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Boa Vista - RR
2010
ÍTALO HARRY CUNHA CHITLAL
Boa Vista - RR
2010
ÍTALO HARRY CUNHA CHITLAL
_______________________________________________
Prof. D.Sc. Adriano Frutuoso da Silva (UFRR)
(Orientador)
_______________________________________________
Profª. D.Sc. Katri Ingrid Ika Ferreira (UFRR)
(Examinadora Interna)
_______________________________________________
Prof. D.Sc. Joel Carlos Moizinho (UFRR)
(Examinador Interno)
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, por tudo de bom que acontece na minha vida e que
me dá energias nas horas em que eu mais preciso.
A minha companheira Maíne Ferreira da Silva, por todo o seu amor, compreensão,
carinho, apoio nos momentos mais difíceis e por ter me dado um filho lindo e maravilhoso,
Henry Ferreira Cunha Chitlal.
Aos meus pais, que sempre me deram amor, atenção e sempre me apoiam em tudo que
faço e me ajudam nos momentos em que eu preciso.
A minha querida avó Amazonina dos Santos Cunha, que com todo o seu amor me
criou, cuidou de mim, me indicou os caminhos para seguir em frente e me deu os mais
valiosos ensinamentos que vou levar para a minha vida toda.
A toda a minha família, pelo apoio e carinho nesta caminhada.
A todos os meus professores, por seus valiosos ensinamentos que nunca serão
esquecidos.
Ao professor José Neres da Silva Filho, pela sua incansável energia e dedicação aos
seus alunos e amigos, e sua alegria de ensinar engenharia.
Ao professor Adriano Frutuoso da Silva, por seu espírito jovem de um amigo que vou
lembrar para sempre, por sua incansável dedicação aos seus alunos e a mim na realização
deste trabalho.
Aos meus amigos e companheiros, que me ajudaram nessa difícil caminhada até o
final do curso, principalmente ao Ricardo de Melo Rocha, pela pequena ajuda, mas de grande
valor na realização deste trabalho.
Aos funcionários e amigos do Departamento de Engenharia Civil e PR/PDI que me
ajudaram na minha formação.
Àqueles que me ajudaram direta ou indiretamente.
A todos, muito obrigado.
III
DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL DE RESERVATÓRIO
ENTERRADO PARALELEPIPÉDICO EM CONCRETO ARMADO
CONSIDERANDO O FENÔMENO DE FLEXÃO COMPOSTA
RESUMO
Os reservatórios são estruturas que estão presentes em muitos lugares, como por
exemplo: edifícios, estações de tratamento, piscinas, etc. Também são elementos de complexa
análise estrutural, pois se trata de uma estrutura tridimensional sujeito a ações de peso d’água,
empuxo d’água, reações do solo, empuxo do solo, subpressão do lençol freático, empuxo do
lençol freático, peso próprio, cargas acidentais e outros. Tendo em vista a pouca abordagem
nos livros com relação ao dimensionamento de reservatórios, principalmente o enterrado, e a
forma de dimensionamento que na prática não levam em consideração os efeitos da flexão
composta, este trabalho apresenta o dimensionamento estrutural de um reservatório enterrado
paralelepipédico que visa à consideração dos esforços de tração e compressão nos elementos
estruturais. Para efeito de comparação foi contemplado o dimensionamento à flexão simples.
Além disso, são apresentadas duas maneiras de se obter os esforços para o dimensionamento
das armaduras: o método das tabelas de Bares (1972) adaptadas por Pinheiro (2007), e o
método dos elementos finitos (MEF). Os resultados mostraram que os esforços obtidos pelo
MEF foram menores que os esforços obtidos pelas tabelas de Pinheiro (2007). Com relação
ao dimensionamento, quando se calculam as armaduras à flexão composta os elementos
submetidos à tração têm as suas áreas de armadura maiores do que se fossem dimensionados à
flexão simples, enquanto que, os elementos submetidos a compressão, diminuem essas áreas
de armaduras. Outro ponto que se observou foi que o cálculo da armadura à flexão simples
majorado de 20% foi ligeiramente maior que o cálculo à flexão composta.
Palavras chave: Reservatório enterrado; flexão composta; método dos elementos finitos.
IV
SUMÁRIO
RESUMO ........................................................................................................... IV
LISTA DE ABREVIAÇÕES, SIGLAS E SÍMBOLOS ..............................VIII
LISTA DE FIGURAS ..................................................................................... XII
LISTA DE TABELAS.................................................................................. XVII
V
2.3.4 ESTADOS LIMITES DE SERVIÇO ....................................................... 20
2.4 OBTENÇÃO DOS ESFORÇOS .............................................................. 21
2.4.1 TABELAS ................................................................................................. 21
2.4.2 MÉTODO DOS ELEMENTOS FINITOS ............................................... 22
2.5 DIMENSIONAMENTO DAS ARMADURAS ....................................... 23
2.5.1 DIMENSIONAMENTO DAS ARMADURAS À FLEXÃO
COMPOSTA COM GRANDE EXCENTRICIDADE (FLEXO-TRAÇÃO E
FLEXO-COMPRESSÃO)................................................................................... 23
2.5.2 DIMENSIONAMENTO DAS ARMADURAS À FLEXÃO SIMPLES . 23
VII
LISTA DE ABREVIAÇÕES, SIGLAS E SÍMBOLOS
Abreviações e Siglas
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
L1 – Laje 1 (tampa)
L2 – Laje 2 (fundo)
L3 – Laje 3 (parede)
L4 – Laje 4 (parede)
L5 – Laje 5 (parede)
L6 – Laje 6 (parede)
MEF – Método dos Elementos Finitos
C – Reservatório cheio
C – Compressão
T - Tração
V – Reservatório vazio
Letras e Símbolos
Ace – Área efetiva da seção de concreto
As – Área da seção transversal da armadura longitudinal de tração
As,calc – Área da seção transversal da armadura longitudinal de tração calculada
As,efet – Área da seção transversal da armadura longitudinal de tração efetiva
As,fis – Área da seção transversal da armadura longitudinal de tração necessária para combater
a fissuração
As,min – Área da seção transversal da armadura longitudinal de tração mínima
bw – Largura da base de uma viga
c – Coesão
d – altura útil da laje
dest – altura útil estimada da laje
E – Módulo de elasticidade do solo
Ecs – Módulo de elasticidade secante do concreto
Es – Módulo de elasticidade do aço
e – Espaçamento (distância)
fck – Resistência característica à compressão do concreto
VIII
fct – Resistência do concreto à tração direta
fctd – Resistência de cálculo do concreto à tração direta
h – Profundidade de massa de solo
h – Altura da laje
hL – Altura do lençol freático
I – Momento de inércia da seção
k0 – Coeficiente de empuxo do solo em repouso
kc – Coeficiente referente ao concreto para o cálculo das armaduras de flexão simples
kc,lim – Coeficiente limite referente ao concreto entre os domínios 3 e 4 para o cálculo das
armaduras de flexão simples
ks - Coeficiente referente ao aço para o cálculo das armaduras de flexão simples
l – Vão
lx – Menor vão teórico da laje
ly – Maior vão teórico da laje
lb – Comprimento de ancoragem básico
mk,lim – Momento característico para o dimensionamento se situar no limite entre os domínios
3e4
mx – Momento máximo no meio da laje na direção do eixo x
m’x – Momento máximo no engaste da laje na direção do eixo x
m’x-T – Momento máximo na ligação da tampa da laje na direção do eixo x
m’x-F – Momento máximo na ligação do fundo da laje na direção do eixo x
my – Momento máximo no meio da laje na direção do eixo y
m’y – Momento máximo no engaste da laje na direção do eixo y
Md – Momento de cálculo referido ao centro de gravidade da seção transversal
Msd – Momento de cálculo referido ao centro de gravidade da armadura de tração
Nd – Esforço normal de cálculo
Nsd – Esforço axial na seção devido à protensão ou carregamento
Nx – Esforço axial por comprimento no eixo x
Ny – Esforço axial por comprimento no eixo y
p – Carregamento
pa – Carregamento da água
qL – Ordenada máxima do carregamento triangular do lençol freático
Vsd – Força cortante solicitante de cálculo
IX
VRd1 – Força cortante resistente de cálculo, relativa a elementos sem armadura para força
cortante.
vx – Reação de apoio na articulação da laje na direção perpendicular ao eixo x
v’x – Reação de apoio no engaste da laje na direção perpendicular ao eixo x
vy – Reação de apoio na articulação da laje na direção perpendicular ao eixo y
v’y – Reação de apoio no engaste da laje na direção perpendicular ao eixo y
wk – Valor da abertura da fissura
wk, lim - Valor limite da abertura da fissura
z – Braço de alavanca do binário de esforços na seção de uma viga
α – Coeficiente tabelado para o cálculo de flechas em lajes
γ – Peso específico do solo
γa – Peso específico da água
γc – Coeficiente de ponderação da resistência do concreto
γs – Coeficiente de ponderação da resistência do aço
γf – Coeficiente de ponderação das ações
σx – Tensão principal no eixo x
σy – Tensão principal no eixo y
σsd - Tensão na armadura de tração em função da posição da linha neutra
σcp – Tensão na seção devida à protensão ou carregamento.
