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ATIVIDADE LABORATORIAL 1.

2:
FORÇAS NOS MOVIMENTOS RETILÍNEOS
ACELARADO E UNIFORME

Elementos do grupo: 11ºA


Luís Oliveira, Nº15; Madalena Costa, Nº16
Margarida Santos, Nº17; Tom Besson, Nº27

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ÍNDICE:

Título da atividade e elementos do grupo……………….…1

Objetivo da atividade……………………………………….…3

Fundamentos teóricos………………………………………...3

Resposta às questões iniciais……………………………4/5/6

Material, procedimento e esquema da montagem……..6/7

Registo e tratamento de dados………………………………8

Análise e conclusão…………………………………………8/9

Resposta às questões finais…………………………..9/10/11

1. Objetivo da atividade

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Identificar forças que atuam sobre um corpo, que se move em
linha reta num plano horizontal, e investigar o seu movimento
quando sujeito a uma resultante de forças não nula e nula.
2. Fundamentos teóricos
1ª Lei de Newton (ou Lei da Inércia): Pela fórmula F R =m× a, se
F R =0, então o corpo encontra-se em repouso ou tem movimento
retilíneo uniforme, ou seja, a sua velocidade mantém-se constante.
F R =0 ❑

a⃗ =0 ❑

⃗v =¿constante

2ª Lei de Newton (ou Lei Fundamental da Termodinâmica): A


resultante das forças ( F R) que atuam sobre um corpo é
diretamente proporcional à aceleração (a⃗ ) adquirida por um
corpo, ou seja, existe uma razão que ele adquire. Esta constante
de proporcionalidade é a massa inercial de um corpo, ou apenas a
massa do corpo.
F R =m× a

- FR ❑ Força Resultante
-m❑

Massa do corpo

- a ❑ Aceleração
Como a massa do corpo é uma grandeza escalar sempre positiva,
a resultante das forças e a aceleração têm sempre a mesma direção
e sentido.

3. Resposta às questões iniciais


1. Movimento segundo Aristóteles, Galileu e Newton:
 Aristóteles, filósofo grego (385-322 a. C.), acreditava, ao observar os
movimentos que se realizam à superfície da Terra, que um corpo só
se manteria em movimento se sobre ele atuasse uma força; se a força
deixasse de atuar, o corpo parava. Esta conceção de movimento de

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Aristóteles manteve-se até ao século XVII, quando Galileu provou
que estava errada.
 Galileu Galilei (1524-1642) questionou a interpretação de Aristóteles
sobre o movimento. Os estudos que fez sobre a relação entre
movimento e força tiveram como base experimental o movimento de
um corpo ao longo de um plano inclinado, ao qual se seguia um
movimento numa superfície horizontal sem atrito. Galileu concluiu
que, sem atrito, o movimento de um corpo, num plano horizontal,
sujeito apenas ao seu peso, ⃗P, e à reação normal, ⃗ N , (F ¿¿ R=0)¿, é
retilíneo e uniforme, pois a velocidade, ⃗v, é constante. Surgiu assim a
Lei da Inércia.
 Newton, anos mais tarde, formulou as suas três leis, sendo a Primeira
Lei de Newton a Lei da Inércia já formada por Galileu. Tanto Galileu
como Newton concluíram que Aristóteles não tinha considerado a
força de atrito, provando, assim, que ele não estava certo.
2.

3. Nesta atividade
vai-se ligar o carrinho por um fio que passa na gola da roldana a um gancho
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com massas marcadas suspensas porque o peso da massa vai provocar o
movimento do carrinho. Vamos fazer isto para analisar qual é o tipo de
movimento que o carrinho irá realizar quando estiver sujeito a uma força
resultante nula ( F R =0) e quando sujeito a uma força resultante não nula
(significa que ela existe e vai alterar o tipo de movimento).
4.
4.1) As forças que atuam no carrinho antes das massas marcadas
colidirem com o solo são: a força gravítica, ⃗
F g, reação normal, ⃗
N e tensão,

T.

