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CURSO CLASSIFICAÇÃO DE SONDAGEM

São Paulo - 2019

Geol. Ivan José Delatim. MSc


ijdelatim@yahoo.com.br

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CURSO CLASSIFICAÇÃO DE SONDAGEM
Geól. Ivan José Delatim, MSc

Programa do Curso:
1. Bibliografia:
2. A importância da investigação para o conhecimento do arcabouço geológico.
3. Métodos de Investigação – Sondagens: Trado, Percussão, Rotativa e Mista.
4. A apresentação dos resultados das investigações – Breve histórico.
5. Perfis Individuais de Sondagens – Não conformidades.
6. A Classificação do Solo:
a. Caracterização / Classificação
b. Classificação Tátil-visual:
c. Análise granulométrica
d. Fração dos Solos
e. Critérios para Identificação das Frações dos Solos
f. Resistência do Solo – SPT
g. A cor dos Solos
h. Gênese dos Solos / horizontes geológicos
7. Aula Prática.

8. A Classificação dos Testemunhos de Sondagens – Rocha


Parâmetros:
a. Recuperação (por manobra)
b. Classificação Geológica da rocha,
c. Grau de Alteração,
d. Grau de Coerência,
e. Grau de fraturamento,
f. Índice de Qualidade da Rocha (IQR/RQD)
g. Condição das descontinuidades
h. Condutividade Hidráulica.
9. Aula Prática

10. O curso propõe também abordar as diferenças no enfoque da descrição/classificação de


amostras, que existem entre as empresas executoras de sondagens e de projetos.
Referências:
- ABGE. Geologia de Engenharia e Ambiental – V.I, II e III. 2018.
- ABGE. Manual de Sondagem, Boletim N°3, 5ª Edição – São Paulo/2013
- ABGE. Diretrizes para classificação de Sondagem: 1ª tentativa. São Paulo/2013.
- ABGE. Ensaios de Permeabilidade em Solos – Orientações para sua execução no campo. 4ª Edição,
2013.
- NBR-6484/2001 – Execução de Sondagem de Simples Reconhecimento dos Solos.
- NBR-13441 – Rochas e Solos - Simbologia
- NBR-6502 – Rochas e solos – Terminologia
- Vaz, Luiz Ferreira. Classificação Genética dos Solos e dos Horizontes de Alteração de Rocha em
Regiões Tropicais. Revista Solos e Rocha, 19, (2): 117-136. Agosto, 1996.
- Stancati, G et all, Identificação Visual e Táctil do Solo. Ensaios de Laboratório em Mecânica dos
Solos”, Publicação 050/88, pág. 11-21.USP - São Carlos, 1981.
- Manual Técnico de Geociências. N°4 – Manual de Pedologia, 2ª Edição. IBGE – Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística. Rio de Janeiro. 2007. (ítem: Características Morfológicas)

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Sumário
1. Introdução ..............................................................................................................................4
2. CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS: ..................................................................................................5
2.1. Análise Granulométrica - As Frações dos Solos. ............................................................5
2.1.1. Solos Finos: .....................................................................................................................6
2.1.2. Solos Grossos: .................................................................................................................7
2.2. Identificação Visual e Tátil do Solo. ...............................................................................8
2.3. Critérios para identificação da fração do Solo: ..............................................................9
2.4. Resistência dos Solos - Consistência e Compacidade. .................................................13
2.5. A cor do solo. ................................................................................................................15
2.6. Classificação Genética: .................................................................................................16
2.6.1. Aterro ............................................................................................................................17
2.6.2. Coluvio / Elúvio. ............................................................................................................17
2.6.3. Tálus ..............................................................................................................................18
2.6.4. Aluviões.........................................................................................................................19
2.6.5. Terraços Aluvionares ....................................................................................................19
2.6.6. Sedimentos Terciários ..................................................................................................20
2.6.7. Solos “in situ” ou Residuais ..........................................................................................20
2.7. Aula Prática ..................................................................................................................22
3. A CLASSIFICAÇÃO DOS TESTEMUNHOS DE ROCHAS............................................................23
3.1. Recuperação .................................................................................................................23
3.2. Classificação Geológica – (identificação genética ou Litológica) .................................24
3.3. Grau de Alteração ........................................................................................................28
3.4. Grau de Coerência ........................................................................................................29
3.5. Grau de Fraturamento .................................................................................................31
3.6. Índice de Qualidade da Rocha – IQR / RQD .................................................................32
3.7. Condição das Descontinuidades ..................................................................................34
3.8. Condutividade Hidráulica .............................................................................................39
3.9. Aula Prática ..................................................................................................................42
ANEXOS.........................................................................................................................................43

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CURSO CLASSIFICAÇÃO DE SONDAGEM
Geól. Ivan José Delatim, MSc

1. Introdução
O curso Classificação de Sondagem tem por objetivo auxiliar geólogos, engenheiros
geotécnicos e técnicos de geologia e de mecânica de solos a apresentar uma
descrição/classificação para amostras de solos e rochas provenientes de sondagens mecânicas
(trado, percussão, rotativa e mista), para a apresentação em perfis individuais de sondagens.
Todo projeto de engenharia inicia-se pelo conhecimento das condições geológicas da
área onde se pretende implantar uma obra civil. O nível do conhecimento geológico exigido
está diretamente ligado ao grau de complexidade do projeto. Como ponto de partida para o
conhecimento do subsolo, as sondagens diretas (trado, percussão, rotativa e mista) são,
indiscutivelmente, as investigações mais rápidas e de menores custos para obtermos
informações da geologia local.
O resultado de uma sondagem é apresentado na forma de um “Perfil Individual de
Sondagem”, ou “Log” como também é conhecido e deve representar um diagnóstico das
condições geológico-geotécnicas do local em estudo.
Nele devem estar apresentados os dados referentes à sua identificação geográfica
(coordenadas e cotas), nome do cliente, número da sondagem, posicionamento do lençol
freático, resistência do solo (para as sondagens a percussão e mistas), parâmetros geotécnicos
e hidrogeológicos (sondagens rotativas e mistas) e a descrição dos materiais atravessados,
necessários para compreensão das características do maciço terroso ou rochoso.
As amostras de solos e rochas coletadas nas sondagens, representam parte de um
contexto geológico maior que precisa ser interpretado. Não basta identificar um horizonte só
pelo aspecto granulométrico (fração do solo) é necessário identificar sua gênese.
Para cada tipo de obra, seja estrada, barragens, metro, pontes e até uma simples
edificação, há a necessidade de se conhecer os horizontes geológicos presentes, suas
caraterísticas como, profundidade das camadas, resistência, o posicionamento do nível de
água e demais aspectos que caracteriza o material sob uma perspectiva geológico-geotécnica,
que auxilie na identificação do comportamento dos materiais frente às solicitações a que
serão submetidos e, consequentemente, definir como será escavado e/ou tratado, para
receber uma obra de engenharia.
Diante do exposto a classificação dos materiais provenientes de sondagens é de
fundamental importância na definição dos parâmetros a serem utilizados nos diversos
estudos geotécnicos para a implantação de obras civis.
Estamos utilizando o termo classificação em substituição ao termo descrição, uma vez
que toda análise a ser realizada se baseia na “Classificação tátil-visual”, a qual conjuga a
identificação visual dos materiais, como o próprio nome diz, e o tato, a partir de
procedimentos para identificação das frações do solo e da qualidade da rocha. Trata-se de
uma classificação qualitativa.
Vale registrar que, do ponto de vista da engenharia, quando falamos de “classificação”
nos reportamos às classificações clássicas para os solos (therzaghi, MCT, SUCS, etc, cujas
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determinações dependem de ensaios de laboratório) e as Classificações Geomecânicas de
Barton e Bieniawski para maciços rochosos.
Antes de qualquer discussão sobre a forma como são apresentadas as descrições dos
materiais, é preciso ressaltar que há uma Norma Brasileira que orienta como deve ser
apresentada a classificação das amostras de solo. Trata-se da NBR-6484/2001, que apresenta
no item 6.6 os procedimentos para identificação das amostras e elaboração do
perfil geológico-geotécnico da sondagem.

Partindo do princípio que, se já existem normas que orientam a realização dos serviços de
investigações, bem como a descrição dos solos provenientes desses serviços, a proposta desse
curso é propor uma metodologia e procedimentos de trabalho para descrição de amostras, em
conformidade com os critérios estabelecidos pelas Normas brasileiras e pelos manuais da ABGE,
largamente difundidos no meio técnico brasileiro.

2. CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS:

Solos:
Granulometria + resistência do solo + cor + origem
(NBR-6484/2001)

2.1. Análise Granulométrica - As Frações dos Solos.


Todo solo é composto por uma mistura de argila, silte, areia e por vezes cascalho. A
porcentagem de cada fração na mistura é que comanda as propriedades físicas que
condicionarão o comportamento geomecânico do mesmo.
Para discutirmos as frações do solo serão adotadas as frações que compõe a curva
granulométrica definida pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, NBR-6502 que
define as frações do solo, conforme Tabela 1, abaixo.
Tabela 1. Tamanho das partículas dos Solos de acordo com a ABNT, NBR-6502/1995.
TAMANHO DAS PARTÍCULAS DOS SOLO - ABNT - NBR-6502
FRAÇÃO DIÂMETRO DAS PARTÍCULAS - ABNT
ARGILA < 0,002 mm
SILTE ɸ entre 0,002 a 0,06 mm
AREIA FINA ɸ entre 0,06 a 0,20 mm
AREIA MÉDIA ɸ entre 0,20 a 0,60 mm
AREIA GROSSA ɸ entre 0,60 a 2,0 mm
PEDREGULHOS FINOS ɸ entre 2,0 a 6,0 mm
PEDREGULHOS MÉDIOS ɸ entre 6,0 a 20,0 mm
PEDREGULHOS GROSSOS ɸ entre 20,0 a 60,0 mm
PEDRA ɸ entre 60,0 mm a 200 mm
MATACÃO ɸ entre 200 mm a 1 m

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A curva granulométrica é a representação gráfica da distribuição das frações de um solo, onde
a abscissa é o tamanho das partículas, crescente para a direita, em escala logarítmica e a ordenada é a
percentagem acumulada do solo seco em relação à massa total seca, com diâmetro menor que o
tamanho correspondente (NBR-6502).

