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VARIAÇÃO DE ESFORÇOS EM EST RUT URAS DE CONCRET O ARMADO CONSIDERANDO A INT ERAÇÃO S…
Rodolfo Presley Alcânt ara Medeiros
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
ESCOLA DE ENGENHARIA CIVIL
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL
GOIÂNIA
2012
SOFIA LEÃO CARVALHO
TALLYTA DA SILVA CURADO
GOIÂNIA
2012
SOFIA LEÃO CARVALHO
TALLYTA DA SILVA CURADO
_____________________________________________________
Prof. Dr. Maurício Martines Sales (Presidente)
_____________________________________________________
Prof. Dr. Carlos Alberto Lauro Vargas (Examinador)
_____________________________________________________
Eng. Civil Márcio Careli Moreira (Examinador)
_____________________________________
Orientador
Em: ____/____/____.
RESUMO
Figura 2.1– Critério de danos (modificado de Bjerrum 1963, apud TEIXEIRA e GODOY,
1998 ) ........................................................................................................................................ 15
Figura 2.3 – Curva carregamento versus recalque de várias estratégias de projeto de radier
estaqueado (modificado de POULOS, 2001) ........................................................................... 20
Figura 2.4 – Fatores de interação utilizados no método de Hain e Lee (modificado HAIN e
LEE, 1978, apud SALES, 2000) .............................................................................................. 25
Figura 3.4 - Sentido convencional dos momentos (Mundo CNC, acesso 21/04/2012)............ 32
Figura 3.5– Localização do Estudo de Caso (GOOGLE MAPS, acesso 17/04/2012) ............. 33
Figura 3.8– Malha de elementos finitos gerada pelo Programa GARP ................................... 36
Figura 4.1– Faixa de variação para os recalques e legenda da posição das estacas ................. 47
Figura 4.2– Relação de variação de recalque máximo com diferentes números de estacas..... 52
Figura 4.3– Relação de variação de recalque diferencial com diferentes números de estacas . 52
Tabela 3.4– Relação de Carregamentos dos pilares sobre o radier estaqueado ...................... 41
Tabela 4.1– Resultados de recalques considerando estacas do projeto e desse trabalho ......... 46
Tabela 4.3- Relação de Volume de Concreto por estacas e Comprimento Total de Estacas das
Combinações ............................................................................................................................ 53
Tabela A.1. Valores tabelados utilizados nos cálculos do comprimento útil da estaca ........ ...60
Tabela A.2. Dados da sondagem SP2 e resultados dos cálculos realizados............ ................. 60
A Área do Pilar
AR Área do radier
D Diâmetro da estaca
Fz Força vertical
K Rigidez da estaca
L Comprimento da estaca
Média dos valores de NSPT ao longo da estaca, não considerando os valores de 0-1 m
N
e no último metro
a Aderência estaca/solo
c Coesão do solo
z Profundidade
Fator de interação
cp Fator de interação radier-estaca
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 56
ANEXOS ................................................................................................................................. 58
APÊNDICES ........................................................................................................................... 59
Vários métodos foram desenvolvidos ao longo dos anos, dentre eles métodos de
cálculo detalhados. A combinação de dois desses métodos foi utilizada no programa GARP,
Geotechnical Analysis of Raft with Piles (Análise Geotécnica de Radier Estaqueado)
(POULOS, 1994) que faz a consideração de estacas totalmente mobilizadas quando há um
“radier estaqueado”. Através dessa metodologia, realizou-se análise do estudo de caso em
radier estaqueado recentemente executado em Goiânia com o objetivo de demonstrar que a
otimização do número de estacas nesse projeto reduziria custos, ainda conseguindo atender os
requisitos de segurança da fundação.
As estacas são elementos aplicados em engenharia desde a idade clássica com o uso de
estacas de madeira cravadas compactando terrenos fracos (NAPOLES NETO, 1998). Seu uso,
por muitos anos, foi baseado em experiência e observação. A publicação intitulada Piles and
Pile Driving publicada em 1893 por Wellington pela Engineering News é um dos registros
mais antigos que propôs uma formulação teórica. Desde então avaliações teóricas sobre a
performance empírica e experimental foram formuladas (POULOS e DAVIS, 1980).
i p s (2.1)
Onde:
= recalque absoluto;
Teixeira e Godoy (1998) citam alguns valores para recalques diferenciais como
critério de danos em edificações os quais estão mostrados na Erro! Fonte de referência não
encontrada.. Segundo eles, dentre os valores apresentados, destacam-se alguns, e dentre eles
o limite seguro para se evitar danos em paredes de edifícios é de 1/500.
