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ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS

NAÚTICAS
DEPARTAMENTO DE MAQUINAS
CURSO: Engenharia Electromecânica
TURMA: 2ELM2022 CADEIRA: Arquitectura Naval
TEMA: Corrosão e Prevenção
DISCENTES: ANCHA MAIMUNA USSENE

E D M I L S O N N O TA S I E D A D E

M O I S É S D AV I D M ATAV E L E D O C E N T E : E N G . FA U S T I N O C U M B E
INTRODUÇÃO
No presente trabalho falar-se-á da corrosão, explicar-se-á como ela acontece. Falaremos
também de como podemos prevenir a corrosão e quais são os métodos a utilizar para eliminar
este defeito que geralmente acontece nos navios ou embarcações.
Objectivos
Objectivo Geral:
Estudar sobre a corrosão e prevenção nos navios
Objectivos específicos:
Definir o que é corrosão
Explicar como ocorre a corrosão
Identificar os tipos de corrosão
Identificar os métodos de prevenção e tratamento da corrosão
Explicar como aplicar os métodos de tratamento da corrosão
 Identificar as normas ou padrões a seguir na preparação da superfície
CORROSÃO
Definição
O processo corrosivo consiste na formação de óxido de ferro a partir do próprio ferro ou aço, ou
de outro óxido a partir de qualquer metal considerado. A corrosão é um processo de
deterioração muito comum, sobretudo em materiais metálicos que entram em contato com o
oxigênio ou água. Em detrimento dessa exposição, o objeto confeccionado com o metal tende a
perder suas propriedades mecânicas.
Como a corrosão ocorre
No caso dos navios ou embarcações, a corrosão pode ser acelerada por causa da água, principalmente
a água do mar. O sal e o cloro natural presentes na água do mar, tornam essa água um eficiente eletrólito,
gerando uma alta condutividade elétrica. A eletricidade, por sua vez, é capaz de acentuar a corrosão. 
É por isso que as embarcações que ficam em água salgada sofrem mais com a corrosão do que os barcos de
água doce. Mas nos dois casos, há o fator de corrosão e oxidação, que são processos químicos que ocorrem
de forma natural. 
Figura 1: Corrosão num pedaço de metal
PRINCIPAIS TIPOS DE
CORROSÃO
Os tipos de corrosão mais recorrentes:
Química:
Acontece quando um agente químico atua sobre determinado material (metálico ou não).
Eletroquímica:
É um dos tipos de corrosão mais presentes na indústria porque acontece quando o metal entra em contato
direto com o meio corrosivo.
Eletrolítica:
Essa corrosão não acontece por meios naturais porque demanda a aplicação de corrente elétrica no sistema.
Por isso, costuma estar presente em equipamentos que não contam com isolamento ou aterramento
adequado.
AS CLASSIFICAÇÕES MAIS COMUNS
DOS TIPOS DE CORROSÃO
Corrosão uniforme:
Também conhecida como generalizada, ela afeta a superfície como um todo, de maneira homogênea.

