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Rio de Janeiro
2011
ALUIZIO LOUREIRO DE MIRANDA
Aluno do Curso de Tecnologia em Construção Naval
Matrícula 0613800158
Rio de Janeiro
Janeiro de 2011
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Prof. Carlos Alberto Martins Ferreira - D.Sc.
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Prof. Rodrigo Felix de Araujo Cardoso - D.Sc.
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Prof. Érico Vinicius Haller dos Santos da Silva
Presidente
DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTOS
A Deus, pelo dom da vida e por ter me ungido todos os dias dessa caminhada;
Aos meus pais, que lutaram junto comigo para que este objetivo fosse alcançado;
À minha namorada, pelas orações e por todo apoio durante esta jornada;
Aos meus amigos, pelos pensamentos positivos para que eu pudesse alcançar meus
objetivos;
Ao meu orientador, que forneceu orientações seguras para o desenvolvimento deste
trabalho;
Aos meus professores e colegas, pela caminhada solidária.
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RESUMO
SUMÁRIO
RESUMO............................................................................................................................. V
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 1
3 CONCLUSÕES.......................................................................................................... 17
GLOSSÁRIO ..................................................................................................................... 20
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LISTA DE FIGURAS
O processo de superação dos desafios pela busca de energia encontrados nesse setor,
resulta no desenvolvimento de tecnologias capazes de atuar em áreas cada vez mais
distantes da costa, como a do Pré Sal por exemplo, localizadas em lâminas d’água de 7000
(sete mil) metros de profundidade.
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Os navios do tipo PSV (Platform Supply Vessel) são navios especializados no apoio às
plataformas oceânicas de perfuração ou produção, navios-sonda e embarcações maiores.
Sua principal função é prover o transporte de suprimentos e cargas variadas, da costa para
as unidades offshore e vice-versa.
O posicionamento da superestrutura à proa faz com que o convés principal fique o mais
acessível possível pelos guindastes, tanto da embarcação quanto da plataforma (Fig. 2-4).
O controle dos equipamentos é feito principalmente do passadiço (ponte de comando),
onde a visão do convés principal e equipamentos durante as manobras é privilegiada
(DALLOLIO e VILLANUEVA, 2010).
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O Sistema Propulsor deste tipo de embarcação deve apresentar alta eficiência na sua
capacidade de manobra, pois, devido à grande proximidade com as plataformas (Fig. 2-5),
o movimento das ondas poderia fazer com que a embarcação perdesse o controle e
colidisse com as mesmas. Para manter a posição estável durante a operação de
abastecimento, o PSV conta com um sistema automatizado que interpreta os sinais do
Sistema de Posicionamento Global e realiza medições a laser através de sensores externos,
comparando o posicionamento da embarcação em relação a um ponto de referência e
acionando os propulsores. PSV’s tem uma forte solicitação dessa característica, pois
colisões com as plataformas, mesmo que aparentemente inofensivas, podem forçar a
parada da produção por até semanas, causando perdas financeiras de grandes proporções.
A segurança da operação se torna cada vez mais o foco da atenção no projeto desses navios
(ANDRADE e NASSAR, 2010).
A tendência nas buscas por poços de petróleo maiores é de encontrá-los cada vez mais
afastados da costa. Isso significa que essas embarcações têm um longo percurso até seu
destino, portanto, quanto mais rápido elas puderem chegar, menor é o risco de se manter
uma plataforma com algum problema fora de operação. Naturalmente, a velocidade de
serviço e a quantidade de carga transportada fazem parte de um projeto logístico que leva
em conta a capacidade de armazenamento das plataformas (que muitas vezes é bem
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restrita), sua demanda e a quantidade de embarcações de apoio fazendo esse translado entre
costa e campos de produção (ANDRADE e NASSAR, 2010).
Fig. 2-5 PSV em proximidade com uma unidade offshore (ANDRADE e NASSAR, 2010)
Uma das principais características dos navios PSV, ratificando sua relevância dentro do
cenário offshore, é a sua versatilidade no que diz respeito ao transporte de carga, sendo
capaz de atender a um leque variado de necessidades operacionais. Dentre a variedade de
itens que podem ser transportados, segue abaixo a descrição e o emprego dos tipos de
carga que são armazenados nos tanques abaixo do convés principal:
Água Potável: Pode ser usada pela tripulação do navio e/ou transportada como carga para
a plataforma.