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000
Figura 2.1– Critério de danos (modificado de Bjerrum1 1963, apud TEIXEIRA e GODOY, 1998 )
a n tg (*) (2.2)
1
BJERRUM, L. (1963) – Allowable settlement of structures, Proceedings European Conference on Soil
Mechanics and Foundation Engineering, Wiesbaden, Germany, Vol III, pg. 135-137.
Onde:
Os parâmetros dessa expressão são típicos da relação entre solo e estaca, bem como a
relação de resistência ao cisalhamento na face da estaca que dependerá das relações de tensão
atuante no solo, ou seja, uma estaca é influenciada por um grupo de estacas.
A Equação 2.2 expressa a resistência máxima cisalhante que pode ser mobilizada na
interface dos dois materiais (solo/estaca). A mobilização da estaca, porém, ocorre quando há
um pequeno deslocamento entre estaca e solo, representada pela Equação 2.3, seguinte:
f s ( z) F ( z) ( z) (2.3)
Onde:
z = a profundidade em questão;
Quanto maior a resistência residual do solo em questão, maior será a tensão de atrito
lateral fs. A função F(z) é expressa pela Equação 2.4:
, se ult
F ( z) ult
1, se ult
(2.4)
Onde:
Rigidez é uma relação entre força e deslocamento. A rigidez de uma estaca é dada pela
Equação 2.5 a seguir:
K
e
P
(2.5)
Onde:
K = rigidez da estaca;
Para tanto, Poulos2 (1994) citado por Sales (2000) sugeriu uma nova equação, que
melhor representa esse comportamento, adaptada de modelos hiperbólicos, apresentada pela
Equação 2.6 a seguir.
P
K K p 0 1 Rf
Pu
(2.6)
Onde:
2
POULOS, H.G. (1994). An approximate numerical analysis of pile-raft interaction. Int. Journal for Num. &
Anal. Meth, in Geomechanics, 18: 73-92.
K
E p Ap
(2.7)
E s Ac
Onde:
K
Ep
(2.8)
Es
Quando uma única estaca está associada ao elemento superficial, recebendo um único
pilar, esse conjunto é denominado “sapata estaqueada”. Se há, porém, mais de uma estaca
ligada ao elemento superficial que recebe mais de um pilar, ou todos os pilares da edificação,
essa associação passa a ser chamada de “radier estaqueado”., mostrado pela Figura 2.1.
Radier
Radier
Estacas Estaqueado
Segundo Randolph3 (1994), citado por Poulos (2001), existem três filosofias distintas
para o dimensionamento de radier estaqueado:
3
RANDOLPH, M.F. (1994). Desing methods for pile groups and piled rafts: state-of-art report, Proc 13th Int,
Conf. Soil Mech. Found. Engng, New Delhi 5, 61-82.
1 Legenda:
•Curva 0: somente o radier
2 Radier e Estacas ( recalque excessivo);
mobilizadas
•Curva 1: radier
Carregamento
Estacas
mobilizadas estaqueado com Fator de
Segurança convencional;
3
•Curva 2 : Radier com
0 Fator de Segurança baixo
para as estacas;
•Curva 3 : Radier com
carga totalmente
Carga de mobilizada.
Projeto
Recalque
Recalque
Admissível
Figura 2.3 – Curva carregamento versus recalque de várias estratégias de projeto de radier estaqueado
(modificado de POULOS, 2001)
K p Kr 1 cp
K pr
1 cp2 Kr K p
(2.9)
Onde:
4
POULOS, H.G (1994). Pile drafts in swelling or consolidating soils. Journal of Geot. Eng. Div., ASCE, 119(2):
374-380
Sales (2000) ressalta dois trabalhos que utilizaram o MEC. O primeiro deles ainda é
utilizado como referência para novos métodos que surgem. Trata-se do trabalho de Butterfield
e Banerjee5 (1971, apud SALES, 2000). Eles fizeram vários trabalhos considerando o bloco
rígido sob um grupo de estacas em contato com o solo. Nesses estudos os blocos tinham a
função de ligação entre as estacas que possuíam um espaçamento no valor de três vezes o
diâmetro das estacas. A conclusão desses trabalhos foi a de que os blocos pouco
acrescentavam em rigidez ao conjunto, reduzindo pouco os recalques, em torno de 5 e 15%.