Corrosão localizada:
Também chamada de corrosão por placas, afeta regiões isoladas do material. Isso faz com que diversas cavidades apareçam
em pontos específicos, todas com variações no diâmetro e profundidade.
Corrosão alveolar
Também é chamada de pontual e está entre os tipos de corrosão de categoria localizada, embora não seja tão profunda.
Corrosão por pites
Também conhecida como corrosão puntiforme, se diferencia da alveolar por apresentar cavidades com profundidade maior
que o diâmetro.
Corrosão seletiva
Ocorre quando há a formação de um par galvânico por conta da diferença de nobreza entre dois elementos de uma liga
metálica
GRAUS DE CORROSÃO
São especificados quatro graus de intemperismo, designados por A, B, C e D respectivamente. Os graus de
intemperismo são definidos descritivamente:
A – superfície de aço, completamente coberta com calamina aderente e com pouca, senão mesmo
nenhuma corrosão;
B – superfície de aço, que começou a sofrer o processo de corrosão e da qual a calamina se começou a
desprender;
C – superfície de aço, da qual a calamina desapareceu, dendo a superfície enferrujado ou da qual a
calamina pode ser raspada, expondo a ferrugem subjacente, mas evidenciando pouca corrosão puntiforme
visível a olho nu;
D – superfície de aço, da qual toda calamina desapareceu por oxidação e sobre a qual, é visível a olho nu
uma quantidade considerável de corrosão alveolar e puntiforme.
GRAUS DE PREPARAÇÃO:
RASPAGEM E ESCOVAGEM
É assumido que antes de iniciar o tratamento, a superfície de ago, foi limpa de todas as sujidades e
gorduras e que as camadas mais espessas de cascão, foram removidas através de picagem.
St 2 - Perfeita raspagem e escovagem com escova de arame, mecânica ou não, ou rebarbadora, etc. O
tratamento removera a calamina solta, ferrugem e outras matérias estranhas. Finalmente, a superfície é
limpa por aspiração, sopragem com ar comprimido seco e limpo, ou através de escova de pêlo. Nessa
altura, devera ficar com um brilho metálico desmaiado.
St 3 - Muito perfeita e cuidadosa raspagem e escovagem com escova de arame, mecânica ou não, ou
rebarbadora, etc. Preparação da superfície como a efectuada para obter o grau St 2 mas muito mais
cuidadosa. Depois da remoção do pó, a superfície terá um pronunciado brilho metálico.
GRAUS DE PREPARAÇÃO:
DECAPAGEM
Figura 2:
Standard de
decapagem
para os
diferentes graus
de corrosão
segundo a
norma ISO
8501-1
Sa 1 - Ligeira limpeza por decapagem com abrasivo seco. A calamina solta, ferrugem e matérias estranhas serão removidas.

Sa 2 - Cuidadosa limpeza por decapagem com abrasivo seco. Quase toda a calamina, ferrugem e matérias estranhas serão
removidas. Finalmente, a superfície é limpa por aspiração sopragem com ar comprimido limpo e seco ou escova de pélo
limpa.

Sa 2 1/2 - Limpeza muito cuidadosa por decapagem com abrasivo seco. Calamina, ferrugem e matéria estranha, deverâo ser
removidas até ao ponto onde somente sejam percetíveis vestígios sob a forma de não mais do que pontos ou tragos.
Finalmente, a superfície é limpa por aspiragâo ou sopragem com ar comprimido limpo e seco, ou escovagem com escova de
pelo limpa.

Sa 3 - Limpeza por decapagem com abrasivo seco até ser atingido o grau de metal puro. Calamina, ferrugem e matérias
estranhas deverão ser removidas completamente. Por fim, a superfície é limpa por aspiração, soprada com ar comprimido
limpo e seco ou com uma escova de pelo limpa.

O grau Sa 2 1/2, é uma introdução posterior â criação das normas originais. A experiência provou que frequentemente, não é
necessário remover a calamina, ferrugem, tão cuidadosamente como o prescrito pelo grau Sa 3. O grau de preparação Sa 2 1/2,
é na maioria dos casos suficiente e envolve uma poupança considerável.
PREVENÇÃO
Definição
Prevenção é um medida ou conjunto de medidas adotadas com antecedência para impedir o surgimento
ou minorar os efeitos de algo nefasto ou que se receia; o que se faz para evitar perigo, dano, prejuízo.
O tratamento destes defeitos depende, em grau considerável na sua extensão e severidade. A seleção dos
métodos a utilizar terá de lavar em consideração a extensão e o de área envolvida.
TRATAMENTO DE SUPERFÍCIE
Após a descontaminação da superfície é identificado o estado da superfície quer a nível de tintas existentes
quer a nível do grau de oxidação existente segundo a norma ISO 4628-3, em que se tivermos mais que 1%
de oxidação, teremos que fazer tratamento a esse recobrimento.
No que diz respeito ás tintas existentes estas podem apresentar uma fraca adesão ao substrato (aço
carbono) ou entre demãos de pintura.
Temos como fraca adesão ao substrato zonas de ligação (soldaduras) que por vezes são limadas em
construção, não tendo um perfil rugoso para uma boa ancoragem da tinta á superfície ou contaminantes
no substrato que não foram removidos.
Figura 3: Tabela de Graus de
corrosão segundo a norma
EN ISO 8501-1
TRATAMENTO DE CORROSÃO
Existem três métodos a saber:
Métodos manuais;
Métodos mecânicos;
Métodos industriais.
CONT.
Métodos Manuais
Os métodos manuais são mais adequados para tratar áreas localizadas e restritas. Podem ser eles a
raspagem, a escovagem e a picagem. Estes métodos são relativamente ineficientes e na maior parte das
vezes servem apenas para remover material solto e a contaminação mais grosseira.
Métodos Mecânicos
Os Métodos Mecânicos são os que utilizam martelos pneumáticos ou eléctricos, escovas de arame rotativas
e discos de lixa rotativos, também pneumáticos. Eles são mais adequados para áreas grandes e permitem
um melhor desempenho na obtenção dos padrões adequados.
CONT. Figura 4: Ilustração de equipamentos de tratamento mecânico
Disco Lixa Martelos de agulhas Fresas mecânicas

