Você está na página 1de 9

DOCUMENTO: REV.: PAGINA.

PE-0020-CVL-056 2 1 de 9

ESCAVAÇÕES, ATERROS E REATERROS

CLIENTE: PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. CONTRATO: 0802.0051742.09.2

RESPONSÁVEL: ENG. ANGELO RAMIRES SANTOS LEÃO

HISTÓRICO DE REVISÕES

REV.: DATA DESCRIÇÃO / FOLHAS ATINGIDAS

0 30/12/2009 Emissão inicial.

1 25/01/2010 Revisão dos itens 3; 5.1; 5.4.1; 5.4.2; 5.5; 5.6 e 5.7.

2 05/04/2010 Revisão dos itens 3;6.1

ELABORAÇÃO VERIFICAÇÃO APROVAÇÃO

 documento original assinado  documento original assinado  documento original assinado

Antonio Marcos Machado Raphael F. Dias Ângelo Ramires Santos Leão


Inspetor da Construção Civil Coordenador da Qualidade Gerente do Contrato
Este documento é propriedade intelectual da TKK ENGENHARIA. Não pode ser comunicado a terceiros,
nem produzido ou divulgado integral ou parcialmente, sem a autorização prévia da Coordenação de SGI.
DOCUMENTO: REV.: PAGINA.:

PE-0020-CVL-056 2 2 de 9

ESCAVAÇÕES, ATERROS E REATERROS

1. OBJETIVO
Descrever o método de execução de escavação, aterro, reaterro e compactação pela TKK Engenharia,
na obra de ampliação da capacidade de escoamento de álcool na UN-REPLAN.

2. RESPONSABILIDADES
2.1 Controle da Qualidade
Responsável pela implementação deste procedimento, realizar as inspeções necessárias e garantir a
qualidade do produto.

2.2 Meio Ambiente


Acompanhar toda a movimentação de solos, orientando a equipe envolvida quanto a disposição
correta dos resíduos nos locais autorizados.

3. REFERÊNCIAS
 N-1644 Construção de fundações de estrutura de concreto armado;
 NBR-6118 Projeto e execução de obras de concreto armado;
 NBR-6122 Projeto e execução de fundação;
 NBR-9061 Segurança e escavação a céu aberto;
 NBR 5681 Controle Tecnológico de Execução de Aterros em Obras de Edificações;
 NBR 7182 Solo – Ensaio de Compactação;
 NBR 7185 Determinação da massa específica aparente “in situ” com o emprego do frasco
de areia;
 NBR 9813 Determinação da massa específica aparente “in situ” com o emprego do cilindro
de cravação.
 PMS 045 Segurança de escavação

4. DEFINIÇÕES
4.1 Escavação
Ato ou efeito de remover o solo de um determinado local.
DOCUMENTO: REV.: PAGINA.:

PE-0020-CVL-056 2 3 de 9

ESCAVAÇÕES, ATERROS E REATERROS

4.2 Terraplenagem
Áreas definidas, passíveis de quaisquer operações de terraplenagem (corte, aterro, empréstimo, bota-
fora).

4.3 Cortes
Operações de escavações do terreno onde há necessidade de remoção do material constituinte do
terreno.

4.4 Aterros
Operações de depósito de materiais provenientes de cortes ou empréstimos, em áreas de terreno,
onde há necessidade de complementar seu volume até atingir o greide definido pelo projeto.

4.5 Linha de “off sets”


É a linha de interseção do terreno natural com o terreno terraplenado, são os limites de terraplenagem,
tanto para corte como para aterro.

4.6 Bota-fora
Locais, previamente escolhidos, destinados ao depósito de materiais resultantes do desmatamento,
destocamento, raspagem de solo e limpeza do terreno e de entulhos e materiais especiais, bem como
dos excessos de cortes sobre os aterros.

4.7 Empréstimo
Depósitos de materiais que visam prover ou complementar o volume necessário à constituição dos
aterros por insuficiência do volume dos cortes, por motivos de ordem tecnológica de seleção de
materiais ou de ordem econômica.

