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RELATÓRIO CAPÍTULO 9
ESCAVAÇÕES SUBTERRÂNEAS
UM ENFOQUE SOBRE D&B
O ABC das escavações em rocha
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12. ESCAVAÇÃO DE TÚNEIS EM ROCHA: CICLOS DE AVANÇO E
PRODUÇÃO, DIMENSIONAMENTO, CRONOGRAMAS ............................. 14
13. OCORRÊNCIAS GEOLÓGICAS ANÔMALAS NAS ESCAVAÇÕES
SUBTERRÂNEAS ........................................................................................ 15
14. ESCAVAÇÃO DE POÇOS ................................................................. 16
15. CONCLUSÃO .................................................................................... 17
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1. INTRODUÇÃO
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Ensaios geofísicos e instrumentações com GPR (radar).
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O RMR de um maciço rochoso é a soma dos seguintes parâmetros, que
receberão maior pontuação conforme sua maior estabilidade.
𝑅𝑄𝐷 𝐽𝑟 𝐽𝑤
𝑄= . .
𝐽𝑛 𝐽𝑎 𝑆𝑅𝐹
Sendo:
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O RQD for baixo (RQD<50);
O número de famílias de fraturas for alto (𝐽𝑛 >1);
A rugosidade das paredes das fraturas for baixa, ou paredes lisas (𝐽𝑟 <1);
As paredes das fraturas forem mais alteradas ou preenchidascom rocha
alterada (𝐽𝑎 >1);
Ocorrer uma maior quantidade de água subterrânea na frente (𝐽𝑤 <1);
SRF alto (SRF>1), adotado quando da presença de minerais expansivos,
de maciços sujeitos a fenômenos geológicos, tais como rockbursting,
squeezing.
Classe 1: Q>20;
Classe 2: 10<Q<20;
Classe 3: 4<Q<10;
Classe 4: 1<Q<4;
Classe 5: 0,1<Q<1;
Classe 6: Q<0,1.
5.1. Extensão
5.3. Seção-tipo
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As seções em arco ferradura ou aquelas definidas por uma composição de arcos
com dois ou mais centros, serçao projetadas para escavações em horizonte de
maciços de pouca estabilidade. As seções de escavação em arco ferradura,
mesmo em maciços rochosos de boas condições geomecânicas, são também
projetadas para túneis que terão sua seção final revestida com concreto
moldado, visando a sua economia.
5.4. Cobertura
5.5. Traçado
5.6. Emboques
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7.1. Metodologia Drill&Blast (maciços rochosos de classe 1, 2, 3 e 4)
9.2. Coberturas
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à perfuração e ao carregamento de explosivos nos furos para a detonação de
uma bancada, o que provocará a fragmentação e o lançamento orientado da
rocha para a frente da bancada. Já nas escavações de um túnel esta frente livre
não existe e terá de ser fabricada para cada detonação ou avanço de frente,
coma utilização de furos devidamente posicionados na seção de escavação, os
chamados pilões.
Assim, em um plano de fogo para escavações de túneis ou galerias em
rocha deverão ser considerados os parâmetros descritos nos itens a seguir.
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Para a elaboração de um plano de fogo básico, o afastamento máximo
poderá ainda ser reduzido e posteriormente ajustado nas primeiras detonações
em função do tipo de rocha, da classificação geomecânicas do maciço, da área
da seção de escavação e do avanço projetado por detonação.
Para seções de escavação de porte reduzido a médio e para alguns tipos
de maciços constituídos por rochas mais resistentes ou em função da presença
de descontinuidades atuantes, como famílias ou conjuntos de planos de fraturas,
deverá ser aplicado preliminarmente um fator de redução de 0,8 a 0,9 para o
afastamento dimensionado a partir do diâmetro de perfuração.
Normalmente, o mesmo valor do afastamento entre furos será tomado
para o espaçamento, gerando malhas quadradas. Em algumas situações,
visando facilitar a marcação dos furos de alívio na frente, estes serão distribuídos
segundo arcos acompanhando o desenho da seção de escavação de um túnel.
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As descontinuidades geológicas podem interferir no rendimento
inicialmente pensado para os avanços e também causam os overbreaks
geológicos, que são cavidades além da linha de contorno da seção de
escavação originadas de arrancamento e queda de lascas e blocos pelos
impactos das detonações nas descontinuidades
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10.9. Razão de Carga (RC)
10.10. Tampão
Deve ser apresentada uma planta com a seção geométrica e locada nela
os furos a serem executados, bem como a sequência de detonação. Uma ficha
técnica deve informar as seguintes especificações: área da seção escavada,
diâmetro e profundidade dos furos, número de furos, metragem total a perfurar,
avanço médio projetado, volume de rocha, RP, tipo/classe do explosivo, RC, tipo,
distribuição e quantidade de retardos por tempo de espera e total de explosivos
p/ fogo.
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compatíveis com todos maciços rochosos e sua litologia, desde rochas mais
brandas até mais resistentes.
O pilão de furos paralelos mais conhecido é o burn cut, nele os furos
vazios possuem diâmetros superiores aos carregados.