4.2) As forças que passarão a atuar no carrinho e nas massas


marcadas quando o fio deixar de puxar o carrinho são:
- No carrinho: força gravítica, ⃗
F g e reação normal, ⃗
N

- Nas massas marcadas: peso, ⃗P e reação normal, ⃗


N

4. Material, procedimento e esquema de montagem

MATERIAL E EQUIPAMENTO NECESSÁRIO:


 Mesa
 Carrinho de baixo atrito
 Calha
 Calculadora gráfica
 Analisador de dados (Lab Cradle ou EA-200)
 Sensor de movimento
 Fio
 Roldana
 Massas marcadas
 Gancho de suspensão

PROCEDIMENTO:
 Faça a montagem experimental de acordo com a figura, de
forma que:

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- o carrinho se mova sobre um plano horizontal, ligado por um fio que
passa na gola de uma roldana a um gancho com massas marcadas que
cai na vertical;
- o fio tenha um comprimento que permita a análise do movimento
quer o fio esteja ou não em tensão.
 Ligue o analisador de dados à calculadora gráfica e ao sensor de
movimento.
 Selecione na calculadora o programa para a recolha de dados
com o sensor de movimento.
 Coloque o carrinho a cerca de 15cm do sensor.
 Em simultâneo largue o carrinho e acione o programa na
calculadora.
 Determine a velocidade do carrinho, em diferentes pontos do
percurso, que o fio esteja ou não em tensão.
 Registe um intervalo de tempo que inclua o instante em que as
massas marcadas colidam com o solo.
 Para cada uma das zonas distintas que obtém no gráfico da
velocidade do carrinho em função do tempo, obtenha a reta de
regressão linear.
 Visualize, no ecrã da calculadora gráfica, o gráfico da
velocidade do carrinho em função do tempo, para análise do(s)
movimento(s).
 Repita, se necessário, o mesmo procedimento para obter
melhores resultados.

ESQUEMA DE MONTAGEM:

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5. Registo e tratamento de dados

Fig. 1 – Tabela com o registo de valores

Fig. 2 – Gráfico correspondente à velocidade/tempo

6. Análise e conclusão
 Analise o gráfico da velocidade em função do tempo, procurando
identificar:
- os intervalos de tempo correspondentes à tensão nula e não nula;
Resposta: tensão nula: [1,45s; 2,00s] e tensão não nula: [0,05s; 1,40s]
- um intervalo de tempo que inclua o instante em que o corpo suspenso
atinge o solo;
Resposta: [1,40s; 1,45s]
- os tipos de movimento.

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Resposta: dos [0,05s; 1,40s] é movimento retilíneo uniformemente
acelerado (MRUA) e dos [1,45s; 2,00s] é movimento retilíneo uniforme
(MRU).
 Indique possíveis causas de erros (aleatórios ou sistemáticos) durante
a realização do trabalho laboratorial.
Resposta: por exemplo: a superfície onde o carrinho se moveu podia não
estar bem polida e ter criado atrito, sendo um erro sistemático; ou a
montagem podia não estar correta, sendo um erro aleatório.

7. Resposta às questões finais


1. A análise gráfica mostra que, o instante inicial e o momento em que o
corpo suspenso embate no solo, o módulo da componente escalar da
velocidade do carrinho aumenta aproximadamente do mesmo valor em que
os intervalos de tempo iguais. Deste modo poder-se-á inferir que o carrinho
tem movimento acelerado e a componente escalar da aceleração é constante
neste intervalo de tempo. O carrinho tem movimento retilíneo
uniformemente acelerado. A partir do instante em que o corpo suspenso
embate no solo, e durante o período em estudo, a componente escalar da
velocidade do carrinho tende a diminuir ligeiramente ao longo do tempo e a
distribuição de pontos no gráfico sugere que o movimento tende a ser
uniformemente retardado.
2. No caso do movimento retilíneo uniforme (MRU), a aceleração é 0, tal
que F R =0 ❑⇒
a⃗ =0. No caso do movimento retilíneo uniformemente
1,233−0
acelerado (MRUA), fica que: =0 ,88 s, ou seja, a⃗ =0 , 88 s .
1 , 40

3. Pela análise dos dados experimentais e do gráfico (a partir do momento


que o fio deixa de estar sob tensão) verifica-se que ocorre uma ligeira
variação (diminuição) da velocidade. A diminuição no valor médio é
inferior ao erro experimental na medição da velocidade, o que permite
considerar os pontos medidos dentro do erro experimental de medição na
velocidade e assim considerar a velocidade como constante, indicando que
o atrito foi minimizado.
4. Aristóteles considerava que um corpo só permaneceria em movimento se
sobre ele atuasse continuamente uma força.