ξ – Razão entre a posição da linha neutra e a altura útil da viga
ξlim – Razão entre a posição da linha neutra e a altura útil da viga limite entre domínios os
domínios 3 e 4
ϕ – Ângulo de atrito do solo
ϕ – Diâmetro da barra de aço
ϕb – Diâmetro máximo da brita
ψ2 – Coeficiente para o pré-dimensionamento da altura útil da laje que leva em consideração o
tipo e as dimensões da laje
ψ3 – Coeficiente para o pré-dimensionamento da altura útil da laje que leva em consideração o
tipo de aço e o tipo de elemento (vigas, lajes nervuradas ou lajes maciças)
τRd – Tensão de cisalhamento resistente de cálculo
ν – Coeficiente de poisson
νx – Coeficiente tabelado para o cálculo de vx
ν'x – Coeficiente tabelado para o cálculo de v’x
X
νy – Coeficiente tabelado para o cálculo de vy
ν'y – Coeficiente tabelado para o cálculo de v’y
µx – Coeficiente tabelado para o cálculo de mx
µ’x – Coeficiente tabelado para o cálculo de m’x
µy – Coeficiente tabelado para o cálculo de my
µ’y – Coeficiente tabelado para o cálculo de m’y
ρ – Taxa geométrica de armadura de tração
ρse - Taxa geométrica efetiva da armadura de tração
λ – Razão entre o maior e o menor vão da laje
XI
LISTA DE FIGURAS
Figura 2.1 – Tipos mais comuns de reservatórios elevados: a) reservatório elevado que
faz parte do edifício; b) reservatório elevado sobre estrutura portante (VASCONCELOS,
1998); c) reservatório elevado fuste (COSTA, 1998)................................................................. 5
Figura 2.2 – Reservatório apoiado (VASCONCELOS, 1998). .................................................. 5
Figura 2.3 – Reservatório enterrado (VASCONCELOS, 1998). ............................................... 6
Figura 2.4 – Reservatório semi-enterrado (adaptado de VASCONCELOS, 1998) ................... 6
Figura 2.5 – Reservatórios elevados com as cubas em casca: a) cubas cilíndricas; b) cubas
cônicas; c) cubas de revolução com geratriz curva (COSTA, 1998).......................................... 7
Figura 2.6– Cubas troco-piramidais (COSTA, 1998)................................................................. 7
Figura 2.7 –Reservatório paralelepipédicos: a) reservatório elevados para industrias,
escolas, etc; b) reservatório para abastecimento de cidades (COSTA, 1998) ............................ 8
Figura 2.8–Reservatório elevado cheio – ações: a) corte vertical; b) corte horizontal
(VASCONCELOS, 1998). ......................................................................................................... 9
Figura 2.9 – Reservatório apoiado cheio – ações: a) corte vertical; b) corte horizontal
(VASCONCELOS, 1998). ....................................................................................................... 10
Figura 2.10 – Reservatório enterrado vazio – ações: a) corte vertical; b) corte horizontal
(VASCONCELOS, 1998) ........................................................................................................ 10
Figura 2.11 – Reservatório enterrado cheio – ações: a) corte vertical; b) corte horizontal
(VASCONCELOS, 1998) ........................................................................................................ 11
Figura 2.12 – Efeito da subpressão no reservatório enterrado (VASCONCELOS, 1998) ....... 11
Figura 2.13 – Exemplo de carregamento de vento na parede de um reservatório elevado
cilíndrico (VENTURINI, 1977) ............................................................................................... 12
Figura 2.14 – Ações atuantes reservatório elevado: a) corte vertical; b) corte horizontal ....... 13
Figura 2.15 – Rotações nas arestas do reservatório elevado: a) corte vertical; b) corte
horizontal .................................................................................................................................. 13
Figura 2.16 – Ações atuantes reservatório apoiado: a) corte vertical; b) corte horizontal ....... 14
Figura 2.17 – Rotações nas arestas do reservatório apoiado: a) corte vertical; b) corte
horizontal .................................................................................................................................. 14
Figura 2.18 – Ações atuantes reservatório enterrado vazio: a) corte vertical; b) corte
horizontal .................................................................................................................................. 14
Figura 2.19 – Rotações nas arestas do reservatório enterrado vazio: a) corte vertical; b)
XII
corte horizontal ......................................................................................................................... 15
Figura 2.20 – Ações atuantes reservatório enterrado cheio: a) corte vertical; b) corte
horizontal .................................................................................................................................. 15
Figura 2.21 – Rotações nas arestas do reservatório enterrado cheio: a) corte vertical; b)
corte horizontal ......................................................................................................................... 15
Figura 2.22 – Resumo das condições de contorno: a) reservatório elevado; b) reservatório
apoiado; c) reservatório enterrado vazio; d) reservatório enterrado cheio ............................... 16
Figura 2.23 – Tensões na abertura das ligações: a) esforços na área da ligação; b) tensões
σx e σy; c) fissuras; d) equilíbrio do canto; e) modelo de bielas e tirantes da ligação
(MACGREGOR; WIGHT, 2009)............................................................................................. 17
Figura 2.24 – Avaliação da eficiência da abertura da ligação: a) dados do teste.
(MACGREGOR; WIGHT, 2009)............................................................................................. 18
Figura 2.25 - Fechamento das ligações: a) esforços na ligação; b) fissuras na ligação............ 19
Figura 2.26 – Pontos críticos às aberturas das fissuras (VASCONCELOS, 1998) .................. 19
Figura 2.27 – Dimensões das mísulas: a) dimensão mínima (ARAÚJO, 2003); b)
dimensão adotada (VASCONCELOS, 1998) ........................................................................... 20
Figura 2.28 – Casos de vinculações das lajes (PINHEIRO et al., 2007) .................................. 21
Figura 3.1 – Organograma da metodologia adotada neste trabalho ......................................... 25
Figura 3.2 – Dimensões externas adotadas ............................................................................... 27
Figura 3.3 – Vinculações das bodas das lajes para o reservatório vazio .................................. 32
Figura 3.4 – Vinculações das bodas das lajes para o reservatório cheio .................................. 33
Figura 3.5 – Condições iniciais do solo – 1ª etapa ................................................................... 35
Figura 3.6 – Escavação do solo – 2ª etapa................................................................................ 36
Figura 3.7 – Reservatório enterrado vazio – 3ª etapa ............................................................... 36
Figura 3.8 – Reservatório enterrado cheio – 4ª etapa ............................................................... 37
Figura 3.9 – Detalhe do carregamento do reservatório cheio ................................................... 37
Figura 3.10 – Área efetiva da seção de concreto (ARAÚJO, 2003) ........................................ 39
Figura 4.1 – Compatibilização do empuxo do solo nas paredes .............................................. 42
Figura 4.2 – Compatibilização do empuxo da água nas paredes .............................................. 43
Figura 4.3 – Planta – reservatório enterrado – laje de tampa ................................................... 44
Figura 4.4 – Planta – reservatório enterrado – laje de fundo .................................................... 45
Figura 4.5 – Corte A-A – reservatório enterrado...................................................................... 45
Figura 4.6 – Corte B-B – reservatório enterrado ...................................................................... 46
XIII
Figura 4.7 – Esforços característicos na tampa L1 (vazio)....................................................... 47
Figura 4.8 – Esforços característicos no fundo L2 (vazio) ....................................................... 48
Figura 4.9 – Esforços característicos nas paredes L3 e L4 (vazio) .......................................... 48
Figura 4.10 – Esforços característicos nas paredes L5 e L6 (vazio) ........................................ 49
Figura 4.11 – Esforços característicos na tampa L1 (cheio)..................................................... 50
Figura 4.12 – Esforços característicos no fundo L2 (cheio) ..................................................... 50
Figura 4.13 – Esforços característicos nas paredes L3 e L4 (cheio) ........................................ 51
Figura 4.14 – Esforços característicos nas paredes L5 e L6 (cheio) ........................................ 51
Figura 4.15 – Esforços normais (ny) da Tampa L1 na direção do eixo x (vazio) ..................... 53
Figura 4.16 – Esforços normais (nx) da Tampa L1 na direção do eixo z (vazio) ..................... 53
Figura 4.17 – Momentos fletores (my) da Tampa L1 na direção do eixo x (vazio) ................. 54
Figura 4.18 – Momentos fletores (mx) da Tampa L1 na direção do eixo z (vazio).................. 54
Figura 4.19 – Esforços normais (ny) do Fundo L2 na direção do eixo x (vazio) ..................... 55
Figura 4.20 – Esforços normais (nx) do Fundo L2 na direção do eixo z (vazio) ...................... 55
Figura 4.21 – Momentos fletores (my) do Fundo L2 na direção do eixo x (vazio) .................. 56
Figura 4.22 – Momentos fletores (mx) do Fundo L2 na direção do eixo z (vazio) .................. 56
Figura 4.23 – Esforços normais (nx) das Paredes L3/L4 na direção do eixo y (vazio) ............ 57
Figura 4.24 – Esforços normais (ny) das Paredes L3/L4 na direção do eixo z (vazio)............. 57
Figura 4.25 – Momentos fletores (mx) das Paredes L3/L4 na direção do eixo y (vazio) ......... 58
Figura 4.26 – Momentos fletores (my) das Paredes L3/L4 na direção do eixo z (vazio) ......... 58
Figura 4.27 – Esforços normais (nx) das Paredes L5/L6 na direção do eixo y (vazio) ............ 59
Figura 4.28 – Esforços normais (ny) das Paredes L5/L6 na direção do eixo x (vazio) ............ 59
Figura 4.29 – Momentos fletores (mx) das Paredes L5/L6 na direção do eixo y (vazio) ......... 60
Figura 4.30 – Momentos fletores (my) das Paredes L5/L6 na direção do eixo x (vazio) ......... 60
Figura 4.31 – Esforços normais (ny) da Tampa L1 na direção do eixo x (cheio) ..................... 61
Figura 4.32 – Esforços normais (nx) da Tampa L1 na direção do eixo z (cheio) ..................... 62
Figura 4.33 – Momentos fletores (my) da Tampa L1 na direção do eixo x (cheio) ................. 62
Figura 4.34 – Momentos fletores (mx) da Tampa L1 na direção do eixo z (cheio) .................. 63
Figura 4.35 – Esforços normais (ny) do Fundo L2 na direção do eixo x (cheio) ..................... 63
Figura 4.36 – Esforços normais (nx) do Fundo L2 na direção do eixo z (cheio) ...................... 64
Figura 4.37 – Momentos fletores (my) do Fundo L2 na direção do eixo x (cheio) .................. 64
Figura 4.38 – Momentos fletores (mx) do Fundo L2 na direção do eixo z (cheio) .................. 65
Figura 4.39 – Esforços normais (nx) das Paredes L3/L4 na direção do eixo y (cheio) ............ 65
XIV
Figura 4.40 – Esforços normais (ny) das Paredes L3/L4 na direção do eixo z (cheio)............. 66
Figura 4.41 – Momentos fletores (mx) das Paredes L3/L4 na direção do eixo y (cheio) ......... 66
Figura 4.42 – Momentos fletores (my) das Paredes L3/L4 na direção do eixo z (cheio) ......... 67
Figura 4.43 – Esforços normais (nx) das Paredes L5/L6 na direção do eixo y (cheio) ............ 67
Figura 4.44 – Esforços normais (ny) das Paredes L5/L6 na direção do eixo x (cheio) ............ 68
Figura 4.45 – Momentos fletores (mx) das Paredes L5/L6 na direção do eixo y (cheio) ......... 68
Figura 4.46 – Momentos fletores (my) das Paredes L5/L6 na direção do eixo x (cheio) ......... 69
Figura 4.47 – As, calc de L1 para flexão composta ..................................................................... 75
Figura 4.48 – As, calc de L2 para flexão composta ..................................................................... 75
Figura 4.49 – As, calc de L3 e L4 para flexão composta............................................................. 75
Figura 4.50 – As, calc de L5 e L6 para flexão composta............................................................. 76
Figura 4.51 – As, calc da ligação entre L1 com L3/L4 para flexão composta ............................ 76
Figura 4.52 – As, calc da ligação entre L1 com L3/L4 para flexão composta ............................ 76
Figura 4.53 – As, calc da ligação entre L2 com L3/L4 para flexão composta ............................ 76
Figura 4.54 – As, calc da ligação entre L2 com L3/L4 para flexão composta ............................ 77
Figura 4.55 – As, calc da ligação entre L3/L4 com L5/L6 para flexão composta ....................... 77
Figura 4.56 – As, calc de L1 para flexão simples ........................................................................ 77
Figura 4.57 – As, calc de L2 para flexão simples ........................................................................ 77
Figura 4.58 – As, calc de L3 e L4 para flexão simples ................................................................ 78
Figura 4.59 – As, calc de L5 e L6 para flexão simples ................................................................ 78
Figura 4.60 – As, calc da ligação entre L1 com L3/L4 para flexão simples ............................... 78
Figura 4.61 – As, calc da ligação entre L1 com L3/L4 para flexão simples ............................... 78
Figura 4.62 – As, calc da ligação entre L2 com L3/L4 para flexão simples ............................... 79
Figura 4.63 – As, calc da ligação entre L2 com L3/L4 para flexão simples ............................... 79
Figura 4.64 – As, calc da ligação entre L3/L4 com L5/L6 para flexão simples .......................... 79
Figura 4.65 – Armadura em bordas livres e aberturas (NBR6118, 2003) ................................ 80
Figura 4.66 – Planta – armadura de abertura da tampa da Tabela 4.10 (sem escala) ............... 81
Figura 4.67 – Planta – armadura da laje de tampa da Tabela 4.10 (sem escala) ...................... 82
Figura 4.68 – Corte horizontal – armadura das paredes da Tabela 4.10 (sem escala) ............. 83
Figura 4.69 – Corte vertical – armaduras do fundo e das paredes L5 e L6 da Tabela 4.10
(sem escala) .............................................................................................................................. 84
Figura 4.70 – Corte vertical – armaduras do fundo e das paredes L3 e L4 da Tabela 4.10
(sem escala) .............................................................................................................................. 85
XV
Figura 4.71 – Planta - armadura de abertura da tampa da Tabela 4.11 (sem escala) ............... 86
Figura 4.72 – Planta – armadura da laje de tampa da Tabela 4.11 (sem escala) ...................... 87
Figura 4.73 – Corte horizontal – armadura das paredes da Tabela 4.11 (sem escala) ............. 88
Figura 4.74 – Corte vertical – armaduras do fundo e das paredes L5 e L6 da Tabela 4.11
(sem escala) .............................................................................................................................. 89
Figura 4.75 – Corte vertical – armaduras do fundo e das paredes L3 e L4 da Tabela 4.11
(sem escala) .............................................................................................................................. 90
Figura 4.76 – Planta - armadura de abertura da tampa da Tabela 4.12 (sem escala) ............... 91
Figura 4.77 – Planta – armadura da laje de tampa da Tabela 4.12 (sem escala) ...................... 92
Figura 4.78 – Corte horizontal – armadura das paredes da Tabela 4.12 (sem escala) ............. 93
Figura 4.79 – Corte vertical – armaduras do fundo e das paredes L5 e L6 da Tabela 4.12
(sem escala) .............................................................................................................................. 94
Figura 4.80 – Corte vertical – armaduras do fundo e das paredes L3 e L4 da Tabela 4.12
(sem escala) .............................................................................................................................. 95
Figura 4.81 – Planta - armadura de abertura da tampa da Tabela 4.13 (sem escala) ............... 96
Figura 4.82 – Planta – armadura da laje de tampa da Tabela 4.13 (sem escala) ...................... 97
Figura 4.83 – Corte horizontal – armadura das paredes da Tabela 4.13 (sem escala) ............. 98
Figura 4.84 – Corte vertical – armaduras do fundo e das paredes L5 e L6 da Tabela 4.13
(sem escala) .............................................................................................................................. 99
Figura 4.85 – Corte vertical – armaduras do fundo e das paredes L3 e L4 da Tabela 4.13
(sem escala) ............................................................................................................................ 100
XVI
LISTA DE TABELAS
XVII
1
CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO
1.2 JUSTIFICATIVA
1.3 OBJETIVOS
Este trabalho está dividido em cinco capítulos cujo conteúdo é resumido a seguir:
a) Reservatório Elevado
Reservatório
Edifício
(a)
a) Reservatório elevado que faz parte do edifício (b)
b) Reservatório elevado sobre (c)
c) Reservatório elevado sobre
estrutura portante fuste
Figura 2.1 – Tipos mais comuns de reservatórios elevados: a) reservatório elevado que faz
parte do edifício; b) reservatório elevado sobre estrutura portante (VASCONCELOS,
1998); c) reservatório elevado fuste (COSTA, 1998).