Métodos Industriais
Decapagem por jácto abrasivo
Este é o método mais usado presentemente nos estaleiros para limpeza de superfícies e
eliminação da corrosão. Também cada vez mais eles serão utilizados a bordo dos navios pelas
tripulações, para a manutenção de zonas onde anteriormente os métodos utilizados eram os
manuais e mecânicos.
CONT. Figura 5: Abrasivos mais usados em reparação naval (Escoria de cobre e garnet)

Decapagem em zonas localizadas


Este processo é utilizado para eliminar zonas localizadas de corrosão. Na prática há precauções a tomar de
forma a evitar a quebra posterior do sistema aplicado. Assim:
As camadas adjacentes de pintura intacta, podem ser agredidas pelas partículas de abrasivo e os bordos
das zonas decapadas podem soltar-se da superfície do ago. Se isto ocorrer, as partes soltas, devem ser
removidas ou afagadas, quer por raspagem, quer utilizando um disco de lixa rotativo.
CONT.
Decapagem seguida
Trata-se de decapar com jacto abrasivo, grandes áreas duma superfície, ou mesmo toda a superfície. E
executado quando a quebra do sistema aplicado é generalizada, a corrosão ocupa áreas vastas e continuas
ou quando se pretende mudar o esquema de pintura aplicado, geralmente, para um donde se pretende
obter um melhor desempenho.
Varrimento por abrasivo
O varrimento por abrasivo é o tratamento duma superfície executado com uma rápida passagem do jacto
de abrasivo sobre a superfície. O seu desempenho depende da natureza e da condição da superfície, do
tipo e do tamanho da partícula abrasiva utilizada e acima de tudo da habilidade do operador.
O varrimento por abrasivo limpara a superfície de parte da contaminação e da tinta solta. Poderá ser usado
também para morder a superfície dum revestimento duro de forma a melhorar a aderência da camada
seguinte.
AVALIAÇÃO E ELIMINAÇÃO DE OUTROS DEFEITOS DA SUPERFÍCIE

Para alem da corrosão, podemos nos deparar com outros defeitos que terão de ser eliminados antes da aplicação dos
revestimentos de acordo com a probabilidade que esses defeitos tem a vir mais tarde a degenerar em corrosão, ou
de impedir um bom aspecto coméstico das superfícies a ser repintadas.

 Bolhas causadas por pinturas sobre superfícies húmidas ou utilização de ferramentas que tenham estado
guardadas dentro de água e que tenham sido deficientemente secas, também pode ser devido a fraca preparação
inicial da superfície a revestir.
Medidas a tomar: Raspar as bolhas e remover toda a corrosão que porventura já se tenha instalado;
 Manchas de trincha Causadas pelo uso de impulsos demasiado fortes, ou de uma trincha com dureza excessiva,
também uma tinta muito espessa no momento da aplicação, causa o mesmo problema.
Medidas a tomar: Lixar ou afagar ligeiramente as áreas marcadas; Limpar a superfície e aplicar uma ou duas demãos
de acabamento.
 Bolhas ocas Causadas por trabalho demasiado vigoroso na utilização do rolo ou da trincha ou aplicação da tinta
puxando-a demasiadamente, pode acontecer também devido a exposição solar intensa da tinta aplicada de
fresco.
Medidas a tomar: Afagar ligeiramente as áreas envolvidas para eliminar as bolsas e aplicar um ou duas demãos de
acabamento.
CONT.
Olhos de peixe (afastamento localizado do filme húmido) Causados por contaminação da superfície
com óleos ou gorduras; também pode suceder devido a incompatibilidade da tinta com a camada anterior.
Medidas a tomar: Verificar se a tinta correcta foi aplicada; remover a tinta que mostra os defeitos apontados;
desengordurar cuidadosamente a superfície e aplicar uma ou duas novas camadas de tinta.
Fissuração Causados por aplicação de uma tinta dura de acabamento sobre uma camada mais macia,
intervalo de repintura demasiado curto, uso de uma tinta não adequada para o fim em vista.
Medida a tomar: Picar ou raspar a tinta partida ate encontrar uma camada inferior, seja o próprio metal nú;
limpar a superfície e aplicar duas demãos de primário e uma ou duas demãos de acabamento
Despelamentos e/ou descolamentos Causados pela aplicação de uma tinta sobre a superfície húmida ou
contaminada por qualquer outra coisa, ou ainda devido ao intervalo de repintura demasiadamente longo.
Medidas a tomar: Remover a tinta que apresenta descolamentos ate encontrar a camada sã; limpar a
superfície, prepara-la e aplicar uma ou duas camadas de acabamento ou outra tinta, consoante o nível de
descolamento.
CONT.
Escorrimentos ou escorridos Causados pela Aplicação de tintas em camadas com espessura excessiva ou adição de