Água Industrial: Carga utilizada pelas unidades offshore na perfuração de poços.
Óleo Diesel: Serve como combustível para motores e equipamentos, atendendo as
plataformas e a própria embarcação.
Lama Líquida: Fluído utilizado na perfuração de poços, cuidadosamente controlado em
relação às suas propriedades, servindo para lubrificação e resfriamento da broca de
perfuração usado para remover as aparas do poço e na estabilização de poços por pressão,
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Fig. 2-6 Graus de liberdade controlados pelo SPD (ANTÔNIO e PAPA, 2009)
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O Sistema de referências pode ser baseado em sinais de rádio, sinais de satélite, sinais
hidroacústicos ou sinais mecânicos, cuja função, é enviar para a Unidade de Controle,
informações sobre a posição da embarcação, sejam elas geográficas ou em relação a uma
posição de referência fornecida. A Unidade de Controle usa essas informações em seus
cálculos, o que lhe permite colocar o navio em um sistema de coordenadas com posição
inicial, posição desejada e aproamento desejado, direção e velocidade.
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Os sensores enviam para a Unidade de Controle, informações que também serão usadas
para cálculo, junto com as informações do sistema de referências.
Os navios equipados com estes propulsores têm, tipicamente, um sinal acima da linha
d’água ao longo de cada propulsor em ambos os bordos, uma grande cruz branca inscrita
em um círculo vermelho (Fig. 2-8).
Propulsores azimutais são atuadores que possuem o grau de liberdade para realizar
movimento de giro em torno de um eixo vertical (Fig. 2-10). Esta propriedade permite
direcionar o fluxo do propulsor em qualquer direção e responder aos esforços ambientais
em todas as direções do plano. Os propulsores de tais atuadores podem ser simples ou
contra-rotativos, com passo fixo ou variável, possuir bocal, entre outras variações
(MORATELLI, 2010).
Em geral, os azimutais instalados em SPD são do tipo retrátil (Fig. 2-11) e, portanto,
recolhidos para que não ocasionem aumento da resistência ao avanço na condição de
viagem. A maioria dos atuadores retráteis também possui bocal, que possibilita maior
empuxo e uma unidade mais compacta em termos de arranjo (MORATELLI, 2010).
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2.4 COMPARTIMENTAÇÃO
Tanques de Óleo Combustível: Por ser de caráter consumível, é interessante que o óleo
combustível seja armazenado nos tanques mais próximos à meia-nau, pois assim, à medida
que o fluido for consumido, a embarcação não sofrerá trim com a diferença de peso. Outro
critério importante e que serve a todos os tanques, é a simetria transversal dos tanques em
relação à linha de centro, para que não ocorra inclinação transversal (banda) no PSV.
Tanques de Cimento: Sendo o cimento uma carga que, em caso de descuido, resseca
facilmente, seus tanques são especialmente projetados para que isso não aconteça. Assim,
são tanques cilíndricos, com pás que ficam constantemente girando para impor um
movimento à carga e impedi-la de secar (COLONESE e RIBEIRO, 2009). E, pelo mesmo
motivo dos tanques de salmoura, é importante que os tanques de cimento se localizem bem
próximos à meia-nau, para que a inclinação resultante seja minimizada.
nau para minimizar as inclinações para vante ou para ré e respeitar a simetria em relação à
linha de centro para não gerar banda no navio.
Fig. 2-13 Sistema estrutural constituído por elementos transversais e longitudinais (ARTE
NAVAL, cap. 1, p. 5)
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3 CONCLUSÕES
Neste trabalho, foi apresentado o estudo de um navio que tem como função principal
suprir a demanda de recursos das unidades de perfuração e exploração distribuídas pelos
campos petrolíferos. A configuração do cenário vivido pelas indústrias naval e do petróleo,
permite perceber o quão grande foi o desenvolvimento desse setor na última década e as
grandes perspectivas para um crescimento ainda maior nos próximos anos, sobretudo para
as embarcações de apoio offshore, cuja demanda cresce cada vez mais, em razão da busca
contínua pelas fontes de energia que residem no mar.
Com base no que foi exposto, o PSV pode ser caracterizado como uma das principais
ferramentas de manutenção e comunicação das plataformas oceânicas. Além da sua função
principal, novos projetos contemplam a função de combate à incêndio e um convés para
pouso e decolagem de helicópteros (helideck).