b) Reservatório Apoiado
Este tipo de reservatório é assim classificado por sua base estar no mesmo nível do
solo ou bem próximo, ilustrado na Figura 2.2.
É um tipo de reservatório de concreto armado menos comum que é mais utilizado para
o abastecimento público e industrial (VASCONCELOS, 1998).
Solo
c) Reservatório Enterrado
d) Reservatório Semi-Enterrado
Solo
a) Reservatórios em cascas
b) Reservatórios piramidais
c) Reservatórios prismáticos
De acordo com Costa (1998), são os reservatórios de superfície média plana, em forma
de prisma reto. Têm diversos formatos, geralmente em forma de prismas regulares, como:
seção triangular, hexagonal, octogonal e a mais utilizada na maioria dos projetos, seção
retangular, também chamado de paralelepipédico (Figura 2.7). O reservatório deste trabalho
será um reservatório prismático retangular.
8
(a) (b)
Figura 2.7 –Reservatório paralelepipédicos: a) reservatório elevados para industrias, escolas,
etc; b) reservatório para abastecimento de cidades (COSTA, 1998)
Uma das principais diferenças entre os reservatórios que são classificados pelo
posicionamento em relação ao solo são as ações a serem consideradas em cada tipo de
reservatório e o modelo de cálculo a considerar.
O solo age sobre forma de empuxo lateral nas paredes dos reservatórios enterrados e
em forma de reação do terreno na laje de fundo no caso dos reservatórios apoiados e
enterrados com fundação direta.
a) Reservatório elevado
Nos reservatórios elevados além das ações de sobrecarga e peso próprio, atuam
também o empuxo d’água nas paredes e peso d’água no fundo (Figura 2.8)
(a) (b)
Figura 2.8–Reservatório elevado cheio – ações: a) corte vertical; b) corte horizontal
(VASCONCELOS, 1998).
b) Reservatório apoiado
(a) (b)
Figura 2.9 – Reservatório apoiado cheio – ações: a) corte vertical; b) corte horizontal
(VASCONCELOS, 1998).
c) Reservatório enterrado
(a) (b)
Figura 2.10 – Reservatório enterrado vazio – ações: a) corte vertical; b) corte horizontal
(VASCONCELOS, 1998)
11
sobrecarga
(a) (b)
Figura 2.11 – Reservatório enterrado cheio – ações: a) corte vertical; b) corte horizontal
(VASCONCELOS, 1998)
Essas ações são consideradas apenas para os casos de reservatórios elevados isolados,
onde a incidência do vento não pode ser desprezada, pois o efeito é absorvido pelos pilares
que devem ser verificados (VASCONCELOS, 1998), (Figura 2.13).
Para que se possam calcular as lajes separadamente, deve-se primeiro saber como
essas lajes irão se comportar, ou seja, como serão as condições de contorno nas bordas das
lajes. Essas condições são os dados iniciais de entrada nas tabelas de Pinheiro et al. (2007),
que resultarão na obtenção dos momentos atuantes o mais próximo possível do real.
A análise das rotações nas arestas, provenientes das ações, darão as condições de
contorno que se devem adotar para cada situação.
Segundo Vasconcelos (1998), a rotação no mesmo sentido não causa abertura ou
fechamento considerável na ligação, portanto, pode-se considera que o ângulo entre os
elementos permanece reto. Nesta situação a ligação é estabelecida como articulada.
Já para o caso onde as rotações acontecem em sentidos opostos, considera-se que o
ângulo não fica reto, podendo causa abertura de fissuras produzidas pelo acréscimo de
tensões. Nesta situação a ligação é estabelecida como engastado.
As análises das rotações para os reservatórios elevados, apoiados e enterrados, estão
ilustradas das Figuras 2.14 à 2.21.
Parede
Tampa
Parede
Parede
Parede
Parede
Fundo Parede
(a)
a) Corte vertical b) (b)
Corte horizontal
Figura 2.14 – Ações atuantes reservatório elevado: a) corte vertical; b) corte horizontal
Parede
Parede
Fundo Parede
(a)vertical
a) Corte (b) horizontal
b) Corte
Figura 2.15 – Rotações nas arestas do reservatório elevado: a) corte vertical; b) corte
horizontal
14
Parede
Tampa
Parede
Parede
Parede
Parede
Fundo
Parede
(a)vertical
a) Corte (b) horizontal
b) Corte
Figura 2.16 – Ações atuantes reservatório apoiado: a) corte vertical; b) corte horizontal
Parede
Parede
Parede
Parede
Parede
Fundo
ARTICULADO ARTICULADO ENGASTADO ENGASTADO
a) Corte(a)
vertical b) Corte
(b) horizontal
Figura 2.17 – Rotações nas arestas do reservatório apoiado: a) corte vertical; b) corte
horizontal
Tampa Parede
Parede
Parede
Parede
Parede
Fundo Parede
(a)vertical
a) Corte b)(b)
Corte horizontal
Figura 2.18 – Ações atuantes reservatório enterrado vazio: a) corte vertical; b) corte
horizontal
15
Parede
Parede
Parede
Parede
Fundo Parede
ENGASTADO ENGASTADO ENGASTADO ENGASTADO
a) Corte(a)
vertical (b) horizontal
b) Corte
Figura 2.19 – Rotações nas arestas do reservatório enterrado vazio: a) corte vertical; b) corte
horizontal
Parede
Tampa
Parede
Parede
Parede
Parede
Fundo
Parede
(a)vertical
a) Corte b)(b)
Corte horizontal
Figura 2.20 – Ações atuantes reservatório enterrado cheio: a) corte vertical; b) corte
horizontal
Parede
Parede
Parede
Parede
Fundo
ARTICULADO ARTICULADO ENGASTADO ENGASTADO
a) Corte
(a)vertical b)(b)
Corte horizontal
Figura 2.21 – Rotações nas arestas do reservatório enterrado cheio: a) corte vertical; b) corte
horizontal
16
(a) (b)
(c) (d)
Engastado Articulado
Figura 2.22 – Resumo das condições de contorno: a) reservatório elevado; b) reservatório
apoiado; c) reservatório enterrado vazio; d) reservatório enterrado cheio
x
y x
y
a) b) c)
C T
T
C
C T
d) e)
Figura 2.23 – Tensões na abertura das ligações: a) esforços na área da ligação; b) tensões σx e
σy; c) fissuras; d) equilíbrio do canto; e) modelo de bielas e tirantes da ligação
(MACGREGOR; WIGHT, 2009)
Fissura inclinado
da ligação
Legenda
ρ da ligação
(a)
Figura 2.24 – Avaliação da eficiência da abertura da ligação: a) dados do teste.
(MACGREGOR; WIGHT, 2009)
As tensões elásticas que tendem a fechar a ligação são exatamente opostas àquelas em
que tendem a abrir a ligação. As forças de tração e compressão na ligação estão ilustradas na
Figura 2.25a. Como resultado, surge um conjunto de fissuras, como mostrado na Figura.
2.25b, com uma grande fissura na diagonal. Essas articulações têm, geralmente, a eficiência
entre 80 e 100 por cento. Nesta configuração, os problemas surgem na parte de dentro das
19
barras dobradas, porque essas barras devem transmitir uma força ao concreto na diagonal da
articulação. Por esta razão, pode ser desejável aumentar o raio dessa curvatura.
(a) (b)
2.3.3 MÍSULAS
(a) (b)
Figura 2.27 – Dimensões das mísulas: a) dimensão mínima (ARAÚJO, 2003); b) dimensão
adotada (VASCONCELOS, 1998)
Para a obtenção dos esforços de momento fletor e esforços normais atuantes nas placas
dos reservatórios, dois métodos são os mais utilizados: por tabelas ou pelo método dos
elementos finitos.
2.4.1 TABELAS
As tabelas para lajes que são amplamente utilizadas fornecem valores de momentos
máximos e de reações de apoio conforme o tipo de laje especificado e o tipo de carregamento
atuante.
Alguns tipos de vinculação com bordas simplesmente apoiada e engastada, estão
apresentados na Figura 2.28.
As reações de apoio de uma laje devem ser obtidas porque, uma vez que cada laje do
reservatório se apóia nas demais lajes vizinhas, suas reações de apoio são transmitidas às lajes
22
vizinhas como cargas aplicadas no plano médio das mesmas (ARAÚJO, 2003). Desse modo,
as lajes estarão submetidas à flexo-tração e à flexo-compressão.