uma quantidade demasiada de diluente a tinta; pode também suceder devido â aplicação da tinta sobre superfícies

demasiadamente brilhantes ou polidas, ou ainda devido a um defeito na aplicado tal como uso indevido da pistola de

pintura.

Medidas a tomar: Remover os escorridos até encontrar um substrato são, raspando ou usando uma rebarbadora com

disco de lixa; limpar a superfície; aplicar o número de demãos necessárias ate repor o esquema.
Enrugamentos causados pela Aplicação de demasiada espessura numa só camada ou exposição da tinta fresca â luz
solar intensa.
Medidas a tomar: Remover a tinta enrugada até encontrar uma camada sã; Limpar a superfície e aplicar uma ou duas
demãos de acabamento ou refazer o esquema.
PADRÕES DE PREPARAÇÃO DE SUPERFÍCIE

Conforme os métodos utilizados na preparação da superfície que deverão estar de acordo com as
exigências dos sistemas de pintura, ou seja com as características dos revestimentos a aplicar, assim se irá
obter ou se deverá obter, para se ser mais realista, diferentes padrões de preparação de superfície.
A preparação duma superfície de aço que antecede a aplicação dum revestimento por pintura tem sido
estuda da por várias organizações, havendo sido, inclusivamente, produzidos padrões fotográficos, bem
como a descrição das superfícies padrão.
As Normas Suecas (Swedish Standards - SIS 05 5900) e as Normas Japonesas da Associação Japonesa para
Pesquisa na Construção de Navios (JSRA), são aquelas cujos padrões são mais frequentemente utilizados
em todo o mundo, mas existem também outros, realizados pelos E.U.A. (SSPC - Steel Structures Painting
Council) e pela Inglaterra (BS), nomeadamente.
Um oficial de bordo devera ter conhecimento da existência destes padrões, senão mesmo estar
familiarizado com eles, pois nas fichas técnicas dos produtos a aplicar, existem sempre referências ao grau
de preparação de superfície que se devera atingir, antes de os aplicar, por forma a obter os melhores
resultados.
St 2 e St 3 (Normas Suecas)

São os padrões mais comummente especificados e são descritos por cada Organização nas suas
normas.
Sendo as Normas Suecas as mais utilizadas, não só nos países europeus, como também na
grande maioria dos restantes países ocidentais, tendo sido mesmo aprovadas por muitas
organizações congéneres, entre as quais se inclui a própria SSPC, e também porque definem
perfeitamente, não só os diferentes tipos de superfícies-ago, como os tipos de corrosão que se
podem apresentar nessas superfícies e ainda os graus de preparação obtidos, analisaremos com
detalhe estas normas.
A APLICAÇÃO DA TINTA

