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RESUMO DE CONSTRUÇÃO CIVIL

SERVIÇOS PRELIMINARES

Serviços preliminares são aqueles que geram informações ou dados necessários para desenvolvimento dos projetos,
a partir das condições de proximidades e do próprio terreno.

 Condições do entorno para execução da construção:

- Serviços públicos (energia disponível atendendo a demanda, água, esgoto, internet, telefone, etc) ;

- Indicação da RN (referência de nível) do logradouro;

- Histórico da vizinhança (ex.: chuvas, segurança, trânsito, etc)

 Conferências das dimensões fornecidas incialmente para os projetos, pois são elaborados com medidas
teóricas, extraídas de documentos (Escrituras, Certidão de Ônus Reais, etc), onde tanto em regiões densas
quanto pouco ocupadas, poderão apresentar vizinhos invadindo o terreno, gerando assim transtornos;
 Verificação de córregos e/ou galerias de águas pluviais existentes nas proximidades e demanda de
regulamentação com departamentos legais;
 Existência de ninhos de insetos e proceder ao tratamento, se necessário;
 Verificação de árvores mapeadas/catalogadas que venham interferir no projeto. Atentas a
Legislação/Regulamentação distinta para cada região com relação a retiradas;
 Vistoria das edificações vizinhas acompanhada de um preposto de cada local visita e detalhamento através
de relatório técnico (fotos, croqui e descrição) minucioso dos pontos observados
 É importante ressaltar que toda obra, independente de sua natureza ou finalidade, tende a gerar transtorno
para seu entorno (ex.: poeira, transito de caminhões, barulho, etc), porém uma obra não poderão ser
penalizada com o ônus de patologias pré-existentes (fissuras, queda de revestimentos, etc)
 Existência ou não de edificação no terreno e/ou fundações a serem demolidas. Se não há construção,
procede-se limpeza de vegetação existente, através de métodos manuais ou mecânicos.
 A empresa responsável pela obra realiza um seguro com uma apólice de cobertura de danos causados a
terceiros.
 Movimentos de terra;

 “Barraco de Obra”: São áreas onde estarão localizados o escritório administrativo, engenharia, almoxarifado,
vestiários, banheiros, depósitos, etc;

 Os canteiros de obras deverão dispor de: instalações sanitárias; vestiário; Alojamento (*); local de
refeições; cozinha, quando houver preparo de refeições; lavanderia (*); área de lazer (*); ambulatório,
quando existir 50 ou mais colaboradores.

 Caso não exista um muro ao redor do terreno, será necessário por motivos de segurança para evitar perda
ou furto de materiais ou equipamento, a área da obra deverá ser fechada. Como o tapume trata-se de algo
provisório, poderá ser utilizado compensado ou mesmo telhas metálicas. Atualmente as empresas utilizam o
tapume como forma de comunicação visual de sua marca, através de logos e cores. É necessário aprovação
do tapume caso o mesmo seja implantado fora dos limites do terreno
LOGÍSTICA CANTEIRO

 A adoção de ferramentas e princípios de outros setores industriais, tem auxiliado na organização eficaz de suprimentos
em canteiros de obras;
 Ainda há grandes desperdícios nos canteiros, com isso podemos reduzir os nossos custos sem impacto no produto final
 É muito importante o estudo do projeto de logística do canteiro, onde considere a distribuição espacial dos espaços
internos do canteiro e sua relação com o ambiente externo;
 Existem grandes desafios a serem superados em relação ao transporte horizontal e vertical dos materiais. Tais situações
previamente identificadas, poderão ser vencidas ou mesmo monimizadas;
 O estudo criterioso (local, vaga descarga caminhões x estrutura, etc) do canteiro de obras é um instrumento
extremamente importante na busca da qualidade e da produtividade no processo produtivo, pois grande parte das
ações acontece no próprio canteiro;
 É necessário prever a localização de cada área (trabalho, estocagem e circulação). Entretanto, infelizmente a definição
dos espaços de estocagem é, na maioria das vezes, feita em tempo real, no momento em que os materiais são
recebidos;
 Os conceitos de logística aplicados ao canteiro de obra tornam-se fundamentais para a eficiência e gestão do ambiente
de trabalho. O enfoque na logística em projetos de canteiros, afeta o tempo de deslocamento de trabalhadores e o
custo de movimentação dos materiais e otimiza a execução das atividades e na produtividade global da obra e serviços;

