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SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE IDENTIFICAÇÃO: PES.

003

Procedimento de Execução de Serviço Rev. 05 Folha: 1 / 9

Processo: FUNDAÇÕES

Aprovado para uso


Carlos Alberto de C. Junior 07/07/09
NOME-ASS DATA

CÓPIA CONTROLADA
REGISTRO DE ALTERAÇÕES
DATA DESCRIÇÃO DA ALTERAÇÃO

12/12/2007 Inclusão do tipo de fundação Estaca Raiz - ítem 3.10 e execução no ítem 5.10.

20/02/2008 Revisão na formatação, exclusão da capa e sumario.

17/10/2008 Revisão geral do PES.

05/05/2009 Inclusão da maneira como será evidenciada a liberação das fundações pelos Consultores.

30/06/2009 Novos itens: 2.2.1 e 2.2.13 – Estaca Escavada

1.2.2 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

Sondagem indicando camadas e nível do lençol freático, levantamento topográfico, locação e


carga e reconhecimento das fundações e condições dos vizinhos.
Projetos executivos da fundação e locação.

2. PROCEDIMENTO

2.1. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS

Escavação do terreno Blocos de fundação/vigas baldrame


- Máquinas e caminhões. - Aço, arame recozido, compensado, prego,
Tubulão sarrafo, pontalete e tensor, concreto.
- Ferramentas manuais; sarilho com corda e Perfis metálicos
balde, aço, arame recozido e concreto. - Perfil metálico conforme especificação do
Sapatas projeto de fundação, bate-estaca e máquina
- Ferramentas manuais, aço e arame de solda.
recozido, tábua, pontalete, prego e concreto. Parede diafragma
Estacas pré-moldadas de concreto - Clamshell, lama bentonítica, aço e arame
- Bate-estaca, estaca pré-moldada e máquina recozido.
de solda. Estaca Raiz
Estacas Franki - Perfuratriz, lama bentonítica, aço e concreto.
- Bate-estaca, areia, cimento, pedra britada, Estaca Escavada
aço e arame recozido. - Guindaste, caçamba rotativa, misturador de
Estacas hélice contínua lama, silos, desarenador, bombas de sucção
- Perfuratriz, aço e concreto. ou submersas, tubos de concretagem.
2.2. EXECUÇÃO

NOTA: Quando houver necessidade de liberação do serviço de fundação pelo Consultor deverá
ser registrada a tolerância de excentricidade, bem como a liberação de cada estaca conferida.
Estas liberações devem ser evidenciadas através da assinatura do Consultor no diário de
fundação, ou no projeto de acompanhamento das fundações, ou na planilha de excentricidade do
Consultor.
2.2.1.CONDIÇÕS PARA INÍCIO DOS SERVIÇOS

O terreno deve estar limpo e escavado e os elementos estruturais devem estar locados. Os
equipamentos devem estar na obra em perfeitas condições de uso. Todo o material necessário
deve estar na obra na quantidade suficiente para execução dos serviços.

2.2.2.Escavação

 Estudar em função da cota de assentamento das fundações, o volume a ser escavado e o


volume de reaterro (prever empolamento de acordo com a característica do material), de forma
que se evitem empréstimos e bota-fora de materiais desnecessários. Em obras com contenção em
perfis metálicos, estudar o prancheamento;
 Recomenda-se que os serviços de escavação sejam acompanhados através da contratação de
consultoria de fundações;
 Verificar com consultor se os taludes especificados para o terreno deverão ser acompanhados
para garantir estabilidade dos mesmos. Deve-se também analisar junto ao consultor a
necessidade de proteção de talude, principalmente no período de chuvas, para que não haja
desmoronamentos prejudiciais tanto aos trabalhadores quanto a detalhes arquitetônicos
especificados para aquele talude. Relacionar esta proteção com o projeto de escavação,
combinando tudo no início dos serviços. Em alguns solos (arenosos e siltosos) a proteção tem que
ser feita antes de concluir a escavação;
 Em levantamento topográfico encontramos as cotas naturais do terreno (curvas de nível) e no
projeto as de implantação, que determinarão o corte (ou aterro se for o caso) em que deverá ser
deixado o terreno. Assim, é possível estudar qual altura seria viável para se ter o aproveitamento
do solo retirado na escavação dos blocos;
 Lembra-se que escavar a mais para reaterrar depois com material proveniente da escavação
dos blocos e cintas, apenas é possível quando o material permitir boa compactação. Em argilas
orgânicas, plásticas ou muito rijas este expediente deve ser evitado. Caso contrário poderá ocorrer
problemas com cimbramento da 1º laje ou com o piso. Recomenda-se fazer concreto magro do
piso (sobre o solo) antes da montagem da forma da 1º laje;
 Em caso de fundações diretas e estacas quando alcançada a cota do terreno desejada,
devemos verificar se o mesmo ficou nivelado em toda sua extensão. O nivelamento pode ser
conferido com nível a laser ou por topografia (dependendo do custo);
 Recomenda-se que os caminhões com terra devem sair cobertos para não prejudicarem a
limpeza da vizinhança.

