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SÃO MATEUS
2019
CAIO CORADINI COSTA
SÃO MATEUS
2019
CAIO CORADINI COSTA
COMISSÃO EXAMINADORA
__________________________________________
Prof. Dr. Carlos André Maximiano da Silva
Universidade Federal do Espírito Santo
Orientador
__________________________________________
Prof. Dr. Jefferson Lima
Universidade Federal do Espírito Santo
Convidado
__________________________________________
Profa. Dr. Natália Valadares de Oliveira
Universidade Federal do Espírito Santo
Convidada
RESUMO:
Figura 1 - Mapa da Bacia de Campos (mod. RANGEL & MARTINS, 2000) ............... 4
Figura 2 - . Mapa de localização do Campo de Namorado (Modificado de
GUARDADO, SPADINI, et al., 2000). ......................................................................... 5
Figura 3 - Mapa de localização do bloco do Campo de Namorado e dos poços
selecionados (Modificado de ROSA, SUSLICK, et al., 2008). ..................................... 6
Figura 4 - Seção transversal de uma amostra de rocha (ROSA, CARVALHO e
XAVIER, 2011). ........................................................................................................... 7
Figura 5 - Rocha-reservatório contendo três fluidos: óleo, água e gás.
(Fonte:ROSA,2006)................................................................................................... 10
Figura 6 - Elementos que compõe a perfilagem de poços (Modificado de ELLIS,
1987). ........................................................................................................................ 14
Figura 7 - Exemplo de um perfil de densidade. Modificado de (BASSIOUNI, 1994) . 16
Figura 8 - Exemplo de um perfil de resistividade. Modificado de (BASSIOUNI, 1994).
.................................................................................................................................. 18
Figura 9 - Ferramenta de medição de Porosidade Neutrônica (Modificado de ELLIS,
1987) ......................................................................................................................... 19
Figura 10: Interface do software LogPlot. .................................................................. 24
Figura 11: Design dos perfis geofísicos no LogPlot. ................................................. 24
Figura 12: Arquivo .LAS aberto no LogPlot. .............................................................. 25
Figura 13: Perfis geofísicos do poço 7NA 0010D RJS no Campo de Namorado com
destaque nas regiões dos possíveis reservatórios. ................................................... 28
Figura 14: Perfis geofísicos do poço 7NA 0011A RJS no Campo de Namorado. ..... 28
Figura 15: Perfis geofísicos do poço 7NA 0012 RJS no Campo de Namorado com
destaque nas regiões dos possíveis reservatórios. ................................................... 29
Figura 16: Perfis de Densidade e Neutrônico dos poços 7NA 0010D RJS, 7NA
0011A RJS e 7NA 0012 RJS no Campo de Namorado com destaque nas regiões
dos possíveis reservatórios. ...................................................................................... 30
Figura 17: Figura 13: Perfis de Resistividade dos poços 7NA 0010D RJS, 7NA
0011A RJS e 7NA 0012 RJS no Campo de Namorado com destaque nas regiões
dos possíveis reservatórios. ...................................................................................... 32
Figura 18: Perfis geofísicos do poço 7NA 0010D RJS no Campo de Namorado com
destaque nas regiões dos possíveis reservatórios. ................................................... 34
Figura 19: Perfis geofísicos do poço 7NA 0011A RJS no Campo de Namorado. ..... 35
Figura 20: Perfis geofísicos do poço 7NA 0012 RJS no Campo de Namorado com
destaque nas regiões dos possíveis reservatórios .................................................... 36
LISTA DE TABELAS
SUMÁRIO
1. Introdução ............................................................................................................. 3
1.1. Motivação .......................................................................................................... 3
1.2. Objetivos ........................................................................................................... 3
1.3. Área de Estudo .............................................................................................. 4
1.3.1 Bacia de Campos......................................................................................... 4
1.3.2 Campo de Namorado................................................................................... 5
2. Fundamentação Teórica......................................................................................... 6
2.1 Propriedades Petrofísicas .................................................................................. 6
2.1.1 Porosidade ................................................................................................... 6
2.1.2 Permeabilidade ............................................................................................ 9
2.1.3 Saturação de Fluidos ................................................................................... 9
2.1.4 Densidade .................................................................................................. 11
2.1.5. Resistividade ............................................................................................ 12
2.2 Perfis Geofísicos .............................................................................................. 13
2.2.1 Perfil de Densidade.................................................................................... 15
2.2.2. Perfil de Resistividade .............................................................................. 17
2.2.3 Perfil Neutrônico ........................................................................................ 19
2.2.4 Perfil Raios Gama ...................................................................................... 20
2.2.5. Perfil Sônico .............................................................................................. 21
3. Metodologia ........................................................................................................... 23
3.1. Identificação dos Intervalos dos Reservatórios ............................................... 25
3.1.1. Determinação do Volume de Argila .......................................................... 26
3.1.2. Determinação da Porosidade ................................................................... 26
3.2. Identificação dos Fluidos ................................................................................. 27
4. Resultados ............................................................................................................ 27
4.1. Identificação dos intervalos dos Reservatórios ............................................... 27
4.1.1. Determinação da Porosidade ................................................................... 30
4.1.2. Determinação do Volume de Argila .......................................................... 31
4.2. Identificação dos Fluidos ................................................................................. 33
5. Conclusão ............................................................................................................. 37
Referências Bibliográficas ......................................................................................... 38
3
1. Introdução
1.1. Motivação
1.2. Objetivos
2. Fundamentação Teórica
2.1.1 Porosidade
Onde: ϕ é a porosidade;
𝑉𝑣 é o volume de vazios (volume poroso);
é o volume total da rocha.
