte do terreno é mais complexa, devido à interferência
com os topos das estacas, devendo ser feita com equipamento leve.
Se, em casos como esse, as fundações forem em estacas tipo hélice contínua ou barrete, é
possível com razoável precisão, concretá-las não até o topo da escavação, mas apenas até
a cota de fundo dos blocos, e acima dela lançar um aterro de solo jogado, que será retirado
quando for feita a escavação de toda a praça.
Caso as estacas sejam executadas em terrenos a serem
cortados, uma parte do atrito de cravação é perdido.
Caso seja executado um aterro acima das estacas já
executadas, a pressão do aterro irá ocasionar uma sobrecarga
na estaca, efeito conhecido com atrito negativo.
Estruturas
Deve ser feito um estudo (denominado Plano de Rigging) de todas as ações relacionadas ao
posicionamento dos equipamentos de içamento e lançamento dos elementos.
O controle da geometria deve ser rigoroso e as tolerâncias devem estar dentro dos limites
das normas específicas (NBR 9062/2017 para as estruturas de concreto pré-moldado e NBR
8800/2008 para as estruturas de aço).
Estruturas pré-moldadas
O concreto pode ser virado na obra, mas cada vez mais sua produção é feita por
concreteiras, levadas até a obra por betoneiras.
As formas devem ser feitas e montadas para dar o formato desejado ao concreto,
após a sua cura e desforma.
São previstas formas em todas as faces inferiores e laterais dos elemento de concreto,
inclusive o fechamento das extremidades.
O sistema de formas e seu escoramento, denominado “cimbramento” deve ser rígido, de
forma a não apresentar deformações.
O sistema de cimbramento e formas deve ser projetado para
não apresentar deformações, considerando a massa do
concreto como carga, sem resistência, e a sobrecarga de
movimentação das montagens.
É necessário também prever de forma criteriosa seus
reaproveitamentos na mesma obra e não se esquecer de que
essas peças são desmontadas após a cura do elemento
estrutural concretado.
Formas
Na maioria das vezes, as formas são feitas de madeira e são recuperadas após seu uso,
podendo ser reaproveitadas.
No preparo das formas, deve ser dada atenção especial para que elas possam receber o
concreto, evitando a absorção de água, a sua perda nas emendas e a facilidade da
desforma.
Mão-francesa
Torre
Fonte: SALGADO, J. C.
P. Técnicas e práticas
construtivas para edificação. 4.
ed. São Paulo: Saraiva, 2018. Placa
cap. 4, fig. 4.6.
Macaco de base
Cimbramento e vigas metálicas
Formas
A retirada do cimbramento é um assunto muito importante, pois ela deve ser feita não
apenas para respeitar não só a resistência que o concreto deve ter alcançado em contraste
com os carregamentos a serem aplicados (basicamente o peso próprio da estrutura e a
sobrecarga de obra), mas também a deformabilidade do concreto, dada pela evolução do
módulo de elasticidade. Ou seja, o concreto pode resistir aos esforços, mas apresentar
deformações visíveis, que não serão recuperadas.
Por esse motivo, geralmente é feita uma retirada parcial do cimbramento e das formas,
permitindo o seu reaproveitamento imediato no piso acima e a manutenção de algumas
linhas de apoios das escoras. Assim, minimizam-se as flechas das lajes.
a) Estrutura própria das formas para lançamento do concreto com as dimensões adequadas.
b) Estrutura que sustenta as formas para possibilitar o lançamento do concreto.
c) Processo de endurecimento e ganho de resistência do concreto.
d) Consideração do tempo de desforma em função do endurecimento do concreto.
e) Deformação das estruturas provocadas pela desforma.
Resposta
a) Estrutura própria das formas para lançamento do concreto com as dimensões adequadas.
b) Estrutura que sustenta as formas para possibilitar o lançamento do concreto.
c) Processo de endurecimento e ganho de resistência do concreto.
d) Consideração do tempo de desforma em função do endurecimento do concreto.
e) Deformação das estruturas provocadas pela desforma.
Armaduras
As armaduras usadas no concreto, em sua grande maioria são dos aços CA-50 e CA-60,
eventualmente sendo usado o CA-25. E o aço CA-50 é o mais usado. Embora seja fornecido
em barras de 12 metros, é muito conveniente o recebimento, na obra, das barras já cortadas
e dobradas, simplificando o seu transporte e manuseio.
Os aços devem ser devidamente certificados e armazenados de forma correta para evitar
corrosão durante o período de espera para seu uso.
Nem sempre todas as paredes são estruturais; as paredes sem essa função podem ser
executadas em uma etapa posterior.
Steel frame
Fonte: adaptado
de: http://www.da
ruix.com.br/estrut
Suas restrições são a limitação do número de
uras.html#Capital pavimentos e pouca flexibilidade na arquitetura.
Estruturas de madeira
O uso de estruturas de madeira têm sido crescente, com o uso de modernas técnicas de
reflorestamento associadas ao desenvolvimento de produtos industrializados.
Wood frame é um sistema construtivo com montantes e travessas em madeira revestidos por
chapas ou placas igualmente confeccionas em madeira.
Fonte:
https://lemnsupermarket.
ro/storage/5992/product-
img-2648_59989.jpg
Paredes de concreto
O sistema construtivo que usa elementos de concreto pré-moldado como elementos verticais
funcionando como pilares-parede, suportando principalmente as cargas verticais, é abordado
pela NBR 16475/2017.
É recomendável que o bambu mantenha uma distância do solo, a fim de evitar a umidade
do terreno e o aparecimento de fungos.