2.2.3.Tubulão
 Combinar com o consultor da fundação, a seqüência dos tubulões a serem escavados;
 Dar preferência para iniciarmos os serviços pelos tubulões referentes aos blocos de poço de
elevador por serem geralmente os mais profundos, mais demorados e com maiores probabilidades
de desbarrancamento em épocas de chuva;
 Em seguida a programação de abertura dos tubulões deve-se atentar quanto à circulação do
caminhão betoneira no terreno, pois o lançamento direto torna muito mais ágil as concretagens;
 Lembrar de executar escavações de tubulões preferencialmente alternados, pois se estiverem
muito próximos podem desbarrancar podendo causar soterramento de posseiros e alterar a
configuração geométrica do tubulão. Só após concretagem dos anteriores é que iniciamos as
escavações dos intercalados.
 Se atingida a cota necessária em projeto e for encontrado algum tipo de poço antigo, regiões
em aterro ou bolsas de materiais de má qualidade deve-se escavar até se atingir o terreno natural;
 Os tubulões devem ser conferidos pelo consultor das fundações um a um em suas medidas de
projeto, qualidade do solo e limpeza. Assim ele irá liberá-los para concretagem ou solicitar algum
acerto antes da mesma;
 O consultor também deve orientar quanto à segurança dos posseiros em solos de fácil
desbarrancamento, alertando quanto à necessidade de anéis de concreto ou não;
 Quando a concretagem é feita convencionalmente, ou seja, sem ser concreto bombeado,
recomenda-se que o lançamento do concreto seja executado por meio de um “funil” que ameniza
a desagregação do concreto, podendo ser vibrado em sua cabeça o que somente terá a finalidade
de acabamento;
 A conferência da cota torna-se necessária tanto para arrasamento correto dentro do bloco
quanto para se evitar quebras posteriores ou complementações de concreto;
 Para se facilitar o trabalho da limpeza das cabeças dos tubulões que até a execução do bloco
podem estar todas cobertas de lama, deve-se cobrir-la com areia no dia seguinte da concretagem;
 Verificar com consultor se há especificação diferente para os tubulões de divisa quanto à
armação ou cotas de apoio que irão garantir a sua estabilidade;
 O controle de execução é realizado através da ficha de verificação de serviços. É feita a
conferência dos seguintes itens: a locação do centro do tubulão, a cota do fundo e o alargamento
da base, o posicionamento da armadura (quando houver), dimensões, a qualidade da
concretagem (não misturar o solo com o concreto e evitar que se formem vazios na base
alargada). Em casos de tubulão a ar comprimido, é imprescindível o acompanhamento da pressão
no interior do tubulão.

2.2.4.Fundações diretas (sapatas, vigas baldrames, radier)


