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Elementos

cerâmicos
Tijolos e alvenaria
Professor Edgar V. Mantilla Carrasco
FABRICAÇÃO DOS PRODUTOS CERÂMICOS

Extração do barro (manual ou mecânica)


- verificação do teor de argila, composição granulométrica, umidade;
- verificação dos compostos: se são sulfurosos ou se tem carbonato de cálcio
(propiciam fendas); se contém matéria orgânica (porosidade); cal (quando
receber umidade vai estourar a parede);

Preparo da matéria-prima
- seleção da argila (composição, dureza e plasticidade)
- apodrecimento da argila ao ar livre (fermentação das partículas/ aumento da
plasticidade)
- depuração (eliminação de impurezas grosseiras e formação da pasta)
- maceração (obtenção de partículas e grão finos com maior plasticidade)
- correção da argila (lavagem, sedimentação, filtragem para eliminar grãos
graúdos)
- amassamento – preparar a argila para moldagem
FABRICAÇÃO DOS PRODUTOS CERÂMICOS
Moldagem
→ dar forma deseja a pasta cerâmica
→ quanto mais água, maior plasticidade e facilidade de moldagem

- a seco ou semisseco (4 a 10% água) – prensagem - ladrilhos,


azulejos, refratários, tijolos e telhas de qualidade superior

- pasta plástica pastosa – moldada em moldes de madeira e


coberta por areia – processo manual de fazer tijolos;

- pasta plástica consistente (20 a 35% de água) – usada na


extrusão – massa passa por pressão através de um bocal
formando fita uniforme e contínua que é cortada no comprimento
apropriado; processo incorpora muito ar que irá dilatar no
cozimento criando fendas – tijolos, telhas, tubos, refratários

- pasta fluida (30 a 50% água) – porcelanas e peças sanitárias


FABRICAÇÃO DOS PRODUTOS CERÂMICOS (TIJOLOS)

Secagem de tijolos
→ Remoção de parte da água (7% a 30%) das peças → equilíbrio
tensões internas e externas
(tijolo comum contém aprox. 1kg de água);
→ período de secagem: 3 a 6 semanas para argilas moles e 1 semana p/
argilas rijas

Secagem natural – abrigo ao sol e ventilação controlada


Secagem por ar quente úmido – deformações são mínimas
Cozimento de tijolos

alteração 20º a 150º → a argila perde água de amassamento


física 150º a 600º → a argila perde água absorvida e começa a enrijecer

alteração 600º a 950º


química
→ desidratação química + endurecimento + queima das matérias
orgânicas
→ oxidação (carbonetos se transformam em óxidos)

acima de 950º
→ vitrificação (sílica forma pequena quantidade de vidro que aglutina os
elementos)
→ dureza, resistência e compactação do conjunto
Características/ propriedades Fatores que interferem nas propriedades e
dos tijolos características dos produtos

→ resistência mecânica → granulação (dimensão e homogeneidade)


→ quantidade de água (moldagem e cozimento)
→ temperatura

→ peso e durabilidade → absorção de umidade ou porosidade

→ absorção de umidade

→ isolamento e condução térmica


→ tipo de superfície especificada → compactação dos constituintes
→ compatibilidade com o acabamento
previsto (pintura, revestimento com
argamassa ou placas de algum material)
Elementos cerâmicos
TIJOLOS
TIJOLO DE BARRO COZIDO OU MACIÇO ( TIJOLINHO OU TIJOLO
COMUM)
Tijolo de baixo custo de fabricação,
moldado manualmente ou em
máquinas nas olarias.
Aplicação –alvenaria aparente (tijolo
à vista)
Padrão da NBR 8071 e 7170:
190 x 90 x 57mm.

Proporciona bom conforto térmico e


acústico.

Para evitar o desgaste natural ou


infiltrações deve-se aplicar vernizes
e selantes.