As tabelas de Pinheiro et al. (2007) usadas para o cálculo das reações de apoio foram
elaboradas, baseadas no método das charneiras plásticas, que é o procedimento de cálculo
proposto no item 14.7.4 da NBR 6118 (2003).
As tabelas de Bares (1972 apud PINHEIRO et al., 2007) adaptadas por Pinheiro et al.
(2007), para o cálculo dos momentos fletores das lajes, foram obtidas pela resolução, através
do método numérico das diferenças finitas, da teoria clássica das placas delgadas (Teoria de
Kirchhoff), supondo material homogêneo, isotrópico, elástico e linear.
Na região das ligações entre as lajes, os momentos fletores calculados serão diferentes,
devido ao cálculo ser isolado. Portanto, deve-se fazer a compatibilização dos momentos
fletores das ligações das lajes (ARAÚJO, 2003).
Nas lajes onde a ocorre a diminuição do momento da ligação devido à
compatibilização, deve-se fazer a correção do momento do meio da laje, pois este será maior.
No caso contrário, onde esse momento aumenta, o momento no meio da laje diminui. Porém,
por medidas de segurança, esse valor não é alterado (ARAÚJO, 2003).
O método dos elementos finitos (MEF) é um dos vários métodos numéricos que se
baseia na aproximação da solução no interior de elementos finitos (de área, de volume, etc.)
através do uso de funções que interpolam os valores nodais desconhecidos. O meio contínuo
deve ser discretizado em uma malha de elementos. Cada elemento origina um pequeno
sistema de equações caracterizado pela matriz de rigidez do elemento, onde são inseridos num
sistema de equações global caracterizado pela matriz de rigidez global. Após o fornecimento
de todos os dados de entrada e da substituição das condições de contorno do problema, o
sistema de equações global é resolvido. A solução do sistema permite a determinação dos
valores (deslocamento, tensões, esforço interno, etc.) nos nós, os quais agora podem ser
utilizados na visualização dos resultados (GÓMEZ, 2000).
Atualmente o método dos elementos finitos é bastante utilizado por programas
computacionais voltados para o ramo das engenharias. Na engenharia civil o MEF tem sido
23
1 Msd
As = + Nd,tração Equação 2.2
σsd z
1 Msd
ou As = − Nd,compressão Equação 2.3
σsd z
Sendo que:
As – área de armadura de tração;
σsd – tensão na armadura de tração em função da posição da linha neutra;
Msd – momento fletor de cálculo;
z – braço de alavanca do binário de forças da seção;
Nd – esforço normal de cálculo.
b ∙ d2
kc = (cm2 /kN) Equação 2.4
Md
As ∙ d
ks = (cm2 /kN) Equação 2.5
Md
Não precisaremos mostrar aqui as fórmulas para o cálculo de armadura dupla, pois, no
caso de reservatórios, o dimensionamento se situa nos domínios 2 ou 3 e na maioria dos
casos, a armadura obtida no dimensionamento é inferior à armadura mínima (ARAÚJO,
2003).
25
CAPÍTULO 3 - METODOLOGIA
3.1 INTRODUÇÃO
VERIFICAÇÕES DAS
DIMENSÕES DAS
LAJES
LEVANTAMENTO DE
AÇÕES
ANÁLISES DO
RESERVATÓRIO
ENTERRADO
COMPARAÇÕES
O nível do lençol freático do solo está abaixo da laje de fundo do reservatório, por
isso, o reservatório não sofrerá ação da subpressão do lençol freático.
Para o cálculo dos esforços pelo método dos elementos finitos (MEF) foi utilizado
para representar o comportamento do solo, o modelo elástico perfeitamente plástico com
critério de ruptura de Mohr-Coulomb.
5,00 m
Variável
3,50 m
Parede - L5
Tampa - L1
Parede - L3
Parede - L4
3,50 m
3,00 m
Variável
Variável
Parede - L6 Fundo - L2
Variável
3,50 m
5,00 m
3,00 m
Detalhe em Perspectiva
Esta é uma fórmula apresentada por Pinheiro et al. (2007) para o pré-dimensionamento
da altura útil de lajes, e leva em consideração os lados engastados e os vãos.
∗
(2,5 − 0,1n) l
dest = Equação 3.1
100
28
Sendo que:
dest – altura útil estimada da laje em cm;
n – é o número de bordas engastadas;
l* – é o menor valor entre lx e 0,7.ly em cm.
A NBR 6118 (1980) contém um critério de estimativa de espessura das lajes que ainda
é utilizado e bastante útil. Porém, seus resultados na maioria das vezes dão valores bem
conservativos.
lx
dest = Equação 3.2
ψ2 × ψ3
Sendo que:
− Força cortante solicitante de cálculo
29
Sendo que:
σ
| − | , com d em metros.
Em que:
é a tensão resistente de cálculo do concreto ao cisalhamento;
é a área da armadura de tração que se estende até não menos que d + além da
seção considerada;
é a largura mínima da seção ao longo da altura útil d;
é a força de longitudinal na seção devida à protensão ou carregamento.
A laje de tampa e a laje de fundo devem ser verificadas ao momento limite em que
podem ser solicitadas sem que haja necessidade de armadura dupla.
Calculam-se os momentos atuantes nas lajes e compara-se com os momentos limites.
Os momentos atuantes são facilmente obtidos com a ajuda das tabelas de Bares (1972)
adaptadas por Pinheiro et al. (2007) através das Equações 3.9.
30
A flecha vai ser calculada para a laje de fundo e a flecha imediata pode ser calculada
de acordo com a expressão:
b p ∙ lx 4
a= ∙ ∙ Equação 3.5
100 12 Ec ∙ I
Sendo que:
– valor obtido na tabela de Bares (1972) adaptada por Pinheiro et al. (2006);
– largura da seção;
– carga uniforme;
– menor vão;
– módulo de elasticidade do concreto;
– momento de inércia da seção.
A flecha diferida com o tempo pode ser calculada conforme as prescrições do item
17.3.2.1.2 da NBR 6118 (2003).
O valor da flecha final não deve ultrapassar o limite prescrito na Tabela 13.2 da NBR
6118 (2003).
As ações que atuam na laje de tampa são provenientes do peso próprio, revestimentos
e da sobrecarga acidental prevista na NBR 6120 (1980). As ações da laje de tampa são as
mesmas para as condições de reservatório vazio e cheio.
a) Reservatório vazio
31
b) Reservatório cheio
A resultante das ações na laje de fundo para o reservatório cheio é igual ao valor das
ações quando vazio, pois o solo vai reagir na mesma intensidade, porém na direção contrária
ao peso da água, anulando a sua ação.
a) Reservatório vazio
Neste caso, somente o empuxo do solo atuará nas paredes do reservatório, sendo
calculado pela expressão da mecânica dos solos a seguir:
ps = k 0 × γ × h Equação 3.6
Sendo que:
ps – ordenada máxima do carregamento triangular;
k0 – coeficiente de empuxo em repouso do solo;
γ – peso específico do solo;
h – altura do reservatório.
b) Reservatório cheio
Neste caso, a resultante das ações será o empuxo da água dentro do reservatório menos
o empuxo do solo. O cálculo do empuxo da água é dado pela Equação 3.7.
pa = γ a × h Equação 3.7
Sendo que:
pa – ordenada máxima do carregamento triangular;
γa – peso específico da água;
32
As condições de contorno na borda das lajes são obtidas através da análise das
tendências de rotações das arestas do reservatório, conforme mostrado no item 2.3.1 deste
trabalho.
Para reservatórios enterrados vazios as vinculações na borda das lajes estão
apresentadas na Figura 3.3.
ly = 488 cm lx = 488 cm
lx = 338 cm
lx = 338 cm
x x
Tampa - L1 Fundo - L2
y y
ly = 338 cm ly = 488 cm
lx = 289 cm
lx = 289 cm
x
Parede - L3 e L4 Parede - L5 e L6
y y
ly = 488 cm
engastado
Figura 3.3 –xVinculações das bodas das lajes para o reservatório vazio
lx = 289 cm
Parede - L5 e L6
y
Para reservatórios enterrados cheios as vinculações na borda das lajes estão
apresentadas na Figura 3.4.
33
ly = 488 cm lx = 488 cm
lx = 338 cm
lx = 338 cm
x x
Tampa - L1 Fundo - L2
y y
ly = 338 cm ly = 488 cm
lx = 289 cm
x x
lx = 289 cm
Parede - L3 e L4 Parede - L5 e L6
y y
ly = 488 cm
lx = 488 cm
engastado apoiado
x Figura 3.4 – Vinculações das bodas das lajes para o reservatório cheio
lx = 289 cm
lx = 338 cm
Parede - L5 e L6 x
Fundo - L2
y
3.6 CÁLCULO DOS ESFORÇOS INTERNOS POR TABELAS
y
As tabelas de Pinheiro et al. (2007) para o cálculo das reações de apoio fornecem
coeficientes adimensionais (νx, ν'x, νy, ν'y), a partir das condições de apoio e da relação λ =
ly/lx, com os quais se calculam as reações, dadas por:
p ∙ 𝑙x p ∙ 𝑙x
vx = x v′x = ′x
10 10
p ∙ 𝑙x p ∙ 𝑙x Equações 3.8
vy = y v′y = ′y
10 10
Sendo que:
p – carga total uniformemente distribuída;
ly, lx – maior e menor vão teórico da laje, respectivamente;
vx, v’x – reações de apoio na direção do vão lx;
vy, v’y – reações de apoio na direção do vão ly.
Para o cálculo dos momentos fletores utilizam-se as tabelas de Bares (1972 apud
PINHEIRO et al., 2007).
Os coeficientes tabelados (µx, µ’x, µy, µ’y) são adimensionais, sendo os momentos
fletores por unidade de largura dados pelas expressões:
p ∙ 𝑙x 2 p ∙ 𝑙x 2
mx = μx ∙ m′x = μ′x ∙
100 100
Equações 3.9
p ∙ 𝑙x 2 p ∙ 𝑙x 2
my = μy ∙ m′y = μ′y ∙
100 100
Sendo que:
mx , m’x – momentos fletores na direção do vão lx;
my , m’y – momentos fletores na direção do vão ly.
A armadura à flexão composta será calculada para os dois esforços: por tabelas e pelo
MEF. A armadura à flexão composta com grande excentricidade será calculada pelas
Equações 2.2 e 2.3 apresentada no item 2.5.1 proposta por Fusco (1981).
Posteriormente, analisaram-se as vantagens e as desvantagens do dimensionamento à
flexão composta.
A armadura à flexão simples também será calculada para os dois esforços obtidos. As
Equações 2.4 e 2.5 representam uma forma simples de dimensionamento, que é feito através
da tabela de Pinheiro et al. (2007) para o cálculo da armadura à flexão simples em seção
retangular.
Para compensar os efeitos da tração que ocorre nas lajes que não foram considerados
no cálculo, são adicionados 20% da armadura calculada, o mesmo valor usado na prática por
projetistas (VASCONCELOS, 1998).
A abertura de fissuras é verificada através das equações propostas por Araújo (2003)
específicas para reservatório e que levam em consideração os esforços de flexão composta.
Para determinar a abertura de fissuras nas lajes, é necessário calcular a tensão σs na armadura
tracionada no estádio II.
