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MEIOS

CORROSIVOS
CLASSIFICAÇÃO GERAL
Corrosão é um termo químico bastante empregado no cotidiano para se
referir ao processo de destruição total, parcial, superficial ou estrutural
de determinado material causado pela ação do meio.

A corrosão está muito presente em nossa sociedade e representa


grandes perdas econômicas, pois todo tipo de corrosão está relacionada
à diminuição do tempo de vida de um material.

Existem três formas do meio agir sobre o material, degradando-o. Por


isso, a corrosão é classificada em: eletroquímica, química e eletrolítica.
CLASSIFICAÇÃO GERAL
Corrosão eletroquímica: esse é o tipo de
corrosão mais comum, pois é a que
ocorre com os metais, geralmente na
presença de água. Ela pode se dar de
duas formas principais:

1. Quando o metal está em contato com


um eletrólito, formando uma pilha de
corrosão.

Exemplo: A formação da ferrugem é um


exemplo de corrosão eletroquímica. O ferro
se oxida facilmente quando exposto ao ar
úmido e água.
CLASSIFICAÇÃO GERAL
2. Quando dois metais são ligados por um eletrólito, formando uma pilha
galvânica.

Exemplo: se colocarmos 2 objetos metálicos de diferentes composições,


como cobre e zinco, em dois recipientes e ligá-los com um fio condutor,
será criado um caminho para que haja uma transferência de elétrons de
um material para o outro, a reação química ocorre espontaneamente
devido a diferença de potencial elétrico entre os metais. Nesse caso os
elétrons do zinco passarão para o cobre.

Cobre Zinco

Ganha elétrons Perde elétrons


Redução Oxidação
CLASSIFICAÇÃO GERAL
Corrosão Química: é o ataque de algum agente químico diretamente
sobre determinado material, que pode ou não ser um metal. Ela não
precisa da presença de água e não há transferência de elétrons como
na corrosão eletroquímica.

Exemplos:
1. Solventes ou agentes oxidantes podem quebrar as
macromoléculas de polímeros (plásticos e borrachas),
degradando-os;

2. O ácido sulfúrico corrói o zinco metálico;

3. Concreto armado de construções pode sofrer corrosão


com o passar do tempo por agentes poluentes.
CLASSIFICAÇÃO GERAL
Corrosão eletrolítica: é um processo
eletroquímico que ocorre com a aplicação
externa de uma corrente elétrica. Esse
processo não é espontâneo, ao contrário dos
outros tipos de corrosão mencionados acima.
Quando não há isolamento ou aterramento,
ou estes estão com alguma deficiência,
formam-se correntes de fuga, e quando elas
escapam para o solo formam-se pequenos
furos nas instalações.

Exemplos: Isso acontece em tubulações de água


e de petróleo, em canos telefônicos e de postos de
gasolina.
MEIOS CORROSIVOS
Os meios corrosivos mais frequentemente encontrados são os seguintes:
atmosfera, águas naturais, água do mar, solo, produtos químicos,
alimentos, substâncias fundidas.

Atmosfera: tem sua ação corrosiva dependente da composição química,


sendo constituída por substâncias poluentes que vão de partículas
sólidas a gases, da variação de temperatura até a umidade relativa do ar
e também do tempo de permanência do filme de eletrólito na superfície
metálica, que poderá ser agravada pela intensidade e direção dos ventos
e das variações climáticas em geral.

A ação corrosiva da atmosfera é principalmente influenciada pela


poeira, gases e umidade.
MEIOS CORROSIVOS
Águas naturais: os materiais metálicos em contato com água tendem a
sofrer corrosão, a qual vai depender de várias substâncias que podem
estar contaminando a água que são os gases dissolvidos, os sais
dissolvidos, a matéria orgânica de origem animal ou vegetal, as
bactérias e algas.

Também devem ser considerados o pH da água, a velocidade de


escoamento e temperatura.

