O documento discute os mecanismos e tipos de corrosão de metais. Ele explica que a corrosão pode ocorrer por mecanismos químicos, eletroquímicos ou eletrolíticos. Além disso, descreve as formas de corrosão uniforme e localizada e tipos como corrosão por placas, pites, alvéolos, intergranular e filiforme. A corrosão pode afetar seletivamente elementos em ligas metálicas.
O documento discute os mecanismos e tipos de corrosão de metais. Ele explica que a corrosão pode ocorrer por mecanismos químicos, eletroquímicos ou eletrolíticos. Além disso, descreve as formas de corrosão uniforme e localizada e tipos como corrosão por placas, pites, alvéolos, intergranular e filiforme. A corrosão pode afetar seletivamente elementos em ligas metálicas.
O documento discute os mecanismos e tipos de corrosão de metais. Ele explica que a corrosão pode ocorrer por mecanismos químicos, eletroquímicos ou eletrolíticos. Além disso, descreve as formas de corrosão uniforme e localizada e tipos como corrosão por placas, pites, alvéolos, intergranular e filiforme. A corrosão pode afetar seletivamente elementos em ligas metálicas.
9/15/202 1 2 MECANISMOS DA CORROSÃO • Mecanismo químico No mecanismo químico de um processo corrosivo, ocorrem reacções químicas directas entre o material metálico com o meio corrosivo, podendo ou não haver transferência de cargas ou de electrões e, portanto, a formação de uma corrente eléctrica. A corrosão química pode ocorrer em um material metálico, em temperaturas elevadas, por gases ou vapores e na ausência de humidade ou em materiais metálicos onde ocorre o ataque de metais por solventes orgânicos isentos de água. A corrosão química pode também ocorrer em materiais não-metálicos.
Corrosão e Protecção dos Metais 2
Cont. • Mecanismo electroquímico Na corrosão electroquímica ocorrem reacções químicas que envolvem transferência de carga ou electrões através de uma interface entre metal e electrólito, esse processo electroquímico de corrosão pode ser decomposto em três etapas principais: Processo anódico: passagem dos iões metálicos para a solução. Deslocamento dos electrões e iões : observa-se a transferência dos electrões das regiões anódicas para as regiões catódicas. Processo catódico: recepção de electrões, na área catódica, por iões ou moléculas existentes na solução.
Corrosão e Protecção dos Metais 3
Cont. Mecanismo electroquímico A corrosão electroquímica pode ser verificada sempre que existir heterogeneidade no sistema material metálico meio corrosivo, pois a diferença de potencial resultante possibilita a formação de áreas anódicas e catódicas. A maioria das reacções de corrosão ocorre por um processo electroquímico. Este mecanismo é espontâneo.
Corrosão e Protecção dos Metais 4
Cont. Mecanismo electrolítico • A corrosão electrolítica difere da electroquímica, principalmente, pelo facto desta não ser espontânea. Para que ela ocorra existe a necessidade de fornecimento externo de corrente eléctrica.
Corrosão e Protecção dos Metais 5
FORMAS E TIPOS DE CORROSÃO
Corrosão e Protecção dos Metais 6
FORMAS DE CORROSÃO Corrosão uniforme A corrosão se processa em toda a extensão da superfície, ocorrendo perda uniforme de espessura. É chamada, por alguns, de corrosão generalizada, mas essa terminologia não deve ser usada só para corrosão uniforme pois pode-se ter, também, corrosão por pite ou alveolar generalizadas, isto é, em toda a extensão da superfície corroída.
Corrosão e Protecção dos Metais 7
CORROSÃO UNIFORME
Corrosão e Protecção dos Metais 8
FORMAS DE CORROSÃO Corrosão localizada É uma forma de corrosão distribuída na superfície de forma não uniforme, embora possa estar generalizada. A maior parte dos tipos de corrosão apresentam-se nesta forma.
Corrosão e Protecção dos Metais 9
CORROSÃO LOCALIZADA
Corrosão e Protecção dos Metais 10
TIPOS DE CORROSÃO Corrosão por Placas • A corrosão por placas se dá quando os produtos da reacção de corrosão formam-se em placas que progressivamente se desprendem do volume do material. É comum em metais que formam películas protectoras a princípio, mas ao ganharem espessura pelo aumento do volume do produto de corrosão, estas causam fracturas, perdem aderência no material principal, desprendem-se e expõe novas massas de metal ao ataque. Corrosão e Protecção dos Metais 11 Cont.