5
BUTTERFIELD, R.;BANERJEE,P.K. The problem of pile group - pile cap interaction. Geotechnique, v. 21,
n.1, p. 43-60,1971.
6
KUWABARA, F. An elastic analysis for piled raft foundations in a homogeneous soil. Soils and Foundations,
v. 29, n.1, p. 89-92, 1989.
diâmetro (D) usados por ele num radier com 9 estacas foram espaçamento relativo S/D=5,
comprimento relativo L/D=25 e a rigidez relativa estaca/solo de K=Ep/Es=1000. Em suas
análises paramétricas ele chegou a algumas observações como:
- para estacas mais compressíveis, ou seja, baixos valores de “k”, o radier absorve
mais carga, entretanto a variação é pequena para valores de K acima de 1000;
Em sua análise ele concluiu que ao considerar o radier em contato com o solo, não só
está contribuindo para diminuir as tensões cisalhantes no solo na parte superior das estacas,
como aumentando as tensões verticais no solo na ponta das estacas.
Os pioneiros nesse trabalho foram Hain e Lee9 (1978, apud SALES 2000) que
trabalharam um programa que analisa o radier em elementos de placa, considerando sua
rigidez e o conjunto estaca/solo foi analisado pelo MEC. Para isso eles consideraram as
interações representadas na Figura 2.4.
-a inclusão de poucas estacas sob o radier em geral produz uma importante redução
do recalque do conjunto;
- quanto mais compressível for o grupo de estacas, menor será a carga absorvida por
este grupo;
7
PRESLEY, J.S e POULOS, H.G. (1986). Finite Element Analysis of Mechanism of Pil Group Behaviour.
Research Report R518, University of Sydney.
8
OTTAVIANI, M. (1975). Three-dimensional finite element analysis of vertically loaded pile groups.
Geotechinique, 25(2): 159-174.
9
HAIN, S.J. e LEE, I.K. (1978). The analysis of flexible raft-pile systems. Geotechnique, 28(1):65-83.
- para uma dada fundação, maior será a carga absorvida pelo grupo de estacas
quanto mais flexível for o radier;
Figura 2.4 – Fatores de interação utilizados no método de Hain e Lee (modificado HAIN e LEE, 1978, apud
SALES, 2000)
10
SMALL, J.C. e POULOS, H.G. (1998). User’s Manual of GARP6; Centre for Geotechnical Researches. Univ.
of Sydney. Australia.
Alguns exemplos de aplicação foram descritos por Poulos ( 2001) e dentre eles serão
citados a seguir: Westend 1 Tower, em Frankfurt e dois prédios residenciais na Suécia.
O caso demonstrou que o uso de toda a capacidade das estacas apresentou resultados
satisfatórios, e as análises foram bastante razoáveis se comparadas ao observado em obra.
Hansbo11 (1993, apud POULOS, 2001) analisou o caso onde foi possível comparar
duas construções similares. Uma utilizou o método tradicional para cálculo de radier
estaqueado, e outra utilizou fator de segurança menor para as estacas adotando o conceito de
atingir o valor máximo próximo da capacidade de carga última em cada uma das estacas. Em
11
HANSBO, S. (1993). Interaction problems related to the installation of pile groups. Proceedings of the
seminar on deep foundations on bored and auger piles, Ghent, pp. 59-66.
um prédio usou 211 estacas com 28 metros de comprimento e no segundo 104 com 26 metros
de comprimento. Apesar da quantidade de estacas do primeiro exemplo ser aproximadamente
o dobro de estacas do segundo, o segundo não recalcou mais que o primeiro, na verdade até
menos. Esse estudo de caso demonstra claramente que o melhor aproveitamento da
capacidade da fundação não altera o bom desempenho do conjunto.
12
Para a realização do trabalho foi utilizado o programa GARP, em sua versão 8 (
2007, apud DAS CHAGAS E LÓPEZ). O programa adota uma metodologia híbrida, com
base no MEF (Método dos Elementos Finitos) para a realização da análise do radier e as
estacas são representadas por molas equivalentes com as interações envolvidas como estaca-
estaca, estaca-solo e solo-estaca baseado no MEC (Método dos Elementos de Contorno), que
se baseia na teoria da elasticidade.