A tensão na armadura de tração desconsiderando a armadura de compressão é dada
por:
n(1 − ) Ms N
σs = ∙ + Equação 3.10
k2 b ∙ d2 As
Sendo que:
d− ′
Ms = M − N 0 Equação 3.11
2
= −n + n 2 + 2n Equação 3.12
39
1 2
ks = (3 − ) Equação 3.13
6
1+n se
σso = fct Equação 3.14
se
Sendo que, fct é a resistência à tração do concreto e ρse é a taxa efetiva da armadura de
tração e é definida por ρse = As/Ace com a área Ace dada na Figura 3.5.
a) Se σs < σso
σs 1
wk = εsm − εcm Equação 3.15
2 bm 1+n se
b) Se σs ≥ σso
Nessas equações, ϕ é o diâmetro da barra (em mm) e τbm é a tensão média de aderência
dado na Tabela 3.2.
O termo εsm – εcm é dado por:
σs fct
εsm − εcm = −β 1−n se Equação 3.17
Es se ∙ Es
No final do dimensionamento foi feito uma discussão dos resultados finais obtidos nos
diferentes métodos de cálculo.
41
4.1 PRÉ-DIMENSIONAMENTO
Para se fazer as verificações deve-se primeiro, saber todas as ações atuantes nas lajes.
A reação do solo é computada como a soma do peso próprio das paredes e da tampa
dividido pela área da base do reservatório.
O carregamento da laje de fundo para o reservatório cheio é igual ao carregamento
quando vazio, pois o solo vai reagir na direção contrária ao peso da água, anulando a sua
ação.
γ m m m
42
Tampa
10
Parede
289
289
300
300
Fundo p* p
12
∗
∙ ∙ ∗
m
Tabela 4.4 – Ações das paredes para o reservatório vazio – L3, L4, L5 e L6
Empuxo do solo (ordenada máxima da carga triangular) 18,18 kN/m2
Total 18,18 kN/m2
Para o cálculo das ações das paredes na condição de reservatório cheio, calcula-se o
valor do empuxo da água pela Equação 3.7:
γ m m m
10
Tampa
Parede
289
278
278
289
Fundo p p*
12
Figura 4.2 – Compatibilização do empuxo da água nas paredes
∗
∙ ∙ ∗
m
Tabela 4.5 – Ações das paredes para o reservatório cheio – L3, L4, L5 e L6
Empuxo da água 26,74 kN/m2
Empuxo do solo (ordenada máxima da carga triangular) -18,18 kN/m2
Total 8,56 kN/m2
a) Tensões de cisalhamento
b) Momentos fletores
Inspeção
A A
Parede - L5
60
10
60
10
Parede - L4
Parede - L3
350
Parede - L6
500
Parede - L5
12
A A
12
Parede - L4
Parede - L3
302
12
Parede - L6
12
452
12 12 12 12
Solo
10
10
288
278
300
12
12
10
10
278
300
12
12
Figura 4.6 – Corte B-B – reservatório enterrado
O resultado do cálculo dos esforços internos por tabelas está representado nas Figuras
4.7 a 4.10 e resumido na Tabela 4.6. As unidades dos esforços normais são kN/m e as
unidades dos momentos fletores são kN.m/m.
Os momentos fletores de sinais positivos indicam tração na face externa do
reservatório; e tração na face interna para momentos fletores negativos. Essa convenção não
se aplica à laje de tampa, onde o momento será positivo com tração na face interna.
47
nx=-9,25
ly = 488 cm
m'x=-4,72
lx = 338 cm
my=0,72
ny=-7,54
ny=-7,54
m'y=-3,68 m'y=-3,68
mx=1,56
m'x=-4,72
x
y
nx=-9,25
nx=-9,25
ly = 488 cm
m'x=6,12
ny=-7,54
ny=-7,54
my=-1,34
lx = 338 cm
m'y=4,76 m'y=4,76
mx=-2,89
m'x=6,12
x
y
nx=-9,25
ly = 338 cm
m'x=3,68
my=-1,46
lx = 289 cm
ny=-6,57
ny=-6,57
mx=-2,08
m'y=4,28 m'y=4,28
x
m'x=4,76
nx=-4,42
ly = 488 cm
m'x=4,72
my=-0,93
lx = 289 cm
ny=-6,57
ny=-6,57
mx=-2,89
m'y=4,28 m'y=4,28
m'x=6,12
x
y
nx=-4,42
O resultado do cálculo dos esforços internos por tabelas está representado nas Figuras
4.11 a 4.14 e resumido na Tabela 4.7.
nx=3,01
ly = 488 cm
ny=2,09
ny=2,09
lx = 338 cm
my=1,81
mx=3,37
x
y
nx=3,01
nx=3,01
ly = 488 cm
ny=2,09
ny=2,09
lx = 338 cm
my=3,31
mx=6,15
x
y
nx=3,01
nx=-3,38
ly = 338 cm
my=1,25
ny=-5,36
ny=-5,36
lx = 289 cm
mx=1,09
m'y=-3,51 m'y=-3,51
x
y
nx=-3,38
nx=-4,42
ly = 488 cm
my=1,37
ny=-4,79
ny=-4,79
lx = 289 cm
mx=2,36
m'y=-3,51 m'y=-3,51
x
y
nx=-4,42
esforços axiais usados no cálculo foram os máximos de cada laje para as situações de vazio e
cheio. Os esforços de momentos fletores máximos (mx e my) se concentram na maioria das
vezes no centro de cada laje e no meio das bordas das lajes para os momentos nas ligações
entre as lajes (m’x e m’y).
Como as paredes L3 e L4 têm a mesma geometria e são simétricas, seus esforços são
praticamente iguais, por esse motivo apenas uma das lajes será representada. O mesmo
acontece com as lajes L5 e L6.
Figura 4.23 – Esforços normais (nx) das Paredes L3/L4 na direção do eixo y (vazio)
Figura 4.24 – Esforços normais (ny) das Paredes L3/L4 na direção do eixo z (vazio)
58
Figura 4.25 – Momentos fletores (mx) das Paredes L3/L4 na direção do eixo y (vazio)
Figura 4.26 – Momentos fletores (my) das Paredes L3/L4 na direção do eixo z (vazio)
59
Figura 4.27 – Esforços normais (nx) das Paredes L5/L6 na direção do eixo y (vazio)
Figura 4.28 – Esforços normais (ny) das Paredes L5/L6 na direção do eixo x (vazio)
60
Figura 4.29 – Momentos fletores (mx) das Paredes L5/L6 na direção do eixo y (vazio)
Figura 4.30 – Momentos fletores (my) das Paredes L5/L6 na direção do eixo x (vazio)
Figura 4.39 – Esforços normais (nx) das Paredes L3/L4 na direção do eixo y (cheio)
66
Figura 4.40 – Esforços normais (ny) das Paredes L3/L4 na direção do eixo z (cheio)
Figura 4.41 – Momentos fletores (mx) das Paredes L3/L4 na direção do eixo y (cheio)
67
Figura 4.42 – Momentos fletores (my) das Paredes L3/L4 na direção do eixo z (cheio)
Figura 4.43 – Esforços normais (nx) das Paredes L5/L6 na direção do eixo y (cheio)
68
Figura 4.44 – Esforços normais (ny) das Paredes L5/L6 na direção do eixo x (cheio)
Figura 4.45 – Momentos fletores (mx) das Paredes L5/L6 na direção do eixo y (cheio)
69
Figura 4.46 – Momentos fletores (my) das Paredes L5/L6 na direção do eixo x (cheio)
As Tabelas 4.10 a 4.13 fornecem os valores das áreas das armaduras calculadas,
armaduras mínimas, verificação das fissuras, armadura necessária para combater as fissuras,
armadura efetiva final e face do reservatório a ser colocada a armadura.
As armaduras mínimas das lajes do reservatório foram determinadas de acordo com a
Tabela 19.1 da NBR6118 (2003).
O item 20.1 da NBR 6118 (2003) estabelece que o espaçamento máximo das
armaduras seja o menor valor entre 20 cm e 2 vezes a altura da seção. Portanto, como as
alturas são de 10 e 12 cm, o espaçamento máximo entre as armaduras será de 20 cm.
A armadura calculada à flexão simples é majorada em 20% para compensar os efeitos
da flexão composta, conforme prática corrente entre os projetistas (VASCONCELOS, 1998).
Os valores de momentos positivos tracionam a face externa do reservatório, enquanto
que o momento negativo traciona a parte interna. Essa regra não se aplica à tampa.
Para o cálculo das armaduras, γc = 1,4, γs = 1,15 conforme a Tabela 12.1 da NBR6118
(2003) e γf = 1,4 conforme a Tabela 11.1 da NBR6118 (2003).
70
Tabela 4.10 – Armadura calculada à flexão composta dos esforços obtidos por tabelas
Mk Nk As, calc. As, mín. Wk Wk, lim As, fis. As ϕe As, efet. Face do
Laje Local Direção Situação Fissuração
(kN.m/m) (kN/m) (cm²/m) (cm²/m) (mm) (mm) (cm²/m) (cm²/m) espaçamento (cm²/m) reserv.
L1 Tampa x V 1,56 -9,25 0,42 1,01 0,000 0,200 Não Nociva 0,00 1,01 ϕ 6,3 c/ 20* 1,56 interno
L1 Tampa y V 0,72 -7,54 0,09 1,01 0,000 0,200 Não Nociva 0,00 1,01 ϕ 6,3 c/ 20* 1,56 interno
L1 Tampa x C 3,37 3,01 1,69 1,01 0,104 0,200 Não Nociva 0,00 1,69 ϕ 6,3 c/ 18 1,73 interno
L1 Tampa y C 1,81 2,09 0,91 1,01 0,000 0,200 Não Nociva 0,00 1,01 ϕ 6,3 c/ 20* 1,56 interno
L2 Fundo x V -2,89 -9,25 0,75 1,21 0,000 0,100 Não Nociva 0,00 1,21 ϕ 6,3 c/ 20* 1,56 interno
L2 Fundo y V -1,34 -7,54 0,24 1,21 0,000 0,100 Não Nociva 0,00 1,21 ϕ 6,3 c/ 20* 1,56 interno
L2 Fundo x C 6,15 3,01 2,38 1,21 0,158 0,200 Não Nociva 0,00 2,38 ϕ 6,3 c/ 13 2,40 externo
L2 Fundo y C 3,31 2,09 1,27 1,21 0,000 0,200 Não Nociva 0,00 1,27 ϕ 6,3 c/ 20* 1,56 externo
L3/L4 Paredes x V -2,08 -3,38 0,64 1,21 0,000 0,100 Não Nociva 0,00 1,21 ϕ 6,3 c/ 20* 1,56 interno
L3/L4 Paredes y V -1,46 -6,57 0,31 1,21 0,000 0,100 Não Nociva 0,00 1,21 ϕ 6,3 c/ 20* 1,56 interno
L3/L4 Paredes x C 1,09 -3,38 0,28 1,21 0,000 0,200 Não Nociva 0,00 1,21 ϕ 6,3 c/ 20* 1,56 externo
L3/L4 Paredes y C 1,25 5,36 0,62 1,21 0,000 0,200 Não Nociva 0,00 1,21 ϕ 6,3 c/ 20* 1,56 externo
L5/L6 Paredes x V -2,89 -4,42 0,91 1,21 0,000 0,100 Não Nociva 0,00 1,21 ϕ 6,3 c/ 20* 1,56 interno
L5/L6 Paredes y V -0,93 -6,57 0,12 1,21 0,000 0,100 Não Nociva 0,00 1,21 ϕ 6,3 c/ 20* 1,56 interno
L5/L6 Paredes x C 2,36 -4,42 0,71 1,21 0,000 0,200 Não Nociva 0,00 1,21 ϕ 6,3 c/ 20* 1,56 externo
L5/L6 Paredes y C 1,37 4,79 0,65 1,21 0,000 0,200 Não Nociva 0,00 1,21 ϕ 6,3 c/ 20* 1,56 externo
Ligação Tampa-Parede (L1-L3/L4) V 3,68 - 1,74 1,8 0,000 0,200 Não Nociva 0,00 1,80 ϕ 6,3 c/ 17 1,84 externo
Ligação Tampa-Parede (L1-L3/L4) C - - - - - - - - - - - -
Ligação Tampa-Parede (L1-L5/L6) V 4,72 - 2,26 1,8 0,036 0,200 Não Nociva 0,00 2,26 ϕ 6,3 c/ 13 2,40 externo
Ligação Tampa-Parede (L1-L5/L6) C - - - - - - - - - - - -
Ligação Fundo-Parede (L2-L3/L4) V 4,76 - 1,75 1,8 0,057 0,200 Não Nociva 0,00 1,80 ϕ 6,3 c/ 17 1,84 externo
Ligação Fundo-Parede (L2-L3/L4) C - - - - - - - - - - - -
Ligação Fundo-Parede (L2-L5/L6) V 6,12 - 2,27 1,8 0,153 0,200 Não Nociva 0,00 2,27 ϕ 6,3 c/ 13 2,40 externo
Ligação Fundo-Parede (L2-L5/L6) C - - - - - - - - - - - -
Ligação Parede-Parede (L3/L4-L5/L6) V 4,28 - 1,59 1,8 0,175 0,200 Não Nociva 0,00 1,80 ϕ 6,3 c/ 17 1,84 externo
Ligação Parede-Parede (L3/L4-L5/L6) C -3,51 - 1,28 1,8 0,000 0,100 Não Nociva 0,00 1,80 ϕ 6,3 c/ 17 1,84 interno
(*) Espaçamento máximo da armadura para lajes, estabelecido pelo item 20.1 da NBR 6118 (2003).
