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Transferência de Massa
-Notas de Aula do Professor José Marcos-
Definição:
- Concentração mássica:
ρA = massa de A/ volume total
- Concentração Total ou densidade:
ρ= (i.e) a densidade é o somatório de todas as concentrações mássicas presentes
na mistura.
- Concentração Molar:
CA = nº de mols A/ Volume
- Concentração Total:
C= = n/V = ρ/MM onde: n = nº de mols total
C=
E para gases em condições ideais tem-se:
C = n/V = P/RT, onde P é a pressão total da mistura.
A fração molar para líquidos e sólidos, xa, e para misturas gasosas, ya, são definidas por:
xa = Ca/C
Ya = Ca/C
Para misturas gasosas que obedecem à lei dos gases ideais, a fração molar, ya, pode ser
escrita como:
Ya = Ca/C = pa/P (LEI DE DALTON PARA MISTURAS GASOSAS)
Resumindo tudo que foi visto até aqui, têm-se as seguintes relações:
Exemplo 1:
A composição do Ar é frequentemente dada através das duas espécies mais frequentes
na mistura: Oxigênio e Nitrogênio
Oxigênio: YO2 = 0,21
Nitrogênio: YN2 = 0,79
Determine a fração mássica de O2 e N2 e o peso médio do ar quando o sistema é
mantido a 25ºC e 1 atm.
MMO2 = 0,032 kg/mol e MMN2 = 0,028 kg/mol
Solução: Considere como base de cálculo 1 mol de ar
Velocidades
Fluxos
O fluxo mássico ou molar de uma dada espécie é um vetor que denota a quantidade de
uma espécie que passa através uma área normal unitária por unidade de tempo. O fluxo
pode ser definido com relação as coordenadas estacionárias ou móveis.
O fluxo molar relativo a velocidade molar média (JA) é uma relação empírica que foi
primeiramente postulada por Fick e é normalmente chamada de a primeira Lei de Fick.
Ela define a difusão de um componente A em um meio isotérmico e isobárico. Sob tais
condições a 1ª Lei de Fick é dada por:
Ja,z = - DAB dCa/dz
Onde Ja,Z = fluxo molar na direção Z com relação a velocidade molar média;
DAB = uma constante de proporcionalidade chamada coeficiente de difusividade do
componente A através do componente B;
dCa/dz = gradiente de concentração da espécie A na direção Z;
Obs.: A difusividade da espécie A através de uma substância B é escrita da seguinte
forma. DAB.
Um fluxo mais geral que não é restrito a sistemas isotérmicos e isobáricos foi proposto
por Groot (1951):
Como vA,z na direção z e vB,z na direção z são velocidades relativas a eixos fixos, as
quantidades CAvA,z e CBvB,z são fluxos dos componentes A e B relativos a eixos fixos.
Esses fluxos relativos a eixos estacionários são dados:
NA,z = CA VA,z ; NB,z = CB VB,z
Substituindo-se esses fluxos na equação anterior
Componente Moles MM g wi
(y)
H2 0,2 2 0,4 0,02
O2 0,4 32 12,8 0,63
H2 O 0,4 18 7,2 0,35
Total 1,0 20,4
Solução:
a)
Componente wi Vi (m/s) wiVi (m/s)
H2 0,02 -10 -0,20
O2 0,63 -2 -1,26
H2 O 0,35 12 4,20
Total 2,74
NO2 = CO2VO2
nO2 = ρO2vO2
Integrando-se:
d c
Na termodinâmica, a força motriz generalizada é - , onde μc é o potencial químico.
dz
dCa
Ja = - Dab em uma solução ideal.
dz
Existem varias condições que podem produzir um gradiente no potencial químico, tais
como:
Temperatura e pressão;
Forças criadas por Gravidade;
Campo elétrico e magnético etc.
Pode-se, por exemplo, obter transferência de massa pela aplicação de um gradiente de
temperatura ao sistema multicomponente. Esse efeito é chamado de difusão térmica ou
efeito de Soret.
A difusão molecular resultante da diferença de concentração descrita pela lei de Fick é
resultado do movimento randômico das moléculas sob um pequeno caminho médio
livre. A difusão das moléculas em poros extremamente pequenos não é descrita por essa
lei. Quando a densidade do gás é baixa ou os poros por onde o gás irá passar são muito
pequenos, as moléculas do gás colidirão com as paredes dos poros com mais freqüência
do que umas com as outras. Esse tipo de fluxo é conhecido como Knudsem ou difusão
de Knudsem.