 Processo convencional:
 Ausência de indicadores confiáveis de produtividade/consumo;
 Projetos despadronizados (“artesanais”);
 Mão-de-obra escassa, cara, baixa qualificação e risco de acidentes;
 Grande volume de perda de materiais;
 Estouros em custos e prazos, sem entendimento para futuras obras;

 Projeto de logística:
 Melhor planejamento da obra (“forma de atacar”);
 Desdobramento do projeto no nível controlado pelo engenheiro;
 Padronização dos processos (recebimento dos lotes adequados (financeiro) , armazenamento e distribuição);
 Controle de quantidades utilizadas, perdas e devoluções (feedback orçamento x menor custo

 Conceitos de logística (1/2):


 Aplicação de conceitos de logística industrial (movimentação de materiais, gestão do almoxarifado, etc) para
garantir;
 Programação de recebimento dos materiais (vias com grande fluxo, horário de descarga, agenda de entregas, etc);
 Otimização do uso e compra de materiais (“pacotes de compra”, padronização de acabamentos, etc);
Foco dos empreiteiros no serviço contratado (sem perda de tempo com movimentação ou risco de acidentes),
oferecendo assim uma condição melhor de trabalho, onde consequentemente acarretará uma redução no risco
financeiro com horas “paradas”;
 Geração de indicadores de consumo (tendências de desvios e retroalimentação de áreas de projetos);

Grua (transporte vertical e horizontal)


Empilhadeira (transporte vertical e horizontal)
Manipulador telescópio (transporte vertical e horizontal):
Cremalheira (transporte vertical)

 Benefício do processo (1/2):


 Planejamento correto do recebimento, armazenamento e entrega de materiais;
 Aumento da produtividade dos empreiteiros;
 Redução de custos de aluguel de equipamentos e do consumo de energia;
 Visibilidade sobre estoques
 Aumento da aderência de consumo real ao planejado (redução de perdas);
 Visualização de informações de tendência da obra (base em desvios por pavimento);
 Desenvolvimento de base de indicadores para elaboração de projetos futuros
LOCAÇÃO DE OBRA

 Premissas: Uma vez concluídos os serviços preliminares (limpo, desobstruído, etc) e com todos os pontos relevantes ao
início da obra efetivamente definidos, tais como a implantação do canteiro com instalações provisórias prontas, a obra
pode ser iniciada.

 LOCAÇÃO DE OBRA Definição: A locação de uma obra consiste no processo de materializar no terreno o ponto de
partida para execução da obra propriamente dita;

 Após a definição do tipo de fundação que será adotada na obra, com o projeto devidamente concluído, a próxima
etapa é fazer a locação no terreno;

 RN (Referência de Nível): Definir a referência de nível (RN) e a referência pela qual será feita a locação da obra (uma
lateral alinhada do terreno ou ponto locado por topografia). É aconselhável confrontar-se o levantamento
planialtimétrico com o projeto de locação e divisas do terreno. Verificar se todos os projetos da obra possuem o mesmo
RN;

 Gabarito: Com a planta de locação, define-se o local mais favorável para a localização do gabarito, tentando-se
alcançar o maior número de pilares e a sua durabilidade naquele local (evitando transporte de pontos e propagação de
erros), prevendo-se os itens a seguir

-Localização fora da área de taludes

-Verificar dimensão de blocos, sapatas e se o número de estacas encontra-se na área delimitada;

-Desnível de terreno que exija gabaritos independentes;

-Garantir que o gabarito principal contenha todos os pilares do corpo do prédio, evitando-se a propagação de erros;

-Trecho móvel no gabarito para passagem de veículos, materiais e pessoas, preferencialmente onde não haja pontos de
locação ou a menor quantidade possível