O que normalmente acontece é que não dispomos de curvas granulométricas das amostras que
precisamos classificar daí a necessidade de apreender a identificar as frações presente na amostra
e escolher a mais representativa daquele horizonte. Outro fator importante é que a classificação
táctil-visual identifica o solo a partir do seu comportamento plástico.

2.1.1. Solos Finos:


Esta fração é a que apresenta maior dificuldade para identificação e é composta por
duas frações bem conhecidas, Argila e Silte. Estas frações são as que passam na peneira
# 200, do conjunto de peneiras que compõe a análise granulométrica e compreendem o
trecho da curva que vai de < 0,002 mm a 0,06 mm.
A FRAÇÃO ARGILA é a mais fina do solo, altamente coesiva, baixíssima permeabilidade,
não visível a olha nu e somente identificado através do ensaio de sedimentação.
A FRAÇÃO SILTE, mais grossa, também não identificada a olha nu como as argilas e
determinada através do ensaio de sedimentação. Até bem pouco tempo era considerada o
grande problema da engenharia civil, por apresentar características mais permeáveis que as
argilas, alta erodibilidade e dificuldade na determinação do grau de compactação.

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A FRAÇÃO DO SOLO:

- Argilas
1. SOLOS FINOS
- Siltes

➢ Características:
✓ Mais difíceis de serem identificados.
✓ Identificáveis pelo ensaio de Sedimentação.
✓ É a fração que passa na # 200.
❑ ARGILA: Mais fina, não visível a olho nu, altamente coesiva,
baixíssima permeabilidade.
❑ SILTE: mais permeável que as Argilas; alta erodibilidade;
dificuldade de grau de compactação.

TALUDES DE CORTES EM SOLOS FINOS.

TALUDE DE CORTE EM SOLO COM TALUDE DE CORTE, EM SOLO COM


PREDOMINÂNCIA DE ARGILA. PREDOMINÂNCIA DE SILTE.

2.1.2. Solos Grossos:


Aqueles nos quais mais da metade são visíveis a olho nu.
Esta fração é facilmente identificada, tanto pelo tato como visualmente, pois os grãos
são passíveis de serem identificados a olho nu, ou com a ajuda de uma lupa de mão, bem
como a identificação composicional.
Apresentam a característica de serem ásperos ao tato, não são moldados, pois não há
coesão entre grãos e apresentam a características de desagregabilidade.
A FRAÇÃO AREIA: Visível a olho nu, apresenta-se em três frações quanto ao tamanho
do grão. Fina, média e grossa. Normalmente é constituída por grãos de quartzo, mas sua
composição está diretamente ligada à área fonte a que deu origem ao depósito, podendo ser
de diversos minerais presentes na natureza, como: feldspato, zircão, mica, etc.
A fração Pedregulho: visível a olho apresenta tamanho suficientemente identificável,
inclusive de sua composição, que além de ser constituído pelos mesmos minerais das areias,

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podem também ser de rocha. Normalmente podem-se identificar três frações para os pedregulhos,
finos, médios e grossos.

- Areias
2. SOLOS GROSSOS
- Pedregulhos

➢ Características:
✓ Fração facilmente identificada, tanto pelo tato como visualmente.
✓ São ásperos ao tato.
✓ Não são Moldados, pois não há coesão.
✓ Desagregabilidade.

❑ AREIAS: 3 Frações: Fina, Média e Grossa. A composição está ligada


a área fonte, normalmente é constituída de quartzo, mas podendo
ser de feldspato, zircão, micas, etc.
❑ PEDREGULHOS: 3 Frações: Fino (miúdo), Médio e Grosso (Grande).
Identificável a olha nu. A composição pode ser a mesma da areia,
porém também de rocha.

TALUDES DE CORTES EM SOLOS ARENOSOS.

TALUDE DE CORTE EM SOLO COM TALUDE DE CORTE, EM SOLO COM


PREDOMINÂNCIA DE AREIA. PREDOMINÂNCIA CASCALHO.

2.2. Identificação Visual e Tátil do Solo.

O processo de identificação visual é muito mais que apenas olhar o material coletado.
A visualização passa primeiramente por um conhecimento geológico do local
investigado, isso é fundamental na identificação do material para entender os horizontes
geológicos.
Na classificação tátil-visual, a identificação dos materiais passa por critérios,
procedimentos e manuseios que auxiliam na identificação da fração que compõe o solo, que
ajudará a definir a nomenclatura mais adequada ao comportamento do material. Isso significa
que nem sempre a classificação que vamos adotar tem relação direta com o percentual
granulométrico que compõe determinado material.
Entende-se por Classificação Tátil o manuseio, literalmente, dos materiais. É a leitura
pelo tato, onde é possível identificar a ocorrência ou não de matéria estranha ao solo (raiz,
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pequenas conchas, matéria orgânica, etc.); a cor natural da amostra; o teor de umidade;
minerais reconhecíveis, no caso de solos granulares, odores estranhos e a granulometria. Este
procedimento pode ser executado à medida que as amostras vão sendo retiradas,
diretamente no campo e repetido em laboratório para confirmação.
Essa identificação das características do solo é quase simultânea e praticamente não
exige equipamento, exigindo sim uma grande experiência no reconhecimento e trato com o
solo.
Com exceção da granulometria, todas as observações são imediatas. A classificação
granulométrica, valendo-se equipamentos simples, além do tato, visão e experiência, é a mais
difícil, entretanto há alguns testes básicos, que são usados como procedimentos de rotina no
reconhecimento das amostras.
Para execução desses testes são necessários os seguintes instrumentos:
- água corrente
- bisnaga de plástico ou borracha.
- Proveta
- Recipiente de vidro
- Almofariz de porcelana e mão de borracha.
Como na classificação tátil-visual não dispomos de análises
granulométricas, precisamos adotar procedimentos que facilitam a identificação
das frações.

2.3. Critérios para identificação da fração do Solo:


Os procedimentos a seguir foram extraídos da publicação “Ensaios de Laboratório” da
USP de São Carlos: Stancati, G et all, Identificação Visual e Táctil do Solo. Ensaios de
Laboratório em Mecânica dos Solos”, Publicação 050/88, pág. 11-21.USP - São Carlos, 1981.

São seis teste os testes a serem aplicados para identificação da fração dos
solos:

TESTE VISUAL E TÁCTIL


Misturando uma pequena quantidade de solo com água, sabe-se que:
- as areias são ásperas ao tato, apresentam partículas visíveis a olho nu e permitem muitas vezes o
reconhecimento de minerais.
- O silte é menos áspero que a areia, mas perceptível ao tato. Entre os siltes grossos e arei fina a
distinção é praticamente impossível, a não ser com o auxílio de outros testes.
- as argilas, quando misturada com água e trabalhada entre os dedos, apresentam uma semelhança
com a pasta de sabão escorregadia: quando seca, os grãos finos de argila proporcionam ao tato, a
sensação de farinha.

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TESTE DE SUJAR AS MÃOS
Faz-se uma pasta de solo + água e esfrega-se na palma das mãos, colocando-se em seguida sob
água corrente:
- o solo mais arenoso lava-se facilmente, isto é, os grãos de areia limpa-se rapidamente das mãos.
- o solo mais siltosa só se limpa depois que bastante água correu sobre as mãos, sendo necessária
sempre alguma fricção para a limpeza total.
- o solo mais argiloso, distingue-se pela dificuldade de se desprender da palma das mãos, porque
os grãos muito finos impregnam-se na pele, sendo necessário friccionar vigorosamente a palma da
mão para se livrar da pasta.

TESTE DE DESAGREGAÇÃO DO SOLO SUBMERSO.


Coloca-se um torrão de solo, em um recipiente contento água, sem deixar o torrão imerso por
completo.
- a desagregação da amostra é rápida quando os solos são siltosos e lenta quando são argilosos.

TESTE DA RESISTÊNCIA DO SOLO SECO.


Uma amostra de solo seco agregado pode apresentar grande, média ou nenhuma resistência,
quando se tenta desfazê-la entre os dedos. Isso indica respectivamente uma grande coesão, dos
solos argilosos, pouco coesão para os solos siltosos e nenhuma coesão para os solos arenosos.

TESTE DE DISPERSÃO EM ÁGUA.


Para esse teste, o solo deve estar completamente desagregado, por isso, deve-se desfazer os
torrões com o auxílio de almofariz e mão de borracha.
Deve-se tomar especial cuidado com os agregados de solos finos, porque estes são muitas vezes
resistentes à desagregação mecânica feita pelo almofariz e mão de borracha, sendo necessária a
adição de defloculantes, para uma desagregação perfeita dos grãos.
- coloca-se uma pequena quantidade de amostra de solo destorroado, numa proveta com água;
agita-se o conjunto, provocando assim uma dispersão homogênea do solo na água. Deixa-se em
repouso e observa-se o tempo de deposição da maior parte de partículas constituintes da amostra;
- os solos mais arenosos assentam suas partículas em 30 a 60 segundos.
- os solos siltosos em 15 e 60 segundos.
- os solos argilosos podem levar horas em suspensão.

