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Prof.

Leonardo Rosa Ribeiro da Silva

CORROSÃO E DESGASTE
2

PRINCÍPIOS
DA CORROSÃO
Oxidação.exe

PRINCÍPIOS DA
3
CORROSÃO
Corrosão do metal:
• É um processo químico ou eletroquímico.
• Átomos da superfície do metal sólido reagem com substâncias em contato
com a superfície exposta.

Meio Corrosivo:
• Normalmente, é um líquido.
• Gases e sólidos também podem ser meios corrosivos.
• O corrodente pode ser um fluido em massa, filme, gotículas ou substância
adsorvida/absorvida.
• Metais Estruturais:
PRINCÍPIOS
BÁSICOS DA Todos corroem até certo ponto em ambientes naturais (atmosfera, solo, 4
águas).
CORROSÃO • Bronze, latão, a maioria dos aços inoxidáveis, zinco e alumínio puro têm
corrosão lenta.
• Ferro fundido, aço, aços inoxidáveis da série 400 e algumas ligas de
alumínio corroem rapidamente se não protegidos.

Impacto Econômico:
• Preocupação significativa, pois as perdas anuais são de centenas de bilhões
de dólares.

Aplicabilidade:
• Mesmo com ênfase em ferros e aços, os fundamentos eletroquímicos e as
formas de corrosão descritas são aplicáveis a todos os materiais metálicos.
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PRINCÍPIOS DA CORROSÃO ELETROQUÍMICA


LIGAÇÃO METÁLICA
6

PRINCÍPIOS DA CORROSÃO ELETROQUÍMICA


Ligação Metálica
PRINCÍPIOS DA
CORROSÃO
7
ELETROQUÍMICA
PRINCÍPIOS DA
CORROSÃO
ELETROQUÍMICA

Reações Anódicas e Catódicas:


•Anódicas (oxidação): O metal perde elétrons e
forma cátions metálicos que se dissolvem no
eletrólito. Esta é a reação que geralmente 8
corresponde à degradação do metal (corrosão). Por
exemplo: Fe→Fe 2+ + 2e
•Catódicas (redução): Os elétrons liberados na
reação anódica são consumidos por algum agente
redutor presente, que pode ser oxigênio, íons
hidrogênio ou outros íons em solução.
PRINCÍPIOS DA
CORROSÃO
ELETROQUÍMICA

Potencial de Eletrodo:
Cada metal tem um potencial de eletrodo
intrínseco ou potencial padrão de redução que
indica sua tendência a oxidar ou reduzir. A série 9
eletroquímica lista os metais em ordem de seus
potenciais padrão, ajudando a prever quais metais
são mais propensos à corrosão em determinados
ambientes.
PRINCÍPIOS DA
CORROSÃO
10
ELETROQUÍMICA
C O N D I Ç Õ E S C O R R O S I VA S

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CONDIÇÕES DE
CORROSSÃO
Corrosão Em Água E O2

Corrosão em Água e Ar:


•Presença de oxigênio e água provoca corrosão em ferro e aço.
•Aceleradores de corrosão:
• (a) Velocidade ou acidez da água.
• (b) Movimento do metal. 12
• (c) Aumento de temperatura ou aeração.
• (d) Presença de certas bactérias.

•Corrosão pode ser retardada por camadas protetoras ou filmes.


•Alcalinidade alta da água retarda a corrosão em aço.
•Corrosão não ocorre em ar seco; é negligenciável em umidade abaixo de
30% em temperaturas normais ou baixas.
•Prevenção via desumidificação.
•Água dissolve oxigênio, tornando-se corrosiva; a remoção do oxigênio
torna a água basicamente não corrosiva.
•Proteção efetiva em sistemas de caldeiras e fornecimento de água através
da desaeração da água.
CONDIÇÕES DE
CORROSSÃO
Corrosão em Química e
atmosférica
1.Corrosão por Químicos:
1. Ambientes ácidos corroem metais rapidamente mesmo sem oxigênio.
2. Ataque direto por produtos químicos é altamente destrutivo para superfícies de aço.
3. Substâncias com cloro ou outros halogênios são particularmente agressivas.
4. Importância da seleção de materiais e avaliação de condições de serviço. 13
2.Corrosão Atmosférica:
1. Diferente da corrosão em água ou subterrânea, pois sempre há oxigênio.
2. Taxa de corrosão controlada pela formação de filmes insolúveis, umidade e depósitos atmosféricos.
3. Contaminantes como compostos de enxofre e partículas de sal podem acelerar a corrosão.
4. A corrosão atmosférica ocorre principalmente por meios eletroquímicos, não por ataque químico
direto.
5. Corrosão aparece uniforme, ao contrário do piteamento grave que pode ocorrer em água ou solo.
FORMAS DE CORROSÃO