Água do mar: dentre os agentes corrosivos naturais, a água do mar é um


dos mais energéticos, pois, contendo concentrações relativamente
elevadas de sais, funciona como um eletrólito forte, permitindo, assim,
um processo eletroquímico de corrosão rápido.
MEIOS CORROSIVOS

SUPERFÍCIE SOB AÇÃO AÇÃO CORROSIVA DA ÁGUA


DE CORROSÃO DO MAR EM BÓIA MARÍTIMA
ATMOSFÉRICA

TUBULASÃO SOB
AÇÃO CORROSIVA
ÁGUA NATURAL
MEIOS CORROSIVOS
Solo: o comportamento do solo como meio
corrosivo deve ser considerado de grande
importância, levando-se em consideração as
enormes extensões de oleodutos, gasodutos,
cabos telefônicos e tubulações de água que
exigem um controle rigoroso de manutenção
para evitar corrosão acelerada.

A velocidade de corrosão no solo não é muito influenciada por


pequenas variações na composição ou estrutura do aço. O que vai
influenciar mais é a natureza do solo.

Assim, destacam-se os seguintes fatores: porosidade (aeração),


condutividade elétrica, sais dissolvidos, umidade, corrente de fuga,
pH e bactérias.
MEIOS CORROSIVOS
Produtos químicos: em equipamentos usados em processos químicos,
deve-se levar em consideração duas possibilidades: deterioração do
material metálico do equipamento e contaminação do produto químico.

Os fatores que influenciam são vários e complexos em alguns casos.


Entre eles: pureza do metal, contato de metais dissimilares, natureza da
superfície metálica, pureza do produto químico, concentração,
temperatura e aeração.

Alimentos: a importância do efeito corrosivo dos alimentos está ligada à


formação de possíveis sais metálicos tóxicos: geralmente emprega-se
ácidos orgânicos como agentes conservadores dos alimentos, no
entanto, esses ácidos podem atacar os recipientes metálicos.
MEIOS CORROSIVOS
Substâncias fundidas: a corrosão ocasionada por esses meios corrosivos
está ligada ao fato do material metálico ser solúvel no composto ou no
metal fundido.

No caso de metais fundidos tem-se a formação de ligas ou de compostos


intermetálicos. No caso de compostos fundidos pode-se ter também o
ataque do material metálico por ação de oxidação.
SAIS QUE RETARDAM O PROCESSO DE CORROSÃO
Existem sais que, quando colocados em águas naturais, retardam o
processo corrosivo.

Os sais de cloreto de alumínio, cloreto de ferro, cloretos de magnésio,


carbonatos de sódio e sulfato de alumínio, sofrem hidrólise na água,
formando meios ácidos e básicos que não aceleram a taxa de corrosão.

Este é um dos motivos pelos quais se adiciona fosfato em águas de


caldeiras. É preciso apenas ter cuidado, pois o meio básico para alguns
metais é altamente agressivo.
Exemplo: alumínio, zinco, chumbo e estanho
SAIS QUE RETARDAM O PROCESSO DE CORROSÃO
A água dura é a que contém água, sais de cálcio e magnésio.

Com a água aquecida, os sais se decompõem em carbonatos de cálcio


que, sendo insolúveis, serviriam como proteção contra o meio corrosivo.

Existem sais tais como cromatos, nitritos, silicatos e polifosfatos, que


quando dissolvidos em água natural, tornam-se inibidores de corrosão,
sendo muito usados em águas de refrigeração.
ELEMENTOS PRESENTES NA ÁGUA QUE A TORNAM CORROSIVA
1. Bactérias: corrosão microbiológica.

2. Limos e algas: queda de eficiência térmica e corrosão por aeração


diferencial.

3. Sólidos em suspensão: corrosão por aeração diferencial.

4. Água salinizada: provoca rápido processo de corrosão eletroquímica e


incrustações provenientes de organismos vegetais ou animais, aderindo
à superfície metálica. É comum usarem-se toxinas ou tintas à base de
óxidos, como o óxido de cobre ou então compostos de estanho para
eliminar essas incrustações.

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