Determine:
a) Fração mássica do gás;
b) Peso molecular;
c) Densidade quando aquecido a 207K e 1,4 x 105 Pa;
d) Pressão parcial do metano quando Psist = 1,4 x 103 Pa;
e) Fração mássica do CO2 em ppm.
Solução:
e) 1 ppm = 10-6
x ppm = 0,018
Solução:
xa.MMa xa.MMa
Wa = =
xa.MMa xb.MMb MM
XaMMa = wa . MM
uur uur uur uur
na = - C Dab pa + wa MM( Na + Nb ) por outro lado, MM( Na + Nb ) = Σ Ni MM = Σni
Ca vaz = - Dab Ca + Ca Vz
Ca vaz - Ca Vz = - Dab Ca
Ja = - Dab Ca
ρa va = - Dab ρa + ρa Vz
ja = - Dab ρa
dCa J L2
J = - Dab Dab = - =
dz dC / dz t
Observe que a sua dimensão é igual aos dos outros coeficientes de transporte , a saber:
Viscosidade cinemática (ν= μ/ρ) (difusividade de quantidade de
movimento),
Difusividade térmica, K/ρCp.
O coeficiente de difusividade mássica é em muitas vezes dado em cm2/s. no SI o mesmo
é dado por m2/s. O fator de conversão entre os dois sistemas é 10-4.
Então, Dab (cm2/s) / Dab (m2/s) = 10-4 e
Dab (ft2/h) / Dab (m2/s) =2,59 X 10-5
A mobilidade molecular é muito maior nos gases do que nos líquidos e sólidos. Dessa
forma, o coeficiente de difusividade mássica é maior em gases que em sólidos e
líquidos.
Ordem de grandeza:
Existem várias expressões teóricas para se estimar a difusividade nos gases. Uma
expressão que se aplica a misturas gasosas de baixa densidade, foi postulada por
Hirchfelder, Bird e Spote. A mesma usa o potencial de Lehnard-Jones para avaliar as
influências das forças intermoleculares. Essa expressão é válida para moléculas não
polares, e é dada por:
1
3
1 1 2
0,00185T
2
M A M B
Dab =
P AB D
2
Onde k é a constante de Boltzmann, que é igual a 1,38 x 10-16 ergs/K, εAB é a energia de
interação molecular entre A e B, um parâmetro de Lennard-Jones, em ergs. Os outros
parâmetros são calculados pela seguinte relação:
a b
σab = e AB A B
2
σ =2,44
Tc
Pc
D , T 1
3/2
P1 T 2
Dab,T2,P2 = Dab,T1,P1
P2 T 1 D , T 2
A tabela abaixo mostra alguns valores experimentais para a difusividade nos gases
OBS: no livro do PRAUSNITZ, The Properties Of Gases And Liquids, encontra-
se muitas outras correlações para cálculo de diversas propriedades
σ ε/K
CO2 3,996 A 190 K
Ar 3,617 A 97 K
T = 20 + 273 = 293 K
= 0,463 = 2,16
Da tabela K.1 tem-se ΩD = 1,047.
MCO2 = 44; Mar = 29.
Substituindo esses valores na equação, é obtido:
Deve ser observado que a dependência da integral de colisão com a temperatura é muito
pequena:
Solução:
Ma = 44; Mb = 29.
Então,
Se o sistema possuir substâncias polares, procurar o livro do Prausmitz (The
properties of gases and liquid) que sugere outras relações para o cálculo da difusividade.
A transferência de massa numa mistura gasosa com vários componentes pode ser
descrita por uma equação teórica, envolvendo o coeficiente de difusão binário de cada
par do sistema.
Wilke propôs uma expressão simples para o calculo da difusividade de um
componente na mistura gasosa:
1
D1-mist =
y 2 ' y3 ' yn '
...
D12 D13 D1n
Onde D1-mist é a difusividade do componente 1 na mistura gasosa.
yn
yn ' = sem y1 no denominador (a substancia que está difundido).
y1 y 2 ... yn
Esses dois coeficientes podem agora ser corrigidos para a condição do problema pela
seguinte relação:
Difusividade em Líquidos
Em contraste com a difusividade gasosa, onde existe uma avançada teoria cinética dos
gases, nos líquidos não há uma teoria adequada para sustentação da mesma.