Corrosão e Protecção dos Metais 12
TIPOS DE CORROSÃO Corrosão por Pites (pitting) • A corrosão processa-se em pontos ou em pequenas áreas localizadas na superfície metálica produzindo pites, que são cavidades que apresentam o fundo em forma angulosa e profundidade, geralmente, maior do que o seu diâmetro. A forma da cavidade é, com frequência, responsável por seu crescimento contínuo. • O pitting é uma das formas mais destrutivas e insidiosas de corrosão. Causa a perfuração de equipamentos, com apenas uma pequena perda percentual de peso de toda a estrutura. É, geralmente, difícil de detectar pelas suas pequenas dimensões e porque os pites são, frequentemente, escondidos pelos produtos de corrosão. Os aços, quando em ambientes agressivos contendo cloretos, sofrem pitting. Corrosão e Protecção dos Metais 13 CORROSÃO POR PITES
Corrosão e Protecção dos Metais 14
TIPOS DE CORROSÃO Corrosão alveolar • A corrosão se processa na superfície metálica produzindo sulcos ou escavações semelhantes a alvéolos apresentando fundo arredondado e profundidade geralmente menor que o seu diâmetro. Normalmente iniciam por corrosão por pite. São frequentes em metais que formam películas semi- protectoras ou quando o processo de corrosão se dá por depósito, como em casos de corrosão por aeração.
Corrosão e Protecção dos Metais 15
Cont.
Corrosão e Protecção dos Metais 16
TIPOS DE CORROSÃO • Em alguns processos corrosivos pode ocorrer dificuldade de se caracterizar se as cavidades formadas estão sob a forma de placas, alvéolos ou pites, criando divergências de opiniões entre os técnicos de inspecção e/ou manutenção. Entretanto, deve-se considerar que a importância maior é a determinação das dimensões dessas cavidades, a fim de se verificar a extensão do processo corrosivo. Tomando-se como exemplo o caso de pites, é aconselhável considerar: • o número de pites por unidade de área: • o diâmetro; • a profundidade.
Corrosão e Protecção dos Metais 17
TIPOS DE CORROSÃO • Os dois primeiros valores são facilmente determinados e a profundidade pode ser medida das seguintes formas: • com micrômetro; • cortando-se secção transversal do pite e medindo- se directamente; • com auxílio de microscópio, focalizar, inicialmente, no fundo do pite e, em seguida, na superfície não corroída do material. A distância entre os dois níveis de foco representa a profundidade do pite.
Corrosão e Protecção dos Metais 18
TIPOS DE CORROSÃO • Usualmente, procura-se medir o pite de maior profundidade ou tirar o valor médio entre, por exemplo, cinco pites com maiores profundidades. À relação entre o valor do pite de maior profundidade (Pmp) e o valor médio (PM) dos cinco pites mais profundos dá-se o nome de factor de pite (Fpite ), tendo-se, então:
Fpite= Pmp/ PM
• Pode-se verificar que quanto mais esse factor se
aproximar de 1 (um) haverá maior incidência de pites com profundidades próximas. Corrosão e Protecção dos Metais 19 TIPOS DE CORROSÃO Corrosão intergranular (Intercristalina) • Quando o ataque se manifesta no contorno dos grãos, ocorre com mais frequência nos aços inoxidáveis austeníticos, quando sintetizados e expostos a meios corrosivos, porém ocorre também no alumínio, duralumínio, cobre e suas ligas, além de outros materiais.
Corrosão e Protecção dos Metais 20
Cont.
Corrosão e Protecção dos Metais 21
TIPOS DE CORROSÃO Corrosão intragranular (ou Transgranular ou transcristalina) • Se processa nos grãos da rede cristalina do material metálico, o qual, perdendo suas propriedades mecânicas, poderá fracturar à menor solicitação mecânica. tendo-se também corrosão sob tensão fracturante. • É muito comum nos aços inoxidáveis austeníticos.
Corrosão e Protecção dos Metais 22
Cont.
Corrosão e Protecção dos Metais 23
TIPOS DE CORROSÃO Corrosão filiforme • A corrosão se processa sob a forma de finos filamentos, mas não profundos, que se propagam em diferentes direcções e que não se ultrapassam, pois admite-se que o produto de corrosão, em estado coloidal, apresenta carga positiva, daí a repulsão. Ocorre geralmente em superfícies metálicas revestidas com tintas ou com metais, ocasionando o deslocamento do revestimento. Tem sido observada mais frequentemente quando a humidade relativa do ar é maior que 85% e em revestimentos mais permeáveis à penetração de oxigénio e água ou apresentando falhas, como riscos, ou em regiões de arestas.