Figura 4 - Seção transversal de uma amostra de rocha (ROSA, CARVALHO e XAVIER, 2011).
𝑉𝑝 (2)
𝜙𝑡 =
𝑉𝑡
𝑉𝑖 (3)
𝜙𝑒 =
𝑉𝑡
• Porosidade de uma rocha reservatório: Rochas reservatório têm de ter uma boa
porosidade e uma boa permeabilidade para que ocorra o armazenamento do
fluido e que ele possa escoar durante a produção. Em geral, os depósitos de
petróleo ocorrem em rochas clásticas e não clásticas, como o arenito e o
calcário. Porém também existem casos em que outras rochas, como folhelhos,
apresentam-se como rochas reservatório pois foram fraturadas em algum
momento e a sua porosidade sofreu alguns efeitos.
As frequências de tipos litológicos de reservatórios de petróleo no mundo inteiro
são: 59% arenitos, 40% de calcários e dolomitos e 1% de outras rochas
fraturadas (SUGUIO, 1980)
2.1.2 Permeabilidade
𝑉𝑓 = 𝑉𝑜 + 𝑉𝑔 + 𝑉𝑎 (5)
A saturação total será a soma das saturações de cada fluido presente na rocha.
Portanto:
𝑆𝑜 + 𝑆𝑔 + 𝑆𝑎 = 1 (6)
2.1.4 Densidade
𝑀 (7)
𝜌=
𝑉
𝑛
(8)
𝜌 = ∑ 𝜌𝑖 𝑥 𝑉𝑖
𝑖=1
Borges (2012) afirma que a densidade dos minerais é controlada pela sua
composição química, estrutura e pela ligação interna dos elementos. Já a densidade
do fluido presente nos poros depende do tipo de fluido ou da mistura de fluidos.
Acúmulos de gás se concentram na região superior do reservatório porque possui
menor densidade. A água é mais densa que o óleo, portanto a mesma se encontra na
parte inferior.
2.1.5. Resistividade
Onde: 𝒓 é a resistência;
𝑹 é a resistividade;
𝑳 é o comprimento;
𝑨 é a área.
𝐴 (10)
𝑅=𝑟𝑥
𝐿
𝜌𝑚𝑎 − 𝜌𝑏 (13)
𝜙=
𝜌𝑚𝑎 − 𝜌𝑓
Uma bobina transmissora induz uma corrente nas formações que gera um
campo magnético. Esse campo é medido através da bobina receptora que fica
acoplada a um amplificador, sendo o sinal detectado pela bobina proporcional a
condutividade da formação (SOUZA, 1985 apud VIANA JUNIOR, 2017).
Como os valores da resistividade da água, óleo e gás são distintos, este perfil
fornece uma percepção de qual fluido esta no reservatório. Segundo Alberton 2014, a
resistividade de uma formação é altamente dependente da quantidade de água
contida no reservatório, bem como da sua condutividade e do arranjo dos poros.
Para realizar o cálculo da saturação de agua de uma formação, pode-se usar a
seguinte relação de Archie:
(14)
𝑅𝑜
𝑆𝑤 = √
𝑅𝑡
quando os poros de uma rocha estão preenchidos por hidrocarbonetos leves (ou até
mesmo o gás), a medição da porosidade terá um valor menor do que quando
comparado aos perfis de densidade e sônico.
Figura 10 - Interpretação litológica por meio do perfil de Raios Gama (ROSA, SUSLICK, et al.,
2008).
Δ𝑡 − Δ𝑡𝑚𝑎 (17)
𝜙=
Δ𝑡𝑓 − Δ𝑡𝑚𝑎
Arenito 57
Calcário 47
Dolomita 43
Anidrita 50
3. Metodologia
A partir desse arquivo foi possível notar que esse poço apresenta dados
de perfilagem na faixa de profundidade de 3070 a 3530 metros. Além disso, a
primeira coluna presente nesse arquivo mostra as profundidades em que foram
coletados os dados e as demais colunas, os dados coletados por cada
ferramenta, nessa respectiva ordem: GR (Raios Gama), ILD
(Resistividade), NPHI (Neutrônico), RHOB (Densidade).