• GRUPO 1 - Facilmente identificável por


exame visual comum:
o Corrosão uniforme
o Pitting 14
o Corrosão por fresta
o Corrosão filiforme
o Pacote de ferrugem
o Corrosão galvânica
o Corrosão lamelar
CORROSÃO UNIFORME

A corrosão uniforme é caracterizada pelo ataque corrosivo


ocorrendo uniformemente sobre toda a área da superfície,
ou uma grande fração da área total. O desbaste geral
ocorre até a falha. Com base na tonelagem desperdiçada,
15
esta é a forma mais importante de corrosão.
Existem poucos processos para reduzir a corrosão geral
ou corrosão uniforme e estes são:
• Proteção catódica
• Revestimentos
• Seleção de material adequado
• Inibidores
CORROSÃO POR PITES

A corrosão por pites é uma forma localizada


de corrosão pela qual cavidades ou "buracos"
são produzidos no material. O pitting é
considerado mais perigoso do que o dano de 16
corrosão uniforme porque é mais difícil de
detectar, prever e projetar.
C O R R O S Ã O P O R F R E S TA

A corrosão por frestas é basicamente referida como um


tipo de ataque corrosivo localizado. O tipo de corrosão
por fenda ocorrerá em espaços estreitos ou aberturas
entre duas superfícies metálicas ou também entre
17
superfícies não metálicas e metálicas. Uma célula de
concentração se formará com fenda sendo depreciada
de oxigênio. Esta aeração diferencial entre a fenda, ou
seja, o microambiente e a superfície externa, ou seja, o
ambiente a granel, fornecerá à fenda um caráter
anódico. Isso contribuirá para uma situação
profundamente corrosiva em fendas, por exemplo,
arruelas, flanges, extremidades de tubos laminados,
depósitos, juntas roscadas, juntas O-rings e juntas
sobrepostas.
CORROSÃO FILIFORME

Uma forma especial de corrosão em fresta na qual o


acúmulo de produtos químicos agressivos ocorre sob
uma película protetora que foi rompida. Este tipo de
corrosão ocorre sob superfícies pintadas ou
chapeadas quando a umidade permeia o
revestimento. Lacas e tintas de "secagem rápida" 18
são mais suscetíveis ao problema. Seu uso deve ser
evitado, a menos que a ausência de efeito adverso
tenha sido comprovada por experiência de campo.
Onde for necessário um revestimento, ele deve
apresentar características de baixa transmissão de
vapor de água e excelente adesão. Os revestimentos
ricos em zinco também devem ser considerados para
o revestimento de aço carbono devido à sua
qualidade de proteção catódica.
PA C O T E D E F E R R U G E M

O pacote de ferrugem é uma forma de


corrosão localizada típica de componentes
de aço que desenvolvem uma fenda em um
ambiente atmosférico aberto. Esta expressão
19
é frequentemente usada em relação à
inspeção de pontes para descrever membros
construídos de pontes de aço que mostram
sinais de acúmulo de ferrugem entre as
placas de aço.
C O R R O S Ã O G A LV Â N I C A

A corrosão galvânica (também chamada de 'corrosão de


metal dissimilar' ou incorretamente 'eletrólise') refere-se
ao dano por corrosão induzido quando dois materiais
diferentes são acoplados em um eletrólito corrosivo.
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Ocorre quando dois (ou mais) metais diferentes são
colocados em contato elétrico sob a água. Quando um
par galvânico se forma, um dos metais do par se torna o
ânodo e corrói mais rápido do que sozinho, enquanto o
outro se torna o cátodo e corrói mais lentamente do que
sozinho.
CORROSÃO LAMELAR

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A corrosão por esfoliação é considerada uma forma de corrosão intergranular que ataca metais que foram
deformados mecanicamente, principalmente por extrusão ou laminação, produzindo grãos alongados
alinhados direcionalmente. Na maioria das vezes, o ataque é iniciado em endgrains expostos, como tem
sido o caso de revestimentos de aeronaves em torno de fixadores. Esta forma de corrosão é mais evidente
em algumas das ligas de alumínio. Os metais suscetíveis à corrosão por esfoliação são atacados
agressivamente em ambientes corrosivos para aquele metal em particular. Como exemplo, o AA 2024-T4 é
conhecido por ter bom desempenho em ambientes do tipo urbano, mas é severamente atacado em
ambientes marinhos.
FORMAS DE CORROSÃO

• GRUPO 2 - Pode exigir meios


suplementares de exame
o Erosão-corrosão
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o Corrosão-cavitação
o Corrosão-fretting
o Corrosão intergranular
o Exfoliação
o Desagregação (lixiviação seletiva)
EROSÃO-CORROSÃO