71
Tabela 4.11 – Armadura calculada à flexão simples dos esforços obtidos por tabelas
Mk As, calc. As, calc x As, mín. Wk, lim As, fis. As ϕe As, efet. Face do
Laje Local Direção Situação Wk (mm) Fissuração
(kN.m/m) (cm²/m) 1,20 (cm²/m) (cm²/m) (mm) (cm²/m) (cm²/m) espaçamento (cm²/m) reserv.
L1 Tampa x V 1,56 0,72 0,86 1,01 0,000 0,200 Não Nociva 0,00 1,01 ϕ 6,3 c/ 20* 1,56 interno
L1 Tampa y V 0,72 0,33 0,40 1,01 0,000 0,200 Não Nociva 0,00 1,01 ϕ 6,3 c/ 20* 1,56 interno
L1 Tampa x C 3,37 1,59 1,91 1,01 0,066 0,200 Não Nociva 0,00 1,91 ϕ 6,3 c/ 16 1,95 interno
L1 Tampa y C 1,81 0,84 1,01 1,01 0,000 0,200 Não Nociva 0,00 1,01 ϕ 6,3 c/ 20* 1,56 interno
L2 Fundo x V -2,89 1,05 1,26 1,21 0,000 0,100 Não Nociva 0,00 1,26 ϕ 6,3 c/ 20* 1,56 interno
L2 Fundo y V -1,34 0,48 0,58 1,21 0,000 0,100 Não Nociva 0,00 1,21 ϕ 6,3 c/ 20* 1,56 interno
L2 Fundo x C 6,15 2,28 2,74 1,21 0,108 0,200 Não Nociva 0,00 2,74 ϕ 6,3 c/ 11 2,84 externo
L2 Fundo y C 3,31 1,2 1,44 1,21 0,000 0,200 Não Nociva 0,00 1,44 ϕ 6,3 c/ 20 1,56 externo
L3/L4 Paredes x V -2,08 0,75 0,90 1,21 0,000 0,100 Não Nociva 0,00 1,21 ϕ 6,3 c/ 20* 1,56 interno
L3/L4 Paredes y V -1,46 0,53 0,64 1,21 0,000 0,100 Não Nociva 0,00 1,21 ϕ 6,3 c/ 20* 1,56 interno
L3/L4 Paredes x C 1,09 0,39 0,47 1,21 0,000 0,200 Não Nociva 0,00 1,21 ϕ 6,3 c/ 20* 1,56 externo
L3/L4 Paredes y C 1,25 0,45 0,54 1,21 0,000 0,200 Não Nociva 0,00 1,21 ϕ 6,3 c/ 20* 1,56 externo
L5/L6 Paredes x V -2,89 1,05 1,26 1,21 0,000 0,100 Não Nociva 0,00 1,26 ϕ 6,3 c/ 20* 1,56 interno
L5/L6 Paredes y V -0,93 0,34 0,41 1,21 0,000 0,100 Não Nociva 0,00 1,21 ϕ 6,3 c/ 20* 1,56 interno
L5/L6 Paredes x C 2,36 0,85 1,02 1,21 0,000 0,200 Não Nociva 0,00 1,21 ϕ 6,3 c/ 20* 1,56 externo
L5/L6 Paredes y C 1,37 0,49 0,59 1,21 0,000 0,200 Não Nociva 0,00 1,21 ϕ 6,3 c/ 20* 1,56 externo
Ligação Tampa-Parede (L1-L3/L4) V 3,68 1,74 2,09 1,8 0,000 0,200 Não Nociva 0,00 2,09 ϕ 6,3 c/ 14 2,23 externo
Ligação Tampa-Parede (L1-L3/L4) C - - - - - - - - - - - -
Ligação Tampa-Parede (L1-L5/L6) V 4,72 2,26 2,71 1,8 0,026 0,200 Não Nociva 0,00 2,71 ϕ 6,3 c/ 11 2,84 externo
Ligação Tampa-Parede (L1-L5/L6) C - - - - - - - - - - - -
Ligação Fundo-Parede (L2-L3/L4) V 4,76 1,75 2,10 1,8 0,044 0,200 Não Nociva 0,00 2,10 ϕ 6,3 c/ 14 2,23 externo
Ligação Fundo-Parede (L2-L3/L4) C - - - - - - - - - - - -
Ligação Fundo-Parede (L2-L5/L6) V 6,12 2,27 2,72 1,8 0,108 0,200 Não Nociva 0,00 2,72 ϕ 6,3 c/ 11 2,84 externo
Ligação Fundo-Parede (L2-L5/L6) C - - - - - - - - - - - -
Ligação Parede-Parede (L3/L4-L5/L6) V 4,28 1,59 1,91 1,8 0,122 0,200 Não Nociva 0,00 1,91 ϕ 6,3 c/ 16 1,95 externo
Ligação Parede-Parede (L3/L4-L5/L6) C -3,51 1,28 1,54 1,8 0,000 0,100 Não Nociva 0,00 1,80 ϕ 6,3 c/ 17 1,84 interno
(*) Espaçamento máximo da armadura para lajes, estabelecido pelo item 20.1 da NBR 6118 (2003).
72
Tabela 4.12 – Armadura calculada à flexão composta dos esforços obtidos pelo MEF
Mk Nk As, calc. As, mín. Wk Wk, lim As, fis. As ϕe As, efet. Face do
Laje Local Direção Situação Fissuração
(kN.m/m) (kN/m) (cm²/m) (cm²/m) (mm) (mm) (cm²/m) (cm²/m) espaçamento (cm²/m) reserv.
L1 Tampa x V 1,97 -5,65 0,73 1,01 0,000 0,200 Não Nociva 0,00 1,01 ϕ 6,3 c/ 20* 1,56 interno
L1 Tampa y V 1,11 -6,27 0,31 1,01 0,000 0,200 Não Nociva 0,00 1,01 ϕ 6,3 c/ 20* 1,56 interno
L1 Tampa x C 2,33 -9,54 0,78 1,01 0,000 0,200 Não Nociva 0,00 1,01 ϕ 6,3 c/ 20* 1,56 interno
L1 Tampa y C 1,33 -10,87 0,26 1,01 0,000 0,200 Não Nociva 0,00 1,01 ϕ 6,3 c/ 20* 1,56 interno
L2 Fundo x V 0,19 -3,25 0,00 1,21 0,000 0,100 Não Nociva 0,00 1,21 ϕ 6,3 c/ 20* 1,56 interno
L2 Fundo y V 0,17 -4,23 0,00 1,21 0,018 0,100 Não Nociva 0,00 1,21 ϕ 6,3 c/ 20* 1,56 interno
L2 Fundo x C 2,65 29,35 1,91 1,21 0,007 0,200 Não Nociva 0,00 1,91 ϕ 6,3 c/ 16 1,95 externo
L2 Fundo y C 1,83 28,50 1,58 1,21 0,000 0,200 Não Nociva 0,00 1,58 ϕ 6,3 c/ 19 1,64 externo
L3/L4 Paredes x V 0,34 -10,80 0,00 1,21 0,051 0,100 Não Nociva 0,00 1,21 ϕ 6,3 c/ 20* 1,56 interno
L3/L4 Paredes y V 0,31 -4,70 0,00 1,21 0,000 0,100 Não Nociva 0,00 1,21 ϕ 6,3 c/ 20* 1,56 interno
L3/L4 Paredes x C 0,32 -10,00 0,00 1,21 0,046 0,200 Não Nociva 0,00 1,21 ϕ 6,3 c/ 20* 1,56 externo
L3/L4 Paredes y C 0,12 1,50 0,09 1,21 0,000 0,200 Não Nociva 0,00 1,21 ϕ 6,3 c/ 20* 1,56 externo
L5/L6 Paredes x V 0,28 -10,70 0,00 1,21 0,062 0,100 Não Nociva 0,00 1,21 ϕ 6,3 c/ 20* 1,56 interno
L5/L6 Paredes y V 0,35 -7,52 0,00 1,21 0,013 0,100 Não Nociva 0,00 1,21 ϕ 6,3 c/ 20* 1,56 interno
L5/L6 Paredes x C 0,28 -8,39 0,00 1,21 0,036 0,200 Não Nociva 0,00 1,21 ϕ 6,3 c/ 20* 1,56 externo
L5/L6 Paredes y C 0,25 3,73 0,21 1,21 0,000 0,200 Não Nociva 0,00 1,21 ϕ 6,3 c/ 20* 1,56 externo
Ligação Tampa-Parede (L1-L3/L4) V 2,34 - 1,09 1,8 0,000 0,200 Não Nociva 0,00 1,80 ϕ 6,3 c/ 17 1,84 externo
Ligação Tampa-Parede (L1-L3/L4) C -1,95 - 0,91 1,8 0,000 0,100 Não Nociva 0,00 1,80 ϕ 6,3 c/ 17 1,84 interno
Ligação Tampa-Parede (L1-L5/L6) V 2,92 - 1,37 1,8 0,000 0,200 Não Nociva 0,00 1,80 ϕ 6,3 c/ 17 1,84 externo
Ligação Tampa-Parede (L1-L5/L6) C -2,42 - 1,13 1,8 0,000 0,100 Não Nociva 0,00 1,80 ϕ 6,3 c/ 17 1,84 interno
Ligação Fundo-Parede (L2-L3/L4) V 0,34 - 0,12 1,8 0,000 0,200 Não Nociva 0,00 1,80 ϕ 6,3 c/ 17 1,84 externo
Ligação Fundo-Parede (L2-L3/L4) C -6,65 - 2,48 1,8 0,177 0,100 Nociva 3,47 3,47 ϕ 6,3 c/ 9 3,47 interno
Ligação Fundo-Parede (L2-L5/L6) V 0,36 - 0,13 1,8 0,000 0,200 Não Nociva 0,00 1,80 ϕ 6,3 c/ 17 1,84 externo
Ligação Fundo-Parede (L2-L5/L6) C -8,78 - 3,30 1,8 0,185 0,100 Nociva 4,46 4,46 ϕ 6,3 c/ 7 4,46 interno
Ligação Parede-Parede (L3/L4-L5/L6) V 0,28 - 0,10 1,8 0,000 0,200 Não Nociva 0,00 1,80 ϕ 6,3 c/ 17 1,84 externo
Ligação Parede-Parede (L3/L4-L5/L6) C -0,29 - 0,11 1,8 0,000 0,100 Não Nociva 0,00 1,80 ϕ 6,3 c/ 17 1,84 interno
(*) Espaçamento máximo da armadura para lajes, estabelecido pelo item 20.1 da NBR 6118 (2003).