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TESTE DA MOBILIDADE DA ÁGUA INTERSTICIAL.
Faz-se uma mistura homogênea de solo e água até a consistência de pasta, sem chegar ao
estado de lama. Coloca-se essa pasta na palma de uma das mãos em concha e com o auxílio
da outra mão, provocam-se vibrações na pasta de solo. A reação a esse movimento é o
aparecimento de uma superfície úmida e brilhante, na pasta de solo com a mão em concha;
a seguir abre-se a mão, o que provocará o aparecimento de fissuras e o ressecamento
aparente da superfície da pasta.
O tempo de reação da massa de solo, isto é, sob a vibração, rapidamente assumi o aspecto
liso e brilhante, indica a presença de maior porcentagem de partículas grossas. Também
ao se abrir a mão, o solo rapidamente se fissura e torna a absorver a água superficial, indica
a facilidade de movimento de água através das partículas ou presença de solos grossos.
A reação lenta, tanto no aparecimento da superfície brilhante, como na fissuração reduzida,
indica a presença de solos finos, ou seja, indica a dificuldade de movimentação das
partículas de água aderente ou coesa às partículas de solo.

Plasticidade:
É a propriedade que o solo apresente de mudar continuamente de forma, pela ação da
força aplicada e de manter a forma imprimida, quando cessa a ação da força.
Para determinação de campo da plasticidade, rola-se, depois de amassado, o material do
solo entre o indicador e o polegar e observa-se se pode ser feito ou modelado um fio ou
cilindro fino de solo, com cerca de 4 cm de comprimento, conforme figura abaixo:

O GRAU DE RESISTENCIA À DEFORMAÇÃO É EXPRESSO DA SEGUINTE FORMA:


➢ Não Plástica – Nenhum fio ou cilindro se forma.
➢ Ligeiramente Plástica – forma-se um fio de 6 mm de diâmetros e não se forma um fio
ou cilindro de 4 mm.
➢ Plástica – forma -se um fio de 4 mm de diâmetro e não se forma um fio o cilindro de 2
mm.
➢ Muito Plástica – forma-se um fio de 2 mm de diâmetro que suporta seu próprio peso.

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Pegajosidade:
É a propriedade que que a massa de solo pode apresentar de aderir a outros objetos.
Para avaliação de campo, a massa de solo, quando molhada e homogeneizada, é comprimida
entre o indicador e o polegar e a aderência é então observada.

Os graus de Pegajosidade é medida da seguinte maneira:


➢ Não pegajosa – após cessar a pressão não se verifica, praticamente, nenhuma
aderência da massa ao polegar e/ou indicador;
➢ Ligeiramente pegajosa – após cessar a pressão, o material adere a ambos os dedos,
mas desprende-se de um deles perfeitamente. Não há apreciável esticamento ou
alongamento quando os dedos são afastados;
➢ Pegajosa – após a compressão, o material adere a ambos os dedos e, quando estes
são afastados, tende a alongar-se um pouco e romper-se ao invés de desprender-se
de qualquer um dos dedos; e
➢ Muito pegajosa – após a compressão, o material adere fortemente a ambos os dedos
e alonga-se perceptivamente quando eles se são afastados.

OBS: A verificação da consistência em amostra molhada, para solos muito intemperizados, como
é boa parte dos Latossolos, demanda que se trabalhe bem a amostra com as mãos, com o intuito
de desfazer completamente os agregados, vistos que tais solos apresentam-se com estrutura
granular forte, que pode dificultar a avaliação desta característica.

Nota:
✓ Esses testes descritos são simples e um tanto rudimentares, entretanto são de valor
inestimável e devem ser feitos com critérios.

✓ Como o solo é uma mistura heterogênea de areia, silte e argila, com presença ou não de
pedregulho, esses teste servem para classificar a granulometria predominante na amostra.

✓ A dificuldade da classificação tátil-visual está em conseguir com poucos recursos,


identificar de maneira mais correta possível a granulometria porcentual da amostra. A
experiência e o constante manuseio são fundamentais para tal fim.

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Manuseio da Amostra:
A amostra deve ser manuseada com cuidado, para que possamos identificar
primeiramente a presença de estrutura no solo. A estrutura nos indica a condição em que
determinado solo foi gerado. Como exemplo, citamos dois bastante conhecidos: A
Porosidade, característica de solos coluviais e eluviais, daí o que normalmente se escreve nas
descrições “Argila Porosa” e a Estrutura reliquiar, facilmente observada em solos de alteração
de rocha, quando se observa que as características da rocha mãe estão preservadas. É certo
que as amostras coletadas nas sondagens a trado e a percussão, por exemplo, deformam o
material coletado, mas mesmo assim é possível observar essas estruturas.

Solo de Alteração de rocha (ou Residual) Argila Porosa

2.4. Resistência dos Solos - Consistência e Compacidade.

A partir dos valores de resistências obtidos nos ensaios de SPT, durante a execução da
sondagem a percussão, obtêm-se os valores de compacidades, para as areias e siltes arenosos
e de consistências, para as argilas e siltes argilosos. Lembrando que o valor do SPT
corresponde à penetração dos 30 cm finais do amostrador padrão. Na tabela abaixo estão
indicados os estados de compacidade e consistência de acordo com a NBR-6484/2001.

Tabela do Ensaios de Compacidade e Consistência:

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2. Resistência do Solo.
❑ A resistência à penetração é expressa
pelo número de golpes necessários para
cravar o 2° e o 3° trechos (últimos 30 cm).
(Trezaghi)
3
5
2 SPT = X –Y
5
14
22 X = n° de golpes necessários para penetrar 45 cm.
Y = n° de golpes necessários para penetrar do 1° 15 cm.
26
29
35
38 Ex: aos 10 m: SPT = 50 – 12 = 38
43
45

✓ SPT em solos moles.


✓ SPT em solos resistentes.

2. Resistência do Solo. ✓ Cálculo do SPT em solos moles.


Ex.1: SPT = 1/18 – 1/12 – 2/19

✓ O valor de X é obtido descontando-se do total de golpes o excesso


de golpes que fez o penetrômetro ultrapassar o limite de 45 cm.
(excesso penetrado = 4 cm)
3

✓ Cálculo do Y: = >> Y = = 0,8

✓ Cálculo do X: = >> excesso = = 0,4

➢ Portanto X = 4 – 0,4 = 3,6, aplicando na fórmula do SPT.

➢ SPT = 3,6 – 0,8 = 2,8

➢ Para estudo de fundação: SPT = 2


➢ Para estudo de escavação: SPT = 3

Ex.2: SPT = 1/50

= >>> SPT = = 0,6


➢ Para estudo de fundação: SPT = 0 (argilas e siltes) = 1 (areias)
➢ Para estudo de escavação: SPT = 1
NOTA: Se ocorrer 0/50, só com o peso do martelo, nesse caso o SPT = 0,
para todos os tipos de granulometria.

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2. Resistência do Solo.
✓ Cálculo do SPT em solos Resistentes.

40/26

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2.5. A cor do solo.

Para determinação das cores dos solos, o ideal seria a utilização de cartas de cores
convencionais, como a carta de Munsell (Munsell book of color), figura abaixo, largamente
utilizada em pedologia. No Brasil não se tem o habito de utilizar essa ferramenta para
identificação das cores dos solos. Desta maneira a cor dos solos apresentada nos perfis
individuais de sondagem é de reponsabilidade direta de quem a identifica, valendo-se da
subjetividade e experiência de cada profissional. Soma-se a isso possíveis problemas de
daltonismo por parte do profissional, que resultará em distorções e variações de matizes,
ficando tal interpretação muito pessoal e particular.

Modelo típico da Carta de Munsell.

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A NBR-6484/2001, sugere a utilização de nove cores para os solos tropicais brasileiros,
que são: branco, cinza, preto, marrom, amarelo, vermelho, roxo, azul e verde, admitindo as
designações complementar claro e escuro. Entretanto, vivemos em um país tropical, cujo
manto de intemperismo é bastante espesso que, associado a todo processo erosivo, cria uma
palheta de cores bastante variada. Entretanto, há determinados horizontes bastante
conhecido pelo meio técnico, cuja cor já indica o tipo de solo a que se referem como a “terra
roxa” no sul e sudeste, as argilas “variegadas” da Bacia de São Paulo e as areias coloridas dos
sedimentos encontrados no nordeste brasileiro. O termo variegado, que significa “de cores
várias, matizado”, é largamente utilizado sem nenhum critério, como sugestão, ao utilizá-lo
deve-se indicar a cor predominante, ex: “variegado marrom”.

Figura 2. Padrão de cores sugerido pela NBR-6484: Branco, cinza, preto, marrom,
amarelo, vermelho, roxo, azul e verde.

2.6. Classificação Genética:


Todo material coletado durante a execução de uma sondagem deve ser identificado
geneticamente. Isso auxilia na interpretação do seu comportamento geotécnico, uma vez que
a partir de sua constituição genética espera-se um determinado comportamento frente às
solicitações a que será submetido.
Tomamos como exemplo uma camada composta por uma Argila arenosa, esta por sua
vez, pode pertencer a um aterro, aluvião, um coluvião, sedimento terciário, sedimento
marinho e até mesmo a um solo de alteração, desta maneira, essa camada apresentará
comportamentos distintos dependendo da sua origem.
As mais utilizadas em Geologia de Engenharia é a classificação geológica, pois auxilia a
interpretar a distribuição e o comportamento das diferentes camadas de solo de uma
determinada área. Corresponde à interpretação da gênese do solo com base na classificação
tátil-visual e em observações de campo acerca da forma de ocorrência (morfologia) e da
relação estratigráfica com outros solos e rochas, interpretando-se os processos responsáveis
pela gênese e, eventualmente, a rocha de origem.
A identificação dos horizontes do solo é de fundamental importância para que se
construa a história geológica da área estudada. Tem importância fundamental para definição
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do comportamento geotécnico do material que compõe o horizonte. Discorreremos a seguir
os horizontes geológico-geotécnicos mais frequentes em furos de sondagens.