Exige um gasto relativamente


elevado com argamassa e mão-de-
obra
EXECUÇÃO DE ALVENARIAS – TIJOLO MACIÇO
TIJOLO LAMINADO
São uma evolução do tijolo de barro cozido → maior resistência mecânica e menor porosidade
(menor absorção de água).
indicados para alvenaria aparente → não permite a aplicação de argamassa de revestimento.
textura → acabamento mais refinado.
desvantagem → custo (assentamento é mais caro; furos absorvem grande quantidade de argamassa).

modelo comum → 21 furos cilíndricos; padrão: 24 x 11,5 x 5 cm.


TIJOLO FURADO (TIJOLO BAIANO)
Têm na parte externa uma série de ranhuras para facilitar a aderência da argamassa de
revestimento e seu interior tem pequenos canais prismáticos ( 6 a 8 furos).

Vantagens → rapidez na execução, baixo peso e preço acessível; exige menos mão-de-obra,
menos argamassa de assentamento.
Desvantagens → o corte para passagem de tubulação é difícil, por causa da quebra do tijolo.
Tijolo Maciço Tijolo de Vidro
Tijolo furado
Blocos Cerâmicos e Caneletas
BLOCO ESTRUTURAL

Usados para alvenaria estrutural. Fabricados com cerâmica vermelha com queima da argila a
temperatura de 850ºC.
→ Acabamento de textura fina (uso à vista) ou ranhurada (para revestimento).
→ Maior produtividade que os blocos de concreto, pois as peças cerâmicas são 40% mais leves.
→ Possuem peças especiais criados especialmente para passagem das instalações elétricas e
hidráulicas.
TIJOLO REFRATÁRIO

Tijolo cozido, feito com argila refratária – argila mais pura, rica em silicatos de alumínio e pobre em
óxido de cálcio (material expansivo) e óxido de ferro (fundente).
Esse material tem ponto de fusão elevado e não se deforma a altas temperaturas (fornos, lareira,
chaminés). Funcionam também como isolantes térmicos.

O assentamento dos tijolos deve ser feito com argamassa também refratária.
Padrão dos tijolos maciços de 50 x 100 x 200 mm.
Maneiras de asentamento
Resistências mínimas

/Tijolo
Tijolo

Tijolo
Normas tijolos cerâmicos

 NBR 7170:1983 – Tijolo maciço cerâmico para alvenaria -


especificação;
 NBR 6460:1983 – Tijolo maciço cerâmico para alvenaria -
verificação da resistência à compressão;
 NBR 8041:1983 – Tijolo maciço cerâmico para alvenaria – forma
e dimensões.
 15270-1: 2005 – Componentes cerâmicos – parte 1: Blocos
cerâmicos para alvenaria de vedação: terminologia e requisitos;
 15270-2: 2005 – Componentes cerâmicos – parte 2: Blocos
cerâmicos para alvenaria estrutural: terminologia e requisitos;
 15270-3 : 2005 – Componentes cerâmicos – parte 3:
 Blocos cerâmicos para alvenaria estrutural e de vedação:
métodos de ensaio
ALVENARIAS - TÉCNICAS DE EXECUÇÃO
“ Chamam-se alvenarias as construções formadas por blocos naturais ou artificiais,
susceptíveis de resistirem preferencialmente aos esforços de compressão e
dispostos de maneira tal que as superfícies juntas sejam normais aos esforços
principais.”

“ A construção em alvenaria resulta da justaposição de materiais sólido: pedras, tijolos ou


aglomerados ligados ou não entre si, formando um bloco estável de forma e
dimensões determinadas.”
Brigaux (Técnica da construção – Celso Cardão. p. 229-230)

Blocos (pedras, tijolos ou aglomerados) + argamassa → bloco maciço estável


Solicitações em alvenarias
Solicitações em alvenarias
Solicitações em alvenarias
ALVENARIAS

Vedação ou fechamento. Elemento estrutural Elemento decorativo.