 Combinar com o consultor da fundação, a seqüência de escavação das fundações;
 A fundação em nível mais baixo deverá ser executada primeira;
 Executar escavações das fundações diretas preferencialmente alternadas, pois se estiverem
muito próximas, podem desbarrancar. Só após concretagem dos anteriores é que iniciamos as
escavações dos intercalados;
 Se atingida a cota necessária em projeto e for encontrado algum tipo de poço antigo, regiões
em aterro ou bolsas de materiais de má qualidade, deve-se escavar até se atingir o terreno
natural;
 Quando a fundação direta for escavada em cota inferior ao projeto ou for necessária a retirada
de material de má qualidade, deve-se reconstruir com concreto até atingir a cota do projeto ou
seguir a determinação do consultor. É terminantemente proibido recompor com reaterro;
 Todas as fundações diretas devem ser conferidas pelo consultor das fundações em suas
medidas de projeto, qualidade do solo e limpeza. Assim o mesmo irá liberá-las para concretagem
ou solicitar algum acerto;
 Antes da concretagem deve-se retirar toda água acumulada no local;
 Deve-se atentar para a garantia de espessura e homogeneidade do concreto magro aplicado
no solo, para a colocação de espaçadores na armadura;
 É importante uma boa limpeza da área a ser concretada;
 Antes da concretagem deve-se conferir se a armação da fundação está de acordo com o
projeto, ou seja, verificar o número de barras e seus comprimentos, espaçamentos, bitolas,
emendas, cobrimentos e também o arranque dos pilares;
 A base da sapata poderá ser vibrada normalmente, porém para o concreto inclinado deverá ser
feito um acabamento manual, isto é, sem uso do vibrador.

2.2.5. Estacas pré-moldadas de concreto


 Durante a execução da concorrência, prever custos baseados em comprimentos médios e
cargas admissíveis das estacas previstos pelo projetista das fundações;
 De acordo com o comprimento das estacas do fornecedor solicitar o levantamento de custo da
solda de emendas ou verificar a viabilidade de estacas com comprimentos maiores;
 Estudar o caso de contratação com custo de metro linear de cravação de estaca (no qual o
fornecedor assume a perda do arrasamento da estaca, portanto mais elevado) ou por custo de
comprimento de estaca levantada (ou seja, se paga o que sobra do arrasamento);
 Atentar para os custos de mobilização, hora parada de equipamento ou mudanças drásticas de
circulação interna pelo terreno,
 Para qualquer alteração no tipo ou modelo geométrico da estaca que pudesse ser mais viável
em termos de custo, consultar projetista ou consultor para ver o que seria necessário, como por
exemplo, algum teste para a verificação da carga dessa estaca;
 Atentar para que as soldas das emendas não sejam executadas sob chuva;
 Dependendo do desnível (terreno x calçada) prever rampa de acesso do bate-estaca.
 Analisar a orientação da cravação das estacas prevendo-se por onde será retirado o
equipamento, a bitola de estacas que deverão ser entregue primeiro e o local de seu estoque para
não prejudicar a programação dos serviços;
 Preparar a locação das estacas antes da data prevista para o início dos serviços para não
haver problemas com hora parada;
 Verificar se há necessidade de caixa de madeira na qual em seu interior será cravada a estaca
ou se somente a marcação com anel centralizado (piquete) no eixo é suficiente;
 Marcar com consultor de fundações o dia para cravação da primeira estaca para que o mesmo
a acompanhe e verifique a qualidade dos serviços. O mesmo deve orientar a gerência da obra
para o recebimento do material;
 Detectar a necessidade de se executarem pré-furos para cada estaca, se as profundidades de
projetos não forem alcançadas naturalmente. Neste caso, verificar junto ao consultor a
profundidade e diâmetro (com bitola inferior à estaca) deste pré-furo para se atingir o solo
resistente. Para tanto deve ser executada com perfuratriz adequada;
 No caso de pré-furos atentar para que a haste rígida da perfuratriz se mantenha firme e
aprumada. A proteção dos furos torna-se primordial para que não sejam aterrados ou perdidos
durante chuvas ou circulação do bate-estaca;
 Caso haja necessidade de modificação no tamanho da estaca atentar para o espaçamento
entre as faces que deverá ser 1,5 x o diâmetro da mesma. Nessa alteração temos que verificar
qual a posição do pilar e qual sua influência sobre o bloco modificado;
 Deve-se ter cuidado com a altura de queda do martelo para que não cause danos à cabeça da
estaca e/ou sua fissuração;
 É recomendado que seja utilizado o coxim de madeira e o capacete metálico para proteger a
cabeça da estaca contra o impacto do martelo;
 No caso de quebras de estacas durante a cravação deve ser verificada junto ao consultor qual
a melhor solução;
 Os diagramas de cravação tornam-se essenciais para análise das negas atingidas, dos
comprimentos cravados e dos desaprumos finais pelo consultor;
 Após a cravação da estaca o consultor também deverá liberá-la quanto à excentricidade;
 Atentar que o atingimento da nega não anula a necessidade de se ter o comprimento da estaca
definido em projeto. A recíproca é verdadeira.

