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3.1.
Introdução
∂ 2 w( x, t ) ∂ 2 w( x, t )
c2 = (3.1.1)
∂x 2 ∂t 2
3.2.
Formulação do Problema de Ondas de Superfície
∂ρ ∂x
ρ x ± dx / 2 = ρ ±
∂x 2
(3.2.1)
du dx
u x ± dx / 2 = u ±
dx 2
∂ρ du
onde ρ , u , e são avaliados no centro do volume de controle.
∂x dx
Da conservação de massa, o volume de controle na forma integral pode ser
expressa por:
∂
∫
SC
ρV ⋅ dA +
∂t ∫VC
ρd∀ = 0 (3.2.2)
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onde dA é o vetor área do volume de controle e o primeiro termo representa a
taxa líquida de fluxo de massa para fora da superfície de controle, e o segundo
termo representa a taxa de variação de massa dentro do volume de controle. Para
avaliar o primeiro termo da equação (3.2.2), considera-se o fluxo de massa em
cada uma das seis faces. Considerando-se as velocidades através das faces na
direção do sentido positivo dos eixos coordenados, podemos escrever o fluxo para
a face esquerda e direita respectivamente, da seguinte forma:
∂ρ dx ∂u dx
∫ ρV ⋅ dA −x
= − ρ − u − dydz
∂x 2 ∂x 2
(3.2.3)
∂ρ dx ∂u dx
∫ ρV ⋅ dA = ρ + ∂x 2 u + ∂x 2 dydz
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x
Da adição das equações acima, a taxa líquida de fluxo de massa para fora da
superfície de controle na direção x , resulta em:
∂ρ ∂u ∂ρu
∫ ρV ⋅ dA −x
+ ∫ ρV ⋅ dA = u + ρ dxdydz =
x ∂x ∂x ∂x
dxdydz (3.2.4)
∂ ∂ρ
∂t ∫VC
ρd∀ = dxdydz
∂t
(3.2.6)
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∂u ∂v ∂w
+ + =0 (3.2.8)
∂x ∂y ∂z
∂Φ ∂Φ ∂Φ
u= ,v = e w= (3.2.9)
∂x ∂y ∂z
∂ 2Φ ∂ 2Φ ∂ 2Φ
+ 2 + 2 =0 (3.2.10)
∂x 2 ∂y ∂z
∂Φ
w= =0 em z = −d (3.2.11)
∂z
dz ∂η ∂η dx ∂η dy
= + + (3.2.12)
dt ∂t ∂x dt ∂y dt
∂Φ ∂η ∂η ∂η
ou = +u +v em z = η (3.2.13)
∂z ∂t ∂x ∂z
utilizando-se as definições
dx dz ∂Φ
u= ; v = dy e w = =
dt dt dt ∂z z =η
1 ∂Φ ∂Φ ∂Φ
2 2 2
∂Φ
ρ + p + ρgz + ρ + + = C (t ) (3.2.14)
∂t 2 ∂x ∂y ∂z
∂Φ 1 ∂Φ ∂Φ ∂Φ
2 2 2
+ + + +
gη = 0 em z = η (3.2.16)
∂t 2 ∂x ∂y ∂z
Termo
Termo Termo de
de de gravidade
inércia inércia
local convectiva
3.3.
Solução do Modelo Matemático de Ondas
3.3.1.
Teoria Linear de Airy
1976).
Devido às hipóteses adotadas, despreza-se o termo de inércia convectiva da
equação (3.2.16):
∂Φ
+ gη = 0 em z = η (3.3.1)
∂t
Como o movimento é assumido como sendo infinitesimalmente pequeno, η
pode ser escrito como:
1 ∂Φ
η =− em z = 0 (3.3.2)
g ∂t
Esta aproximação leva a um erro da mesma ordem de grandeza daquele
cometido ao se desprezar o termo de inércia convectiva.