12
SMALL, J.C.; POULOS, H.G. A method of analysis of pile raft. In: 10th AUSTRALIA NEW ZEALAND
CONFERENCE ON GEOMECHANICS, 2007, Brisbane, Queensland, Australia. Proceedings… Red Hill,
Queensland: Carillon Conference Management, 2007. v. 2, p 550-555.
Segundo Souza (2010), para a realização da análise das estacas é feita uma
simplificação na qual cada estaca é modelada por uma rigidez equivalente obtida por métodos
ou programas como o DEFPIG (POULOS e DAVIS, 1980), baseado no MEC, e que depois
deve ser informada no programa GARP. Ao se fazer essa simplificação, é necessário
considerar fatores de interação que também podem ser obtidos pelo programa DEFPIG. Tais
fatores representam a influência da proximidade entre duas estacas ou entre uma estaca e um
elemento do radier.
.
Figura 3.1– Entrada das coordenadas para formação da malha
solo são necessárias a inserção dos dados de resistência à compressão do solo e a quantidade
de camadas em que o solo foi dividido. Para cada camada, devem-se fornecer o valor da
espessura, o número de subcamadas consideradas dentro de cada uma delas, o módulo de
elasticidade e coeficiente de Poisson.
Dependendo do projeto, diferentes tipos de estacas podem ser considerados. Para cada
uma delas devem ser fornecidos ao programa o comprimento, diâmetro, limites de
compressão e de tração, rigidez e os fatores de interação α obtidos pelo programa DEFPIG.
Esse programa considera o solo como um meio contínuo (DAS CHAGAS; LÓPEZ, 2011).
Depois de determinadas as propriedades das estacas como mostra a Figura 3.3, deve locá-las
manualmente na malha gerada anteriormente.
O mesmo ocorre para aplicação dos momentos em cada pilar. O momento deve ser
aplicado nos nós, e dependendo da escolha do usuário, ele pode ser aplicado de maneira
distribuída se aproximando da realidade do contato do pilar ou de maneira concentrada.
Convencional GARP
Mx positivo My negativo
My positivo Mx positivo
Figura 3.4 - Sentido convencional dos momentos (Mundo CNC, acesso 21/04/2012)
Após a entrada de todos esses dados, o programa é então executado obtendo-se vários
resultados como valores de momentos internos em x e em y, valor suportado por cada estaca,
recalques, deformações dentre outros.
estaqueado possui bloco com dimensões 20,0x17,4m e 1,8 m de altura e um total de 166
estacas. Dentre essas estacas, todas com diâmetro de 60 cm, 126 estacas possuem
comprimento útil de 17 m com concreto com fck = 20MPa e as outras 40 estacas,
comprimento de 14 m com concreto com fck = 25MPa.
Onde:
Essa expressão é empírica e foi calibrada para a região de Goiânia e Brasília por
Magalhães (2005). Para a determinação do valor do módulo de elasticidade de uma camada, é
feita uma média com os valores obtidos para cada metro da camada definida, de acordo com
as diferentes sondagens realizadas. Para a divisão em subcamadas, adotou-se o critério de
divisão em 5 subcamadas para camadas de 1 m e divisão em 10 subcamadas para camadas
com 2 m ou mais.
proj 100
N SPT
(3.2)
5
Onde:
É importante ressaltar que para obter o arranjo que atenda aos requisitos de segurança
da fundação, o estudo de otimização deve ser realizado para todas as combinações de
carregamento, pois uma configuração de estacas pode atender bem a apenas um tipo de
combinação de carregamentos e não a todas.
Foram definidos 13 fatores de interação entre as estacas, para cada tipo de estaca
utilizado no desenvolvimento do trabalho, que estão descritos na Tabela 3.2.