2.2.6. Estacas tipo Franki


 Prever no canteiro lugar de estoque de materiais e local para as soldas das armações e
facilidade de acesso aos demais materiais.
 Atentar para os custos de mobilização, hora parada de equipamento ou mudanças drásticas de
circulação interna pelo terreno,
 Para qualquer alteração no tipo ou modelo geométrico da estaca que pudesse ser mais viável
em termos de custo consultar projetista ou consultor para ver o que seria necessário, como por
exemplo, algum teste para a verificação da carga dessa estaca;
 Dependendo do desnível (terreno x calçada) prever rampa de acesso do bate- estaca.
 Preparar a locação das estacas antes da data prevista para o início dos serviços para não
haver problemas com hora parada;
 A locação do centro da estaca deve ser feita com uso de piquete com profundidade mínima de
30 cm no solo para evitar que a movimentação da perfuratriz dentro do terreno modifique seu
posicionamento;
 No ato da concretagem deve ser feito um controle rigoroso do volume de concreto dentro do
tubo para não ocorrer o seccionamento da estaca quando do levantamento do mesmo (garantindo
de 10 a 15 cm de bucha ou rolha);
 No apiloamento do concreto deve-se tomar cuidado para não ocorrer a torção da armação
(uniforme e internamente livre para não ser atingida pelo pilão).
 Os diagramas de cravações tornam-se essenciais para o acompanhamento junto ao consultor;
 Após a cravação da estaca, o consultor também deve liberá-la quanto à excentricidade;
 Atentar que o atingimento da nega não anula a necessidade de se ter o comprimento da estaca
definido em projeto.

2.2.7. Estacas tipo hélice contínua


 Durante a execução da concorrência deve-se, em conjunto com o consultor de fundações,
estimar a perda de concreto que é em função das condições do solo;
 Atentar para os custos de mobilização, hora parada de equipamento ou mudanças drásticas de
circulação interna pelo terreno;
 Para qualquer alteração no tipo ou modelo geométrico da estaca que pudesse ser mais viável
em termos de custo consultar projetista ou consultor para ver o que seria necessário, como por
exemplo, algum teste para a verificação da carga dessa estaca;
 Dependendo do desnível (terreno x calçada), prever rampa de acesso da perfuratriz.
 Preparar a locação das estacas antes da data prevista para o início dos serviços para não
haver problemas com hora parada;
 A locação do centro da estaca deve ser feita com uso de piquete com profundidade mínima de
30 cm no solo para evitar que a movimentação da perfuratriz dentro do terreno modifique seu
posicionamento;
 Analisar a orientação da escavação das estacas prevendo-se por onde será retirado o
equipamento e a seqüência dos diâmetros de estacas que deverão ser perfuradas;
 No ato da perfuração, deve ser feito um controle rigoroso da profundidade, velocidade de
avanço e pressão no sistema hidráulico de torque, através do equipamento de monitoração da
perfuratriz;
 Deverá ser verificada junto ao consultor, a necessidade de execução do ensaio PIT para a
liberação das estacas;
 Os relatórios diários de perfuração e concretagem tornam-se essenciais para análise dos
comprimentos perfurados, os quais são analisados pelo consultor de fundações, que registra no
relatório o desenvolvimento dos trabalhos.

2.2.8. Blocos de fundações


 Devem ser estudadas pelo consultor as excentricidades médias das estacas de cada bloco e se
os momentos gerados estão dentro dos limites dimensionados. Caso não liberado, surge a
necessidade de vigas alavancas/equilíbrio, que devem ser dimensionadas pelo projetista
estrutural;
 Como análise inicial, tem-se a cota de arrasamento das estacas previstas em projeto e as
orientações do consultor para que não haja necessidade de se aprofundar o bloco a fim de manter
o mínimo de contato entre estaca x concreto do bloco;
 Caso os blocos sejam executados sem forma, chapiscar as paredes laterais para se manter a
integridade de suas dimensões e garantir espaçamento da ferragem;
 Torna-se primordial a conferência das medidas, eixos, armações do bloco e verificação da
limpeza do concreto magro;
 Se constatado nível d’água nas cotas dos blocos, verificar a necessidade de contratação de
empresa para rebaixamento de lençol freático;
 Prever armação de vigas baldrames, de travamento ou alavancas/equilíbrio antes das
concretagens dos blocos, assim faz-se necessário a liberação prévia das excentricidades por parte
do consultor a fim de evitar a furação posterior dos blocos para chumbamento de ferros de vigas
alavancas;
 Deve-se conferir o eixo dos arranques dos pilares e seus gastalhos antes da concretagem e
partindo do gabarito;
 Os blocos que tiverem as suas dimensões iniciais modificadas devem ser previamente
autorizados pelo calculista estrutural para execução;
 Recomenda-se dar prioridade aos blocos referentes às colunas da projeção do corpo do prédio.