Corrosão e Protecção dos Metais 24
Cont.
Corrosão e Protecção dos Metais 25
TIPOS DE CORROSÃO Corrosão por esfoliação • A corrosão se processa de forma paralela à superfície metálica. Ocorre em chapas ou componentes extrudados que tiveram seus grãos alongados e achatados, criando condições para que inclusões ou segregações, presentes no material, sejam transformadas, devido ao trabalho mecânico, em plaquetas alongadas. Quando se inicia um processo corrosivo na superfície de ligas de alumínio, com essas características, o ataque pode atingir as inclusões ou segregações alongadas e a corrosão se processará através de planos paralelos à superfície metálica e, mais frequentemente, em frestas.
Corrosão e Protecção dos Metais 26
Cont. Corrosão por esfoliação • O produto de corrosão, volumoso, ocasiona a separação das camadas contidas entre as regiões que sofrem a acção corrosiva e, como consequência, ocorre a desintegração do material em forma de placas paralelas à superfície. Essa forma de corrosão tem sido observada mais comummente em ligas de alumínio.
Corrosão e Protecção dos Metais 27
Cont.
Corrosão e Protecção dos Metais 28
TIPOS DE CORROSÃO Corrosão Selectiva • Corrosão onde o agente corrosivo ataca, preferencialmente, um determinado elemento químico presente na liga metálica deixando os outros praticamente intactos. • O exemplo mais comum deste grupo é a dezincificação, que ocorre em ligas de cobre-zinco (latões), observando-se o aparecimento de regiões com coloração avermelhada contrastando com a característica coloração amarela dos latões. Admite-se que ocorre uma corrosão preferencial do zinco, restando o cobre com sua característica cor avermelhada. • A dezincificação e a corrosão grafítica são exemplos de corrosão seletiva, pois tem-se a corrosão preferencial de zinco e ferro, respectivamente.
Corrosão e Protecção dos Metais 29
TIPOS DE CORROSÃO Corrosão grafítica • A corrosão se processa no ferro fundido cinzento em temperatura ambiente e o ferro metálico é convertido em produtos de corrosão, restando a grafite intacta. • Observa-se que a área corroída fica com aspecto escuro, característico da grafite, e esta pode ser facilmente retirada com espátula: colocando-a sobre papel branco e atritando-a, observa-se o risco preto devido a grafite. Corrosão e Protecção dos Metais 30 Cont.
Corrosão e Protecção dos Metais 31
TIPOS DE CORROSÃO Corrosão em torno do cordão de solda • Após a solda de algum material, tem-se a formação de corrosão em torno da solda e não propriamente sobre ela. Isto se deve ao surgimento de regiões onde há electrões que ficaram sob uma certa tensão devido à solda. Ocorre a poucos milímetros do local onde foi aplicada a solda e é mais comum em aços inox não estabilizados ou com teores de carbono inferiores a 0,03 %. O processo se dá intergranularmente.