Comprimento (m)
16 13 12
Point s/D ratio Fator α
1 1,5 0,3660 0,4490 0,4470
2 2 0,3270 0,4010 0,3960
3 2,5 0,2980 0,3640 0,3570
4 3 0,2740 0,3330 0,3260
5 4 0,2360 0,2870 0,2770
6 5 0,2080 0,2510 0,2400
7 6 0,1850 0,2220 0,2100
8 7 0,1660 0,1980 0,1850
9 8 0,1490 0,1780 0,1650
10 9 0,1350 0,1600 0,1470
11 10 0,1230 0,1450 0,1310
12 12 0,1020 0,1190 0,1050
13 15 0,0780 0,0900 0,0770
L
D (m) K σ
(m)
16 0,6 452417 3500 2500
13 0,6 394479 3000 2000
12 0,6 386024 2000 2500
Divisões em x Divisões em y
A z
Pilar Mx(kN,m) My(kNm) x Mx(kNm) y My(kN,)
(m²) (kN/m²)
1 P5 1,08 15928,20 -3826,69 -5,88 9 -425,19 9 -0,65
2 P6 0,66 21648,21 -122,59 20,59 6 -20,43 6 3,43
3 P7 1,07 9116,57 -783,58 1191,55 6 -130,60 6 198,59
4 P8 0,36 3397,04 -369,72 -0,98 9 -41,08 9 -0,11
5 P9 0,55 16636,24 -87,28 18,63 6 -14,55 4 4,66
6 P10 0,79 6733,11 -496,23 477,60 6 -82,71 6 79,60
7 P11 0,62 18921,93 -1621,10 0,00 9 -180,12 1 0,00
8 P12 1,91 10394,65 -16110,94 -18,63 14 -1150,78 10 -1,86
9 P13 0,68 15274,22 -1019,93 4,90 9 -113,33 6 0,82
10 P14 0,62 17550,54 -1614,23 1,96 9 -179,36 6 0,33
11 P15 0,55 16786,02 -92,19 20,59 6 -15,36 6 3,43
12 P16 0,82 12558,71 -3726,66 9,81 10 -372,67 6 1,63
13 P17 0,79 7360,51 -454,06 -385,42 6 -75,68 6 -64,24
14 P18 0,36 3421,55 -383,45 2,94 6 -63,91 6 0,49
15 P19 0,66 20857,71 -140,24 31,38 6 -23,37 6 5,23
16 P20 1,08 16464,86 -4010,08 24,52 10 -401,01 6 4,09
17 P21 1,07 9309,78 -773,77 -974,82 9 -85,97 6 -162,47
18 PE1 0,42 91,94 7,85 9,81 6 1,31 6 1,63
19 PE2 0,05 796,82 7,85 -9,81 6 1,31 6 -1,63
• Executar o Programa
Passo 6
Onde:
Diante disso, verificou-se que somente as estacas devem suportar a diferença entre
esses valores, igual a 24240 tf.
Considerou-se a capacidade de carga estrutural máxima para cada estaca de 190 tf que
é a carga referente à resistência do concreto de 20 MPa para uma estaca de 60 cm de
diâmetro. Logo, a quantidade mínima de estacas (N) para conseguir suportar o carregamento
atendendo ao fator de segurança de 2,5 é de 128 estacas, como mostra a Equação 4.3.
S.L. Carvalho, T.S. Curado
45
Otimização de Fundações em Radier Estaqueado na Cidade de Goiânia
128 estacas
(45315 - 21075) 24240
N= = (4.3)
190 190
No total, foram realizadas tentativas com diferentes quantidades de estacas: 0, 10, 20,
30, 40, 50, 60, 70, 80, 90, 100, 105, 110, 120, 125, 130, 140, 150, 160 e 166. Para quantidades
de estacas inferiores a 110, o fator de segurança do projeto passa a ser inferior a 2,5 não
podendo ser uma quantidade aceitável para a execução da fundação. Entretanto, foram
realizadas tentativas com número abaixo de 123 estacas para demonstrar o comportamento do
recalque máximo e recalque diferencial máximo com diferentes quantidades de estacas.
Os resultados quanto aos recalques estão descritos na Tabela 4.1, para o desempenho
separadamente do radier e das estacas determinadas no projeto e neste trabalho, e a atuação da
combinação de radier estaqueado do projeto e do trabalho.