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Galileu percebeu que ao empurrar um corpo existia uma força de oposição
ao movimento designada por força de atrito. Galileu, contrariamente a
Aristóteles, percecionou, através de uma série de experiências idealizadas,
que na ausência de qualquer força atuante sobre um corpo este manteria
eternamente a sua velocidade, ou seja, permaneceria em repouso quando
em repouso ou continuaria com movimento retilíneo uniforme caso
estivesse em movimento (Princípio da Inércia).
Com Newton, bom conhecedor dos trabalhos de Galileu, o Princípio da
Inércia passou à formulação de lei (Lei da Inércia), uma vez que Newton
através daquele princípio derivaria várias consequências que confirmou
amplamente pela experiência. Newton desenvolveu ainda mais o estudo
dos movimentos, tendo consolidado o conceito de força e formulando mais
duas leis (a 2.ª e 3.ª Leis de Newton), que viriam juntamente com a Lei da
Inércia (1.ª Lei de Newton) a formar um todo coerente na interpretação dos
movimentos mais comuns dos corpos à superfície da Terra.
Os resultados experimentais obtidos comprovam que num primeiro
intervalo de tempo a velocidade do carrinho varia, logo, o corpo sofre uma
aceleração. Como a velocidade aumenta do mesmo valor para intervalos de
tempo iguais, então, a aceleração é constante. Assim, de acordo com a 2.ª
Lei de Newton, a resultante das forças não é nula, entre o instante inicial e
o instante em que o corpo suspenso embate no solo, e é constante. Se o
atrito puder ser desprezado, as forças a atuar no carrinho são a força de
reação normal, o peso e a tensão exercida pelo fio. A força resultante é
igual à força de tensão que atua no sentido do movimento do carrinho e é
constante. O carrinho tem movimento retilíneo uniformemente acelerado.
Num segundo intervalo de tempo, a partir do instante em que o corpo
suspenso atinge o solo, e se as forças de atrito forem minimizadas ao ponto
de poderem ser desprezadas, não há variação de velocidade, o movimento é
retilíneo e uniforme. Analisando as forças que atuam no corpo, sabe-se que
a força de tensão deixa de atuar no instante em que o corpo suspenso atinge
o solo; as únicas forças a atuar no carrinho são a força de reação normal e o
peso, que se anulam. Conclui-se que a resultante das forças é nula.
Experimentalmente, verifica-se que, a partir do instante em que o corpo
suspenso atinge o solo e nas condições de as forças de atrito poderem ser
desprezadas, o carrinho continua em movimento, apesar de a resultante das
forças ser nula, e que a sua velocidade é constante. Este resultado
experimental está de acordo com o Princípio de Inércia de Galileu e,
consequentemente, com a Primeira Lei de Newton, e em total desacordo
com a conceção de Aristóteles sobre o movimento.
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5. A aplicação de uma força é necessária para alterar o estado de
movimento de um corpo, seja para iniciar, interromper, acelerar ou mudar a
direção do movimento. Essa força irá interagir com o corpo, alterando a sua
quantidade de movimento e, consequentemente, a sua velocidade ou
direção de movimento. Se nenhuma força atuar sobre um corpo em
movimento, ele continuará a mover-se indefinidamente em linha reta a uma
velocidade constante de acordo com a lei da inércia. Por outro lado, se uma
força contrária à direção do movimento for aplicada (como a força de
atrito, ⃗
Fa ), ela irá gradualmente desacelerar o corpo até que ele pare. É
importante notar que essa lei também se aplica a objetos em repouso. Um
objeto em repouso permanecerá em repouso a menos que uma força seja
aplicada para movê-lo.
6.
(A) V
(B) V
(C) V
(D) F

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