-Solicitar ao topógrafo, a locação dos eixos principais (X e Y) e divisas da obra. Após essa locação, proceder à
conferência da distância entre eixos e divisas;

-Executar a montagem do gabarito, que consiste num polígono de lados ortogonais que circunscreve a edificação a ser
locada;

-Deve-se garantir o esquadro, alinhamento e nivelamento;

-Os lados perpendiculares deverão ser executados em níveis diferentes, mantendo-se os lados paralelos no mesmo
nível

-No caso de terreno com desnivelamento acentuado, executar o gabarito em degraus, acompanhando a configuração
do mesmo, garantindo-se o esquadro, alinhamento e nivelamento

- Verificar o esquadro de todos os cantos por triangulação, com medidas 3,00 m, 4,00 m, 5,00 m ou seus múltiplos
maiores possíveis;

-Travar o gabarito com mãos-francesas, assegurando a perfeita imobilidade do conjunto. Recomenda-se pintar o
gabarito na cor branca

 A partir do gabarito pronto serão lançados os eixos dos pilares com o auxilio da planilha de locação,
 Na testeira serão marcadas as referências (ex.: vértices do prédio, pilares, etc), onde a partir das mesmas serão
marcados os eixos ou faces dos pilares com o auxílio de trena;
 Os vértices do gabarito deverão ser conferidos através do triângulo 3-4-5;
 O RN disponível é transferido para o ponto próximo da obra com o auxílio de nível a “laser” ou mangueira de nível;
 A locação das estruturas é executada esticando-se arames nos pregos que representam os seus eixos. No cruzamento
dos arames desce-se o prumo e loca-se no terreno o centro da peça. Este ponto é materializado por um prego em
piquete de madeira fincado no terreno
RESUMO DA LOCAÇÃO DE OBRA:

1) DEFINIR REFERÊNCIA DE NÍVEL (RN)


2) CONFERÊNCIA DOS EIXOS E DAS DIVISAS DA OBRA (ALINHAMENTO, AFASTAMENTO, ETC)
3) EXECUÇÃO DO GABARITO
4) CONFERÊNCIA NO GABARITO (ESQUADRO, NÍVEL E ALINHAMENTO)
5) MARCAÇÃO DAS FUNDAÇÕES, PILARES E PAREDES NO GABARITO
6) CONFERÊNCIA DAS COTAS, ESQUADROS E NÍVEIS PELO MESTRE/ENCA RREGADO
7) CONFERÊNCIA DAS COTAS, ESQUADROS E NÍVEIS PELO GESTOR DA OBRA
8) CONFERÊNCIA DAS COTAS, ESQUADROS E NÍVEIS POR PROFISSIONAL EXTERNO À OBRA
9) FINAL : LIBERAÇÃO DA EXECUÇÃO DA FUNDAÇÃO

 Topógrafo: A locação a obra também poderá ser feita com a contratação de um serviço de topografia, onde
todos as fundações são locadas sob responsabilidade única e exclusiva do topógrafo;
- O serviço deverá ser contratado com ART, devido a importância e impossibilidade de conferência;
-Em obras de grandes dimensões (ex.: estradas, pontes, túneis, etc), torna-se inviável a locação por
gabarito, ficando como única forma a topografia para a locação

SONDAGEM

A verificação do subsolo deve ser feita por amostragem. O procedimento de inspeção pode variar
dependendo do tipo de obra. Entretanto deve-se atentar a importância desta verificação.
Com esta informação, será determinada a taxa de resistência do solo para carga a ser transmitida ao mesmo
através das fundações da construção e também as soluções de impermeabilização e estruturais nas lajes de
subpressão

Distinguem-se três tipos de procedimentos de investigação:

- Poços de inspeção: consiste basicamente em abrir um poço e fazer uma inspeção visual do tipo de solo,
classificando-o e estimando sua taxa de resistência. Obs.: utilizado para obras pequenas e de menor importância.