Existem algumas teorias que são propostas para explicar difusão em líquidos:
Teoria de Eyring
Teoria da Hidrodinâmica
k = Constante de Boltzmann;
T = Temperatura (Kelvin);
μ = Viscosidade;
r = Raio da partícula.
Dab b
F (V )
kT
Onde F(V) é Função do volume molecular de difusão do soluto.
Correlações empíricas, baseadas nessa relação, têm sido propostas. Uma relação
proposta por WilKe e Chang para determinar a difusividade em um líquido não
eletrólitico em diluição infinita é:
1
D AB B 7.4 x10 ( B M B )
8 2
T V A0.6
Solução:
1
T (7.4 x108 )(b M b ) 2
Dab onde VC2H5OH= 2(14.8)+6(3.7)+ 7.4
bVa 0.6
O que mostra a boa concordância com o valor calculado pela expressão anterior.
Se não há dados disponíveis para o valor de VA, Tyn e Calus recomendam a seguinte
correlação :
Hayduk e Laudie propuseram uma equação mais simples para o cálculo da difusão em
solução diluída, a mesma é dada por:
Outro pesquisador, Scheibel, propôs uma modificação para a equação de Wilke – Chang
e obteve a seguinte relação.
Dab b k
1/3
T Va
3V 2 3
k (8.2 x10 ) 1 b
8
Va
Exceto quando:
DAB = (DAB)XB(DBA)XA
A difusão dos gases e líquidos nos poros de sólidos é o principal fenômeno para os
Engenheiros Químicos com relação à difusividade dos sólidos. Este tipo de fenômeno
ocorre em catalisadores sólidos, usados em algumas reações.
Por outro lado, a difusão de átomos que ocorre numa liga metálica é mais importante
para os Engenheiros de Materiais. A difusão nos poros dos sólidos pode ocorrer por até
três mecanismos.
Difusão de Fick;
Difusão de Kmudsen;
Difusão na Superfície;
θ = Espaço de vazio;
L’ = Fator de comprimento angular;
S’ = Fator de forma;
ζ = Tortuosidade
Dab Dab
Da ,eff
' '
2 LS
Os dados experimentais para Θ, ζ e Da,eff são encontrados em experimentais, podem ser
encontrados em:
A difusão de Knudsen ocorre quando o percurso livre médio das moléculas é da ordem
de grandeza dos poros dos catalisadores. A mesma é dada pela seguinte relação:
19400 2 T
Da ,eff
S ' cat M
Exemplo: Uma torre de adsorção foi projetada para remover 2 poluentes, gás sulfídrico
(H2S) e dióxido de enxofre (SO2), de uma corrente de gás contendo
yH2S =0.03, ySo2 =0.05 yN2=0.92. Estime a difusividade do H2S na mistura gasosa a
350K e 1.013x105 Pa. A temperatura crítica do H2S é 372.2K e seu Vc é 98.5cm³/mol;
Equação Diferencial para Transferência de Massa
Agora faz-se um balanço de massa da espécie “A” no volume de controle, dessa forma,
tem-se:
Na direção X: na , x y z x na , x y z x x
Na direção Y: na , y x z y na , y x z y y
Na direção Z: na , z x y z na , z x y z z
Por outro lado, A taxa de acumulação mássica no volume de controle é dada por:
a
t xyz
Dividindo-se tudo por ∆x∆y∆z e tomando-se o limite quando ∆x, ∆y e ∆z tende para
zero, fica:
Então,
n A, x n A, y n A, z A
rA 0
x y z t
Ou
n A, x n A, y n A, z A
rA 0
x y z t
A
n A rA 0
t
Dwa
j a ra 0
Dt
Para A:
Ca
N a Ra 0
t
Para B:
Cb
Nb Rb 0
t
(Ca Cb )
( N a N b ) ( Ra Rb ) 0
t
Onde sabe-se que:
Na + Nb = CV
Ca + C b = C
Porém, somente quando a estequiometria da reação é da forma
A B
Onde se pode estipular que para cada mol de A consumido tem-se um mol de B
produzido, neste caso
RA = - RB
(C )
(Cv) ( Ra Rb ) 0
t
A
n A rA 0 (01)
t
C A
N A RA 0 (02)
t
Por outro lado, as equações dos fluxos numa base molar e mássica são dadas por:
Quando se quer avaliar o perfil de concentração num determinado fenômeno, substitui-
se as equações (3) ou (4) nas equações (1) ou (2), conforme o caso.