2.6.1. Aterro
O aterro é uma unidade geotécnica presentes em praticamente todas as sondagens
executadas nos grandes centros urbanos, ao longo de estradas (rodoviárias e ferroviárias),
unidades industriais e em toda área que tenha sofrido alguma intervenção humana para
implantação de obras civis.
Definidos como depósitos tecnogênicos, pelo fato de terem sido formados em
decorrência da atividade humana (Clemekov – 1983) os aterros podem ser executados com
diversos tipos de materiais, muitas vezes com os materiais da própria área ou mesmo
provenientes de diversas fontes. Desta maneira a heterogeneidade da composição é uma
característica que identificam esses depósitos.
“As características de um aterro dependem do tipo de material utilizado e de sua
finalidade. Solos argilosos compactados são pouco permeáveis e solos granulares tem alta
permeabilidade, prestando-se à construção de filtros e camadas drenantes (Soluções de
Engenharia, pag 482, Livro Geologia de engenharia)”.
Em algumas sondagens há certa dificuldade em identificar o limite da camada de
aterro (contato) com o pacote subjacente, principalmente quando estes aterros são
construídos com os mesmos materiais das escavações, muito comum em construções de
estradas com corte/aterro, onde o material depositado possui a mesma composição
granulométrica do material “in situ”.
Nos centros urbanos os aterros estão normalmente presentes ao longo das vias, sejam
pavimentadas ou não, nesse caso, muitas vezes, de fácil identificação, pois normalmente
utiliza-se de matérias que conferem maior suporte ao futuro pavimento e sua composição é
bastante variada.

Coluvio / Elúvio.
Os coluviões são caraterísticos por posicionarem a meia encosta, de composição
homogênea, porem com a presença de linhas de seixos (stone line) na base (conceito clássico
17
para identificação) ou muitas vezes com blocos de rocha de tamanhos centimétricos a
decimétricos. Muitas vezes são confundidos com os solos maduros “in situ”, também
chamados de Eluviais.
Localizam-se sempre em encostas. São formados pela ação da água e principalmente
pela gravidade, recobrindo encostas de serras. Geralmente são poucos espessos (0,5 a 1 m) e
com compostos pela mistura de solo e blocos de rocha pequenos (15 a 20 cm).
Entretanto, tem sido considerados solos coluvionares:

✓ Solos que recobrem divisores de água em regiões planas.


✓ Composição homogênea, com granulometria mais fina (Areias argilosas e argilas
arenosas), em geral em regiões de rochas planas recobrindo espigões, com
espessura variável (0,5 m até 15 – 20 m).
Características importantes: Baixa resistência ao cisalhamento; podem apresentar
movimentos lentos “rastejo” (Crep); sempre envolvidos na maioria dos escorregamentos das
encostas; porosidade; valor de SPT baixos (1 a 6 golpes); colapsíveis quando saturados e
submetidos a escorregamentos.
A questão deste solo ser transportado ou residual merece ser avaliada em cada local, evitando-se
generalizações e também o uso sistemático da interpretação da ocorrência de linhas de seixos, ou
linhas de pedras (stone line), como indício inquestionável de transporte, já que outros mecanismos,
como os pedogenéticos, especialmente a ação biológica, podem explicar a gênese residual.

Stone Line

Coluvião
Coluvião

2.6.2. Tálus
Tem sua origem ligada aos desmoronamentos do regolito de vertentes muito íngremes
e à queda de lajes de esfoliação mais ou menos espessas produzidas pelos grandes paredões
nus. Uma vez depositado no tálus, os fragmentos tendem a ser decompostos e colonizados
pela vegetação, Mousinho e Bigarella (1965). Em síntese, acumulações de detritos de antigos
escorregamentos.
“Depósitos inconsolidados geralmente em forma de leques na superfície do terreno e
em sopés de encostas e escarpas, constituídos por fragmentos grosseiros de rocha, mal
selecionados, geralmente de granulação grossa e forma angulosa, Caracteriza-se por ser área
instável. (Glossário de termos Técnicos de Geologia de Engenharia e Ambiental - ABGE, 2012)

18
Depósitos de tálus nas margens do rio Teles Pires – MT.

2.6.3. Aluviões
Sempre associados a ambiente fluvial, os sedimentos aluvionares são constituídos por
materiais erodidos, retrabalhados e transportados pelos cursos d´água e depositados nos seus
leitos e margens, bem como no fundo e margens de lagos e lagoas.
Apresentam-se com características bastante distintas, dependendo da bacia em que
estamos trabalhando, pois a variação da natureza dos materiais e a capacidade de transporte
refletem na formação das camadas. Cada camada possui uma identidade própria e representa
uma fase de deposição, com espessura, continuidade lateral, mineralogia e granulometria. O
pacote aluvionar é heterogêneo, entretanto uma camada isolada pode apresentar-se muito
homogênea.
Normalmente os aluviões são compostos por areias que variam de fina a grossa, com
intercalação de bancos argilosos ricos em matérias orgânicas, de coloração cinza escura a
preta característica e presença de cascalho na base.
O termo não se aplica a depósitos no fundo do mar ou em praias e mangues, os quais
são chamados de sedimentos marinhos.

2.6.4. Terraços Aluvionares


Os terraços aluvionares, também denominados de Aluviões Antigos, são encontrados
normalmente em cotas mais altas que os aluviões, pois foram depositados quando os cursos
d´água encontravam-se mais elevados. Diferem dos aluviões por não serem saturados, se
localizarem em cotas mais elevadas e serem constituídos, quase sempre, por areia grossa e
cascalhos.

Exemplos de depósito aluvionar e de terraços aluvionares presentes em cortes para implantação de


um canal de adução e em taludes de estrada – El Salvador.
19
2.6.5. Sedimentos Terciários
Os sedimentos terciários estão relacionados a um período de sedimentação que
ocorreu ao longo de todo escudo brasileiro, mais concentrados nas porções leste do Brasil,
cuja característica difere uma das outras em função das condições morfológicas e das áreas
fontes que geraram os materiais para sedimentação. Na cidade de São Paulo os sedimentos
Terciários são largamente conhecidos e estudados. Apresentam coloração e faixas
granulométricas já bastante estudadas e de fácil identificação na classificação táctil visual.

2.6.6. Solos “in situ” ou Residuais, ou Solo de Alteração.


São os solos originados a partir da decomposição de rocha pelo intemperismo (físico,
químico, ou ambos) e que permanecem no local sem sofrer qualquer tipo de transporte. São
também conhecidos como Solo de Alteração.
As características como a composição mineralógica, granulometria, estrutura e
espessura dependem do clima, do revelo, do tempo e do tipo de rocha mãe.
Os solos de alteração, como o próprio nome já diz, preservam as características da
rocha mãe e normalmente são de fácil identificação na classificação tátil-visual. Inclusive é
bastante comum entre os sondadores, chamá-los de “Silte arenoso micáceo”, quando vão
descrevê-los nos boletins de sondagem, principalmente se as sondagens foram executadas na
região da grande São Paulo.
Outro termo muito utilizado para identificar solo de alteração de rocha é o “Saprolito”,
com variações para “Saprólito” e “Solo Saprolítico”. Os solos saprolíticos (sapro, do grego:
podre) são aqueles que resultam da decomposição e/ou desagregação in situ da rocha matriz
pela ação das intempéries (chuvas, insolação, geadas) e mantêm, de maneira nítida, a
estrutura da rocha que lhe deu origem. São genuinamente residuais, isto é, derivam de uma
rocha matriz, e as partículas que o constituem permanecem no mesmo lugar em que se
encontrava em estado pétreo.
Os solos saprolíticos constituem, portanto, a parte subjacente à camada de solo
superficial laterítico (ou, eventualmente, de outro tipo de solo) aparecendo, na superfície do
terreno, somente por causa de obras executadas pelo homem ou erosões. Estes solos são
mais heterogêneos e constituídos por uma mineralogia complexa contendo minerais ainda em
fase de decomposição. São designados também de solos residuais jovens, em contraste com
os solos superficiais lateríticos, maduros. Uma feição muito comum no horizonte superficial,

20
ou no seu limite, é a presença de uma linha de seixos de espessuras variáveis (desde alguns
centímetros até 1,5 m), delimitando o horizonte laterítico do saprolítico
Vale ressaltar que há uma boa parcela de consultores que não gosta de utilizar essa
denominação, preferindo o termo “Solo de Alteração ou Solo Residual” com a subdivisão em
“solo Jovem” e “Solo Maduro”.

Ponto Negativo: Mantos de solos residuais muito espessos pode impossibilitar a fundação de
obras hidráulicas de concreto sobre o maciço de rocha sã, que se encontra a grandes
profundidades, obrigando que essas fiquem apoiadas em solos residuais.

Solo de alteração em Basalto Solo de Alteração de Granito

Solo de Alteração de Gnaisse. Solo de alteração de Granito com veios de argila.

Uma vez identificado a fração granulométrica do material, descrevê-lo conforme


planilha abaixo, levando em conta a sequência proposta pela NBR-6484/2001.

21
2.7. Aula Prática

Material Necessário:
1. Boletim de campo da sondagem (Sondador)
2. Ficha de classificação
3. Prancheta
4. Calculadora
5. Lapiseira/lápis/caneta, etc.
6. Sacos plásticos para amostragem
7. Canivete
8. Água
9. Pano para limpeza das mãos.
O lugar deve ser arejado e iluminado (de preferência iluminação natural) e munido de
mesa ou bancada.

Organização das amostras para Classificação:

22
3. A CLASSIFICAÇÃO DOS TESTEMUNHOS DE ROCHAS

As amostras de rocha (testemunhos como são conhecidas) são coletadas pelo


método de sondagem rotativa, por meio de uma amostrador com dispositivo
cortante (coroa), que avança com a ajuda de um conjunto de hastes,
acionadas por dispositivo hidráulico em ciclos sucessivos, denominado de
manobras. As amostras são acondicionadas em caixas plásticas devidamente
fabricadas para esse fim.