73
Tabela 4.13 – Armadura calculada à flexão simples dos esforços obtidos pelo MEF
Mk As, calc. As, calc x As, mín. Wk, lim As, fis. As ϕe As, efet. Face do
Laje Local Direção Situação Wk (mm) Fissuração
(kN.m/m) (cm²/m) 1,20 (cm²/m) (cm²/m) (mm) (cm²/m) (cm²/m) espaçamento (cm²/m) reserv.
L1 Tampa x V 1,97 0,92 1,10 1,01 0,000 0,200 Não Nociva 0,00 1,10 ϕ 6,3 c/ 20* 1,56 interno
L1 Tampa y V 1,11 0,51 0,61 1,01 0,000 0,200 Não Nociva 0,00 1,01 ϕ 6,3 c/ 20* 1,56 interno
L1 Tampa x C 2,33 1,09 1,31 1,01 0,000 0,200 Não Nociva 0,00 1,31 ϕ 6,3 c/ 20* 1,56 interno
L1 Tampa y C 1,33 0,61 0,73 1,01 0,000 0,200 Não Nociva 0,00 1,01 ϕ 6,3 c/ 20* 1,56 interno
L2 Fundo x V 0,19 0,07 0,08 1,21 0,000 0,100 Não Nociva 0,00 1,21 ϕ 6,3 c/ 20* 1,56 interno
L2 Fundo y V 0,17 0,06 0,07 1,21 0,000 0,100 Não Nociva 0,00 1,21 ϕ 6,3 c/ 20* 1,56 interno
L2 Fundo x C 2,65 0,96 1,15 1,21 0,000 0,200 Não Nociva 0,00 1,21 ϕ 6,3 c/ 20* 1,56 externo
L2 Fundo y C 1,83 0,66 0,79 1,21 0,000 0,200 Não Nociva 0,00 1,21 ϕ 6,3 c/ 20* 1,56 externo
L3/L4 Paredes x V 0,34 0,12 0,14 1,21 0,000 0,100 Não Nociva 0,00 1,21 ϕ 6,3 c/ 20* 1,56 interno
L3/L4 Paredes y V 0,31 0,11 0,13 1,21 0,000 0,100 Não Nociva 0,00 1,21 ϕ 6,3 c/ 20* 1,56 interno
L3/L4 Paredes x C 0,32 0,12 0,14 1,21 0,000 0,200 Não Nociva 0,00 1,21 ϕ 6,3 c/ 20* 1,56 externo
L3/L4 Paredes y C 0,12 0,04 0,05 1,21 0,000 0,200 Não Nociva 0,00 1,21 ϕ 6,3 c/ 20* 1,56 externo
L5/L6 Paredes x V 0,28 0,1 0,12 1,21 0,000 0,100 Não Nociva 0,00 1,21 ϕ 6,3 c/ 20* 1,56 interno
L5/L6 Paredes y V 0,35 0,12 0,14 1,21 0,000 0,100 Não Nociva 0,00 1,21 ϕ 6,3 c/ 20* 1,56 interno
L5/L6 Paredes x C 0,28 0,1 0,12 1,21 0,000 0,200 Não Nociva 0,00 1,21 ϕ 6,3 c/ 20* 1,56 externo
L5/L6 Paredes y C 0,25 0,09 0,11 1,21 0,000 0,200 Não Nociva 0,00 1,21 ϕ 6,3 c/ 20* 1,56 externo
Ligação Tampa-Parede (L1-L3/L4) V 2,34 1,09 1,31 1,8 0,000 0,200 Não Nociva 0,00 1,80 ϕ 6,3 c/ 17 1,84 externo
Ligação Tampa-Parede (L1-L3/L4) C -1,95 0,91 1,09 1,8 0,000 0,100 Não Nociva 0,00 1,80 ϕ 6,3 c/ 17 1,84 interno
Ligação Tampa-Parede (L1-L5/L6) V 2,92 1,37 1,64 1,8 0,000 0,200 Não Nociva 0,00 1,80 ϕ 6,3 c/ 17 1,84 externo
Ligação Tampa-Parede (L1-L5/L6) C -2,42 1,13 1,36 1,8 0,000 0,100 Não Nociva 0,00 1,80 ϕ 6,3 c/ 17 1,84 interno
Ligação Fundo-Parede (L2-L3/L4) V 0,34 0,12 0,14 1,8 0,000 0,200 Não Nociva 0,00 1,80 ϕ 6,3 c/ 17 1,84 externo
Ligação Fundo-Parede (L2-L3/L4) C -6,65 2,48 2,98 1,8 0,106 0,100 Nociva 3,47 3,47 ϕ 6,3 c/ 9 3,47 interno
Ligação Fundo-Parede (L2-L5/L6) V 0,36 0,13 0,16 1,8 0,000 0,200 Não Nociva 0,00 1,80 ϕ 6,3 c/ 17 1,84 externo
Ligação Fundo-Parede (L2-L5/L6) C -8,78 3,3 3,96 1,8 0,144 0,100 Nociva 4,46 4,46 ϕ 6,3 c/ 7 4,46 interno
Ligação Parede-Parede (L3/L4-L5/L6) V 0,28 0,1 0,12 1,8 0,000 0,200 Não Nociva 0,00 1,80 ϕ 6,3 c/ 17 1,84 externo
Ligação Parede-Parede (L3/L4-L5/L6) C -0,29 0,11 0,13 1,8 0,000 0,100 Não Nociva 0,00 1,80 ϕ 6,3 c/ 17 1,84 interno
(*) Espaçamento máximo da armadura para lajes, estabelecido pelo item 20.1 da NBR 6118 (2003).
74
Na Tabela 4.10 pode-se observar que nas lajes onde ocorre o fenômeno de flexo-
compressão a armadura calculada é muito pequena, isso implica que seria desnecessária a
consideração desse esforço nos cálculos. Na Tabela 4.12 esse efeito é tão presente que a
maioria dessas armaduras tornam-se nulas por causa do sinal negativo na formulação.
Observa-se também que mesmo considerando a flexo-tração nas Tabelas 4.10 e 4.12, e
a majoração em 20% na flexão simples nas Tabelas 4.11 e 4.13 a maioria das armaduras
calculadas não ultrapassam a taxa mínima de armadura estabelecida pela norma NBR6118
(2003). Outra observação importante é que a norma NBR6118 (2003) também estabelece um
limite para o espaçamento entre barras, que no caso deste trabalho é de 20cm.
O método dos elementos finitos fornece valores de momentos fletores bem abaixo dos
valores obtidos pelas tabelas de Pinheiro (2007), porém, os valores de esforço axial são bem
maiores que o das tabelas de Pinheiro (2007).
Nota-se que não ocorrem fissuras nocivas no dimensionamento pelo método das
tabelas de Pinheiro (2007), como observado Tabelas 4.10 e 4.11, mas há fissuras nocivas nos
resultados obtidos pelo MEF, como observado nas Tabelas 4.12 e 4.13. Essas fissuras
ocorrem justamente nas ligações entre as paredes e o fundo do reservatório cheio, onde
anteriormente, o modelo de cálculo obtido pela análise da rotação das arestas permite a
consideração de articulação dessa ligação, o que mostra que o MEF é mais preciso na
avaliação dessas considerações. A vantagem do MEF é que ele analisa a estrutura se
comportando conjuntamente, bem como a interação solo-estrutura, enquanto que o método
das tabelas de pinheiro (2007) deve-se fazer várias simplificações antes de se obter os
esforços.
As ligações são os elementos que se devem dar mais atenção quando se projeta um
reservatório, pois é onde ocorrem as concentrações de tensões e aberturas de fissuras mais
acentuadas, principalmente na ligação do fundo com as paredes.
Quando se compara o dimensionamento das armaduras feito pela flexão composta e
pela flexão simples com 20% de majoração, nota-se que esta é ligeiramente maior que aquela.
Quando se juntam todas as desvantagens e diferenças do método das tabelas, do
método dos elementos finitos, do dimensionamento à flexão composta e do dimensionamento
à flexão simples, verifica-se que eles são compensados pelos limites estabelecidos pela norma
75
1,5
0,91
1 0,73 0,78
0,42
0,5 0,31 0,26
0,09
0
direção x direção y
1,91
2
As, calc (cm²/m)
1,58
1,5 1,27
1 0,75
0,5 0,24
0,00 0,00
0
direção x direção y
0,64 0,62
0,5
0,28 0,31
0,09
0,00 0,00 0,00
0
direção x direção y
0,71
0,5
0,21
0,12
0,00 0,00 0,00
0
direção x direção y
1,5
1,09
0,91
1
0,5
Figura 4.51 – As, calc da ligação entre L1 com L3/L4 para flexão composta
2
As, calc (cm²/m)
1,5 1,37
1,13
1
0,5
Figura 4.52 – As, calc da ligação entre L1 com L3/L4 para flexão composta
2 1,75
1,5
1
0,5 0,12
0
Figura 4.53 – As, calc da ligação entre L2 com L3/L4 para flexão composta
77
Figura 4.54 – As, calc da ligação entre L2 com L3/L4 para flexão composta
1,5 1,28
0,5
0,10 0,11
0
Figura 4.55 – As, calc da ligação entre L3/L4 com L5/L6 para flexão composta
1,50 1,31
1,10 1,01
1,00 0,86
0,73
0,61
0,40
0,50
0,00
direção x direção y
2,00
1,44
1,50 1,26 1,15
1,00 0,79
0,58
0,50 0,08 0,07
0,00
direção x direção y
1,00
0,59
0,50 0,41
1,50 1,31
1,09
1,00
0,50
0,00
Figura 4.60 – As, calc da ligação entre L1 com L3/L4 para flexão simples
2,00 1,64
1,36
1,50
1,00
0,50
0,00
Figura 4.61 – As, calc da ligação entre L1 com L3/L4 para flexão simples
79
Figura 4.62 – As, calc da ligação entre L2 com L3/L4 para flexão simples
3,50
3,00 2,72
2,50
2,00
1,50
1,00
0,50 0,16
0,00
Figura 4.63 – As, calc da ligação entre L2 com L3/L4 para flexão simples
1,54
1,50
1,00
0,50 0,13
0,12
0,00
Figura 4.64 – As, calc da ligação entre L3/L4 com L5/L6 para flexão simples
O detalhamento das armaduras exibidos na Tabela 4.10 estão ilustrados nas Figuras
4.66 a 4.70.