- Percursão (SPT-Standard Penetration Test) : Neste ensaio é penetrado um mostrador no solo, que recolhe amostras
deformadas a cada metro. Após é apresentado um relatório de sondagem que apresenta uma representação gráfica
com espessura de solo para cada furo (NBR 6484).
Metodologia executiva:

1)Realizar uma abertura no solo com trado tendo 1m de profundidade, colhendo-se a amostra zero;

2)Posiciona-se o martelo (de forma cilíndrica ou prismática com peso de 65kg) e deixa-se ele cair de uma altura de 75cm sobre o
mostrador. O mostrador, que está graduado em 3 partições de 15 cm, sofre golpes de percussão até penetrar 45cm. São
contados os golpes necessários para penetração dos primeiros 30 cm (1ª medição) e dos segundos 30 cm (2ª medição). Colhe-se
então nova amostra e é feita a classificação e enviada para laboratório

3) Dando continuidade, é executada a abertura de mais 1 metro. Para tanto, utiliza-se água para ajudar na perfuração caso o
solo ofereça resistência ou um tubo metálico para conter a parede do furo caso haja desmoronamento. Tal procedimento é
repetido, determinando-se para cada metro o número de golpes, retirando-se a amostra do solo, até que seja atingida uma
camada impenetrável para o porte da obra

4) A observação do nível do lençol freático é feita com constatação de umidade com leituras do nível de água. Após o término da
sondagem e decorridas 24 horas será medida a posição do nível d’água.

5) Quando o solo atinge maiores resistências, pode-se não haver penetração dos 30cm, daí sendo o resultado expresso na forma
de frações ordinárias que apresentam: NUMERADOR / DENOMINADOR = N. DE GOLPES / PENETRAÇÃO EM CM
- Sondagens Rotativa: Consiste na utilização de um equipamento com broca de diamante, para verificação da
existência de uma camada fraca sob uma camada impenetrável a SPT. Como o custo deste tipo de sondagem é muito
elevado, fica sua utilização justificada somente em alguns casos especiais

Quantidade de furos da soldagem:


<200 -> 2

200 a 600 -> 3

600 a 800 -> 4

800 a 1000 -> 5

1000 a 1200 -> 6

1200 a 1600 -> 7

1600 a 2000 -> 8

2000 a 2400 -> 9

2400 -> A critério

Outros tipos de ensaios:

-Penetração de cone, Ensaio de palheta e pressiômetros: estimativa de recalque ou previsão da carga limite;

-Cross-Hole: módulo de cisalhamento máximo, correspondente a módulos de deformação muito baixos

FUNDAÇÃO:

A estrutura de uma obra é constituída pelo esqueleto formado pelos elementos estruturais, tais como: lajes (cinza),
vigas (vermelho), pilares (verde) e fundações (azul), etc

 Fundação é o elemento estrutural que tem por finalidade transmitir as cargas de uma edificação para uma
camada resistente do solo
 Existem vários tipos de fundações e a escolha do tipo mais adequado é função das cargas da edificação,
profundidade da camada resistente do solo e o entorno do local (logística, disponibilidade do mercado de
equipamentos, etc) onde situa-se

Com base na combinação destas três análises será escolhido pelo consultor de solos, o tipo que tiver o menor custo
e/ou menor prazo de execução.

 Cargas da edificação: São obtidas por meio das plantas de arquitetura e estrutura, onde são considerados os
pesos próprios dos elementos constituintes e a sobrecarga ou carga útil a ser considerada nas lajes que são
normalizadas em função de sua finalidade. Eventualmente, em função da altura da edificação deverá
também ser considerada a ação do vento sobre a edificação.
 Resistência ou capacidade de carga do solo: A determinação da tensão admissível, resistência ou capacidade de
carga do solo fs consiste no limite de carga que o solo pode suportar sem se romper ou sofrer deformação exagerada.