2.2.9. Vigas Alavancas/Equilíbrio


 Quando o consultor das fundações constatar a necessidade de vigas alavancas/equilíbrio ele
estudará a solução de menor custo, ou seja, blocos mais próximos ou aproveitamento de vigas
baldrames já existentes;
 Deve-se enviar a solução adotada para o calculista estrutural que dimensionará as mesmas
quanto às dimensões e armações;
 A concretagem dos blocos e vigas baldrames não deve ser executada sob chuvas torrenciais.

2.2.10. Perfis / Trilhos metálicos


 Seguem as mesmas indicações do item estacas Pré-moldadas, diferenciando-se quanto à
especificação de ser perfil tipo trilho ou perfil I (simples ou duplo), podendo ocorrer corte
transversal e emendas longitudinais, podendo sua locação ser feita com caixas ou estacas de
madeira;
 Acrescenta-se um cuidado maior ao arrasamento e prumo desses perfis que geralmente
encontram-se diretamente com peças estruturais tais como vigas, cortinas e lajes evitando-se
emendas ou cortes posteriores necessitando soldador especializado em outras fases da obra.
 Marcar com consultor de fundações o dia para cravação da primeira estaca para que o mesmo
a acompanhe e verifique a qualidade dos serviços

2.2.11. Parede diafragma


 A parede diafragma é feita por “Clam-Shell” acionado hidraulicamente ou por cabos de aço. O
“Clam-Shell” fica pendurado em um guindaste pesado que promove as manobras tanto de giro
como de subida e descida, além de acionar os cabos ou sistemas hidráulicos. Para centralização
da estaca bem como para auxiliar na manutenção da verticalidade (prumo) são feitas muretas-
guias;
 Durante toda a fase de escavação deve ser adicionada lama betonítica na perfuração para que
fique permanentemente cheia, a fim de que as paredes possam se manter estáveis;
 Terminada a perfuração, é necessário fazer a retirada das partículas de areia que se misturam
na lama durante a escavação. Isto pode ser alcançado pela troca da lama betonítica usada por
outra nova ou então, pela sua desarenação, sendo que ambos os casos são feitos através de
bombeamento em circuito fechado, para que nenhum instante a perfuração fique sem lama e as
paredes sofram desbarrancamento;
 Este circuito consiste no lançamento de lama limpa no topo da perfuração e o bombeamento da
lama usada no fundo da escavação. No caso da desarenação, a lama circula através de uma
bomba que por centrifugação separa as partículas mais pesadas (areia) do restante;
 A seguir é descida a armação na forma de uma gaiola bastante rígida para não entortar durante
o seu manuseio;
 A concretagem da parede diafragma é do tipo submerso; inicialmente é descido um tubo de aço
denominado tubo tremonha até ficar cerca de 30 cm acima do fundo da escavação. Na sua parte
superior é colocado um funil através do qual é lançado o concreto diretamente do caminhão
betoneira ou da bomba, no caso de concreto bombeado;
 O concreto sendo mais pesado que a lama betonítica vai empurrando-a para cima sendo que
no topo da perfuração é instalada uma bomba que irá recalcar a lama de volta ao silo para seu
reaproveitamento na escavação da próxima lamela;
 O concreto a ser empregado deve ser extremamente plástico para que possa fluir com
facilidade pelo tubo tremonha e poder preencher a escavação, portanto deve ser usada apenas
brita nº 1 e slump de 20 ± 2;
 Deve-se dar atenção especial à concretagem, pois esta deve ser contínua, uma vez iniciada
não é possível a sua interrupção, pois o tubo tremonha não pode ser retirado de dentro da massa
de concreto;
 É recomendável que o tubo tremonha, durante a concretagem, fique sempre imerso em pelo
menos 1,5 metros dentro do concreto. Este procedimento é necessário para que não venham a
ocorrer juntas e descontinuidades no corpo da estaca;
 Existem alguns ensaios da lama betonítica que devem ser feitos pela empresa contratada e
inspecionados pela DOMINUS. São eles: densidade, viscosidade, PH, porcentagem de areia. As
tolerâncias encontram-se nos procedimentos de inspeção.