Para se obter a equação que descreve o perfil de concentração numa base mássica,
substitui-se a equação (4) na equação (1).
Então, tem-se
( a )
( DabWa ) ( aV ) ra 0 (5)
t
(Ca )
- (cDabYa ) (CaV ) Ra 0 (6)
t
Qualquer uma dessas equações pode ser usada para se determinar o perfil de
concentração dentro de um sistema. Essas equações são gerais e podem ser
simplificadas fazendo-se algumas hipóteses:
C a
V .C a
Observando-se que t é a derivada substantiva de Ca, então a
equação pode ser reescrita para :
DCa
Dab 2Ca
Dt
DT K
2T
Dt C p
Retangular:
Cilíndricas:
Esféricas:
Por outro lado, a equação diferencial geral para transferência de massa do componente
A numa base molar em coordenadas retangulares, cilíndricas e esféricas são:
Retangular:
Cilíndricas:
Esféricas:
Condição Inicial
Ca=Ca0 em t = t0
ρa= ρa0 em t = t0
Ca=f(Ca0) em t = t0
C A F (Ca0 , x, y, x) ou A F ( a0 , x, y, x)
Condição de contorno
C a C a1 Ca Ca2
a a1 a a2
Z= Z1 Ya Ya1 Z= Z2 Ya Ya 2
X a X a1 X a X a2
Wa Wa1 Wa Wa 2
Por outro lado, quando a espécie A está se transferindo para o líquido, na interface gás
líquido, a condição de contorno é definida pela lei de Lei de Raoult
( Yi P PA X A ).
sat
Gás A
Interface
Líquido A
Constante de Henry
Outro tipo de condição é dado em função da taxa de reação química. Por exemplo, se
um componente “A” é consumido num contorno do problema por uma reação de 1ª
ordem, então:
2 dCa
- Dab Ca + (CaV) + - Ra = 0
dt
2 C a
- Dab Ca + - Ra = 0
t
3. A taxa de reação é proporcional a concentração de neutrons, Ra = KCa:
2 C a
- Dab Ca + - KCa = 0
t
4.Como a vareta possui simetria cilindrica, reescreve-se a equação acima em
coordenadas cilindricas :
C a 2 C a 1 C a 1 2 C a 2 C a
Dab 2 2 KC a
t r r r r 2 z 2
C a 2C
Dab 2a KC a
t z
3C + 2 O2 → 2CO + CO2
Z=δ
Z=0
Superfície do Carbono
a)
dCa
Na + - Ra = 0
dt
dCa C a
Na + = 0, no estado estacionario, 0 , e portanto
dt t
Na = 0, como no problema apenas considerou o eixo z, tem-se então
dNa
0.
dz
b)
Na = - cDab ya + ya NT
Na = - cDab ya + ya(NO2 + NCO2 + NCO+ NN2)
N2 é gas inerte, não participa da reação e portanto tem-se NN2 = 0. Por outro lado, da
reação química tem-se :
cDab ar dyO 2
NO2 =
1 dz
1 yO 2
2
Essa equação pode ser substituida na equação do item anterior, para obter-se o perfil de
concentração, ao longo do caminho difusional :
dy
cDab ar
dNa d dz
0 e portanto 0
dz dz 1
1 yO 2
2
Gás fluindo B
Z=Z2
Z=Z1
Líquido puro A
Solução:
dCa
Na + - Ra = 0
dt
dya dya
Na = - c Dab + yaNa e portanto Na(1-ya) = - c Dab
dz dz
a)
Co 2 Dab 2 Co 2
KC o 2 0
t t 2
b)
Então,
Portanto,
A
AV D AB 2 A rA 0
t
Transferência de Massa no Estado Estacionário por Difusão
Molecular
Dessa forma, cada um desses termos podem está envolvidos ou não em um determinado
processo.