-Para obras de vulto sujeitas à carga elevadas só pode ser realizada por empresas especializadas, que além do estudo do
subsolo, de um modo geral propõem sugestões para o tipo de fundação mais adequado para que o binômio estabilidade-
economia seja atendido;
-Para obras de vulto sujeitas à carga elevadas só pode ser realizada por empresas especializadas, que além do estudo do
subsolo, de um modo geral propõem sugestões para o tipo de fundação mais adequado para que o binômio estabilidade-
economia seja atendido;
-Para obras de pequeno vulto sujeitas a cargas relativamente pequenas, a resistência fs do terreno poderá ser obtida por meio
de tabelas práticas em função do tipo de solo;
 Recalque diferencial: O recalque é o termo utilizado para designar o fenômeno que ocorre quando uma
edificação sofre um rebaixamento devido ao adensamento do solo sob sua fundação;
- O recalque é a principal causa de trincas e rachaduras em edificações, principalmente quando ocorre o
recalque diferencial, ou seja, uma parte da obra rebaixa mais que outra gerando esforços estruturais não
previstos e podendo até levar a obra à ruína.
Ex.¹: A Torre de Pisa e os prédios na orla da cidade de Santos

CLASSIFICAÇÕES DAS FUNDAÇÕES:


- De acordo com a profundidade do solo resistente, onde está implantada a sua base, as fundações podem
se classificadas em: Superficiais (diretas) e Profundas (indiretas)

 Superficiais (diretas): quando a camada resistente à carga da edificação, ou seja, onde a base da fundação
está implantada, não excede a duas vezes a sua menor dimensão ou se encontre a menos de 3 m de
profundidade
-O que caracteriza, principalmente uma fundação rasa ou direta é o fato da distribuição de carga do pilar para o
solo ocorrer pela base do elemento de fundação, sendo que, a carga aproximadamente pontual que ocorre no
pilar, é transformada em carga distribuída, num valor tal, que o solo seja capaz de suportá-la;
-Outra característica da fundação direta é a necessidade da abertura da cava de fundação para a construção do
elemento de fundação no fundo da cava

Em projetos de pequenas construções são usadas principalmente fundações diretas, tendo em vista, que as cargas
são relativamente pequenas, não exigindo da camada do solo de apoio uma grande resistência, classificam-se em:
Blocos de fundações;
Baldrames;
Radier

 Profundas (indiretas): são aquelas cujas bases estão implantadas a mais de duas vezes a sua menor
dimensão, e a mais de 3 m de profundidade;

-A fundação profunda, a qual possui grande comprimento em relação a sua base, apresenta pouca capacidade de
suporte pela base, porém grande capacidade de carga devido ao atrito lateral do corpo do elemento de fundação
com o solo;
-A fundação profunda, normalmente, dispensa abertura da cava de fundação, constituindo-se, por exemplo, em um
elemento cravado por meio de um bate-estaca

Elas normalmente são utilizadas em grandes construções (prédios, pontes, shopping, viadutos, etc), onde há
grandes cargas provenientes da estrutura para serem apoiadas sobre o solo.
Também poderão ser executadas em pequenas construções, localizadas em regiões de solos superficiais de baixa
resistência.
-Transferem as cargas por efeito de atrito lateral do elemento estrutural com o solo e por efeito de ponta;
-São sempre profundas, devido às dimensões das peças estruturais;
- É sempre aconselhável a execução de sondagens, no sentido de reconhecer o subsolo e escolher a fundação
adequada;
-Normalmente as sondagens representam, em média, apenas 0,05% a 0,005% do custo total da obra

Os requisitos técnicos a serem determinados pela sondagem do subsolo para a elaboração do projeto de fundação
são:
 Tipos de solo que ocorrem, no subsolo, até a profundidade de interesse do projeto;
 Espessura das camas constituintes do subsolo e avaliação da orientação dos planos (superfícies) que as separam;
 Informação completa sobre a ocorrência de água no subsolo
INFORMAÇÕES BÁSICAS PARA O PROJETISTA DE FUNDAÇÕES:
 Sondagem
 Logística
 Cargas da edificação