4.8 Compactação
Processo manual ou mecânico que visa reduzir o volume de vazios do solo, aumentando o seu peso
específico aparente, tornando-o assim mais estável, além de proporcionar maior resistência ao
cisalhamento.

4.9 Drenagem provisória


Sistema provisório de drenagem que se destina a proteger e manter os caminhos de serviço e áreas
de trabalho livres das águas pluviais, durante a terraplenagem.
DOCUMENTO: REV.: PAGINA.:

PE-0020-CVL-056 2 4 de 9

ESCAVAÇÕES, ATERROS E REATERROS

5. DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO
5.1 Serviços preliminares de limpeza e locação
Antes de se iniciar qualquer trabalho de terraplenagem deve-se proceder à limpeza da área, que
compreende a remoção completa da vegetação rasteira, arbustos e tocos de árvores, até os limites do
off set mais 10 cm. A espessura desta camada de remoção pode ser variável, em função da
quantidade de material vegetal existente.
As delimitações das áreas a sofrerem movimentações de terra devem ser locadas seguindo o
procedimento de topografia (PE-0020-CVL-046 Serviços Topográficos), e os projetos de referência
(terraplenagem, fundações, drenagens, arruamento, etc.).
Os off-set devem ser locados antes de se efetuar a limpeza do solo superficial, que deve estender-se
10 cm além destes limites.
Após a execução da limpeza da área demarcada, deverão ser locados os serviços de corte e aterro,
conforme projeto. A marcação dos cortes e aterros deverá ser realizada pela topografia.

5.2 Levantamento das instalações e obras subterrâneas existentes


Antes do início das escavações, deve-se solicitar à fiscalização todas as informações possíveis sobre
as instalações enterradas existentes, bem como fazer um completo levantamento do local, para evitar
danos que possam ocorrer durante as escavações.
Se durante as escavações forem encontradas tubulações ou construções enterradas, deve-se
consultar a fiscalização sobre qual o procedimento a ser tomado.
Durante os trabalhos de escavações, deve-se proteger todas as estruturas contra danos, tais como
pavimentações, paredes, postes de iluminação, bases de equipamentos, etc.

5.3 Equipamentos
Deverão ser usados os equipamentos abaixo para execução dos serviços de escavação, reaterro e
compactação:
 Pá;
 Picareta;
 Retro escavadeira
 Escavadeira hidráulica;
 Trator com grade de arrasto;
 Pá carregadeira;
 Caminhão-basculante;
 Caminhão pipa;
DOCUMENTO: REV.: PAGINA.:

PE-0020-CVL-056 2 5 de 9

ESCAVAÇÕES, ATERROS E REATERROS

 Moto-niveladora;
 Soquete pneumático "SAPO";
 Rolo Liso vibratório;
 Rolo pé de carneiro Pneumático.

5.4 Escavação
5.4.1 Destino do material de escavação
Todo o solo escavado será colocado ao lado da cava, mantendo-se o outro lado livre para
movimentação; o material escavado será disposto, observando-se a distância horizontal mínima igual
à metade da profundidade da cava.
Quando não houver condição de manter o solo escavado próximo a cava, o mesmo será transportado
em caminhões basculante para locais previamente indicados pela fiscalização. O material que estiver
contaminado com vegetação, restos de demolições, madeiras, etc, assim como material que não
apresenta boa condição de suporte deverá ser removido para bota-fora a ser indicado pela
fiscalização.

5.4.2 Condições e cuidados com a escavação


Toda a escavação com profundidade maior que 1,25m, terá suas paredes formando taludes. Quando o
projeto definir a inclinação, esta será seguida, caso contrário o talude será construído com inclinação
1:1 (vertical:horizontal, 45°).
Os taludes de corte serão todos, a princípio, de 45º, salvo alguma indicação diferente em projeto.
Serão tomados cuidados especiais quando das escavações feitas junto às estruturas, para que se
evite danos às mesmas.
As larguras e seções das cavas devem ser determinadas em função da natureza do terreno a escavar,
bem como da altura das valas.