O PSV representa uma nova geração de navios de apoio offshore e uma das tecnologias
utilizadas por essa geração é o SPD, um sistema de propulsão computadorizado que através
de um sistema de sensoriamento, é capaz de manter a posição e a estabilidade da
embarcação em condições adversas de manobra.
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, F. L.; SANTOS, F. L. AHTS – Anchor Handling and Tug Supply. 2007.
Relatório 1, Projeto do Navio III, Departamento de Engenharia Naval e Oceânica,
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2007. Disponível em:
<http://www.oceanica.ufrj.br/deno/prod_academic/relatorios/atuais/Fabio2X/relat1/>.
Acesso em: 13 dez. 2010.
GOMES, P.; GOMES, R. K. Platform Supply Vessel. 2005. Relatório 1, Projeto do Navio
III, Departamento de Engenharia Naval e Oceânica, Universidade Federal do Rio de
Janeiro, Rio de Janeiro, 2005. Disponível em:
<http://www.oceanica.ufrj.br/deno/prod_academic/relatorios/2009/PedroH+Claudio/relat1/
relat1.htm>. Acesso em: 21 dez. 2010.
GLOSSÁRIO
Anteparas de colisão: São as primeiras anteparas transversais estanques, sendo uma para
vante e outra para ré. São destinadas a limitar a entrada de água em caso de avaria.
Banda: Banda ou adernamento é a inclinação para um dos bordos; o navio pode estar
adernado, ou ter banda para boreste ou para bombordo; a banda é medida em graus.
Bojo: Parte da carena, formada pelo contorno de transição entre a sua parte quase
horizontal, ou o fundo do navio, e sua parte quase vertical.
Bordos: São as duas partes simétricas em que o casco é dividido pelo plano diametral.
Boreste (BE) é a parte à direita e bombordo (BB) é a parte à esquerda, supondo-se o
observador situado no plano diametral e olhando para a proa. Em Portugal se diz estibordo,
em vez de boreste.
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Calado: é a distância vertical entre a superfície da água e a parte mais baixa do navio no
ponto escolhido.
Cavernas: Peças curvas que se fixam na quilha em direção perpendicular a ela e que
servem para dar forma ao casco e sustentar o chapeamento exterior.
Fundo Duplo: Estrutura do fundo de alguns navios de aço, constituída pelo forro exterior
do fundo e por um segundo forro (forro interior do fundo), colocado sobre a parte interna
das cavernas. O duplo-fundo é subdividido em compartimentos estanques que podem ser
utilizados para tanques de lastro, de água potável, de água de alimentação de reserva das
caldeiras ou de óleo.
Longarina: Peças colocadas de proa a popa, na parte interna das cavernas, ligando-as
entre si.
Meia-nau: Parte do casco compreendida entre a proa e a popa. As palavras proa, popa e
meia-nau não definem uma parte determinada do casco, e sim uma região cujo tamanho é
indefinido. Em seu significado original, o termo meia-nau referia-se à parte do casco
próxima do plano diametral, isto é, eqüidistante dos lados do navio.
Praça de Máquinas: Praças são alguns dos principais compartimentos em que o navio é
subdividido interiormente. praça de máquinas é o compartimento onde ficam situadas as
máquinas principais e auxiliares.
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Popa: É a extremidade posterior do navio. Quase sempre, tem a forma exterior adequada
para facilitar a passagem dos filetes líquidos que vão encher o vazio produzido pelo navio
em seu movimento, a fim de tornar mais eficiente à ação do leme e do hélice.
Proa: É a extremidade anterior do navio no sentido de sua marcha normal. Quase sempre
tem a forma exterior adequada para mais facilmente fender o mar.
Quilha: Peça disposta em todo o comprimento do casco e na parte mais baixa do navio.
Constitui a “espinha dorsal” e é a parte mais importante do navio, qualquer que seja o seu
tipo; nas docagens e nos encalhes, por exemplo, é a quilha que suporta os maiores esforços.
Sicorda: Peças colocadas de proa a popa num convés ou numa coberta, ligando os vaus
entre si.
Trim: Trim é a inclinação para uma das extremidades; o navio está de proa, abicado, ou
tem trim pela proa, quando estiver inclinado para vante. Estará apopado, derrabado, ou terá
trim pela popa, quando estiver inclinado para ré. Trim é também a medida da inclinação,
isto é, a diferença entre os calados a vente e a ré.