81
3 x N10
39
N10 Ø 6,3 (104)
5
N4 Ø 6,3 c/20( 481)
109
5
3 x N10
39
Figura 4.66 – Planta – armadura de abertura da tampa da Tabela 4.10 (sem escala)
82
39
345
N2 Ø 6,3 c/20( 505)
5 5
495
5 5
Figura 4.67 – Planta – armadura da laje de tampa da Tabela 4.10 (sem escala)
83
125
7 125 5 5 125 7
125
28 28
5 N2 Ø 6,3 c/20( 505) 5
39 5 5 39
495
28 28
N2 Ø 6,3 c/20( 505) 5
5 5 5
495
5 5 5 5
5
N1 Ø 6,3 c/20( 355)
345
345
345
5
5 5 5 5
125
495
28 28
N5 Ø 6,3 c/17( 95) N5 Ø 6,3 c/17( 95)
125
125
7 125 5 5 125 7
7 N6 Ø 6,3 c/17( 274) N6 Ø 6,3 c/17( 274) 7
5 5
125 125
N7 Ø 6,3 c/17( 260) N7 Ø 6,3 c/17( 260)
Figura 4.68 – Corte horizontal – armadura das paredes da Tabela 4.10 (sem escala)
84
75
5 5
5 5 5 5
N8 Ø 6,3 c/20( 305)
295
295
295
5 5 5 5
75
345
5 5
75 N9 Ø 6,3 c/13( 160) N9 Ø 6,3 c/13( 160) 75
Figura 4.69 – Corte vertical – armaduras do fundo e das paredes L5 e L6 da Tabela 4.10 (sem
escala)
85
75
5 5
5 5 5 5
N8 Ø 6,3 c/20( 305)
295
295
295
5 5 5 5
75
5 5
75 N9 Ø 6,3 c/17( 160) N9 Ø 6,3 c/17( 160) 75
Figura 4.70 – Corte vertical – armaduras do fundo e das paredes L3 e L4 da Tabela 4.10 (sem
escala)
86
O detalhamento das armaduras exibidos na Tabela 4.11 estão ilustrados nas Figuras
4.71 a 4.75.
3 x N10
39
N10 Ø 6,3 (104)
5
N4 Ø 6,3 c/20( 481)
109
5
3 x N10
39
Figura 4.71 – Planta - armadura de abertura da tampa da Tabela 4.11 (sem escala)
87
39
5
N2 Ø 6,3 c/20( 505) 345 5
495
5 5
Figura 4.72 – Planta – armadura da laje de tampa da Tabela 4.11 (sem escala)
88
125
7 125 5 5 125 7
125
28 28
5 N2 Ø 6,3 c/20( 505) 5
39 5 5 39
495
28 28
N2 Ø 6,3 c/20( 505) 5
5 5 5
495
5 5 5 5
5
N1 Ø 6,3 c/20( 355)
345
345
345
5
5 5 5 5
125
495
28 28
N5 Ø 6,3 c/17( 95) N5 Ø 6,3 c/17( 95)
125
125
7 5 5 7
7 125 125
N6 Ø 6,3 c/17( 274) N6 Ø 6,3 c/17( 274) 7
5 5
125 125
N7 Ø 6,3 c/16( 260) N7 Ø 6,3 c/16( 260)
Figura 4.73 – Corte horizontal – armadura das paredes da Tabela 4.11 (sem escala)
89
75
5 5
5 5 5 5
N8 Ø 6,3 c/20( 305)
295
295
295
5 5 5 5
75
345
5 5
75 N9 Ø 6,3 c/11( 160) N9 Ø 6,3 c/11( 160) 75
75
5 5
5 5 5 5
N8 Ø 6,3 c/20( 305)
295
295
295
5 5 5 5
75
5 5
75 N9 Ø 6,3 c/14( 160) N9 Ø 6,3 c/14( 160) 75
Figura 4.75 – Corte vertical – armaduras do fundo e das paredes L3 e L4 da Tabela 4.11 (sem
escala)
91
O detalhamento das armaduras exibidos na Tabela 4.12 estão ilustrados nas Figuras
4.76 a 4.80.
3 x N11
39
N11 Ø 6,3 (104)
5
N4 Ø 6,3 c/20( 481)
109
5
3 x N11
39
Figura 4.76 – Planta - armadura de abertura da tampa da Tabela 4.12 (sem escala)
92
39
5 5
Figura 4.77 – Planta – armadura da laje de tampa da Tabela 4.12 (sem escala)
93
125
125 5 5 125 7
7
N5 Ø 6,3 c/17( 95) N5 Ø 6,3 c/17( 95)
125
125
28 28
5 N2 Ø 6,3 c/20( 505) 5
39 5 5 39
495
28 28
N2 Ø 6,3 c/20( 505) 5
5 5 5
495
5 5 5 5
5
N1 Ø 6,3 c/20( 355)
345
345
345
5
5 5 5 5
125
495
28 28
N5 Ø 6,3 c/17( 95) N5 Ø 6,3 c/17( 95)
125
125
7 125 5 5 125 7
7 N6 Ø 6,3 c/17( 274) N6 Ø 6,3 c/17( 274) 7
5 5
125 125
N7 Ø 6,3 c/16( 260) N7 Ø 6,3 c/16( 260)
Figura 4.78 – Corte horizontal – armadura das paredes da Tabela 4.12 (sem escala)
94
75
7 75 75 7
5 5 5 5
N10 Ø 6,3 c/17( 172) N10 Ø 6,3 c/17( 172)
75
75
5 5
5 5 5 5 5 5
N8 Ø 6,3 c/20( 305)
295
295
295
5 5 5 5
75
7 75 5 5 75 7
75
75
7
7 N10 Ø 6,3 c/7( 174) N10 Ø 6,3 c/7( 174)
5 5
75 75
N9 Ø 6,3 c/17( 160) N9 Ø 6,3 c/17( 160) N9
75
7 75 75 7
5 5 5 5
N10 Ø 6,3 c/17( 172) N10 Ø 6,3 c/17( 172)
75
75
5 5
5 5 5 5 5 5
N8 Ø 6,3 c/20( 305)
295
295
295
5 5 5 5
7 75 5 5 75 7
75
75
75
7 7
N10 Ø 6,3 c/9( 174) N10 Ø 6,3 c/9( 174)
5 5
75 75 75
c/17( 160) N9 Ø 6,3 c/17( 160) N9 Ø 6,3 c/17( 160)
Figura 4.80 – Corte vertical – armaduras do fundo e das paredes L3 e L4 da Tabela 4.12 (sem
escala)
96
O detalhamento das armaduras exibidos na Tabela 4.13 estão ilustrados nas Figuras
4.81 a 4.85.
3 x N11
39
N11 Ø 6,3 (104)
5
N4 Ø 6,3 c/20( 481)
109
5
3 x N11
39
Figura 4.81 – Planta - armadura de abertura da tampa da Tabela 4.13 (sem escala)
97
39
5 5
Figura 4.82 – Planta – armadura da laje de tampa da Tabela 4.13 (sem escala)
98
125
125 5 5 125 7
7
125
28 28
5 N2 Ø 6,3 c/20( 505) 5
39 5 5 39
495
28 28
N2 Ø 6,3 c/20( 505) 5
5 5 5
495
5 5 5 5
5
N1 Ø 6,3 c/20( 355)
345
345
345
5
5 5 5 5
125
495
28 28
N5 Ø 6,3 c/17( 95) N5 Ø 6,3 c/17( 95)
125
125
7 125 5 5 125 7
7 N6 Ø 6,3 c/17( 274) N6 Ø 6,3 c/17( 274) 7
5 5
125 125
N7 Ø 6,3 c/17( 260) N7 Ø 6,3 c/17( 260)
Figura 4.83 – Corte horizontal – armadura das paredes da Tabela 4.13 (sem escala)
99
75
7 75 75 7
5 5 5 5
N10 Ø 6,3 c/17( 170) N10 Ø 6,3 c/17( 170)
75
75
5 5
5 5 5 5 5 5
N8 Ø 6,3 c/20( 305)
295
295
295
5 5 5 5
75
75 5 5 75
75
75
Figura 4.84 – Corte vertical – armaduras do fundo e das paredes L5 e L6 da Tabela 4.13 (sem
escala)
100
75
7 75 75 7
5 5 5 5
N10 Ø 6,3 c/17( 172) N10 Ø 6,3 c/17( 172)
75
75
5 5
5 5 5 5 5 5
N8 Ø 6,3 c/20( 305)
295
295
295
5 5 5 5
75
5 5 N5 Ø 6,3 c/9( 95) N5 Ø 6,3 c/9( 95) 5
7 75 5 5 75 7
75
75
75
7 7
N10 Ø 6,3 c/9( 174) N10 Ø 6,3 c/9( 174)
5 5
75 75 75
c/17( 160) N9 Ø 6,3 c/17( 160) N9 Ø 6,3 c/17( 160)
Figura 4.85 – Corte vertical – armaduras do fundo e das paredes L3 e L4 da Tabela 4.13 (sem
escala)
101
5.1 INTRODUÇÃO
Este trabalho apresentou elementos que fazem parte e que são de suma importância
para o dimensionamento de reservatórios. As análises, as ações, os esforços atuantes e onde
ocorrem são fundamentais para um dimensionamento correto e seguro. Além disso,
contemplou também a utilização do método dos elementos finitos (MEF) para obtenção dos
esforços atuantes no reservatório. Contudo, este trabalho vem contribuir para o melhor
entendimento do comportamento e dimensionamento dos reservatórios.
Para a determinação dos esforços internos pelo método das tabelas de Pinheiro (2007)
devem-se introduzir várias simplificações de cálculo que fornecerão os dados de entrada nas
tabelas. Já pelo método dos elementos finitos essas simplificações não são necessárias, pois
esse método calcula a estrutura levando em consideração todas as interações entre os
elementos estruturais e também a interação solo-estrutura que estão presentes nos
reservatórios enterrados;
Os esforços de flexão obtidos pelo método dos elementos finitos foram bem menores
que os esforços obtidos pelas tabelas de Pinheiro (2007), causando pouca área de armadura
necessária, principalmente em elementos submetidos à compressão;
áreas de armadura, na maioria das vezes, são maiores que na segunda. Portanto, o cálculo das
armaduras à flexão simples com majoração é uma solução menos trabalhosa e a favor da
segurança;
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARAÚJO, J. M. de. Curso de concreto armado. 2.ed. Rio Grande: Dunas, 2003. v. 2, 4.
FUSCO, P. B. Técnicas de armar as estruturas de concreto. 1.ed. São Paulo: Pini, 1995.
HANAI, J. B. de. Reservatório com parede ondulada. São Carlos, 1977. 265f. Dissertação
(Mestrado em Engenharia de Estruturas) – Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade
de São Paulo.
104
MACGREGOR, J. G.; WIGHT, J. K. Reinforced concrete: mechanics and design. 5.ed. New
Jersey: Pearson Prentice Hall, 2009.
ROCHA, A. M. da. Concreto armado. 21.ed. São Paulo: Nobel, 1986. v.3.