Recalques
Fundação
Máximo (cm) Mínimo (cm) Diferencial
1
Radier 9,8799 4,0232
308
166 Estacas 1
3,4602 0,9734
(Projeto) 625
Radier estaqueado 1
3,5511 1,0139
(Projeto) 587
166 Estacas 1
4,0655 1,2115
(Trabalho) 625
Radier estaqueado 1
4,1576 1,2922
(Trabalho) 517
Com a variação das disposições das estacas, foi observado que para uma mesma
quantidade de estacas é possível obter recalques diferenciais bem diferentes, apesar de não ter
uma grande variação de recalque máximo. Considerando isso, das tentativas de otimização
das estacas, o resultado mais satisfatório para cada quantidade de estacas foi aquele que
apresentou os resultados em que o recalque diferencial foi menor. Na Tabela 4.2, estão
apresentadas as melhores tentativas para 105 a 160 estacas demonstrando os seus resultados
relativos a recalques, o posicionamento das estacas e o comportamento da fundação devido
aos recalques abaixo do radier estaqueado de acordo com a legenda mostrada na Figura 4.1,
com a escala de valores de recalque em m.
Figura 4.1– Faixa de variação para os recalques e legenda da posição das estacas
Recalque Máximo
Recalque Mínimo
Nº de estacas
Diferencial
Figuras
Recalque
(cm)
(cm)
4
,1
13
1
105 4,6262 3,0472
832
5
,5
13
1
110 4,5524 2,9823
863
Recalque Máximo
Recalque Mínimo
Nº de estacas
Diferencial
Figuras
Recalque
(cm)
(cm)
7
,6
13
1
120 4,4398 2,7914
829
1
,5
13
1
130 4,3277 2,5873
776
Recalque Máximo
Recalque Mínimo
Nº de estacas
Diferencial
Figuras
Recalque
(cm)
(cm)
1
140 4,2390 2,0705
662
14
,3
6
8
4 ,8
1
1
150 4,1833 1,7177
604
Recalque Máximo
Recalque Mínimo
Nº de estacas
Diferencial
Figuras
Recalque
(cm)
(cm)
1
160 4,1486 1,4539
562
15
,1
5
Após a realização das diversas tentativas de ajuste do posicionamento das estacas para
uma mesma quantidade de estacas foram obtidos os recalques máximos e deste grupo de
tentativas foram escolhidos os melhores resultados para recalque máximo ou seja a tentativa
cujo recalque máximo foi o menor. Com isso foi construído o gráfico explicitando a variação
de recalque máximo dependendo da quantidade de estacas contidas no radier estaqueado,
como mostrado na Figura 4.2.
Recalque Máximo
10
8
Recalque máximo (cm)
Figura 4.2– Relação de variação de recalque máximo com diferentes números de estacas
Recalque Diferencial
1/200
1/300
Recalque diferencial
1/400
1/500
1/600
1/700
1/750
1/800
1/900
1/1000
Figura 4.3– Relação de variação de recalque diferencial com diferentes números de estacas
A partir do gráfico da Figura 4.3 percebe-se que com uma grande quantidade de
estacas, o recalque diferencial foi menor entre 80 e 120 estacas e relativamente constante. Isso
pode ser explicado pelas interações entre as estacas. Com uma menor quantidade de estacas, a
tendência é de que elas fiquem mais distantes umas das outras, e ao contrário, quando a
distância é menor entre elas há interações maiores, e consequentemente recalques diferenciais
maiores. Estacas muito próximas nos cantos dificultam o recalque destas regiões, o que
majora o recalque diferencial. Quanto maior o número de estacas, já que as dimensões do
radier não foram alteradas, diminuíram também as configurações de posicionamentos das
estacas.
Além disso, a economia na otimização para esse tipo de combinação de acordo com a
redução entre o que foi executado no projeto inicial e o que foi obtido com a otimização é
evidenciado pela Tabela 4.3 variando comprimento e quantidade de estacas.
Tabela 4.3- Relação de Volume de Concreto por estacas e Comprimento Total de Estacas das Combinações
Verificou-se que para todas as configurações com mais de 105 estacas, o limite
máximo de recalque de 5 cm foi atendido sendo que quanto maior a quantidade de estacas
menor o recalque máximo da fundação. Já em relação ao recalque diferencial, as
configurações com mais de 140 estacas tiveram recalques diferenciais superiores ao limite
máximo de 1/750.
Isso mostra que as interações entre as estacas e a posição das estacas influenciam
bastante no comportamento do radier estaqueado em relação, principalmente, a recalques
diferenciais;
Para a análise de uma única combinação, percebeu-se que os recalques eram maiores
na região onde a fundação foi mais exigida, portanto a retirada de estacas ocorreu
principalmente na região oposta à mais carregada. Ao analisar todas as combinações, espera-
se que a solução ótima para o posicionamento de estacas ocorra principalmente no meio do
bloco, e que as bordas sejam liberadas.