Condições de aplicação
Quando se pretende aplicar uma tinta marítima, os factores mais importantes a considerar são o estado da
superfície, a temperatura da superfície e ambiente e as condições atmosféricas na altura da aplicação. A maior
parte das tintas marítimas toleram humidades relativamente altas; o que não deverá ser permitido é que essa
humidade venha a condensar-se sobre as superfícies a serem pintadas. De modo a determinar-se da possibilidade
de uma superfície poder estar húmida ou não, deverá medir-se a temperatura da superfície usando um
termómetro de contacto e o ponto de orvalho deverá ser calculado após a medição da humidade relativa com o
auxílio dum higrómetro.
A aplicação da tinta não deverá ter lugar se a temperatura da superfície estiver dentro da margem de 3 °C acima
do ponto de orvalho. A tinta não deverá ser aplicada também em superfícies afectadas pela chuva ou pelo gelo.
Condições limites
Quando um navio entra em doca seca, as condições poderão não ser inteiramente satisfatórias para proceder â
pintura, no entanto, esta poderá ter de progredir de forma a que o navio saia da doca dentro do prazo previsto.
CONT.
Se a temperatura do ago. estiver perto da do ponto de orvalho, isto é, dentro dos 3 °C anteriormente
mencionados, uma melhor adesão da tinta poderá ser conseguida pela sua aplicação a trincha ou a rolo, já
que isto irá perturbar fisicamente qualquer humidade / condensação que eventualmente possa existir
junto a superfície.
Condições extremas
Geralmente as condições extremas referem-se a temperaturas abaixo de 5 °C ou acima de 30 °C.
Abaixo de 5 °C, a velocidade de cura das tintas, diminui drasticamente e para algumas delas, para
completamente.
No outro extremo, 30 °C, ou acima, a secagem ou cura das tintas torna-se demasiado rápida, obrigando a
cuidados suplementares de forma a evitar a pulverização seca. Esta é causada pela rápida libertação dos
solventes das gotas de tinta, no percurso entre o bico da pistola e a superfície a pintar. Isto pode ser
minimizado operando com o bico a uma distância mínima aceitável da superfície e ainda, procedendo a
aplicação segurando a pistola num ângulo o mais possível recto relativamente a superfície.
OS MÉTODOS DE APLICAÇÃO DA TINTA
Os objectivos da aplicação dos revestimentos por pintura, são os de conseguir peliculas secas que confiram proteção as
superfícies onde são aplicadas e também, mas em menor escala, um efeito decorativo as estruturas onde são aplicados.
As variáveis que governam o sucesso de qualquer aplicação, são, como já sabemos:
 A preparação de superfície
 A formação do filme e a espessura total do sistema
 O método de aplicação
 As condições atmosféricas durante a aplicação
Os métodos normalmente utilizados na aplicação das tintas marítimas são:
 Â trincha Não é tão rápido como a aplicado a rolo ou â pistol, durante a pintura é importante mergulhar
com frequência a trincha ou pincel na tinta e não repassar excessivamente a superfície, porque disto poderá
resultar grandes variações na espessura da película, problema inerente a aplicação a trincha.
CONT.
Figura 6: Trincha

A aplicação a rolo é mais rápida do que a trincha, sobre superfícies planas extensas, tais como
anteparas e tectos de tanques, corredores, áreas de convés, só para citar algumas, mas não é tão boa
para zonas difíceis. A escolha do rolo, em termos de tamanho, depende da dimensão da área a pintar.

Figura 7: Rolo
CONT.
Projeção por pistola convencional, na pistola convencional, ou pistola a ar, a tinta é depositada no
recipiente é expulsa em direção ao bico da pistola pela ação da pressão do ar. É um método de aplicação de
tinta muito utilizado em pintura industrial.

Figura 8 :Pistola convencional

Projeção por pistola sem ar (airless) Ao contrário da pistola convencional, que utiliza o ar para
atomização da tinta, a pintura sem ar utiliza uma bomba, acionada pneumaticamente, para pressurizar a
tinta, e a energia com que a mesma chega ao bico da pistola provoca a pulverização.
CONT.
Figura 9: Pistola sem ar (AIRLESS)

A escolha do equipamento “AIRLESS’


Ao escolher um equipamento de pintura "airless", convirá fazé-lo tendo em conta os seguintes pontos:
O compressor - Adequado para fornecer o volume necessário de ar e montado com um separador de éleo e
agua, de forma a garantir a limpeza e segura do ar fornecido.
A bomba - Convirâ escolher uma unidade com uma razão de compressão capaz de movimentar todas as tintas
marítimas a serem aplicadas. Neste aspecto, hâ que recordar que uma bomba com elevada razão de compressão.
CONT.
Mangueira e pistola de pintura - O operador deverá assegurar-se que a linha esta em boas condições e que
foi testada e aprovada para operar sob alta pressão. Hâ que recordar que grandes comprimentos de
mangueira, conduzem a perdas de pressão na pistola. A mangueira devera ser, também, anti-estâtica,
construída com uma malha metálica que previna a acumulação de cargas eléctricas.
Os Bicos de preferência do tipo reversível " Os bicos podem ser obtidos com orifícios de diferentes
diâmetros e com rasgos de diferentes ângulos e deverão ser escolhidos de acordo com as propriedades da
tinta, com a espessura húmida requerida por demão e com a forma e o contorno da superfície a revestir.
Assim, por exemplo, um bico 80 / 21, terá um orifício de 0.021 de polegada e produzira um leque com
abertura de 80°.
RISCOS PARAA SAÚDE DO UTILIZADOR. COMO ULTRAPASSA-LOS