2.2.12. Estaca Raiz


 Com base nos elementos de projeto é procedida a locação das estacas com os métodos usuais
de topografia com determinação precisa do centro da estaca.
 Determinado esse centro de custo é posicionada a máquina de perfuração o que se procede
com relativa facilidade dada a grande mobilidade e manobrabilidade do equipamento devido ao
seu pequeno porte.
 A perfuração é executada por rotação do revestimento contínuo do furo com o auxílio de um
fluído em circulação (geralmente água, às vezes lama betonítica)
 A tubulação de operação possui na base uma ferramenta (sapata), dotada de pastilhas de
metal duro, de diâmetro ligeiramente superior ao da tubulação. Os detritos resultantes da
perfuração são trazidos à superfície pelo fluído em circulação direta através do espaço anelar que
se forma entre o tubo e o terreno; isto determina que o diâmetro acabado da estaca seja sempre
maior que o diâmetro nominal da tubulação de perfuração. Permite também o exame do material
perfurado, e o confronto com as sondagens existentes. À medida que prossegue a perfuração, a
tubulação penetra no terreno e os vários seguimentos são ligados entre si por juntas rosqueadas,
sem luvas externas, impondo-se o uso de tubos especiais de grande espessura.
 Terminada a perfuração é colocada a armadura metálica no interior do tubo de perfuração. Esta
pode ser constituída de uma ou mais barras de aço de aderência melhorada ou, para as estacas
de maior diâmetro, de várias barras montada sem gaiola, ou de um tubo de aço.
 Os diversos segmentos de armadura são ligados entre si por simples sobreposição, no caso de
estacas à compressão, ou mediante solda ou luvas rosqueadas no caso de estacas à tração.
 Uma vez armada a estaca, é colocado, dentro do tubo de perfuração um tubo de injeção, que é
introduzido até o fundo; através deste tubo é injetada a nata de cimento com uma relação média
água / cimento de 0,4 à 0,6.
 A nata de cimento, lançada de baixo para cima, garante que a água (ou lama de perfuração)
seja deslocada para fora e seja substituída pela própria nata. Durante esta operação o furo
permanece sempre revestido e, portanto, a operação se realiza com o máximo de segurança. Uma
vez que a perfuração esteja limpa de lama e preenchida de nata, retira-se o tubo de injeção e
lança-se argamassa de cimento com traço de 500 à 6000 kg de cimento, por metro cúbico de
areia, e relação de água / cimento de 0,4 à 0,6. Com o tubo preenchido, em sua extremidade
superior, é montado um tampão e se precede à extração da coluna de perfuração com ferramenta
especial ao mesmo tempo em que se aplica ar comprimido.
 A compressão da argamassa é repetida quantas vezes necessárias, até a total execução da
estaca, acrescentando-se a cada vez uma quantidade de argamassa necessária ao completo
preenchimento da tubulação e fazendo com que a argamassa colocada no interior do tubo,
durante a extração da tubulação não fique nunca abaixo da sapata de perfuração. A pressão do ar
é aplicada no mínimo duas vezes ou três vezes no curso da concretagem e geralmente não
supera 5 atm; o seu valor máximo é determinado pela absorção do terreno e deve, não obstante,
ser tal que evite a laminação da argamassa (“claquage”).
 No caso de estaca raiz com perfuração executada através de estrutura existentes, no ato da
concretagem a estaca resulta automaticamente solidarizada à superestrutura, sem necessidade
de estruturas de ligação complementares.