ALVENARIAS
ALVENARIAS
ALVENARIAS
ALVENARIAS
TIPO DE ASSENTAMENTO DOS TIJOLOS DE BARRO COZIDO OU MACIÇO

57mm (tijolo maciço)

190mm (tijolo maciço)

Padrão tijolo maciço: 190 x 90 x 57mm


Tijolo vazado - 330 x 190 x 115mm; 190 x 190 x 115mm; 190 x 140 x 90mm
TIPO DE ASSENTAMENTO DOS TIJOLOS DE BARRO COZIDO OU MACIÇO

90mm (tijolo maciço)

380mm

280mm (tijolo maciço)

Padrão tijolo maciço: 190 x 90 x 57mm


Tijolo vazado - 330 x 190 x 115mm; 190 x 190 x 115mm; 190 x 140 x 90mm
TIPO DE ASSENTAMENTO DOS TIJOLOS DE BARRO COZIDO OU MACIÇO

Tipos de juntas

Pilares no estruturai
EXECUÇÃO DE ALVENARIAS

1ª fiada fiadas subsequentes


EXECUÇÃO DE ALVENARIAS

Tijolos assentados com


argamassa impermeabilizante

Manta ou membrana asfáltica

Baldrame em concreto

Sapata
EXECUÇÃO DE ALVENARIAS
Interface parede-viga

Acabamento – cunha de tijolo


EXECUÇÃO DE ALVENARIAS – TIJOLO MACIÇO

verga evita
sobrecarga
sobre
esquadrias

contraverga
evitar trincas
ARGAMASSAS CONFECCIONADAS EM OBRA

FUNÇÃO E EMPREGO:
• Unir Argamassa de assentamento

• Distribuir esforços
• Absorver deformações
• Regularizar superfícies
• Dar acabamento às superfícies

TRAÇOS USUAIS:
Chapisco: 1:2 a 1:4
Revestimento: Reboco (e = 2mm)
Emboço (e  2cm)
Interno 1:8 a 1:12
Chapisco
Externo: 1:5 a 1:8
Assentamento: 1:8 a 1:12
Contra piso/ piso final: 1:3 a 1:5
Argamassas industrializadas
 Argamassas de assentamento e revestimento
 Assentamento de alvenarias
Vedação e estrutural
 Revestimento de paredes e tetos
Chapisco, embôço e rebôco
 Contrapiso
 Argamassas colantes
 Assentamento de placas de cerâmica em pisos e paredes
Ambientes internos e externos
 Rejuntamento de placas de cerâmica
 Argamassas para usos especiais
Mistura do material Equipamentos
 Use argamassadeira – betoneira é para concreto
Mistura do material Instruções
 Use a quantidade de água
recomendada na embalagem
 Não acrescente nenhum
outro produto além de água
limpa
 Use balde graduado
 Observe o tempo de mistura
 Lave a argamassadeira ao
final do dia
Assentamento de alvenaria Instruções

 Use blocos limpos: sem pó,


graxa, gesso ou qualquer sujeira
 Não use argamassa após 2 hs
de seu preparo
 Em caso de blocos absorventes
molhe-os antes do
assentamento, para evitar a
rápida secagem da argamassa
Assentamento de alvenaria
Gabarito para juntas
Assentamento de alvenaria
Gabarito e frisador de juntas
Assentamento de alvenaria
Palheta
Assentamento de alvenaria
Verificações
 Fixação da alvenaria na
estrutura:
– Tela
– Ferro cabelo

 Encunhamento
 Execução de cintas,
vergas e contra-vergas
 Completo preenchimento
das juntas de
assentamento
 Resistência da argamassa
após 7 dias
FILM SOBRE (acessar link no Moodle)
Elementos Cerâmicos
Tijolo maciço, furado e estrutural
Elementos
cerâmicos
Blocos e alvenaria
estrutural
Tipos de
Blocos
BLOCO ESTRUTURAL
BLOCO ESTRUTURAL
BLOCO ESTRUTURAL
Modulação
PROJETO EXECUÇÃO

Link filme sobre Link filme sobre execução


elaboração de projeto De obra, no Moodle
no Moodle

Alvenaria estrutural

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