Alguns dos produtos usados apresentam um risco pequeno ou nulo para a saude do utilizador, enquanto que outros podem ser
perigosos se durante a sua utilização não forem tomadas as devidas precauções.
Solventes
São usualmente líquidos incolores com odores característicos, usados para dissolver uma substância ou substâncias e formar uma
solução. No entanto, com a maior parte dos solventes, os efeitos tóxicos devidos ao contacto com a pele são ligeiros. Os solventes a
atravessar a pele, o que adicionalmente â dermatite, poderá provocar uma reacção de sensibilização as aminas ou as resinas
epoxídicas.
O aviso que fica é - NAO LAVAR AS MAOS COM SOLVENTES OU DILUENTES - usar, isso sim, um produto de limpeza próprio.
Adicionalmente aos seus efeitos sobre a pele, os solventes são voláteis, uns mais do que outros e esta propriedade, cria dois novos
riscos:
Explosão;
Concentração de vapores prejudiciais para a saúde.
PREVENÇÃO NA APLICAÇÃO DOS MATERIAIS

Aplicação a rolo ou â trincha


Usar: luvas, protectores oculares e da pele. Se o cheiro da tinta incomodar ou ameaçar tomar-se
insuportável, usar uma mascara com filtro adequado para os solventes em questão.
 Aplicaçao a pistola
Usar: luvas, protectores oculares, proteger a pele e usar uma mascara com filtro para pó e vapores. Se for
uma aplicação dum antivegetativo ou duma tinta de dois componentes, devera usar-se uma mascara de ar
a distância.
PRIMEIROS SOCORROS

Contacto com a pele

A pele contaminada pelo antivegetativo ou por uma tinta de dois componentes, devera ser limpa imediatamente usando

um produto adequado ou, se este não estiver disponível, usar um detergente doméstico seguido de água e sabão.
Contacto com os olhos
Os olhos são delicados, sensíveis e extremamente valiosos e como tal, deverão ser tratados com o maior cuidado e
respeito. Apos o contacto com a tinta deverão ser imediatamente lavados e chapinhados com agua corrente em
abundância, pelo menos durante dez minutos. A irritação poderá ser leve e desaparecer rapidamente ou, severa,
persistindo por varias horas. Em ambos os casos, apos os primeiros socorros, será aconselhável procurar assistência
médica de forma a determinar a extensão dos danos se os houver.
CONT.
Inalação
Se alguém trabalhando em espago confinado vier a ser afectado pelos vapores dos solventes:
 Dever ser retirado para o exterior de forma a poder respirar ar puro.
Se a respiração tiver parado, deverá ser aplicada respiração artificial e enviado ao médico imediatamente.
É uma reacção natural colocar o paciente de pé tão depressa quanto possível e caminhar com ele
enquanto se acredita que a recuperação será mais rápida; -- ISTO NAO DEVERA SER FEITO. Exercitar
fisicamente um paciente que desmaiou em consequência dos vapores dos solventes, pode provocar-lhe
um ataque cardíaco. O paciente devera ser mantido em descanso acamado durante pelo menos 24 horas.
CONCLUSÃO
Conclui-se que a evolução dos revestimentos, no que respeita a formulações, tem sido um dos
principais factores para uma melhoria continua na proteção de materiais metálicos frente á
corrosão. A pintura é um dos métodos que ajuda na prevenção da corrosão. A tinta aplicada nos
revestimentos tem como objectivo conseguir películas secas que confiram proteção as
superfícies onde são aplicadas e também um efeito decorativo as estruturas onde são aplicados.

Os cuidados a ter com a aplicação de qualquer método de prevenção de corrosão são bastantes
importantes para evitar vários problemas de saúde, e ter uma segurança na área de trabalho.

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