∂η ∂η
Os termos e são as componentes da inclinação da superfície livre
∂x ∂z
e, em caso de pequenas amplitudes de onda, terão pequenos valores, o que nos
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∂η ∂η
permite desprezar os termos não-lineares u e v da equação (3.2.13)
∂x ∂z
resultando
∂Φ ∂η
= em z = 0 (3.3.3)
∂z ∂t
∂η 1 ∂ 2Φ
=− em z = 0 (3.3.4)
∂t g ∂t 2
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∂Φ 1 ∂ 2 Φ
∂z + g ∂t 2 = 0 em z = 0 (3.3.5)
− d ≤ z ≤ η
∂ 2Φ ∂ 2Φ ∂ 2Φ
+ 2 + 2 =0 − ∞ < x < ∞
∂x 2 ∂y ∂z − ∞ < y < ∞
(3.3.6)
∂Φ ∂Φ 1 ∂ 2 Φ
w= = 0 em z = −d e ∂z + g ∂t 2 = 0 em z = 0
∂z
πH cosh k ( z + d )
Φ= sin[k ( x − ct )] (3.3.7)
kT sinh kd
2π
onde k é o número de onda e é dado por k = , L é o comprimento de onda e é
L
gT 2
dado por L = tanh kd e a velocidade da onda progressiva é dada por
2π
g
c= tanh kd .
k
A partir do potencial de velocidade Φ em (3.3.7), os campos de
deslocamentos, velocidades, acelerações e pressão do fluido são obtidos, além da
função que representa a superfície livre do fluido. Da equação (3.3.2) tem-se
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H
η= cos[k ( x − ct )] (3.3.8)
2
πH cosh k ( z + d )
u= cos[k ( x − ct )] (3.3.9)
T sinh kd
πH sinh k (z + d )
w= sin[k ( x − ct )] (3.3.10)
T sinh kd
2π 2 H cosh k ( z + d )
u = sin[k ( x − ct )] (3.3.11)
T2 sinh kd
2π 2 H sinh k ( z + d )
w = − cos[k ( x − ct )] (3.3.12)
T2 sinh kd
H cosh k (z + d )
ζ =− sin[k ( x − ct )] (3.3.13)
2 sinh kd
H sinh k ( z + d )
γ = cos[k ( x − ct )] (3.3.14)
2 sinh kd
p ∂Φ
= − gz − (3.3.15)
ρ ∂t
onde os termos quadráticos foram desprezados. Para a onda progressiva descrita
pelo potencial de velocidade na equação (3.3.7), obtém-se:
H cosh k (z + d )
p = − ρgz + ρg cos[k ( x − ct )] (3.3.16)
2 cosh kd
ou:
p = − ρgz + ρgηK p ( z ) (3.3.17)
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onde:
cosh k ( z + d )
K p (z ) = (3.3.18)
cosh kd
d
cosh k ( z + d )
d + η
K p (z ) = (3.3.19)
cosh kd
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d
Por esta equação, o termo (z + d ) pode ser considerado como a uma
d +η
altura efetiva na qual a força deve ser calculada. Esta altura efetiva é sempre
menor do que o nível médio da água e é considerada na mesma proporção para a
superfície média do que a altura atual, (z + d ) , possui para a superfície livre no
instante de tempo e no ponto considerado. Logo, com esta modificação, os valores
da cinemática e de pressão do fluido na superfície livre serão idênticos aos valores
originalmente calculados na superfície média, e suas variações hiperbólicas com a
profundidade são mantidas.
Como exemplo, se desejarmos obter as velocidades em um ponto P situado
a 90% da distância do fundo marinho até a superfície livre ( z + d / η + d = 0.9 ), o
emprego da modificação (3.3.19) fornecerá a velocidade no ponto Pe, com uma
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d
altura efetiva de (z + d ) = 0.9d , conforme pode ser observado na figura
d +η
3.2:
K p (z )
Figura 3.2 - Localização da altura atual e efetiva utilizada na modificação de
considerando um perfil genérico para a superfície livre.