2.2.13. Estaca Escavada


 Após locação topográfica do eixo da estaca a ser executada é demarcado na superfície do
terreno, o diâmetro da estaca. A “camisa” (guia) é cravada pelo guindaste auxiliar como se fosse
um bate estaca, a base de golpes. Depois de cravada a “camisa” a maquina escava até 1,50m
(comprimento da guia) sem lama e depois dessa profundidade é colocada a lama até o fim da
escavação, procurando manter o melhor prumo possível. Servirão assim para locação da estaca e
como guia para a caçamba rotativa. Esta guia tem diâmetro 10 cm maior que o diâmetro nominal
da estaca, o que permitirá a passagem da caçamba rotativa.
 O reaterro da escavação feita para o posicionamento da camisa metálica, caso necessário,
deverá ser executado em solo-cimento ou solo argiloso bem compactado.
 A lama bentonítica é preparada misturando-se bentonita com água pura, em misturadores de
alta turbulência.
 Para posicionamento do equipamento de perfuração o terreno deverá estar praticamente plano
e apresentar boa capacidade de carga devido às grandes dimensões e carga dos equipamentos.
O equipamento deve ser posicionado buscando-se o melhor nível e prumo possível para a haste
telescópica. O eixo da caçamba rotativa deverá estar sobre o eixo de locação da estaca, o que é
garantido através do bom posicionamento da camisa metálica. 
 Para perfuração deslocar o guindaste até o local da estaca, depois aprumar a torre. Posicionar
a caçamba rotativa dentro da camisa metálica.
 Iniciar a escavação com simultâneo preenchimento com lama bentonítica, tendo o cuidado de
colocar o material escavado em local próprio, de maneira a não atrapalhar a circulação no
canteiro.
Obs:Para um bom funcionamento da lama na estabilização das escavações, o nível da mesma
durante a escavação deverá ser mantido no mínimo 2,00 m acima do nível d’água do terreno.
 Caso haja a impossibilidade de se atingir a profundidade prevista em projeto de alguma estaca
com o uso normal da caçamba rotativa, deverá ser usada uma ferramenta auxiliar denominada
trépano para se tentar romper esta camada. Após o início da trepanação e num tempo mínimo de
1 hora, fique constatada a inviabilidade de se prosseguir com a escavação, o fundo da estaca será
novamente limpo com a devida caçamba.
 Depois de concluída a escavação a lama bentonítica utilizada pode ter sido afetada por
diversos fatores, torna-se necessário fazer alguns testes tais como: Peso Específico, Viscosidade,
PH, e Teor de Areia.
 O processo de desarenação é feito fazendo circular a lama através do desarenador utilizando
bombas de submersão, sempre fazendo os testes até atingir os parâmetros previstos, ou então,
admite-se a troca da lama por uma nova.
 A armadura deve ser preparada de acordo com o projeto previamente aprovado. Deve-se
prever uma passagem para o tubo de concretagem (tubo tremonha) e também roletes
espaçadores para garantir o recobrimento do aço. Deve ser então posicionada a armadura com o
auxílio de guindaste, a mesma deve ser apoiadas na camisa metálica a fim de evitar o seu
deslocamento quando da concretagem.
 Os tubos de concretagem ou tremonhas são montados e posicionados no interior da estaca. Na
extremidade superior é colocado um funil por onde será lançado o concreto diretamente do
caminhão betoneira. Antes de se iniciar a concretagem é colocada no interior do tubo tremonha
uma bola plástica que funcionará como êmbolo expulsando a lama existente dentro do tubo por
ação do peso do concreto, evitando assim que o concreto se misture com a lama. Após a
expulsão da bola, a extremidade inferior do tubo de concretagem deverá ser mantida imersa pelo
menos 1,50m no concreto.
 O concreto deve ser lançado continuamente, sem interrupções, a não ser aquelas estritamente
necessárias para as manobras dos caminhões-betoneira e encurtamento do tubo tremonha.
 A concretagem deve ser levada até cerca de 50 cm acima da cota de arrasamento prevista,
devido à contaminação do trecho superior do concreto.

3. FORMULÁRIOS E MODELOS CORRELATOS

 FVS. 003- A – Execução de Escavação


 FVS. 003- B – Execução de Tubulão
 FVS. 003- C – Execução de Sapatas
 FVS. 003- D – Execução de Estaca Pré-moldada
 FVS. 003- E – Execução de Estaca Franki
 FVS. 003- F – Execução de Estaca Hélice Contínua
 FVS. 003- G – Execução de Blocos
 FVS. 003- H – Execução de Perfil Metálico
 FVS. 003- I – Execução de Parede Diafragma
 FVS. 003- J – Execução de Estaca Raiz
 FVS. 003- K – Execução de Estaca Escavada

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