A partir da análise das curvas dos perfis de Raios gama (GR), Resistividade (ILD),
Densidade (RHOB) e Neutrônico (NPHI), foi possível encontrar os intervalos dos
possíveis reservatórios presentes nos três poços estudados. Para haver a certificação
de que os intervalos analisados são zonas de potenciais reservatórios, foram
realizados cálculos do volume de argila e da porosidade.
26
Uma vez que o valor do IGR é conhecido, é possível calcular o Vsh de acordo com
a equação de Larionov para rochas antigas, tendo em vista que estudos anteriores
apontam que o principal reservatório encontrado no Campo de Namorado tem origem
no período Cenomaniano. A equação é representada abaixo:
A densidade da matriz rochosa utilizada foi de 2,65 g/cm3, valor comum para
arenitos. Considerando que o fluido de perfuração utilizado era base água, a
densidade do filtrado foi de 1.0 g/cm³. Multiplicando a equação acima por 100, obtém-
se a porosidade percentual.
27
Uma vez que os intervalos dos possíveis reservatórios dos poços foram
delimitados, a identificação dos fluidos presentes em cada zona de potencial
reservatório foi realizada. Isso só foi possível com a análise integrada dos perfis de
Resistividade (ILD), Densidade (RHOB) e Neutrônico (NPHI), obtendo assim,
melhores resultados de avaliação dos poços.
4. Resultados
Figura 13: Perfis geofísicos do poço 7NA 0010D RJS no Campo de Namorado com destaque
nas regiões dos possíveis reservatórios.
Figura 14: Perfis geofísicos do poço 7NA 0011A RJS no Campo de Namorado.
29
Figura 15: Perfis geofísicos do poço 7NA 0012 RJS no Campo de Namorado com destaque nas
regiões dos possíveis reservatórios.
Figura 16: Perfis de Densidade e Neutrônico dos poços 7NA 0010D RJS, 7NA 0011A RJS e 7NA
0012 RJS no Campo de Namorado com destaque nas regiões dos possíveis reservatórios.
Os valores obtidos indicam que essas zonas são prováveis zonas de reservatório,
uma vez que os valores se apresentam dentro da faixa de porosidade encontrada em
estudos anteriores para reservatórios no Campo de Namorado.
Figura 17: Figura 13: Perfis de Resistividade dos poços 7NA 0010D RJS, 7NA 0011A RJS e 7NA
0012 RJS no Campo de Namorado com destaque nas regiões dos possíveis reservatórios.
Realizando o cálculo acima, tem-se o resultado do IGR para cada um dos poços.
O resultado é apresentado na tabela abaixo:
Figura 18: Perfis geofísicos do poço 7NA 0010D RJS no Campo de Namorado com destaque
nas regiões dos possíveis reservatórios.
O segundo poço a ser analisado foi o 7NA 0011A RJS. A figura abaixo apresenta
os perfis geofísicos integrados de Raios Gama, Resistividade, Densidade e
Neutrônico, com o intervalo destacado para a interpretação do mesmo.
Figura 19: Perfis geofísicos do poço 7NA 0011A RJS no Campo de Namorado.
Figura 20: Perfis geofísicos do poço 7NA 0012 RJS no Campo de Namorado com destaque nas
regiões dos possíveis reservatórios
Na região delimitada, nota-se a presença de uma zona de óleo e/ou gás a partir da
interpretação do perfil de Resistividade. Como os valores registrados pela ferramenta
são altos, existe um elemento de baixa condução na formação.
Para diferenciar o fluido contido na zona, é necessário recorrer à interpretação de
outro tipo de perfil. Como dito acima há um elemento pouco condutivo na formação.
O perfil Neutrônico aponta uma quantidade considerável de hidrogênio na formação,
tendo em vista que os valores obtidos no intervalo não estão próximos de zero,
caracterizando, assim, uma possível zona de hidrocarboneto. Além disso, a análise
integrada dos perfis de Densidade e Neutrônico se torna bastante útil, tendo em vista
que é possível notificar que os perfis se cruzam e possuem um espaçamento
significativo entre si, o que é característico de uma zona de óleo.
37
5. Conclusão
Referências Bibliográficas
BROCK, J. Applied open-hole log analysis. 1ª. ed. Housten: Contributions in Petroleum
Geology & Engineering, v. 2, 1986.
ELLIS, D. V. Well logging for earth scientists. New York: Elsevier Science Publishing Co.,
1987.
GUARDADO, L. R. et al. Petroleum System of the Campos Basin, Brazil. In: MELLO, M. R.;
KATZ, B. J. Petroleum Systems of South Atlantic Margins. [S.l.]: AAPG Memoir 73, 2000.
p. 317-324.