❑ Para a classificação dos testemunhos de rochas, de sondagens rotativas e mistas, são


identificados tátil e visualmente, oito parâmetros, entre geológicos e geotécnicos:
➢ Recuperação (por manobra)
➢ Classificação Geológica da rocha, Grau de Alteração,
➢ Grau de Coerência,
➢ Grau de fraturamento,
➢ Índice de Qualidade da Rocha (IQR/RQD)
➢ Condição das descontinuidades
➢ Condutividade Hidráulica.

3.1. Recuperação
❑ É a relação entre a somatória dos comprimentos dos testemunhos (peças
recuperadas) e o comprimento da manobra de avanço da perfuração, expressa em
porcentagem.
MANOBRA: É a denominação do avanço da sondagem, pelo processo rotativo, sempre
indicado por uma profundidade inicial e final na caixa de testemunhos .
i =1
Σi
i =n
R= x 100%
L

ONDE:
R = Recuperação
i = comprimento de cada peça
L = comprimento da manobra
n = número de peças

0,35 m 0,45 m

0,35 m

23
NOTAS:
1. A recuperação corresponde a um parâmetro que facilmente caracteriza as
condições geomecânicas das regiões do maciço.
2. Cuidado: Nem sempre baixa recuperação corresponde sempre a trechos
de rocha alterada ou friável (equipamento/sondador, etc).
3. Os barriletes (amostrador) devem ser adequados ao tipo litológico do qual
se está investigando.
0,73 m 49 %

1,50
0,00
1,50 m
1,20 m 60 %
2,00 m
0,95 m 63 %

3,50
1,50 m

5,00
0,68 m 68%
1,00 m

6,50
100 %
0,78 m 62%
1,25 m
1,05 m 100%
1,05 m

3.2. Classificação Geológica – (identificação genética ou Litológica)


A identificação do tipo litológico é fundamental para o desenvolvimento de um projeto
de engenharia, pois a partir da compreensão do contexto de sua gênese (textural e
deformacional) é possível obter características de interesse ao projeto como, composição
mineralógica e eventuais estruturas (foliação, xistosidade, acamamento, fraturas, falhas, etc.),
que tem influência direta no comportamento geotécnico do maciço rochoso (Hoek e Bray,
1981).

❑ “A Classificação geológica deve ser breve, clara e relevante, para que seja entendida por
geólogos, engenheiros e demais profissionais envolvidos no trabalho.“ (DIRETRIZES PARA
CLASSIFICAÇÃO DE SONDAGENS – 1ª tentativa, ABGE/2013)

NOTAS:
✓ A classificação genética deve ser padronizada para cada local, ou mesmo para cada
etapa da obra.
✓ A terminologia pode ser mantida ou revista.
✓ A classificação pode necessitar de análise petrográfica.
✓ Devem-se utilizar denominações litológicas simplificadas.
✓ A classificação geológica das amostras de sondagens precisa ser estabelecida com base
em um modelo de perfil de alteração ou de intemperismo (*).

24
Comparação entre os perfis de Intemperismo proposto por Deere e Pathon (1971), Zhao et al
(1994) e Vaz (1996). Fonte: Livro Geologia de Engenharia, V2, Capítulo 3. Solos em Geologia
de Engenharia, 2018 – ABGE.

PROCESSOS
ALTERAÇÃO

MÉTODOS DE
CLASSES

CLASSIFI- PERFIL DE COMPOR-


CAÇÃO INTEMPERISMO TAMENTO
ESCAVAÇÃO PERFURAÇÃO

À PERCUSSÃO COM TRADO


SOLO VEGETAL
(“SCRAPER”, ENXADÃO, FACA)
PEDOLÓGICOS

HOMOGÊNEO
ISOTRÓPICO
SOLO
SOLO RESIDUAL

LÂMINA DE AÇO

ELUVIAL - OU LAVAGEM
(SE)
IMPENETRÁVEL AO SPT

HETEROGÊNEO
ANISOTRÓPICO
SOLO DE
ALTERAÇÃO A4
(SA)
Topo RAM
INTEMPÉRICOS
QUÍMICOS

ESCARIFICADOR

LAVAGEM POR TEMPO


COM LAVAGEM
À PERCUSSÃO

IMPENETRÁVEL À
(PICARETA)

ROCHA
ALTERADA
A3

MOLE
(RAM)
DEPENDE DO TIPO DE

Topo RAD
ROCHA

ROCHA
ROCHA

ALTERADA
DURA A2
(RAD)
INCIPIENTES OU

EXPLOSIVO

Topo RS
AUSENTES

ROTATIVA

FA
LH

ROCHA SÃ
A

(RS) A1 VEIO DE
QUARTZO

Perfil de Intemperismo para regiões tropicais (Vaz, 1996)

25
❑ Classificação dos tipos de rochas (adaptado de Matula, 1981)
(Symposium on Engeneering Geollogical Problens of Contruction on Soluble Rocks,
Istanbul; Turquie. IAEG, 1981, p. 235-274)

ROCHAS ÍGNEAS

GRUPO GENÉTICO PIROCLÁSTICA ÍGNEA

ESTRUTURA MACIÇA
Feldspato e
Pelo menos 50% Quartzo, feldspato, micas Minerais
minerais
COMPOSIÇÃO dos grãos são de e minerais máficos máficos
máficos
rochas ígneas
Ácida Intermediária Básicas Ultrabásica
Grãos arredondados
Tamanho dos Grãos (mm)

60 PEGMATÍTO
AGLOMERADO
Grãos angulares
BRECHA
2 VULCÂNICA
GABRO
GRANITO DIORITO
DIABÁSIO PIROXENITO
TUFO PERIDOTITO
0.06
Grãos finos
0,002 TUFO
RIOLITO ANDESITO BASALTO
Grãos muito finos
TUFO
Vidro
VIDRO VULCÂNICO
Amorfo

ROCHAS METAMÓRFICAS
GRUPO
METAMÓRFICA
GENÉTICO
ESTRUTURA FOLIADA MACIÇA

Quartzo, feldspato, Quartzo, feldspato,


COMPOSIÇÃO micas e minerais micas, minerais
máficos máficos e carbonatos

BRECHA TECTÔNICA
Tamanho dos Grãos (mm)

60 MIGMATITO HORNEFELS
GNAISSE MÁRMORE
GRANULITO
2 QUARTIZITO

XISTO
ANFIBOLITO
FILITO
0.06

ARDÓSIA
0,002 MILONITO

26
ROCHAS SEDIMENTARES
GRUPO
SEDIMENTOS DETRÍTICOS QUÍMICA / ORGÂNICA
GENÉTICO
ESTRUTURA ESTRATIFICADA

Grãos de rocha, quartzo, Pelo menos 50% dos


COMPOSIÇÃO
feldspato e minerais argilosos grãos são de carbonato

Grãos de fragmentos

RUDÁCEAS
de rocha Rochas salinas

ROCHAS CALCÁRIAS
60 HALITA
Grãos arredondados CALCI-RUDITO
ANIDRITA
CONGLOMERADO GIPSO
Tamanho dos Grãos (mm)

Grãos angulosos
2 BRECHA
ARENOSAS

Grãos são principalmente


fragmentos de minerais
CALCI-ARENITO
ARENITO: Grãos são
principalmente fragmentos
0.06 de minerais Rochas calcárias
ARGILOSAS OU

SILTITO: 50% CALCÁRIO


LUTÁCEAS

FOLHELHO

CALCI-SILTITO
MARGA
de grãos finos DOLOMITO
0,002
ARGILITO: 50%
de grãos muito CALCI-LUTITO
finos Rochas silicáticas
CHERT
SILEXITO
Rochas carbonáticas
LINHITO
CARVÃO

2. Classificação Geológica – (identificação genética ou Litológica)

Sequencia para descrição de rocha em perfis individuais de sondagem - IJD

maciço
vesicular
folheado
xistoso
calcífero
Informações que ajudem a
amigdaloidal
NOME DA TEXTURA ESTRUTURA caracterizar um nível
ROCHA + COR + (granulometria) + (importantes) + eatratigráfico e a maior ou + mícáceo

menor resistência mecânica

GRAU DE GRAU DE CONDIÇÕES DAS


GRAU DE FRATURAMENTO
ALTERAÇÃO COERÊNCIA DESCONTINUIDADES

Ex: - Granito cinza, são, granulação fina a média, maciço, coerente e pouco
fraturado. Presença de fraturas inclinadas e subhorizontais.
- Arenito marrom, coerente, granulação fina, estratificação plano paralela

27
3.3. Grau de Alteração

❑ Indica o estágio de alteração mineralógica da rocha, decorrente da alteração dos


processos de intemperismo. Pode variar numa escala de
1 a 5, ou de 1 a 4, sendo menor quanto mais sã for o estado da rocha.

Alteração

Resistência da Rocha

NOTA: Há exceções encontradas em rochas sedimentares e quando processos secundários


promovem o endurecimento da rocha (que já havia sido parcialmente aletrada).

Aspecto de um granito de acordo com seu grau de alteração

28
A1 A2 A3

A4 A5

3. Grau de Alteração

3.4. Grau de Coerência


❑ A coerência é definida com base na tenacidade, dureza e friabilidade das rochas, é
caracterizada tátil-visualmente, através da apreciação da resistência que a rocha
oferece ao impacto do martelo e ao risco com lâmina de aço do canivete (Guidicini et
AL., 1972).
✓ Os critérios para determinação da coerência é relativo, assim como o grau de
alteração. É válido para todos os tipos de litologia.
✓ É mais importante para rochas sedimentares.
✓ Grau de Alteração e coerência se completam.