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A corrosão por erosão ou corrosão por impacto é o desgaste gradual de uma superfície
metálica por uma combinação de corrosão e abrasão de um fluxo de água incidente, de
modo que quanto maior a velocidade do fluxo de impacto, maior a taxa de corrosão por
erosão.
C AV I T A Ç Ã O - C O R R O S Ã O

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A corrosão por erosão ou corrosão por impacto é o desgaste gradual de uma superfície
metálica por uma combinação de corrosão e abrasão de um fluxo de água incidente, de
modo que quanto maior a velocidade do fluxo de impacto, maior a taxa de corrosão por
erosão.
CORROSÃO INTERGRANULAR

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A corrosão por contato refere-se ao dano por corrosão nas asperezas das superfícies de
contato. Este dano é induzido sob carga e na presença de movimento de superfície
relativo repetido, como induzido, por exemplo, por vibração. Poços ou ranhuras e
detritos de óxido caracterizam esse dano, normalmente encontrados em máquinas,
conjuntos aparafusados e rolamentos de esferas ou rolos. Superfícies de contato
expostas a vibração durante o transporte estão expostas ao risco de corrosão por contato.
EXFOLIAÇÃO

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A corrosão por esfoliação é uma forma particular de corrosão intergranular associada a ligas de alumínio de
alta resistência. As ligas que foram extrudadas ou fortemente trabalhadas, com uma microestrutura de grãos
alongados e achatados, são particularmente propensas a esse dano.
Os produtos de corrosão que se acumulam ao longo desses limites de grão exercem pressão entre os grãos e o
resultado final é um efeito de levantamento ou folhagem. O dano muitas vezes começa nos grãos finais
encontrados em arestas usinadas, furos ou ranhuras e pode subsequentemente progredir por uma seção inteira.
DESAGREGAÇÃO

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A desagregação seletiva refere-se à remoção seletiva de um elemento de uma liga por


processos de corrosão. Um exemplo comum é a dezincificação de latão não estabilizado,
em que uma estrutura de cobre porosa e enfraquecida é produzida. A remoção seletiva do
zinco pode ocorrer de maneira uniforme ou em escala localizada.
DESAGREGAÇÃO

A desagregação seletiva refere-se à


remoção seletiva de um elemento de uma
liga por processos de corrosão. Um
exemplo comum é a dezincificação de 28
latão não estabilizado, em que uma
estrutura de cobre porosa e enfraquecida é
produzida. A remoção seletiva do zinco
pode ocorrer de maneira uniforme ou em
escala localizada.
FORMAS DE CORROSÃO

• GRUPO 3 - A verificação geralmente é


exigida por microscopia (óptica,
microscopia eletrônica, etc.)
o 29
Rachaduras ambientais
o Rachadura por corrosão sob tensão (SCC)
o Corrosão fadiga
o Fragilização por hidrogênio
R A C H A D U R A S A M B I E N TA I S

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A trinca ambiental refere-se a uma trinca por corrosão causada por uma combinação de condições
que podem resultar especificamente em uma das seguintes formas de dano por corrosão:
Rachadura por corrosão sob tensão; Fadiga por Corrosão; Fragilização por hidrogênio;
As tensões que causam rachaduras ambientais surgem de trabalho residual a frio, soldagem,
esmerilhamento, tratamento térmico ou podem ser aplicadas externamente durante o serviço e,
para serem eficazes, devem ser de tração (em oposição à compressão).
CORROSÃO SOB TENSÃO

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A trinca por corrosão sob tensão é a trinca induzida pela influência combinada de tensão
de tração e um ambiente corrosivo. O impacto do SCC em um material geralmente cai
entre a fissuração a seco e o limiar de fadiga desse material. As tensões de tração
necessárias podem estar na forma de tensões aplicadas diretamente ou na forma de
tensões residuais.
C O R R O S Ã O FA D I G A

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A trinca por corrosão sob tensão é a trinca induzida pela influência combinada de tensão de
tração e um ambiente corrosivo. O impacto do SCC em um material geralmente cai entre a
fissuração a seco e o limiar de fadiga desse material. As tensões de tração necessárias
podem estar na forma de tensões aplicadas diretamente ou na forma de tensões residuais.
FRAGILIZAÇÃO POR HIDROGÊNIO

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Este é um tipo de deterioração que pode estar ligada à corrosão e aos processos de controle da corrosão. Envolve
a entrada de hidrogênio em um componente, um evento que pode reduzir seriamente a ductilidade e a capacidade
de carga, causar trincas e falhas catastróficas por fragilidade em tensões abaixo da tensão de escoamento de
materiais suscetíveis. A fragilização por hidrogênio ocorre em várias formas, mas as características comuns são
uma tensão de tração aplicada e o hidrogênio dissolvido no metal. Exemplos de fragilização por hidrogênio são
rachaduras em soldas ou aços endurecidos quando expostos a condições que injetam hidrogênio no componente.
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REVESTIMENTOS E PREVENÇÃO DE
CORROSÃO
REVESTIMENTOS E
PREVENÇÃO DE
CORROSÃO

