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Turma: EPM A, CD
Discentes:
Xadreque Dinduwa
Docente:
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Índice
Introdução ......................................................................................................................... 3
Flotação carreadora........................................................................................................... 4
1. Flotação ..................................................................................................................... 4
1.1. Reagentes de Flotação ....................................................................................... 6
1.1.1. Coletores......................................................................................................... 6
1.1.2. Espumantes..................................................................................................... 7
1.1.3. Agentes Modificadores (Reguladores ou Moduladores) ................................ 8
1.2. Estágios do processo de flotação ....................................................................... 8
2. Flotação carreadora (Carrier flotation) ...................................................................... 9
2.1. Princípios básicos da flotação ............................................................................ 9
2.2. Influência do tamanho de partícula na eficiência do processo de flotação ........ 9
2.3. A flotação de finos e ultrafinos de minérios .................................................... 10
2.3.1. A geração de frações fino e ultrafino........................................................ 10
2.3.2. Problema na recuperação de finos e ultrafinos ......................................... 11
2.3.3. Alernativas para o aumento de recuperação de finos e ultrafinos ................ 12
2.4. Flotação carreadora (Carrier flotation) ............................................................ 12
Conclusão ....................................................................................................................... 15
Referências bibliográficas .............................................................................................. 16
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Introdução
No tratamento de minérios, a flotação (froth flotation) é sem duvida a tecnica mais
importante e versátil, e seu uso e aplicação vem sendo continuamente expandidos, com o
objectivo de tratar grandes quantidades de minério e para abranger novas áreas.
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Flotação carreadora
1. Flotação
A flotação pode ser definida como um processo físico-químico baseado nas diferenças de
características superficiais dos minerais. É um processo complexo que engloba três fases
(sólidos, água e espuma) e leva a muitos subprocessos e interações (Wills e Napier-Munn,
2007).
Os minerais representam a fase sólida, com superfície polar ou apolar. A água é a fase
líquida, cujas moléculas apresentam um dipolo permanente, portanto, de natureza polar.
E a fase gasosa, o ar, é composta basicamente por moléculas apolares (Baltar, 2008).
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importância para a flotação (Gay, 2004). Para o aumento do grau de liberação, o material
deve ser submetido a operações de cominuição, tais como britagem e moagem. De modo
geral, o tamanho da partícula deve estar entre 1mm e 5 microns, com o tamanho máximo
determinado pelo grau de liberação da partícula (Peres, 2004). Mesmo que os minerais a
serem flotados não estejam totalmente liberados dos outros minerais que compõem a
polpa, a flotação pode ocorrer desde que uma porcentagem da fase de interesse esteja na
superfície da partícula determinada como mista. Nesse caso, o processo não será
completamente seletivo e, provavelmente, pedirá um novo estágio de flotação e talvez
uma etapa de cominuição intermediária.
Figura 1. Ângulo de contato para gota de ar em contato com superfície sólida imersa no líquido
(Baltar, 2008)
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Flotação direta – o mineral minério é transferido à espuma, fração que flutua, a
ganga se deposita na polpa ou rejeito. Exemplo: flotação de minérios de cobre,
chumbo e zinco etc.;
Flotação reversa – na qual a ganga é separada na fração que flutua, sendo
retirada na fase de espuma. Exemplo: flotação de minério de ferro.
Além de flotação direta e reversa, Baltar (2008) cita que a flotação pode ser
diferencial (flotação de um único mineral) ou coletiva (flotação de mais de uma
espécie mineral). Apenas alguns minerais são naturalmente hidrofóbicos, por
exemplo: enxofre, grafita, talco, molibdenita e carvão. Este seleto grupo de minerais
poderia ser flotado diretamente, segundo Fuerstenau & Somasundaran (2003).
Porém, como a maioria das partículas é naturalmente hidrofílica, há a necessidade de
adicionar reagentes para que a flotação aconteça, seja ela direta ou reversa. A adição
de reagentes é feita de acordo com as propriedades das espécies minerais a serem
separadas.
1.1.1. Coletores
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Figura 2 - Adsorção do coletor na superfície mineral (Wills e Napier-Munn, 2007)
1.1.2. Espumantes
De acordo com Kelly & Spottiswood (1982), o espumante é requerido para fornecer
uma espuma acima da polpa que seja estável o bastante para prevenir indevida quebra
da bolha e subsequente retorno de partículas à polpa, antes que a espuma seja
removida. A espuma deve quebrar rapidamente uma vez removida; do contrário,
problemas podem ocorrer no bombeamento e em subsequentes etapas de
processamento. O espumante não deve adsorver nas partículas minerais, isto porque,
se um espumante fosse agir como um coletor, a seletividade do coletor em uso seria
reduzida. Ainda conforme Kelly & Spottiswood (1982), os espumantes têm duas
funções: melhorar a dispersão das finas bolhas na polpa e controlar as características
da espuma.