Fundações: estacas
Tubulões

 Estacas: São peças alongadas, cilíndricas ou prismáticas, cravadas ou confeccionadas no solo,


essencialmente para:
 Transmite as cargas da edificação ao solo por resistencia de ponta, atrito lateral e/ou de fuste;
 Transmissão de carga a camadas profundas;
 Contenção de empuxos laterais (estacas pranchas);

- Estacas de atrito: todas aquelas que não chegam a penetrar ou mesmo encostar em uma camada mais dura do
solo, apoiando-se apenas atrito que o solo tem com elas.
-Estacas de suporte: encostam ou penetram em uma camada mais resistente do solo, transferindo para aesta grande
parte da carga que recebe.
- Nega: penetração permanente de uma estaca, causada pela aplicação de um golpe do martelo. Em geral é medida
por uma série de dez golpes; ao ser fixada ou fornecida, deve ser sempre acompanhada do peso do martelo e da
altura de queda ou da energia de cravação no caso de martelos automáticos.

Tipos de Estacas:
Estacas de Madeira: São empregadas nas edificações desde a antiguidade. Atualmente, diante das restrições ambientais e também de se
obter madeiras de boa qualidade, sua utilização é bem mais reduzida;
Nada mais são que troncos de árvores, bem retos e regulares, cravados por percussão;
No Brasil a madeira mais empregada é o eucalípito, principal como fundação de obras provisórias (ex.: instalações de obras, shows, etc) ;

-Para obras definitivas, deverão ser utilizados madeiras denominadas “de lei” como por exemplo peroba, aroeira, maçaranduba, ipê, etc;
-A duração é praticamente ilimitada, quando mantida permanentemente submersa, porém se estiverem sujeitas a variação do nível d’ água
apodrecem rapidamente a ação de fungos aeróbicos;
-Durante a cravação a cabeça da estaca deverá ser munida de um anel de aço, de modo evitar o seu rompimento sob golpes no momento de
cravação a percussão

Estacas Metálicas: As estacas metálicas são constituídas principalmente por peças de aço laminados ou soldados, tais como perfis de seção I ou
H, como também trilhos, geralmente reaproveitados após a sua remoção de linhas férreas (quando perdem a sua utilização);
A principal vantagem é a facilidade de execução em todos os tipos de solos;

-Não há risco de corrosão pois quando estão totalmente imersas em solo natural, porque a quantidade de oxigênio que existe nos solos
naturais é tão pequena que a reação química tão logo começa, já acaba completamente;
-No cálculo para capacidade de carga, é descontado 1,5mm de toda a sua superfície em contato com o solo, resultando uma área útil menor
que a área real do perfil;

Estacas pré-fabricadas/pré-moldadas: O pré-moldado pode ser definido como o elemento moldado previamente e fora do local de utilização
definitiva na estrutura. Já o pré-fabricado é aquele elemento pré-moldado executado industrialmente, em instalações permanentes de
empresa destinada para este fim, que se enquadram e atendem aos requisitos mínimos especificados por normas.

-São comercializadas em diferentes formatos geométricos, podendo ser circular, hexagonais, octagonal, etc;
-Boa capacidade de carga;
-São muito utilizadas em todo o mundo, possuindo como vantagens em relação as concretadas no local um maior controle de qualidade tanto
na concreta, que é de fácil fiscalização, quanto na cravação, além de poderem atravessas águas subterrâneas, o que com as moldadas no local
exigiriam cuidados especiais;
- Podem ser feitas em concreto armado ou protendido;
- Para fins de logística de transporte, tanto externo ao canteiro quanto interno ao mesmo, o seu comprimento é limitado a 12 metros. Caso
seja necessário um comprimento maior, as estacas poderão ser emendadas por anéis metálicos ou por luvas do tipo “macho e fêmea”, quando
não estiverem sujeitas a esforços de tração;
Ponto de içamento: é de total importância a determinação de como será feita a descarga e também do transporte no interior do canteiro da
obra.