• Inibidores de corrosão
• Revestimentos
• Metal de sacrifício
• Proteção catódica 35
INIBIDORES DE CORROSÃO

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Os inibidores de corrosão são substâncias químicas que, quando adicionadas em pequenas quantidades ao
ambiente em que um metal seria corroído, irão reduzir, desacelerar ou prevenir a corrosão do metal. Um
mecanismo comum para inibir a corrosão envolve a formação de um revestimento, geralmente uma
camada de passivação, que impede o acesso da substância corrosiva ao metal. No entanto, tratamentos
permanentes, como cromagem, geralmente não são considerados inibidores: os inibidores de corrosão são
aditivos aos fluidos que envolvem o metal ou objeto relacionado.
REVESTIMENTOS

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Revestimentos de barreira são usados para evitar que o eletrólito atinja a superfície do componente. Exemplos de
revestimentos de barreira incluem estruturas de aço pintadas, aços revestidos com tijolos espessos à prova de ácido, aços
revestidos com materiais semelhantes à borracha ou aços galvanizados com um metal nobre. A proteção é eficaz até que o
revestimento seja penetrado, seja por um buraco, poro, rachadura ou por dano ou desgaste. O substrato irá então corroer
preferencialmente ao revestimento (uma vez que é anódico ao material de revestimento), e os produtos de corrosão irão se
desprender do revestimento e permitir um ataque posterior.
M E TA L D E S A C R I F Í C I O

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Os ânodos de sacrifício são metais ou ligas ligadas ao casco que apresentam um potencial
mais anódico, ou seja, menos nobre do que o aço quando imerso na água do mar. Esses
ânodos fornecem a corrente de proteção catódica, mas serão consumidos ao fazê-lo e,
portanto, precisam ser substituídos para que a proteção seja mantida.
P R O T E Ç Ã O C AT Ó D I C A

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A proteção catódica é uma técnica usada para controlar a corrosão de uma superfície
metálica, tornando-a o lado catódico de uma célula eletroquímica. O método mais simples
de aplicar CP é conectando o metal a ser protegido com outro metal mais facilmente
corroído para atuar como o ânodo da célula eletroquímica.
ENSAIOS DE
CORROSÃO

• Ensaios de campo
• Ensaios simulados
• Ensaios laboratoriais
acelerados
40
ENSAIOS DE CAMPO

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Os dados de desempenho mais confiáveis são obtidos por testes/pesquisas de campo. Um


exemplo seria monitorar e testar a corrosão de painéis de carrocerias que ficam em ferros-
velhos.
ENSAIOS
SIMULADOS

O teste de serviço simulado mais


amplamente utilizado para testes
atmosféricos estáticos é descrito
em ASTM G 50, "Prática para
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conduzir testes de corrosão
atmosférica em metais".
E N S A I O S L A B O R AT O R I A I S A C E L E R A D O S
S P R AY D E S A L

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O teste de névoa salina (ou teste de névoa salina) é um método de teste de corrosão
padronizado e popular, usado para verificar a resistência à corrosão de materiais e
revestimentos de superfície. Normalmente, os materiais a serem testados são metálicos
(embora pedra, cerâmica e polímeros também possam ser testados) e acabados com um
revestimento de superfície que se destina a fornecer um grau de proteção contra
corrosão ao metal subjacente.
E N S A I O S L A B O R AT O R I A I S A C E L E R A D O S
ENSAIO DE IMERSÃO

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De modo simplista, o ensaio pode ser descrito como a vivencial do componente metálico, ou de uma
amostra extraída desse, em uma solução e em condições que mimetizam a realidade. Após o tempo de
imersão estipulado, a amostra é retirada e sua superfície inspecionada para avaliar o grau, a localidade e a
morfologia da resistência.
E N S A I O S L A B O R AT O R I A I S A C E L E R A D O S
ENSAIO DE IMERSÃO

As técnicas eletroquímicas são amplamente


usadas para os estudos fundamentais de
corrosão, pois oferecem ferramentas para
estudos dos mecanismos de corrosão além 45
de fornecer dados sobre a cinética das
reações de corrosão de maneira mais rápida
do que as técnicas tradicionais. Pela sua
rapidez, estas técnicas são utilizadas para
apoiar o meio produtivo na obtenção
rápida de taxas de corrosão de metais em
meios específicos e para avaliar a
eficiência de inibidores de corrosão, entre
outros.

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