Para processo no estado estacionário:
N A R A 0
Processo de Transferência de massa em uma dimensão sem
reação química
Considere a célula de Arnold, conforme figura abaixo, onde um gás B flui no topo do
tubo e um líquido A,onde B é insolúvel, vaporiza e difunde na fase gasosa
Esta equação indica que o fluxo molar é constante no tubo. Essa equação poderia ter
sido obtida da relação geral para transferência de massa numa base molar.
dCa
Na + - Ra = 0 , como não há reação química, estado estacionário e apenas a
dt
direção Z, então
dNa
0
dz
dN b
0
dz
dya
Na = - c Dab + ya(Na + Nb)
dz
Como B é insoluvel em A, Nb = 0:
dNa
Como Na é constante ao longo do caminho difusional (Z1 a Z2), pois 0 , então :
dz
Então,
Portanto,
(*)
No caso de uma mistura binária essa equação pode ser escrita como:
Inserindo esse resultado na equação (*) fica:
(1)
Portanto,
Desde que c e DAB sejam constantes num processo isotérmico e isobárico, então
ln(1 y A ) C1 Z C 2 (**)
z=z1; yA=yA1
z=z2; yA=yA2
dessa forma,
Solução:
Chamando = ; =
Z= temos =
Z= temos =
=
Exemplo: Devido a uma operação acidental, água é derramada sobre uma área formando
uma película de 0,04 in de espessura. Pode-se assumir que a água e o ar estejam a 750 F
e 1atm de pressão, e com uma umidade absoluta 0,002 lbm de água/lbm de ar seco. A
evaporação ocorre de forma constante e por difusão molecular, através de uma
espessura de filme de 0,2 in. Sob essas condições determine o tempo para evaporação da
película de água.
Solução:
(Como não foi dada nenhuma informação sobre a área, será considerada uma superfície
de 1 ft2 como base de cálculo)
O volume de água evaporada é:
1 ft → 12 in
X ← 0,04 in
X = 0,0033ft
A massa de água evaporada será:
A concentração total “C” (água + ar) pode ser avaliada pela lei dos gases ideais:
Onde ;
Então,
Do apêndice “J”, o coeficiente de difusividade de água em ar a 298K e 1atm é igual a
0,260 cm²/s. Esse valor deve ser recalculado para as condições do problema (75°F ou
535°R).
A concentração da água no filme onde ocorre a evaporação pode ser avaliada da carta
da umidade água-ar a 75°F. A umidade saturada nessas condições é 0,0189 lbm H2O/lbm
ar seco. Então.
Então,
Portanto
Onde (t1 – t0) é um tempo muito grande e Z1 (em t1 )– Z1 (em t0) é um diferença muito
pequena.
Nessas condições o fluxo molar num instante qualquer é dado por:
C.Dab (Ya1 Ya 2)
NA , Z (1)
Z .Yb , ln
A, L dz
N Az (2)
M A dt
Igualando-se (1) e (2) temos:
A, L dz C.D AB ( y A1 y A2 )
M A dt Z . y B , ln
Então
t
( A, L / M A ). y B , ln Zt
dt CD
0 AB ( y A1 YA2 )
. zdz
Zt 0
integrando chega-se a :
( A, L / M A ). y B , ln . ( Z t2 Z t20 )
t
CD AB ( y A1 YA2 ) 2
( A, L / M A ). y B , ln ( Z t2 Z t20 )
D AB .
C ( y A1 YA2 ) t 2
Portanto,
A 1,485
0,0124 mol / cm 3
MA 119,39
Por outro lado, a concentração total do gás, nessa temperatura e pressão, pode ser dada
pela lei dos gases ideais, então:
Onde
O nível do líquido é
Zt0 = 7,40 cm ; Zt=10hrs =7,84 cm
Ca
No estado estacionário e sem reação química fica ( 0 e Ra=0) :
t
Na 0
Como esse fenômeno é unidimensional, e considerando apenas a direção Z, a equação
se reduz para:
dN A, Z
0
dz
Essa equação mostra que o fluxo molar na direção Z é constante. O fluxo molar NA, Z
para um sistema binário com pressão e temperatura constantes (T e P constantes) é:
Na, z c.Dab. dY
dZ Ya( Na Nb)
Na Dab DCa
dZ
Essa equação dá o fluxo molar de “A” quando a contradifusão equimolar existe. Essa
equação pode ser integrada com as seguintes condições:
Z=Z1 Ca = Ca1 e Z=Z2 Ca=Ca2
E é obtida a seguinte equação,
D A, B (C A1 C A2 )
N A, Z
Z 2 Z1
D A, B ( p A1 p A 2 )
N A, Z
R.T ( Z 2 Z 1 )
Então, tem-se:
PA1 –PA2 = (1,474 – 1,4891)x 104 = -1,51x102 Pa
Z2 – Z1 = 0,1in = 2,54x10-3m (Comprimento do caminho difusivo)
R = 8,314 Pa. m3. mol-1 .K-1
Portanto,
NTOLUENO/2 =
= -9,99x10-5mol/m2.s
2 R2 0
t r r r.sen r.sen
Por outro lado, não ocorre reação com o oxigênio dentro do caminho difusional, a
reação só ocorre na superfície do carvão. Então,
RO2 = 0.