Corrosão e Protecção dos Metais 32
CORROSÃO EM TORNO DO CORDÃO DE SOLDA
Corrosão e Protecção dos Metais 33
TIPOS DE CORROSÃO Empolamento pelo hidrogênio • O hidrogénio atómico penetra no material metálico e, como tem pequeno volume atómico, difunde-se rapidamente e em regiões com descontinuidades, como inclusões e vazios, ele se transforma em hidrogénio molecular, H2 exercendo pressão e originando a formação de bolhas, daí o nome de empolamento. Corrosão e Protecção dos Metais 34 EMPOLAMENTO PELO HIDROGÊNIO
Corrosão e Protecção dos Metais 35
TIPOS DE CORROSÃO Corrosão Bacteriológica • Também chamada de biocorrosão, são formas de corrosão devido à acção de microorganismos, que podem atacar materiais metálicos de varias maneiras entre as quais: • Produzindo ácidos minerais (H2SO4, H2S etc) ou ácidos orgânicos (acético, fórmico); • Destruindo a camada passivadora ou revestimentos protectores; • Despolarizando áreas catódicas pelo consumo de hidrogênio. Corrosão e Protecção dos Metais 36 TIPOS DE CORROSÃO • Corrosão microbiológica refere-se à corrosão e perda de metal causada por microorganismos. É caracterizada por pequenas colônias dispersas. Ex. corrosão da hélice de barcos quando microorganismos a ela se agregam liberando ou absorvendo oxigénio. Este fenómeno é particularmente observado em indústrias de conservas alimentícias. • A biocorrosão pode ocorrer depois do teste hidrostático, caso a água do teste esteja contaminada, recomenda-se o uso de biocidas ou cloração nas águas de teste hidrostáticos. Corrosão e Protecção dos Metais 37 CORROSÃO BACTERIOLÓGICA
Corrosão e Protecção dos Metais 38
TIPOS DE CORROSÃO Corrosão por correntes de fuga • Caracteriza por ser um processo eletrolítico, que se dá com a aplicação de corrente eléctrica externa, ou seja, trata-se de uma corrosão não-espontânea. Esse fenómeno é provocado por correntes de fuga também chamadas de parasitas ou estranhas, e ocorre com frequência em tubulações de petróleo e de água potável, em cabos telefónicos enterrados, em tanques de postos de gasolina etc. Geralmente, essas correntes são devidas a deficiências de isolamento ou de aterramento, fora de especificações técnicas. Normalmente, acontecem furos isolados nas instalações, onde a corrente escapa para o solo. Corrosão e Protecção dos Metais 39 TIPOS DE CORROSÃO
Corrosão e Protecção dos Metais 40
TIPOS DE CORROSÃO Corrosão Galvânica • A corrosão galvânica é um processo eletroquímico em que um metal sofre corrosão preferencialmente em relação a outro quando os dois metais estão em contacto eléctrico e imersos em um eletrólito. Esta mesma reacção galvânica é explorada em baterias primárias (como as vulgarmente chamadas de pilhas) para gerar uma tensão. A corrosão galvânica e seus processos pode ser uma das formas mais comuns e frequentes de corrosão na natureza, bem como um dos mais destrutivos. Corrosão e Protecção dos Metais 41 Cont. • Devido a que metais e ligas diferentes possuem potenciais de eléctrodo diferentes e quando dois ou mais entram em contacto imersos em um eletrólito configura-se um par galvânico. Um par galvânico também pode ser configurado em um único metal ou liga, devido à superfície de metal não ser homogênea ou se o eletrólito varia em composição, formando uma célula de concentração.
Corrosão e Protecção dos Metais 42
TIPOS DE CORROSÃO Corrosão sob tensão • A corrosão sob tensão é o fenómeno de deterioração de materiais causada pela acção conjunta de tensões mecânicas (residuais ou aplicadas) e meio corrosivo. Ela é caracterizada pela formação de trincas, o que favorece a ruptura do material. Por essa razão, a corrosão sob tensão é comummente chamada de corrosão sob tensão fracturante. Acontece comummente com metais dúcteis.
Corrosão e Protecção dos Metais 43
Cont. Praticamente não se observa perda de massa do material, como é comum em outros tipos de corrosão. Assim, o material permanece com bom aspecto, até que a fratura ocorre. O tempo necessário para a fratura ocorrer depende: • da tensão (quanto maior a tensão, menor o tempo. Dessa maneira é aconselhável evitar concentrações de tensões); • do meio corrosivo; • da temperatura e • da estrutura e composição do material (geralmente, materiais com grãos maiores são menos resistente que materiais com grãos menores, por exemplo). Corrosão e Protecção dos Metais 44 Cont.