29
Grau de Coerência (GUIDICINI et al, 1972)

Grau de Coerência segundo ISRM (ABGE, 1983)

30
3.5. Grau de Fraturamento
O fraturamento é expresso pela quantidade de descontinuidade que intercepta o
testemunho, expresso em número de fraturas por metros, definido com trechos com
espaçamento homogêneo. Ao considerar o valor medido para o comprimento de cada “peça”,
descartando-se as quebras decorrentes do manuseio e execução da sondagem, obtêm-se
facilmente o valor do fraturamento.

F = Núnero de Fraturas por metro.


n = Número de Fraturas
N = Comprimento do trecho (m)
(deve ser identificado na caixa independente do trecho)

Segundo Bieniawski, modificado por IPT, 1997

NOTA 1: Não se utilizar calcular o grau de fraturamento para rochas (ígneas e


metamórficas) com elevado grau de alteração e nem para rochas sedimentares em geral,
diante da dificuldade na separação entre as fraturas naturais e as provocadas pela
sondagens e pela retirada da amostra do barrilete.

NOTA 2: Para trechos do maciço com recuperação inferior a 75%, o grau de fraturamento
é determinado apenas em situações especiais, devidamente justificado.

NOTA 3: Notar que o comprimento de cada “peça”, considerando-se apenas as quebras


naturais, corresponde ao espaçamento das descontinuidades, sendo óbvia a relação de
fraturamento e espaçamento, (Geologia de Engenharia, 1998).

NOTA 4: O caráter unidirecional da sondagem pode não representar todos os sistemas


(famílias) de fraturas presentes num maciço.

❑ Como reconhecer uma fratura natural?

➢ O ensaio de perda de água (EPA) fornece os trechos permeáveis do maciço.


➢ Para os trechos impermeáveis, as fraturas podem apresentar-se de duas maneiras:
- Estão preenchidas por material impermeável, ou
- As fraturas existentes são provocadas pelo equipamento durante a perfuração.

31
- Diaclases (ou juntas) – são quebras de origem
geológicas, não possuindo visíveis movimentos.
Fratura
- Juntas
- Micro-falhas / falhas – apresentam movimentos.
Termo Coletivo

- Contato litológico
- Contato entre camadas,
- Fraturas,
- Plano de fraqueza, depende
Descontinuidades - Acamamento, da escala
- Xistosidade, de estudo
- Horizonte de rocha
alterada,
Sentido mais amplo - Fissuras,
- etc

3.6. Índice de Qualidade da Rocha – IQR / RQD


❑ O índice RQD Corresponde a relação (em porcentagem) entre a soma dos “tarugos” >
10 cm e o comprimento da manobra.

✓ Para determinação do RQD, a Sociedade Internacional de Mecânica de Rochas


recomenda a utilização de testemunhos com diâmetro N (54,7 mm) e sondagens
realizadas com barrilete duplo – livre (ISRM, 1977).

✓ É importante, nos cálculos do RQD, distinguir as fraturas naturais do maciço rochoso,


das provocadas pela operação da sonda e manuseio dos testemunhos. Caso um tarugo
esteja seccionado por uma quebra decorrente do processo de perfuração (quebra
mecânica) não associada a uma fraqueza da rocha, este deverá ser considerado uma
peça contínua.

✓ Caso um tarugo com comprimento superior a 10cm apresente uma fratura


longitudinal, deverá ser descontado 10 cm do comprimento total do trecho.

32
❑ O IQR é uma adaptação à prática brasileira do Rock Quality Designation – RQD,
definido por Deere.
✓ Que é a relação (em porcentagem) entre a somatória dos “tarugos” ≥ 10 cm e o comprimento
do trecho de fraturamento homogêneo considerado.

Muito utilizado para


caraterização e
classificação de maciços

Agrega parâmetros:
Pi Comprimento das peças ≥ 10 cm
Grau de Fraturamento n= Comprimento do trecho de fraturamento homogêneo
e Recuperação

Possibilita correlacionar
com índices de resistência
mecânica e com módulo de
deformabilidade

NOTAS:
✓ IQR tem relação direta com o grau de Fraturamento.
✓ Aplicar com restrição para rochas friáveis.
✓ Não aplicável a maciços com elevado grau de alteração.
✓ Somente para rochas sã e alterada dura.
✓ O diâmetro mínimo a ser considerado é de 76 mm (NW).
✓ Recuperação mínima de 75%.
✓ Evitar trechos inferiores a 0,50 cm.
✓ A contagem das peças ≥ 10 cm obriga a adoção de dois critérios, também usado para o
Grau de Fraturamento: computar todas as fraturas, ou apenas as fraturas naturais do
maciço.
✓ Para sondagens verticais, quando ocorrer fraturas subverticais, tem sido
recomendado penalizar o trecho, descontando-se 10 cm da peça cortada pela fratura
subvertical.

33
3.7. Condição das Descontinuidades

A classificação das descontinuidades, sempre que possível, deve ser feita tendo como
objetivo a futura classificação geológico-geotécnica ou geomecânica do maciço rochoso
(Ojima e Serra Jr., 1998; Dobereiner, Camargo e Jácomo, 1987).
É necessário adotar uma padronização para a classificação das descontinuidades.
Parâmetros a ser verificado nos testemunhos de rocha.

➢ Orientação – Inclinação das Fraturas.

❑ Orientação:
ÂNGULO ENTRE A DESCONTINUIDADE E O
GRAU DENOMINAÇÃO
PLANO NORMAL AO TESTEMUNHO
H Horizontal 0 – 5°
SH Subhorizontal 5° – 20°
I Inclinada 20° – 70°
SV Subvertical 71° – 90°

✓ Em sondagens orientadas é possível indicar


a direção e o mergulho da descontinuidade.
✓ Com a perfilagem óptica é possível o
levantamento da atitude das
descontinuidades de forma completa.

❑ Superfície das descontinuidades:

➢ Com contato rocha-rocha:


Com contato rocha / rocha
P = PLANARES Superfícies irregulares, os testemunhos se
Regularidade I = IRREGULARES R1 RUGOSA
encaixam naturalmente (fratura travada)
On - ONDULADAS Superfície com estrias, o deslizamento é
R2 ESTRIADA
mais fácil em uma direção
R = RUGOSA Superfícies planas, o deslizamento é fácil
Aspereza L = LISA R3 PLANA
em qualquer direção
E = ESPELHADA
R4 SEDOSAS Superfícies sedosas ou "talcosas" ao tato.

- Fe - Película de argilo-mineral escuro (filme escuro).


✓ Exemplos de materiais que - Fv - Película de argilo-mineral esverdeado (filme esv.)
revestem as superfícies - Ox - Película oxidada.
- Pc - Película carbonática
(paredes) das fraturas: - Su - Película sulfetada, descontínua
- Es - Estrias de fricção em película de revestimento
- Pb - Película de material branco (sílica amorfa ?)

34
✓ Rugosidade:
• A rugosidade das fraturas pode se definida como as ondulações que ocorrem
nas superfícies das descontinuidades e é considerado um parâmetro fundamental
durante a caracterização da resistência ao cisalhamento do maciço rochoso.
• Estas ondulações podem ser observadas em corte das superfícies dos planos
de descontinuidades em duas escalas distintas: em escala milimétrica a
centimétrica, sendo denominadas de fraturas ásperas, lisas ou polidas (ou
estriadas); e em escala métrica, sendo designado de fraturas planares,
onduladas ou irregulares.
• A rugosidade é um parâmetro muito empregado durante as descrições de
sondagens e o procedimento para sua caracterização consiste na análise tátil-
visual do perfil da descontinuidades nos testemunhos e comparação aos perfis
definidos por BARTON e CHOUBEY,1977 (FIGURA 3)..

Condição das Descontinuidades: Superfícies em escalas “mm” e “cm”


Rugosa

Plana

Condição das Descontinuidades: Superfícies em escalas “mm” e “cm”

Estriada

35
Condição das Descontinuidades – Escala métricas
Planares - Irregulares e Onduladas.
DESCRIÇÃO PERSISTÊNCIA (m)
Muito pequena Menor que 1
Pequena de 1 a 3
Média de 3 a 10
Grande de 10 a 20
Muito grande Maior que 20
Persistência das descontinuidades (modificado - ABGE/CBMR, 1983)

Ondulação e Rugosidade em uma superfície de descontinuidade

➢ Abertura
ABERTURA: É a distância perpendicular que separa as paredes das descontinuidades,
quando não existe preenchimento.
“FRATURA ABERTA PASSA AR E ÁGUA”
✓ A abertura é, desta maneira, diferente da largura de uma descontinuidade preenchida.
Descontinuidades que foram preenchidas, mas que tiveram seu preenchimento lavado
localmente, também estão incluídas nesta categoria.
ABERTURA DESCRIÇÃO FEIÇÕES
< 0,1 mm Bem fechada
0,1 - 0,25 mm Fechada Feições fechadas
0,25 - 0,5 mm Parcialmente Aberta
0,5 - 2,5 mm Aberta

2,5 - 10 mm Moderadamente larga Feições falhadas


10 mm Larga
1 - 10 cm Muito larga
10 - 100 cm Extremamente larga Feições abertas
>1m Cavernosa
Abertura de descontinuidades (modificado - ABGE/CBMR, 1983).