Considere ainda que o fluxo é apenas na direção r, isto significa que a partícula é
pequena e a variação do fluxo nas outras direções é constante, então :
( N ) ( N )
0
NO 2 c.DO 2 dY
dr YO 2( NO 2 NCO NCO 2 N
N 2)
Então:
CDo 2ar dy
N O 2,r
(1 0.2 y o 2 ) dr
Wo 2 4r 2 N o 2,r r
1 CDo 2ar dy
r 2 N O 2,r
r 2
(1 0.2 y o 2 ) dr
Então,
dr CDo 2ar
0 , 21
0,2dy
r 2 N O 2, r
R r
2
0,2 0
(1 0.2 y o 2 )
Portanto,
R.C.Do 2 ar 1
NO 2, r ln
r 2 .0,2 1,042
4RDO 2 ar ln(1,042)
WO 2 4 .r 2 N O 2,r
0,2
Solução:
WC = , onde V =(4/3)πR2
Então: WC =
dt =
t=
t=
Exemplo: Determine o tempo para 100 mols de etanol difundir através de um filme de
água parada, com 4mm de profundidade, se a concentração do etanol na parte interna e
externa do filme 0,1 e 0,0 Kg.mol/m3 , respectivamente. Considere a área para
transferência de massa igual a 100 m2 e a temperatura do filme igual a 283K. (Os
calores latentes são aproximadamente iguais nessas condições)
#Assunto não Explicado em Sala de
Aula#
Difusão Molecular em Estado Transiente
Nos processos de transferência de massa onde a concentração estará variando com o
tempo, tem-se um processo em regime transiente. Portanto, qualquer processo para
atingir o estado estacionário, passa pelo regime transiente. A equação geral do processo
de transferência de massa é:
Ou
, onde RA=0
Com as seguintes condições de contorno:
CA=CAo t=0 para 0 ≤ Z ≤ L
CA=CA,S Z=0 para t > 0
CA=CA,S Z=L para t > 0
Agora se define a seguinte variável adimensional:
Então, (1)
Dessa forma
Portanto,
(2)
(3)
Com:
Procura-se soluções dessa equação para T(t) ≠ 0 (solução não trivial, Y(z,t) ≠ 0). Então:
Z(0) = 0 e Z(L) = 0
Caso σ = 0, a solução do problema será trivial, Y(z,t) = 0:
Z’’ = 0 → Z(z) = k1.eλz + k2. e-λz
Para Z(0) = 0 → Z(0) = k1 + k2 → k1 = - k2
Para Z(L) = 0 → Z(z) = k1.eλL + k2. e-λL = 0 → eλL = - e-λL (trivial)
Portanto, busca-se solução para σ ≠ 0. Dessa forma, por conveniência faz-se a seguinte
substituição: σ = -λ2. Então
(4)
(5)
Com:
Y(0,t) = Z(0).T(t) = 0;
Y(L,t) = Z(L).T(t) = 0
Então:
Portanto,
Por outro lado, para que as funções dadas acima satisfaçam a condição inical, é
necessário escolher os coeficientes An de tal forma que:
pois Y(z,0)=Yo,z
Por outro lado, a equação (*) é a série de senos de Fourier para Y0,z. Seus coeficientes
são dados por
Obs. 1: Fazer no Maple um caso específico em que π=2; y0,2=100 e DAB(1 a 10-
5m2/s).
Voltando para a variável da concentração fica:
Então,
Considere e
Então,
Tem-se:
Como a segunda lei de Fick é:
Portanto,
Para z = 0 então,
Como a concentração diminui para 27% após 30 horas, tem-se que CA = 0,73.CAo
Então,
Esse tipo de transferência de massa envolve o transporte de matéria entre uma superfície
e um fluido em movimento ou entre dois fluidos imiscíveis que se movimentem um em
relação ao outro. A equação para o processo é:
Na = Kc∆C
Neste caso haverá uma alta taxa de transferência de massa associada ao movimento
turbulento.