Corrosão e Protecção dos Metais 45
TIPOS DE CORROSÃO Corrosão Cavernosa • A corrosão cavernosa ocorre em áreas onde há depósitos externos na superfície do metal, nas junções metal-metal, ou seja, em áreas que permitam acesso limitado do oxigénio. Assim, as áreas de dentro da cavidade já formada, com baixa concentração de oxigénio são anódicas (áreas onde ocorrem reacções de oxidação) e as áreas de fora da cavidade são catódicas (áreas onde ocorrem reacções de redução). O interior da cavidade é corroído da mesma maneira que na corrosão alveolar. Corrosão e Protecção dos Metais 46 TIPOS DE CORROSÃO Corrosão-erosão • Define-se erosão, neste caso, como o desgaste mecânico de uma substância sólida, no caso o material de componentes ou condutores de um sistema causado pela abrasão superficial de uma substância sólida, pura ou em suspensão num fluido, seja ele líquido ou gasoso. São casos comuns e frequentes deste tipo de acção: • no deslocamento de materiais sólidos, de qualquer granulometria, como rochas britadas, minérios ou produtos industriais diversos, como o cimento; • no deslocamento de um líquido contendo um sólido em suspensão; • no deslocamento de gases contendo partículas líquidas ou sólidas, como no caso de cinzas abrasivas resultantes da queima de carvão mineral juntamente com os gases de exaustão da combustão de usinas termoeléctricas. Corrosão e Protecção dos Metais 47 Cont. • A acção erosiva ocorre normalmente no caso de líquidos e gases, em tubulações, em permutadores de calor, em pás de turbinas, em parafusos de bombas de Arquimedes, etc. O desgaste superficial causado pela erosão é capaz de destruir, ainda que pontualmente, a princípio, as camadas protectoras (passivas) formadas pelos próprios produtos de corrosão. Por outro caminho, o processo corrosivo leva à produção de películas de produtos de corrosão, que são passivadoras da superfície, mas tais camadas são removidas continuamente pelo processo erosivo, levando ao contínuo desgaste pelas duas vias do material. Assim, quando associado com o processo erosivo, mais intenso se torna o processo corrosivo, tendo como somatório um desgaste maior que se apenas estivesse em acção o processo corrosivo ou o erosivo. Corrosão e Protecção dos Metais 48 TIPOS DE CORROSÃO Corrosão com cavitação • Define-se cavitação como o processo de desgaste provocado em uma superfície, especialmente metálica, devido a ondas de choque no líquido, oriundas do colapso de bolhas gasosas (cavidades) nele temporariamente formadas por ebulição, normalmente, a baixa pressão. • Do mesmo modo que a erosão por partículas em suspensão nos fluidos, a cavitação provoca a destruição das camadas de oxidação protectora das superfícies, propiciando de maneira similar o ataque corrosivo, com o acréscimo de provocar a deformação plástica com o encruamento causado pela acção das ondas de choque de alta pressão e portanto a formação de novas regiões anódicas. Corrosão e Protecção dos Metais 49 Cont. • Igualmente a processo de corrosão com acção conjunta da erosão, a acção dos dois factores somados causa maiores perdas de material que a acção isolada da cavitação ou da corrosão. • É de salientar, igualmente, a formação, propiciando a maior formação de bolhas, de "focos de ebulição", que são regiões de maior aspereza (ou pontas e arestas) no material, de onde há a mais fácil formação de bolhas de vapor, exactamente pela acção inicial da corrosão ou da cavitação, propiciando ainda mais cavitação. Corrosão e Protecção dos Metais 50 TIPOS DE CORROSÃO Corrosão por aeração diferencial • Em razão da porosidade dos solos, pode-se ter diferentes teores de oxigénio nos mesmos. Assim, por exemplo, solos argilo-sos se apresentam menos aerados do que solos calcáreos ou arenosos. Essa diferença de aeração cria a conhecida pilha de aeração diferencial ou de oxigenação diferencial, na qual a área anódica, e portanto aquela em que ocorre corrosão, é a menos aerada. Corrosão e Protecção dos Metais 51 Cont. Essa corrosão pode aparecer quando: • longas extensões de tubulações atravessam solos de diferentes teores de água e de oxigénio -a corrosão vai se processar com mais intensidade na área menos aerada da tubulação; • tubulações são instaladas parcialmente enterradas -as áreas menos aeradas são aquelas abaixo, alguns centímetros, da superfície do solo, logo, nessas áreas, ao longo das tubulações, a corrosão será localizada; • tubulações com partes enterradas em solo argiloso e partes em solo arenoso-a parte corroída é aquela colocada em argiloso, por ser menos aerada.
Corrosão e Protecção dos Metais 52
MECANISMO DE CORROSÃO ELECTROQUIMICA O electrólito fornece um meio para a migração de iões através do qual os iões metálicos podem se mover do ánodo para o cátodo. O resultado é uma reacção electroquímica. Isso conduz à corrosão do metal anódico mais rapidamente do que ocorreria sem tal cenário, e a corrosão do metal catódico é retardada até ao ponto de parar. Células galvânicas são células em que as reacções redox ocorrem espontaneamente em geral. A presença de electrólito e um caminho de condução entre os metais pode causar corrosão onde de outra forma um metal apenas seria corroído.