36
Condição das Descontinuidades - Abertura

➢ Preenchimento.
O termo preenchimento é empregado para descrever os materiais que separam as
paredes de duas descontinuidades (fraturas). O tipo de material avaliado
conjuntamente com a espessura pode fornecer dados importantes referentes à
resistência ao cisalhamento do maciço rochoso.
Nas falhas, o material de preenchimento corresponde, em geral, ao material rochoso
esmagado pelo processo tectônico que as originou, podendo se encontrar em fase
mais ou menos avançada de cominuição e alteração.
Sua caracterização é realizada a partir da análise tátil-visual, observando-se aspectos
referentes à constituição (mineralogia, cor, granulação) e espessura do material
(SERRA e OJIMA , 1998).
Sem com contato rocha / rocha
Descontinuidade com suspeita de
PO
preenchimento
Descontinuidade preenchida por material
P1 (5) Granular granular incoerente (indicada a espessura
em mm)
Descontinuidade preenchida por material
P2 (5) Misto granular e argiloso (indicada a espessura
em mm)
Descontinuidade preenchida por material
P3 (5) Argiloso
argiloso (indicada a espessura em mm)

37
Condição das Descontinuidades - Preenchimento
❑ Sem contato rocha/rocha ✓ Exemplos de materiais de
Sem com contato rocha / rocha preenchimento:
Descontinuidade com suspeita de ag argila
PO
preenchimento si silte
Descontinuidade preenchida por material ca carbonato
P1 (5) Granular granular incoerente (indicada a espessura ox óxido
pz quartzo
em mm)
Descontinuidade preenchida por material
P2 (5) Misto granular e argiloso (indicada a espessura
em mm)
Descontinuidade preenchida por material Preenchimento
P3 (5) Argiloso
argiloso (indicada a espessura em mm) Misto

Preenchimento Arenoso
Preenchimento Argiloso

Preenchimento
Pétreo -
Carbonato

Condição das Descontinuidades

➢ Espaçamento (não é apresentado no perfil individual de sondagem, porém utilizado na


determinação da classe de maciço)
➢ O espaçamento é a distância perpendicular entre descontinuidades adjacentes.

Refere-se normalmente ao espaçamento médio ou modal de uma família de


descontinuidades. O espaçamento das descontinuidades condiciona o tamanho dos blocos
individuais de rocha intacta. Um pequeno espaçamento, fraturamento intenso, confere ao
maciço um comportamento mais próximo do comportamento dos materiais granulares,
modificando o modo de ruptura de translacional para circular, enquanto que para grandes

38
espaçamentos tem-se fundamentalmente o efeito condicionante do tamanho dos blocos.
Estes efeitos estão relacionados com a persistência das descontinuidades (Mecânica das
Rochas – Apostila G.AP-AA001/03 – André Assis).

Espaçamento das descontinuidades (modificado - ABGE/CBMR, 1983)


DESCRIÇÃO ESPAÇAMENTO (mm)
Extremamente pequeno menor que 20
Muito pequeno 20 - 60
Pequeno 60 - 200
Moderado 200 - 600
Grande 600 - 2000
Muito grande 2000 - 6000
Extremamente Grande maior que 6000

3.8. Condutividade Hidráulica


✓ É a denominação que tem sido utilizado para indicar a permeabilidade do meio
poroso.
✓ É obtido por meio do Ensaio de Perda D´água – EPA, o qual é realizado apenas em
maciço rochoso.
✓ Deve ser realizado à medida que a sondagem vai sendo executada, em trechos de 3 m.
✓ Para o trecho de solo e trecho de transição solo-rocha, é utilizado o Ensaio de
Infiltração. (ver Boletim N° 4 – Ensaio de Permeabilidade – ABGE, 2013)
✓ O Ensaio de Perda D´água – EPA, é executado em 5 estágios de pressão:

ESTÁGIOS PRESSÃO
2
1º P min = 0,1 kgf/cm
2º P inter = 1/2 P máx . kgf/cm2
3º P máx = kgf/cm2
4º P inter = 1/2 P máx . kgf/cm2
2
5º P min = 0,1 kgf/cm

Pmax = 0,25 Kgf/cm2 x h

Onde:

Pmax = pressão máxima

P máx = 0,25 h - para rochas ígneas e metamórficas


P máx = 0,15 h - para rochas sedimentares (e rochas alteradas)

h =Pprofundidade
máx = pressãoem metro
máxima emna vertical a contar da boca do furo até a metade
kgf/cm2
hdo=trecho ensaiado.
profundidade (para trechos
do obturador de (m)
em metros baixa profundidade poderá ser
considerado apenas a profundidade do obturador)

39
L = trecho ensaiado (m)
Arranjo para o Ensaio de Perda D’ água Sob Pressão - EPA

Altura do
Manômetro

✓ A condutividade Hidráulica pode ser expressa de duas maneiras:


➢ Coeficiente de Permeabilidade – K em cm/s
➢ Perda D´água Específica – PE, em L/min/m/kgf/cm2.

Q = Vazão (L/min)
L = Comprimento do trecho de ensaio (m)
2
P = Pressão Efetiva (kgf/cm )

40
CONDUTIVIDADE HIDRÁULICA (H)
PERMEABILIDADE (k cm/s)
( l / min / m / kg / cm² )

CONDUTIVIDADE MUITO BAIXA


H1 k < 10-5
( < 0,10 )

CONDUTIVIDADE BAIXA
H2 10-5 < k < 10-4
( 0,10 A 1,00)

CONDUTIVIDADE MÉDIA
H3 10-4 < k < 5x10-4
(1,00 A 5,00)

CONDUTIVIDADE ALTA
H4 5x10-4 < k < 10-3
(5,00 A 10,00)

CONDUTIVIDADE MUITO ALTA


H5 k > 10-3
( > 10,00)

41
3.9. Aula Prática
Material Necessário:

1. Boletim de campo da sondagem (Sondador)


2. Ficha de classificação
3. Prancheta
4. Calculadora
5. Lapiseira/lápis/caneta, etc.
6. Pincel atômico
7. Canivete
8. Martelo de geólogo
9. Trena
10. Água
11. Pano para limpeza das mãos.

OBS: O lugar deve ser arejado e iluminado (de preferência iluminação natural) e
munido de mesa ou bancada.

42
ANEXOS:
- Check List para Perfis Individuais de Sondagens.
(p.43 e 44)
- Tabela para Descrição/Classificação dos solos provenientes de sondagens
mecânicas.
(p. 45)
- Sequencia para Descrição de Rocha em Perfis Individuais de Sondagem
(p. 46).
- Cálculo do IRP (SPT) – Índice de Resistência a Penetração.
(p. 47 à51)
- CLASSIFICAÇÃO DE SONDAGEM A PERCUSSÃO.
(p. 52)
- DESCRIÇÃO DE SONDAGEM MISTA / ROTATIVA - GEOLOGIA - ALTERAÇÃO –
COERÊNCIA.
(p. 53)
- DESCRIÇÃO DE SONDAGEM MISTA / ROTATIVA - CARACTERÍSTICAS DAS
DESCONTINUIDADES.
(p.54)

43
Check List Para Perfis Individuais de Sondagens
Fonte: Manual de Sondagem, Boletim Nº 3 - 5ª edição - São Paulo/2013
NBR-6484 - FEV/2001
ITEM DADOS QUE DEVEM CONSTAR NOS PERFIS DE SONDAGENS OBSERVAÇÕES ST SP SR SM
1 Nome do Projeto Projeto/Obras a que se destina a investigação x x x x

2 Nome do Cliente Proprietário, Investidor ou Empreendedor.(é quem paga pela sondagem) x x x x

3 Nome da Empresa Executora Responsável pela execução e apresentação dos resultados. x x x x

4 Localização das Investigações Endereço do local onde foi executada a Sondagem x x x x


Elevação em relação ao Nível médio dos Mares. Na falta, pode-se adotar
5 Cota da Sondagem (boca do furo) uma cota arbitrária a partir de um ponto fixo de fácil identificação no x x x x
local de execução da investigação.
6 Coordenadas, N e E das sondagens Localização geográfica georreferenciada. x x x x
É a identificação da Sondagem. Deve estar apresentado no perfil de
7 Numero da Sondagem maneira clara e de fácil identificação. De preferência posicionado na x x x x
lateral direta do perfil, na porção superior ou inferior.
Em sondagens inclinadas é fundamental que seja apresentada o
8 Orientação do Furo: Inclinação / Rumo. azimute (rumo) da inclinação (que varia de 0° a 360°) e o ângulo de x x
inclinação da sondagem (SEMPRE COM A VERTICAL)..
9 Método Utilizado (Percussão, Rotativa, Mistas e etc.) Se o Equipamento for Mecanizado deve ser também indicado. x x x x
10 Datas de Início e término Dia/Mês/Ano x x x x

11 Data de Emissão do Relatório. Data em que foi entregue o relatório das investigações. Dia/Mês/Ano x x x x

12 Total Perfurado - Profundidade Final do Sondagem. Profundidade Final x x x x

13 Leituras do Nível D´água (NA) - Tabela (*) veja modelo abaixo x x x x

14 Indicação do Nível D´água no Perfil Representação gráfica da profundidade do N.A. encontrado x x x x


Quando não atingido, deve haver uma indicação explicando porque não
15 Indicação do Nível D´água quando não atingido (NA) esta sendo apresentado. Exp.: Furo Seco; NFE (N.A. não foi x x x x
encontrado), etc.
Normalmente é apresentado de forma gráfica no perfil e é desenhado até
16 Posição final do revestimento a profundidade no qual foi cravado.
x x x

Próprio das sondagens a trado e a percussão. Normalmente nos perfis


Posição das amostras coletadas, inclusive a indicação das são representados graficamente na forma de um quadrado com um
17 número no centro (número referente à profundidade da amostra). Quando
x x x
amostras não recuperadas.
a amostra não foi recuperada desenha-se um circulo sobre o quadrado.