Difusividade de movimento – =
Difusividade térmica –
Difusividade mássica – Dab
Todas possuem dimensão de L²/t. Então a razão entre duas dessas difusividades dá um
número adimensional.
= Sc = =
= Le =
Então, (1)
Portanto,
Diâmetro do tubo D L
Densidade do fluido ρ M / L3
L: 0 = 2a – 3b + c + 1
t: 0 = -a -1
u: 0=b
a = -1, b = 0, c = 1
(número de Schmidt).
Ou
Coeficiente de
Kc L/t
transferência de massa
Sherwood
Então,
Ou
em y =o
Por analogia com a solução de Blasius, a solução para a transferência de massa com o
número de Schimidt igual a 1 é:
Portanto,
Por outro lado, o fluxo convectivo para a transferência de massa foi definido como
Então,
Ou,
Essa expressão vale para sistemas tendo número de Schimidt menor ou igual a 1. Uma
representação gráfica dessa solução é mostrado na transferência com valores positivos e
negativos do parâmetro . Os valores positivos são para transferência de massa
da superfície para o fluido, quando é no sentido contrário o valor desse parâmetro é
negativo.
Portanto,
Então:
Essa expressão é aplicável quando ocorre uma alta taxa de transferência de massa. O
coeficiente de transferência de massa médio aplicado a um plano com dimensão wxL é
obtido por integração.
Neste caso, a transferência total de massa será:
Onde:
E portanto,
O número de Nusselt local está relacionado com o número de Nusselt médio pela
seguinte relação:
Exemplo: O coeficiente para transferência de massa numa camada limite turbulenta foi
correlacionado em termos do número de Nusselt, dado por:
Nux,AB= 0,0292 Rex4/5 Sc1/3
Onde x é a distância percorrida numa superfície plana. A transição de fluido laminar para
turbulento ocorre para Rex = 3x105 .
Solução:
Por definição, = +
Então:
Sc = V_ = 1,48x10-5 = 1,17
DAB 1,26x10-5
Como o número de Reynolds foi maior que 3 x105, entramos na região onde o fluxo passa
de laminar para turbulento. Esse ponto de transição pode ser analisado por:
Analogia de Reynolds
Reynolds afirmou que os mecanismos para transferência de momento e energia são
idênticos. Então, da mesma forma que a camada limite é laminar para o número de Prandt
igual a 1, ela também será laminar par ao número de Schmidt igual a 1. Com isso, os
resultados de Reynolds são excluídos para incluir o mecanismo de transferência de massa.
Quando a camada limite é laminar, a contribuição e a velocidade estão relacionadas por:
(*)
E, quando Sc=1
Então,
Analogia de Prandt
Uma outra analogia válida para líquidos e gases com número de Schmidt no intervalo de
0,6<Sc<2500 é a de Chilton-Colburn. A mesma é dada por:
que é válida para 0,6< Sc<2500 e 0,6<Pr<100. Essa analogia tem sido aplicada para
diferentes geometrias.
Qual deverá ser a equação correspondente para coeficiente de transferência de massa nesse
mesmo tubo e nas mesmas condições?
Solução:
Ou
Após simplificação dá:
Solução:
A energia necessária para evaporar essa água é dado pela transferência de energia por
convecção:
Então,
Portanto,
Modelos para Determinação do Coeficiente de Transferência de Massa
Convectivo:
Existem vários modelos para determinação do coeficiente de transferência de massa
entre fases, o primeiro deles foi proposto por Whitmam 1923, o mesmo foi chamado de
teoria dos dois filmes.
Nesta teoria, supõe-se que a turbulência se extingue na interface e que existe uma
camada laminar em cada um dos lados do fluido. E que toda resistência a tranferencia
de massa se concentra nesse filme dictício, δ, e a mesma se dá por difusão molecular,
Nessa teoria, Kc é dado por:
Teoria da Penetração: Foi originalmente proposta por Higbil (1935) para explicar a
transferência de massa na absorção gás/líquido. É utilizada quando um gás penetra
muito pouco no seio do líquido, devido a um pequeno contato “líquido/gás” ou por
alguma reação química que faz com que o gás desapareça do meio. Nessa teoria,
supõem-se que os turbilhões no fluido trazem um elemento de fluido à interface, onde
ele é exposto à segunda fase durante um certo intervalo de tempo, posteriormente o
elemento da superfície é misturado com o todo. A expressão obtida por Higbil é:
ou
Toor e Marchello;
Kishineuskis;
Bakowski
Apesar de existirem várias teorias, as mais usadas em processos de Engenharia Química
é a teoria dos dois filmes pela sua simplicidade.