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A conclusão que podemos chegar é que o tempo de ciclo depende de fatores
geológico-geotécnicos e de fatores de serviço, como por exemplo os
equipamentos disponíveis. Tempos de ciclo menores significam avanços
maiores por dia de trabalho, o que alivia o cronograma físico do túnel. No caso
de obras urbanas, surge outro limitante aos ciclos: as reduções da jornada diária
ou semanal, por conflitos com a vida urbana, restrição de horários para execução
de certas atividades, detonações por exemplo.
No caso de maciços de classe IV, por possuírem maiores fragilidades, como
alto grau de fraturamento e alteração, os ciclos serão mais demorados, pois todo
o processo de avanço, detonação deve ser mais cuidadoso com aplicação
constante de suportes e revestimentos primários. Algumas das atividades que
retardam os ciclos de avanço:
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(maiores que 200 m), podem deslocar um trecho de galeria ou túnel de
seu eixo original ou deformar e reduzir uma seção de escavação. O
fenômeno é passageiro mas, tratamentos localizados podem ser
necessários.
Swelling: caracteriza-se pela expansão de alguns minerais,
principalmente quando em presença de água subterrânea. O fenômeno
pode ocorrer em fraturas com preenchimento de argilas ou minerais
presentes em regiões mais frágeis do maciço, provocando deformações
nas seções, quedas de blocos e até grandes rupturas.
Slaking: ocorrem em maciços vulcânicos pela desidratação rápida de
alguns minerais (zeolitas, por exemplo), expostos na frente de escavação,
que se desintegram provocando quedas de lascas e blocos. Em alguns
casos, a degeneração do maciço pode mudar a classificação do mesmo,
para um de pior qualidade e poderá ser necessário um revestimento
especial reforçado do túnel, não previsto anteriormente no projeto.
Água Subterrânea: Até certo ponto, fluxos de água subterrânea são
previstos em zonas mais fraturadas dos maciços e podem ser controlados
(por sistemas de drenagem diversos). Entretanto, eventualmente,
grandes reservatórios, não detectados, podem ser rompidos, provocando
inundações das escavações e carreamento de material milonitizado
(preenchimento de falha) para o interior da estrutura escavada. Para
evitar esse problema ou pelo menos tentar prevê-lo, sondagens
exploratórias, probe drill, devem ser feitos nas frentes antes das
escavações para detectar previamente a presença de grandes
concentrações de água subterrânea e assim tomar medidas preventivas
como DHPs para o problema.
1) Plano de Fogo
Devem-se utilizar os mesmos parâmetros para a perfuração e
carregamento em túneis pela distribuição dos furos do pilão, alívio e contorno da
seção (smooth blasting). Já que a seção predominante é circular, os furos, em
geral, são distribuídos em círculos concêntricos partindo do pilão central.
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Os avanços por fogo devem ser reduzidos, no máximo 2 metros, por
cautela para preservação e estabilidade do maciço, lembrando que os trabalhos
são sempre desenvolvidos abaixo da frente já detonada. Casos de poços de
maior diâmetro podem ter detonações em duas etapas (núcleo e contorno) para
garantir a preservação do maciço. Por isso, os diâmetros de perfuração são
reduzidos, utilizando-se perfuratrizes de menor porte.
2) Equipamentos de Perfuração
Como já dito, as perfuratrizes serão de pequeno a médio porte devido ao
pequeno diâmetro dos furos. Em alguns casos, utilizam-se perfuratrizes
pneumáticas manuais (diâmetros reduzidos). Para diâmetros maiores, carretas
de perfuração tradicionais ou montagens especiais com perfuratrizes de maior
porte são empregados.
3) Equipamentos de Carga
A limpeza da rocha detonada é o fator mais importante para definir os
ciclos de avanço e produção em escavações descendentes de poços. O
transporte dessa massa de rocha deve ser pensado: em poços com diâmetro
reduzido, o transporte deve ser feito manualmente com caçambas especiais de
100 Lts a 200 Lts, em poços de maiores diâmetros, podem ser utilizadas
escavadeiras hidráulicas de pequeno porte, de 10 a 15 t, para caçambas de 500
Lts.
As caçambas devem ser elevadas até a superfície cuidadosamente com
estruturas tipo pórtico equipados com guinchos e sistemas especiais de
frenagem de segurança. O descarregamento é fetito em caminhões, que levam
o material até um bota-fora ou uma instalação de beneficiamento.
4) Plataformas Ascensionais
Plataformas trepadoras tipo Alimak são utilizadas em escavações
ascendentes em maciços rochosos de classes I a IV com diâmetro entre 2,5 e 4
metros. Essas plataformas trabalham por acionamento pneumático ou elétrico e
movimentam-se por um monotrilho especial, fixado na parede do poço, até
próximo da frente detonada. Em sua parte mais elevada, uma plataforma
extensível permite aos operários a realização dos serviços de perfuração e
carregamento da frente com perfuratrizes pneumáticas manuais de avanço
vertical (stoppers). Para a detonação, a plataforma deve ser removida.
15. CONCLUSÃO
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Entretanto, mesmo com um projeto bem feito e um cronograma bem
planejado podem surgir problemas inesperados como ocorrências geológicas
anômalas que podem retardar toda a escavação. Por isso, é importante o
conhecimento e a experiência da equipe de engenheiros envolvida para saber
lidar como eventos inesperados, bem como a participação ativa de outros
profissionais com papel importantíssimo como os geólogos e topógrafos.
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