5.4.3 Escavação para assentamento de fundações diretas


Para locais destinados a fundações diretas, será verificado se o solo possui as características
previstas em projeto.
No caso de locais destinados a envelopes e tubulações enterradas, esta determinação poderá ser feita
visualmente pelo inspetor.

5.5 Aterros / reaterros


5.5.1 Materiais
DOCUMENTO: REV.: PAGINA.:

PE-0020-CVL-056 2 6 de 9

ESCAVAÇÕES, ATERROS E REATERROS

O aterro ou reaterro de escavações será feito com o próprio material escavado, desde que este atenda
às exigências do projeto. No caso de necessidade de empréstimo de material, este poderá também ser
de escavações locais ou então solos de 1ª e 2ª categoria, conforme necessidade e disponibilidade.

5.5.2 Preparo do fundo da escavação


A superfície sobre a qual será lançado o material para aterro (fundo da escavação) será escarificada,
homogeneizada e compactada com umidade e grau de compactação estabelecidos em projeto.
Após a verificação do grau de compactação (GC) e constatado que o GC for maior que o especificado
em projeto, o fundo estará liberado para o lançamento da primeira camada e assim sucessivamente.

5.5.3 Lançamento / Espalhamento do material


O lançamento do material será feito observando-se:
1) A espessura da camada solta não será maior, em qualquer ponto, à espessura recomendada
em projeto.
2) Quando a compactação for manual, a espessura da camada solta não poderá exceder 15 cm.
Em se tratando de compactação mecânica, a espessura da camada deverá ser compatível com
o equipamento utilizado.
3) A camada de solo solto deverá estar com a umidade dentro do limite estabelecido, sendo
uniforme em toda a camada, antes de se iniciar a compactação.
4) O lançamento de uma camada somente será iniciado após a liberação da camada subjacente,
através da realização dos ensaios de controle tecnológico e/ou autorizada pela fiscalização.

5.6 Drenagem superficial


Durante a operação de compactação a drenagem superficial será garantida, mantendo-se a praça de
trabalho com pequena declividade em direção aos taludes e após as chuvas os trabalhos somente
serão reiniciados quando verificadas a inexistência de excesso de umidade ou lama superficial.
Para o caso de cavas abertas para estruturas, sempre que necessário, será feita uma drenagem na
área em operação, para que não haja saturação do solo na cota de apoio da fundação. As águas
acumuladas nas áreas de serviço serão direcionadas para uma cava secundária mais profunda, e daí
esgotadas através de bombeamento.

5.7 Compactação
Estando o material espalhado com a umidade dentro da faixa de tolerância especificada, deverá ser
iniciada a compactação da mesma, observando-se:
1) A compactação deverá ser realizada de forma sistemática e contínua;
DOCUMENTO: REV.: PAGINA.:

PE-0020-CVL-056 2 7 de 9

ESCAVAÇÕES, ATERROS E REATERROS

2) Serão utilizados rolos pé de carneiro ou liso, compactadores portáteis no caso de pequenos


volumes;
3) Toda camada lançada e espalhada com a umidade dentro da faixa estabelecida, será
imediatamente compactada;
4) Os rolos compactadores sempre passarão em direção paralela ao eixo do aterro cobrindo
uniformemente a área de compactação até se atingir o grau de compactação;
5) Deverá ser mantido um recobrimento mínimo de 0,30 m entre as superfícies compactadas por
passagens adjacentes do rolo;
6) Uma passada significa o deslocamento do rolo “pé de carneiro” sobre a superfície da camada
em somente um sentido. A cobertura significa que toda a área de uma camada tenha sofrido
pelo menos uma passada do rolo “pé de carneiro”.
7) O grau de compactação obtido deverá ser verificado através de controle tecnológico,
observando-se os valores mínimos especificados em projeto.