Agora escolhe-se três variáveis que não possam ser combinadas nem grupo
admensional, então, teremos:
DAB, ρ, D0
→ 1
µ → b=0 t → a= -1 L → c=1
Portanto: F(Π1,Π2,Π3,Π4) = 0
Dividindo-se:
A transferência de massa dentro de uma fase pode ser por transporte molecular ou
convectivo. Para que esse processo ocorra , há necessidade de um gradiente de
concentração , e quando o mesmo torna-se ciclo, o processo de transferência de massa
deixa de existir . Por outro lado, para que ocorra a transferência de massa entre fases, de
acordo com a teoria dos dois filmes Whitmann, admite-se que o equilíbrio entre fases
ocorre instantaneamente e que o desvio da concentração do equilíbrio, dentro de cada
fase, é a força motriz do processo.
Equação para o sistema liquido /gás em equilíbrio quando o sistema é ideal são
relativamente simples. Por exemplo, quando o liquido é ideal, a lei de Raoult se aplica
ao sistema.
pa = xa Pa
Por outro lado, quando o gás é ideal a lei de Dalton é aplicada, então,
pa= ya P
Dessa forma, quando as duas fases são ideais as duas equações podem ser combinadas,
resultando em:
yaP=xaPa
Outra relação muito utilizada ------ gás é pouco solúvel no liquido ( sistemas diluídos ) é
a lei de Henry. A mesma é expressa por:
pa: H Ca
Uma equação similar a de Henry é a relação que descreve a posição do soluto entre
dois líquidos imiscíveis. A mesma é dada por :
Ca,liq1= KCa,liq2
K= a constante de partição
Exemplo: Uma corrente contém 3% em mol de acetona e 97% em mol de ar. Para
eliminar a acetona do ar, a corrente será tratada numa coluna de absorção com agua
pura. A torre será operada com uma pressão total de 1,013 x 105 Pa e numa
temperatura de 293K. Se a lei de Rdoult- Dalton pode ser usada para determinar a
distribuição da acetona entre o ar e a água, então determine: (a pressão de vapor da
acetona na temperatura do sistema é 5,64 x 104 Pa)
Solução:
a) ya = 0,03 ; P = 1,013 x 105 Pa ; Pa = 5,64 x 104 Pa
xa = 0,0539
b) 20ppm de acetona é:
xa = (6,207 . 10-6) / [1 mol de água + (6,20 . 106 mol de acetona)] = 6,207 . 10-6
Então,
ya P = xa Pa
- a taxa de transferência de massa entre as duas fases é controlada pela taxa de difusão
em cada um dos filmes formados na interface líquido/gás.
PA,i = H CA,i
- =
zero.
= ( - ).
onde
Onde ,
Ca é a concentração de equilíbrio em Pa,g.
Ca,l é a concentração no seio da fase liquida
KL é o coeficiente de transferência de massa global (moles de A transferido/tempo x
área interface x mol de A / volume)
Por outro lado, a razão entre a resistência em uma fase individual e a resistência total
pode ser determinada por:
Pa,g = mCa
Pa = m Ca,l
Pa,i = mCa,i
Dessa forma
E como
Na,z = kg (Pa,g - Pa,i)
Na,z = Kl (Ca,i – Ca,l)
Chega-se a:
De uma forma similar, uma expressão para KL pode ser derivada como segue:
(*)
Então, chega-se a:
Das reações obtidas, verifica-se que o valor das resistências individuais em cada
fase depende da solubilidade do gás na fase líquida, conforme o valor da constante “m”.
Para um sistema que possui um gás muito solúvel, tal como amônia em água, o valor de
“m” é muito pequeno, então:
Por outro lado, a resistência na fase gasosa, 1/KG , é 85% da resistência total,
dessa forma, o coeficiente individual na fase gasosa será:
Portanto,
Além disso, num ponto da coluna tem-se: PA,G = YA P = 0,08 x 1,013 x 105 Pa