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UNIVERSIDADE WUTIVI

FACULDADE DE ENGENHARIAS, ARQUITETURA E PLANEAMENTO FISĺCO.

CURSO de licenciatura em: Engenharia de Minas.

Disciplina: Beneficiamento Mineral

ANO letivo: 2022

Período: Laboral.

Tema: Factores que afetam o espessamento

Trabalho submetido como elemento de avalição na


cadeira de Beneficiamento Mineral

DISCENTE:

 Chelton Banze

DOCENTE: Gilberto Cassecussa

Boane, Maio de 2022.

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Índice
1. Introdução.................................................................................................................................1

2. Metodologia..............................................................................................................................1

3. Factores que afetam o espessamento........................................................................................2

3.1. Tamanho e forma de partícula..........................................................................................2

3.2. Percentagem de solido na polpa........................................................................................3

3.3. Características da superfície das partículas.......................................................................3

3.4. Viscosidade do liquido......................................................................................................4

4. Conclusão.................................................................................................................................5

5. Referências Bibliográficas.......................................................................................................6

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1. Introdução

Espessadores são tanques de sedimentação empregados em um tipo de partícula de separação de


sólidos – liquido, separação esta que é denominada de espessamento.

O uso dos sistemas de separação dos sólidos-líquidos nas etapas do beneficiamento mineral vem
tendo uma maior demanda. A escolha das técnicas mais adequadas a serem usadas vai depender
das características do material a ser britado.

E no projecto de espessamento diversos factores podem influenciar, que é o que irei desenvolver
durante o trabalho.

2. Metodologia
Para a elaboração do seguinte trabalho recorri a fontes bibliográficas em relação aos tópicos
dados que constam nas referências bibliográficas.

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3. Factores que afetam o espessamento

De acordo com Patrícia (2012, p.4), A eficiência de um espessador é dada pela razão de seu
espessamento expressa pela unidade de sólidos espessados por área por tempo e pela quantidade
de sólidos no overflow e no underflow.

Vários fatores podem influenciar no projeto de um espessador como:

 Tamanho e Forma de Partícula;


 Porcentagem de sólido na polpa;
 Característica da superfície;
 Viscosidade do liquido

3.1. Tamanho e forma de partícula

A faixa granulométrica influência nos custos e desempenho nas operações. A forma da partícula
influencia na velocidade de sedimentação. Partículas com forma aproximada à esférica
sedimentam com maior facilidade do que partículas de formato irregular. O mesmo pode ser
notado para partículas com diâmetros maiores, que sedimentam mais rapidamente, enquanto as
partículas muito finas tendem a permanecer em suspensão (França, 2007).

A lei de Stokes ilustra a influência da distribuição granulométrica. Esta lei permite calcular a
velocidade terminal quando as forças da gravidade e resistência do fluido se tornam iguais e a
partícula passa a ter uma queda com velocidade constante, pode ser determinada:

( Ps−P ) g . D 2
V 1=
18 Um

Vt=velocidade terminal da partícula, m/s;

Ρs= densidade do sólido, kg/m 3;

Ρ= densidade do liquido, kg/m 3; g= aceleração da gravidade, m/s 2;

D = diâmetro da partícula, m.

µ= viscosidade do fluido, kg/m x s.

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A equação de Stokes tem algumas limitações: assume um regime laminar e partículas esféricas
de raio menor que 50 µm.

A velocidade terminal é diretamente proporcional ao quadrado de seu tamanho, logo partículas


de tamanhos menores irão ter uma velocidade terminal muito menor comparada aquela de
tamanho maior.

Quando se tem partículas grosseiras, maiores que 5 mm, o regime passa a ser turbulento e para
altas velocidades de queda a principal resistência é atribuída à perturbação do fluido.

A velocidade terminal é dada pela seguinte expressão: V1=√ ¿ ¿]

Vt=velocidade terminal da partícula, m/s;

Ρs= densidade do solido, kg/m 3;

Ρ= densidade do liquido, kg/m 3; g= aceleração da gravidade, m/s 2;

D = diâmetro da partícula, m.

Para queda impedida a velocidade terminal é dada por:

V= K √ D (Ps− p)

V = velocidade terminal da partícula, m/s; K= constante; D = diâmetro da partícula, m. ρs=


densidade do solido, kg/m 3; ρ= densidade do liquido, kg/m 3. (Patrícia, 2012, p.5)

3.2. Percentagem de solido na polpa

A porcentagem de sólido influencia na velocidade de sedimentação, no desempenho da filtragem


e na floculação pode ser influenciar nas características do floco formado. (Patrícia, 2012, p.6)

3.3. Características da superfície das partículas

As características de superfície podem influenciar na agregação/dispersão da polpa e a escolha


do tipo de reagente que deverá ser utilizado no espessador e na filtragem. (Patrícia, 2012, p.6)

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Maria, et al.,2004, p.5 refere que essas características têm grande parte na escolha dos
reagentes auxiliares, tipo de floculantes.

3.4. Viscosidade do liquido

A viscosidade do fluido é influenciada pela temperatura, logo, dentro de certos limites, é possível
aumentar a velocidade de decantação através do aumento da temperatura. (Patrícia, 2012, p.6)

A viscosidade de um fluido aumenta com a redução da temperatura e acarreta uma diminuição


nas faixas de sedimentação e de filtragem. (Maria, et al.,2004, p.5)

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4. Conclusão

De forma clara podemos perceber que esses factores durante o projecto de espessamento e
filtragem de um dado minério vão afectar de forma directa naquilo que concerne aos custos,
desempenho da filtragem e a velocidade de sedimentação. A forma da partícula vai ditar se a
sedimentação será com maior facilidade ou não, como também a percentagem dos sólidos vai
também influenciar na velocidade de sedimentação.

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5. Referências Bibliográficas

FRANÇA, S.C.A. e MASSARANI, G. Separação sólido-líquido. In: Luz, A. B., Sampaio, J. A. e


Almeida, S. L. M. (Ed.). Tratamento de Minérios. Rio de Janeiro: CETEM/MCT, 2004

Sousa, P. A. (Abril,2012). Espessamento de Polpas . DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA


DE MINAS: Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Geral.

Maria Lucia, J. A. (2004). Espessamento e Filtrgem. Ouro preto: Departamento de Engenharia


de Minas: Escola de minas da Universidade Federal de Ouro preto.

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