18 Classificação táctil-visual Descrição do material atravessado x x x x

19 Profundidade das camadas atravessadas em "m" ou Elevação Indica o limite entre as diversas camadas existente no subsolo x x x x

20 Classificação geológica dos materiais (gênese) Indicação sobre a origem dos materiais atravessados. x x x x

21 Convenções gráficas dos solos, ou rochas, atravessados Verificar as convenções indicadas pelas normas. x x x x
Cada Empresa adota uma maneira de apresentar a resistência dos
solos, obtidas nas sondagens a percussão. As vezes na forma de
Resultados dos ensaios de penetração - SPT . Gráfica e
22 fração, para cada trecho de 15 cm cravado; ou em forma de números x x
numericamente. inteiros em duas colunas onde a primeira indica os 30 cm iniciais e
outra para os 30 cm finais (SPT); ou simplesmente os 30 cm finais.
Resultados dos ensaios de Lavagem Por Tempo (LT) , com
23 intervalo ensaiado, avanço (cm) e tempo de operação da peça (**) ver formato abaixo. x x
de lavagem (min).
24 Descrição sucinta dos materiais (descrição da rocha) Descrição do material atravessado x x

25 Indicação das profundidades das camadas atravessadas Em metro ou em cota (elevação) x x x x

26 Indicação das profundidades das manobras Em metro. x x


A maioria dos software para geração de perfis individuais apresentam na
27 Recuperação dos Testemunhos, em porcentagem, por manobra. forma de histogramas, mas tem que apresente em percentagem (Ex.: x x
80%) no trecho da manobra.
A maioria das empresas de sondagens apresentam o RQD, por
28 RQD ou IQR manobra. Caso seja apresentado o IQR (trechos homogêneos) deve ser x x
indicado no perfil.
29 Grau de Alteração Este parâmetro deve estar indicado no perfil individual. x x

30 Grau de Coerência Este parâmetro deve estar indicado no perfil individual. x x

31 Grau de Fraturamento Este parâmetro deve estar indicado no perfil individual. x x

32 Condição das Descontinuidades Inclinação; Superfície e Preenchimento. x x


Há perfis que apresentam graficamente, com o valor de "K=cm/s" para a
Resultados dos ensaios de perda d´água. (profundidade;
33 pressão máxima. O que se tem utilizado é apresentar o valor da Perda x x
gráficos e valores de PE) de Água Específica, para os cinco estágio de pressão.
Também devem ser apresentados na legenda os tipos de característica
34 Características das descontinuidades que estão sendo consideradas para as descontinuidades.
x x

Normalmente no rodapé do perfil, é apresentado na forma de tabela


35 Parâmetros de classificação todos os parâmetros que são considerados para a apresentação da x x
sondagem.
Deve ser indicado qual o motivo da paralisação da sondagem: Ex.:
36 Motivo de paralização da sondagem "paralisação determinada pelo Cliente/Fiscalização"; "Impenetrável a x x x x
lavagem por tempo"; "impenetrável ao amostrador padrão"; etc.
Caso seja observado alguma anomalia durante a execução, ou durante a
classificação, estas devem ser indicadas na forma de "Nota" ao final da
37 Identificação das anomalias observadas. sondagem. Ex.: "Presença de vazio no trecho entre xx,xx a xx,xx m";
x x x x
"Forte odor de combustível"; material não recuperado; etc.

Identificação do geólogo que executou a classificação, com


Assinatura ou rubrica do geólogo responsável em cada perfil de
38 nome, número do registro do órgão de fiscalização profissional sondagem.
x x x x
e assinatura.
39 Croqui de Locação Para sondagens referente à projetos do METRO de SP. x x x x

40 Medidores de Níveis de Água e Piezômetros Profundidade,; croqui de instalação x x x


Geol.. Ivan José Delatim - JUL -2015

44
ABREVIAÇÕES: LEITURAS DE NÍVEIS DE ÁGUAS
ST = Sondagem a Trado DATA HORA PROF. PROF. ESGOTA/O
N.A. (m)
SP = Sondagem a Percussão (DD/MM/AA) (HH:MM) SOND. (m) REVEST/0 (m) (m)

SR = Sondagem Rotativa
SM = Sondagem Mista
NA = Nível D´água
EPA = Ensaio de Perda d´água sob Pressão
2
PE = Perda d´água específica em kgf/cm //L/im/m.
SPT =Standard penetration test
LT = Ensaio de Lavagem por Tempo
N = Coordenada Norte
E = Coordenada Leste
LAVAGEM POR TEMPO
TEMPO DE PARA AVANÇO (m)
10' 10,70 10,72 0,02
10' 10,72 10,76 0,04
10' 10,76 10,81 0,05
Total 0,11

45
Tabela para Descrição/Classificação dos solos provenientes de sondagens mecânicas.

GRANULOMETRIA
RESISTÊNCIA COR GENESE
1ª FRAÇÃO 2ª FRAÇÃO 1° COMPLEMENTO 2º COMPLEMENTO

SILTOSA POUCO ARENOSA - COM ENTULHO,


ARGILA - COM DRTRITOS VGETAIS, CONSISTÊNCIA BRANCO ATERRO
ARENOSA - ORGâNICA CINZA
- COM MATÉRIA ORGÂNICA, CINZA CLARO ELÚVIO
(PARA AS ARGILAS E
- COM FRAGMENTOS DE CONCHAS, SILTES ARGILOSOS) CINZA ESCURO
ARGILOSO POUCO ARENOSO - COM LENTES MILIMÉTRICAS DE ARGILA, PRETA COLÚVIO
SILTE - COM LENTES MILIMÉTRICAS DE AREIA, MARROM
ARENOSO POUCO ARGILOSO - COM PEDREGULHOS FINOS, MARROM CLARO ALUVIÃO
- COM PEDREGULHOS FINOS E MÉDIOS. MARROM ESCURO
- COM PEDREGULHOS DE GRANULAÇÃO VARIADA, VERMELHO TALUS
FINA - COM SEIXOS ROLADOS (ɸ CM). AMARELO
SILTOSA POUCO ARGILOSA - COM LENTES MILIMÉTRICAS DE AREIA, COMPACIDADE VERDE S.T.B.S.P.
MÉDIA - MICÁCEO(A). AZUL
AREIA OU - POUCO MICÁCEO(A) (PARA AS AREIAS E ROXO SOLO DE ALTERAÇÃO
GROSSA - CAULÍNICO, SILTES ARENOOS)
ARGILOSA - POUCO CAULÍNICO
DE GRANULAÇÃO
- COM CONCREÇÕES LIMONÍTICOS.
VARIADA
Geól. Ivan José Delatim - COM FRAGMENTOS DE ROCHA

46
Sequencia para Descrição de Rocha em Perfis Individuais de Sondagem

maciço
vesicular
folheado
xistoso
calcífero
Informações que ajudem a
amigdaloidal
NOME DA TEXTURA ESTRUTURA caracterizar um nível
ROCHA + COR + (granulometria) + (importantes) + eatratigráfico e a maior ou + mícáceo

menor resistência mecânica

GRAU DE GRAU DE CONDIÇÕES DAS


GRAU DE FRATURAMENTO
ALTERAÇÃO COERÊNCIA DESCONTINUIDADES

47
Aula Prática - Cálculo do IRP (SPT) – Índice de Resistência a Penetração

30 cm 30 cm
Iniciais Finais
(I) SPT

30 cm 30 cm
Iniciais Finais
(I) SPT

48
30 cm 30 cm
Iniciais Finais
(I) SPT

49
30 cm 30 cm
Iniciais Finais
(I) SPT

30 cm 30 cm
Iniciais Finais
(I) SPT

50
30 cm 30 cm
Iniciais Finais
(I) SPT

51
30 cm 30 cm
Iniciais Finais
(I) SPT

52
CLASSIFICAÇÃO DE SONDAGEM A PERCUSSÃO
LOCAL:
OBRA: Sondagem Nº:
DATA:
Trecho s ho mo gêneo s Subtrecho Unidade
Geo ló gico - Descição do Material
DE A DE A geo técnica

Ficha de classificação de So ndagem - Geo lo gia - JA N/2017

53
CLASSIFICAÇÃO DE SONDAGEM MISTA / ROTATIVA - GEOLOGIA / ALTERAÇÃO / COERÊNCIA
LOCAL:
OBRA: Sondagem Nº:
DATA:
Trecho s ho mo gêneo s Subtrecho Unidade
A lteração /
Geo ló gico -
Co erência
Descição Geológica do Material
DE A DE A geo técnica

Ficha de classificação de So ndagem - Geo lo gia - JA N/2016

54
CLASSIFICAÇÃO DE SONDAGEM MISTA / ROTATIVA - CARACTERÍSTICAS DAS DESCONTINUIDADES Sondagem Nº:
LOCAL:

OBRA: DATA: ____ / _____ / ____


Comp.
Trechos Homogêneos Nº de Fraturas RQD / IQR
Trecho Hom. CONDIÇÕES DAS DESCONTINUIDADES.
DE A (m) Quant. Frat/m G.F. > 10 cm %

TIPO INCLINAÇÃO Condição das MATERIAL DE - Fe - Película de argilo-mineral escuro (filme escuro).
Regularidade Asperesa - Fv - Película de argilo-mineral esverdeado (filme
J= JUNTA SH = (≤ 20°) Descontinuidades: REVESTIMENTO esv.)
nas paredes das - Ox - Película oxidada.
T= CONTATO I= (21° < I < 70°) F = Fechada. P= Plana L = Lisa - Pc - Película carbonática
fraturas.(x) "Letra
H= FALHA SV = (> 70°) --------------------------- C= Curva R = Rugosa maiúscula seguida - Su - Película sulfetada, descontínua
- Es - Estrias de fricção em película de revestimento
de minúscula." - Pb - Película de material branco (sílica amorfa ?)
ZF = Zona Falha A= Aberta I= Irregular E = Estriada
MATERIAIS DE PREENCHIMENTO: ( x) "Letras minúsculas." - si - silte / ag - argila / ca - carbonato / ox - óxido / qz - quartzo / - ( mm ) - Espessura em mm do material de preenchimento
P1 = Fraturas Justapostas com Paredes Sãs P2 = Fraturas Preenchidas por Material Pétreo P3 = Fraturas Justapostas com Alteração Incipiente das Paredes
P4 = Fraturas com Alteração Milimétrica das paredes, justapostas ou não, sem preenchimento - (Aberta) P5 = Fraturas com paredes Alteradas e Preenchimento
Ficha de classificação de So ndagem - Desco ntinuidades - M A R/2017

55

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