Apesar dos bons resultados encontrados pela otimização do radier estaqueado desse
trabalho, é necessário fazer essa otimização para as mais variadas combinações de
carregamentos dadas pelo projeto estrutural para que a otimização atenda a todas as
combinações.
rP k'N' (A.1)
N
rL 10 1
3
(A.2)
PP rP AP (A.3)
PL rL AL (A.4)
Onde:
Pult PP PL (A.5)
E de acordo com o tipo de solo de cada camada ser silte arenoso e o tipo de estaca
ser hélice contínua, os valores utilizados nos cálculos estão descritos na Tabela A.1. Os
resultados para as variáveis assim como os dados da sondagem SP2 realizada pela empresa 2
estão mostrados na Tabela A.2.
Tabela A.1. Valores tabelados utilizados nos cálculos do comprimento útil da estaca
α 0.3
β 1
k’
(kPa) 250
Número
Profundidade (m)
de
da estaca (m)
golpes Classificação Pu
do material
N' rP Ν rl PP PL
(kN)
Pu(tf)
Amostra
1º 2º
+2º +3º
0 -1 Argila arenosa
1 -2 2 2 Argila arenosa
2 -3 2 2 Argila arenosa
3 -4 2 4 Argila arenosa
Arg. Silto-
4 -5 8 6
aren. Profundidade de Locação do Bloco
5 -6 11 12 Silte arenoso
1 6 -7 11 12 Silte arenoso
2 7 -8 5 10 Silte arenoso 12.7 3166.7 11.0 46.7 895.4 175.9 444.5 45.3
3 8 -9 6 11 Silte arenoso 16.0 4000.0 11.0 46.7 1131.0 263.9 603.2 61.5
4 9 -10 11 17 Silte arenoso 18.0 4500.0 11.0 46.7 1272.3 351.9 733.6 74.8
5 10 -11 12 20 Silte arenoso 16.7 4166.7 12.5 51.7 1178.1 486.9 840.4 85.7
6 11 -12 9 17 Silte arenoso 17.0 4250.0 14.0 56.7 1201.7 640.9 1001.4 102.1
7 12 -13 8 13 Silte arenoso 17.3 4333.3 14.5 58.3 1225.2 769.7 1137.3 116.0
8 13 -14 12 21 Silte arenoso 19.0 4750.0 14.3 57.6 1343.0 868.9 1271.8 129.7
9 14 -15 10 18 Silte arenoso 18.7 4666.7 15.1 60.4 1319.5 1024.9 1420.8 144.9
10 15 -16 12 18 Silte arenoso 20.0 5000.0 15.4 61.5 1413.7 1158.9 1583.0 161.4
11 16 -17 11 20 Silte arenoso 22.3 5583.3 15.7 62.3 1578.7 1292.5 1766.0 180.1
12 17 -18 14 22 Silte arenoso 26.7 6666.7 16.1 63.6 1885.0 1439.4 2004.9 204.4
Número
Profundidade (m)
de
da estaca (m)
golpes Classificação Pu
do material
N' rP Ν rl PP PL
(kN)
Pu(tf)
Amostra
1º 2º
+2º +3º
13 18 -19 15 25 Silte arenoso 32.7 8166.7 16.6 65.3 2309.1 1599.6 2292.3 233.7
14 19 -20 21 33 Silte arenoso 33.3 8333.3 17.2 67.4 2356.2 1779.6 2486.4 253.5
15 20 -21 25 40 Silte arenoso 30.0 7500.0 18.4 71.2 2120.6 2012.9 2649.0 270.1
16 21 -22 24 27 Silte arenoso 24.7 6166.7 19.8 76.0 1743.6 2292.1 2815.2 287.1
17 22 -23 20 23 - 24.3 6083.3 20.3 77.5 1720.0 2483.4 2999.4 305.8
18 23 -24 20 24 Silte arenoso 27.3 6833.3 20.4 78.0 1932.1 2647.8 3227.4 329.1
19 24 -25 16 26 Silte arenoso 19.3 4833.3 20.6 78.7 1366.6 2818.7 3228.7 329.2
20 25 -26 25 32 Silte arenoso 10.7 2666.7 20.9 79.6 754.0 3002.7 3228.9 329.2