Estacas Moldadas “in loco” do tipo Franki: É uma estaca de concreto armado moldada no solo, que usa um tubo de revestimento cravado
dinamicamente no terreno, com ponta fechada, derramando-se dentro do mesmo mistura de brita e areia, socada energicamente com um
pilão de queda livre com peso mínimo que varia de 1 a 3 toneladas, caindo de vários metros de altura

-Sob os golpes do pilão, a mistura de brita e areia forma na parte inferior do tubo uma "bucha" estanque, fortemente comprimida contra as
paredes do tubo;
-Ao se bater com o pilão nessa bucha, a mesma arrasta o tubo e, graças a ela, a água e o solo não podem penetrar, obtendo-se ao final da
cravação uma forma absolutamente estanque
-Quando o tubo atinge a profundidade prevista, ele é levantado ligeiramente e mantido fixo aos cabos do bate-estacas, expulsando-se a bucha
por meio de golpes do pilão, tendo-se o cuidado de deixar no tubo uma certa quantidade de bucha que garante a estanqueidade.
-Nesta fase de execução, e ainda aos golpes do pilão introduz-se concreto seco no terreno provocando a formação de um bulbo que constitui a
base alargada da estaca.
- A seguir, coloca-se a armação da estaca, constituída de barras longitudinais e estribos soldados, passando-se então à fase de concretagem do
fuste da estaca que consiste em compactar com o pilão pequenas quantidades de concreto, com fator água-cimento baixo, ao mesmo tempo
em que se vai recuperando o tubo, tendo-se o cuidado de deixar no mesmo uma quantidade suficiente de concreto para impedir a entrada de
água e de solo.

Estacas Moldadas “in loco” do tipo Raiz: É indicada em todo tipo de fundação e em especial para fundações de equipamentos industriais,
reforços de fundações, locais com restrição de pé direito ou dificuldade de acesso para equipamentos de grande porte;
Pode ser executada em qualquer tipo de solo (ex.: rocha, argila, etc)

Estacas Moldadas “in loco” do tipo Hélice Contínua: Com elevada capacidade de carga, as estacas hélices contínuas são utilizadas em
fundações profundas;
-A escolha por esse sistema de fundação depende não só das características do terreno ou dos custos envolvidos, mas também de aspectos da
vizinhança do canteiro (logística);
-Essas estacas são, por exemplo, mais indicadas do que estacas cravadas quando há restrições relacionadas à vibração ou a impactos sonoros;
- Grande produtividade, dependendo apenas de um bom fornecimento de concreto por parte da concreteira;

Estacas Moldadas “in loco” do tipo Tubulão: Apresentam uma base alargada, construídos concretando-se um poço revestido ou não, aberto no
terreno com um tubo de aço de diâmetro mínimo de 70cm de modo a permitir o acesso e o trabalho de um homem, pelo menos na sua etapa
final, para complementar a geometria da escavação e fazer a limpeza do solo;
Grande risco na segurança;

Existem dois tipos de tubulões:


 “Céu aberto”: caracteriza-se pela ausência de revestimento e não armados no caso de existir somente carga vertical.
 “Ar comprimido” ou pneumáticos: apresentam revestimento, podendo esse revestimento ser recuperado ou não. São utilizados onde há
presença de água no solo.

-Apresentam grandes vantagens, pois apresentam redução no custo de desmobilização, facilidade na logística pois não é necessário
equipamentos, ausência de vibração, possibilidade de ser executo em solos com matacões, etc

Estacas Moldadas “in loco” do tipo Barrete: Também chamada de estacão, é aquela com seção circular, executada por escavação mecânica
com equipamento rotativo, utilizando lama bentonítica e concretada com uso de tremonha;
A coluna de lama exerce sobre as paredes da vala uma pressão que impede o desmoronamento, formando uma película impermeável
denominada "cake", a qual dispensa o uso de revestimentos;

Estacas do tipo Caixão: Forma retangular construída em canteiro próprio, depois rebocada e afundada, impedindo entrada de água enquanto
for afundado;
-Obras submersas: cais, fundações pontes, etc;
-Transferência cargas elevadas para camadas que possam suportá-las

PATOLOGIAS:
Patologia de estruturas por problemas nas fundações:
Linha de fundações apoiadas em diferentes camadas de terreno;

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