6. CONTROLE OPERACIONAL DE SMS


6.1 Segurança do Trabalho
 Seguir as recomendações da NBR 9061;
 Seguir as recomendações da NR18.6;
 As máquinas deverão ser operadas por pessoal habilitado e qualificado;
 Não deverá ser acumulado material da escavação na borda da vala, a menos de 50% de
profundidade da escavação, quando a dimensão do terreno permitir. Caso contrário, deverão
ser estudadas medidas de contenção.
 As paredes da escavação, após período de chuvas, deverão ser inspecionadas
cuidadosamente, para verificação da possibilidade de desabamentos ou quando se interromper
o trabalho por mais de um dia, por qualquer circunstância;
 Os taludes e valas estarão corretamente sinalizados e isolados para se evitar a queda das
pessoas;
 Será proibida a presença das pessoas nas proximidades das máquinas durante o trabalho;
 Não será permitida a presença do pessoal trabalhando abaixo de taludes com grande
inclinação sem escoramento necessário;
 O acesso de caminhões à escavação será orientado por uma pessoa, com objetivo de advertir
os perigos a que os usuários da via pública estarão sujeitos;
 Todos os equipamentos utilizados deverão estar revisados, com planos de inspeção e
manutenção preventiva emitidos pelo fabricante e pelo usuário;
DOCUMENTO: REV.: PAGINA.:

PE-0020-CVL-056 2 8 de 9

ESCAVAÇÕES, ATERROS E REATERROS

 Conservação adequada das barreiras e/ou colocação de fitas de isolamento;


 Não empilhar materiais em locais de trânsito, retirando os objetos que impeçam a passagem;
 Sinalização e ordenação do tráfego de máquinas;
 Instalação de escada ou rampa para acesso a vala para os executantes e para saída em caso
de emergência, se a profundidade for maior que 1,25 m;
 Monitoramento de gases - Petrobras - quando houver a possibilidade de infiltração ou
vazamento de gás.

6.2 Meio ambiente


 Os Resíduos deverão ser descartados conforme PDRE-0020-SMS-026 – Plano diretor de
resíduos e efluentes.
 Nos locais dos trabalhos deverá haver banheiros suficientes para atender as necessidades dos
integrantes;
 Deverá ter nas frentes de trabalho, garrafões com água potável, com quantidade de copos
suficientes para atender à demanda e orientá-los para que não desperdicem ou joguem os
mesmos em qualquer lugar;
 Procurar manter sempre limpos e organizados as áreas adjacentes aos locais dos trabalhos.
 Os resíduos somente deixarão o canteiro de obras mediante a documentação emitida pelo
setor de meio ambiente, para serem encaminhados aos locais autorizados pelo órgão
ambiental competente.
 Equipamentos do tipo geradores, compressores, dentre outros, devem possuir:
a) carenagem para diminuição do nível de ruído;
b) proteção contra intempéries;
c) abafador de chamas instalado na descarga;
d) sistema de contenção para evitar possíveis vazamento/derramamento de derivados de
petróleo no solo.
 Todas as máquinas e/ou equipamentos com motores movidos e/ou lubrificados a derivados de
petróleo (óleo diesel, gasolina, querosene, óleo lubrificante etc.) deverão portar um kit de
mitigação para o atendimento a possíveis vazamentos/derramamentos.
 Todos os produtos de origem florestal ou mineral devem possuir documentação, emitida pelos
órgãos competentes, que certifique sua procedência legal, bem como todos aqueles cujos
fornecedores possuam licenças de extração, beneficiamento e comercialização, que sejam
requisitos legais para seu funcionamento.
DOCUMENTO: REV.: PAGINA.:

PE-0020-CVL-056 2 9 de 9

ESCAVAÇÕES, ATERROS E REATERROS

7. REGISTROS E ANEXOS
Os registros gerados pela execução deste procedimento são tratados conforme PE-TKKE-SGI-004 –
Controle de Registros.

8. FORMALIZAÇÃO DO DOCUMENTO
Este documento foi desenvolvido pelo Controle da Qualidade da TKK Engenharia e aprovado pela
Gerência do empreendimento. Todos os envolvidos com a execução deste procedimento devem ser
informados a ser respeito e zelar pelo seu cumprimento.

Você também pode gostar