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(página 64 do manual)
Questões pré-laboratoriais
1. A descrição dos movimentos foi outrora diferente da que é hoje. Qual seria a resposta à questão inicial
desta atividade:
a) Com base no ponto de vista de Aristóteles?
Segunda a teoria aristotélica, sobre um corpo em movimento existe sempre uma força que o impele no seu
movimento e quando ela cessa o corpo fica em repouso. De acordo com a teoria aristotélica, o trenó pararia
se deixasse de ser empurrado.
b) Com base no ponto de vista de Galileu? Por que razão diferem os dois pontos de vista?
Galileu afirmou que um corpo em movimento retilíneo manteria uma velocidade constante até que uma força
alterasse a sua velocidade. De acordo com a teoria de Galileu, o trenó acabaria por parar quando se desloca
numa superfície horizontal gelada, mas o motivo é que existe uma força que altera a sua velocidade.
Contrariamente ao defendido pela teoria aristotélica, Galileu afirma que é a existência de uma força contrária
ao movimento que diminui a velocidade, e apenas seria necessário uma força para manter o trenó em
movimento num plano horizontal na superfície gelada para contrariar o efeito da força de atrito.
Usando um carrinho pode conseguir-se, devido às rodas, um baixo atrito (força de atrito desprezável), o que
não aconteceria com um bloco que desliza na superfície. Durante uma parte do movimento do carrinho, as
forças que sobre ele atuam na direção horizontal podem considerar-se desprezáveis. Assim, com o carrinho é
possível avaliar a existência de movimento retilíneo e uniforme quando a resultante das forças é nula.
Sobre o carrinho, as forças na vertical anulam-se, e o mesmo acontece ao corpo após ficar no chão.
A força que faz mover o conjunto carrinho + bloco suspenso é o peso do bloco.
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d) Escreva as expressões da Segunda Lei de Newton para o movimento do carrinho e do corpo suspenso e, a
partir delas deduza uma expressão para a aceleração do conjunto carrinho+corpo suspenso.
O movimento é uniformemente acelerado porque a aceleração de cada um dos corpos tem o sentido do seu
movimento e é constante.
A aceleração é constante, porque a resultante das forças em cada um dos corpos também é constante.
f) Se o fio for suficientemente comprido, o corpo acabará por colidir com o solo e o fio deixará de puxar o
carrinho.
i) Que forças passarão a atuar no carrinho e no corpo?
Como se viu em b), sobre o carrinho apenas passarão a atuar a força gravítica (o seu peso) e a força normal
da superfície. Sobre o corpo no chão atuam o seu peso e a força normal da superfície.
ii) Qual será a resultante das forças sobre o carrinho? E sobre o corpo?
O carrinho deverá ter um movimento retilíneo e uniforme, porque a resultante das forças sobre ele é nula, não
variando a sua velocidade.
iV) Esboce o gráfico velocidade-tempo para o movimento do carrinho desde que o conjunto se
começa a mover até que o corpo fique no solo após colidir com ele, aí permanecendo.
Material
- carrinho - corpo - Fios de ligação - CBR - roldana
- Calculadora gráfica (TI) - Retroprojetor - calha - TI ViewScreen
Procedimento experimental
1. Colocar o CBR no final da calha, voltado para o carrinho (aproximadamente 15 cm).
2. Ligar o cabo de ligação do CBR à calculadora.
3. Ligar a calculadora ao TI ViewScreen (já colocado no retroprojetor).
4. Ligar a calculadora (o sensor deverá ser logo reconhecido).
5. Nas APPS selecionar o programa Easydata.
6. Selecionar start e largar o carrinho.
7. Obter o gráfico posição-tempo e selecionar o intervalo de tempo durante o qual o carro se moveu.
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8. Obter o gráfico velocidade-tempo.
Registo e tratamento de dados
Questões pós-laboratoriais
1. Indique os tipos de movimento no gráfico velocidade-tempo e faça-os corresponder a cada situação do
movimento do carrinho.
A resultante das forças é a resultante das forças de atrito (o peso e a força normal anulam-se). Verifica-se
que, após o embate do corpo suspenso no chão, a aceleração é praticamente nula (-0,0097 m/s2), pois
regista-se apenas uma ligeira diminuição da velocidade, revelando que o atrito quase não se manifestou.
Contudo, a aceleração registada apesar de muito pequena, levaria a que o seu efeito para intervalos de tempo
maiores conduzisse a uma diminuição apreciável na velocidade, pelo que, apesar de pequena, não se poderia
desprezar a força de atrito.
5. Indique, justificando com base em alguma das Leis de Newton, se a resultante das forças que atuam no
carrinho é nula nalguma parte do movimento.
Podemos considerar que a velocidade na parte final foi constante, assim a resultante das forças pode
considerar-se nula.
6. Um corpo poderá manter-se em movimento mesmo que a resultante das forças sobre ele seja nula?
Justifique.
Se o corpo estiver em movimento quando a resultante das forças que nele atuam se anula, ele manter-se-á
em movimento sempre à mesma velocidade, isto é, apresentará movimento retilíneo com rapidez constante.
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Em muitas situações do dia a dia temos de exercer uma força sobre os corpos para que estes mantenham
uma velocidade constante, mas isso só acontece porque, quando esses corpos entram em movimento, surgem
outras forças a atuar sobre eles, sendo as mais comuns as forças de atrito. Se o corpo se mover com
velocidade constante, a força que exercemos sobre ele anula-se com as restantes forças nele aplicadas.
7. O gráfico da figura traduz o módulo da velocidade de um carrinho (1,000 kg) que se deslocou sobre uma
calha muito polida na horizontal. Até um certo instante, o carrinho foi puxado por um fio muito comprido,
preso a um bloco em queda (massa 50,00 g). O bloco atinge o solo antes do carrinho chegar ao fim da calha.
7.2. Determine o módulo da tensão do fio que ligava o carrinho ao bloco, enquanto este desceu.
7.3. Indique, justificando, em que instante o carrinho deixou de ser puxado pelo bloco.
O carrinho deixou de ser puxado no instante em que o módulo da velocidade deixou de aumentar linearmente,
ou seja, no instante 1,750 s.