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Figura 3 - Ação do espumante (Wills, 2007).
Os ativadores são compostos químicos que interagem com a superfície mineral, alteram
sua natureza química e promovem sua interação com o coletor. Os depressores são
definidos como compostos químicos que alteram a superfície mineral a fim de prevenir
ou retardar a ação de coletores, exigidos para deprimir certos minerais e, assim, favorecer
a flotação seletiva de alguns minerais. O controle da concentração de depressores é um
relevante parâmetro na flotação seletiva. Em relação aos reguladores de pH, o pH de
flotação é frequentemente crítico em determinar a separação seletiva de minerais (Rao,
2004).
A concentração de minérios por flotação apresenta boa eficiência em uma dada faixa de
tamanho de partícula, que depende do sistema mineral. Essa faixa de tamanho depende
também da escala de operação, concentração de reagentes, hidrodinâmica do sistema,
tamanho e distribuição de tamanho e tempo de residência. Os principais problemas e
características observadas na flotação de partículas finas e ultrafinas (F-UF) são (Pease
et al., 2005):
- Partículas F-UF possuem uma alta área superficial por unidade de massa, o que
acarreta um maior consumo de reagentes;
- Essas frações são mais passíveis ao fenômeno de slime coating (recobrimento por
lamas), devido a sua alta área superficial fazendo-as assim mais reativas;
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- As partículas F-UF reagem muito mais do que as grossas com íons em solução
presentes na água de processo, em função da maior reatividade superficial (maior
energia livre superficial);
Tanto as partículas grossas quanto as partículas muito finas apresentam uma baixa
eficiência de flotação, enquanto que partículas de tamanhos intermediários apresentam
uma ótima eficiência de flotação. Esse fenômeno é devido a problemas de captura de
partículas (finas) por bolhas e da menor capacidade de carregamento (“lifting-power”)
pelas bolhas das maiores (grossas).
Esse efeito do tamanho de partículas tem sido investigado experimentalmente através dos
parâmetros de cinética de flotação (k) e medidas de eficiência de coleção (Ec). Os estudos
experimentais relativos ao efeito do tamanho de partícula na cinética de flotação têm
apresentado resultados contraditórios, porém indicam uma diminuição na cinética de
flotação quando ocorre o decréscimo do tamanho de partícula.
Outro problema relacionado com as partículas finas é a sua alta energia superficial.
Essa energia é devida principalmente a imperfeições durante a cristalização, aumento
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das fendas e deslocamento de bordas na superfície da partícula, assim como a
presença de outros sítios superficiais de alta energia. Como resultado dessa alta
energia superficial, as partículas finas apresentam problemas de adsorção não
específica de reagentes, alta hidratação, rápida reação superficial, aumento da
solubilidade e um indesejável recobrimento das partículas de valor por partículas
ultrafinas de ganga ou vice-versa (“slime coating”). Todos esses fatores contribuem
para uma diminuição da cinética de flotação, uma menor recuperação e um maior
consumo de reagentes.
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A aplicação industrial citada anteriormente, consiste na purificação de caulim (100%
abaixo de 3 micrometros), através da flotação da espécie contaminante (anatásio abaixo
de 1 micrômetro). Esses finos de anatásio foram flotados com auxílio de partículas
transportadoras de calcita (abaixo de 44 micrometros). Sendo que os agregados
calcita/anatásio eram formados a partir da hidrofobização destas espécies e da aplicação
de intensa agitação. Greene e Duke (1962), que ainda estudaram outros minerais como
sílica, fluorita e ciânita, concluíram que o mecanismo de agregação calcita/anatásio, deve-
se à preferencial adsorção e forte ligação do oleato em calcita e anatásio e não em
caulinita.
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Conclusão
A flotação carreadora ou ultra-flotação é uma técnica na qual se utiliza um mineral
transportador para as partículas finas a serem flutuadas.
Esta técnica de flotação é usada para flotar minérios ou minerais com granulometria fina
e ultrafina. A hidrofobização e a agregação sob uma intensa agitação são os principais
parâmetros envolvidos neste processo.
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Referências bibliográficas
DA LUZ, A. B. Tratamento de Minerios. Ministerio da Ciencia e Tecnologia, CETEM –
Cenro de Tecnologia Mineral. 5ª Edição
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