Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1
SUMÁRIO
NOSSA HISTÓRIA ................................................................................................................... 2
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 3
1.1 Mecânica dos Solos ............................................................................. 4
1
NOSSA HISTÓRIA
2
1. INTRODUÇÃO
O custo usual de uma fundação é variável, uma vez que depende das cargas e
condições do subsolo. Em casos correntes situa-se na faixa de 3 a 6% do custo da
obra. Em casos especiais, dependendo do tipo de estrutura a ser suportada, das
solicitações correspondentes e condições adversas de subsolo, pode atingir
porcentagens superiores, de 10 a 15% do custo global.
Considerando que a fundação é um elemento de transição entre a estrutura e
o solo, seu comportamento está intimamente ligado ao que acontece com o sono
quando submetido a carregamento através dos elementos estruturais das fundações.
Uma fundação adequada é aquela que apresenta conveniente fator de
segurança compatíveis com o funcionamento do elemento suportado à:
Ruptura - Da estrutura que a compõe e do solo afetado pela transmissão das
IMPORTANTE!!! cargas;
Recalques - Deslocamentos verticais do terreno.
Pode-se afirmar que todas as fundações sob carga apresentam recalques, pois
os solos são materiais deformáveis que, ao serem carregados, apresentam variações
de volume, provocando deslocamentos das fundações.
A palavra solo é originada do latim solum que significa superfície do chão. Os
solos são formados pela decomposição das rochas e sua evolução depende do clima,
da rocha de origem, do relevo, do tempo e até mesmo dos microorganismos. Os
processos de alteração podem atuar sucessivamente sobre um mesmo solo e é
comum classifica-los pelo último processo ocorrido.
A elaboração de projetos geotécnicos e de fundações exige um conhecimento
adequado dos solos. É necessário proceder-se à identificação e à classificação das
diversas camadas componentes do substrato a ser analisado, assim como, à
avaliação das suas propriedades de engenharia.
Ensaios de amostras de solo
SPT - ensaio a percurssão.
3
1.1 Mecânica dos Solos
Bueno e Vilar (1979) define que a Mecânica dos Solos foi estabelecida com o
propósito de estudar o comportamento dos solos, segundo formulações teóricas de
embasamento científico. A partir de bases físicas, modelos reológicos e observações
de campo, procurou-se elaborar teorias explicativas desse comportamento.
No estudo do comportamento dos solos, duas linhas de conduta têm sido
utilizadas. A primeira preocupasse com as propriedades físico-químicas, forças inter
granulares, efeito dos fluidos intersticiais, para, a partir de tais fenômenos, explicar o
comportamento dos solos. A segunda apoia-se na hipótese que considera o solo como
um meio contínuo, cuja relação tensão-deformação fornece subsídios para previsão
do comportamento do solo.
Nos problemas geotécnicos de ordem prática, o engenheiro civil deve ter
consciência das limitações das teorias utilizadas, e nunca esperar o valor exato nas
grandezas obtidas, senão uma ordem de grandeza. Neste ponto, um recurso utilizado
na mecânica dos solos, como em todas as ciências é consultar as soluções dadas a
problemas análogos, como primeira referência à solução de um problema proposto.
Este recurso dá ao engenheiro a liberdade de escolha de soluções que deverão
ser adaptadas ao problema em estudo, pois nunca há repetição de condições
anteriores. Os ensaios de campo e laboratórios serão, portanto, necessários para
fornecer as reais propriedades dos solos e os dados exigidos nos cálculos de
dimensionamento e verificação da solução adotada.
O Quadro 1 apresenta uma relação dos principais problemas pertinentes ao
campo da Mecânica dos Solos.
4
2. SOLO NA ENGENHARIA
Segundo Bueno e Vilar (1979) o significado da palavra solo não é o mesmo
para todas as ciências que estudam a natureza. Para fins de Engenharia Civil, admite-
se que os solos são misturas naturais de um ou diversos minerais que podem ser
separados por processos mecânicos simples, tais como agitação em água ou
manuseio.
Solo é todo material que possa ser escavado, sem o emprego de técnicas
especiais, como, por exemplo, explosivos. Esse material forma a fina camada
superficial que recobre quase toda a crosta terrestre e no seu estado natural
apresentasse composto de partículas sólidas (com diferentes formas e tamanhos),
líquidas e gasosas.
5
Expansivos: Solos que, por sua composição mineralógica, aumentam de
volume quando há acréscimo do teor de umidade.
SAIBA MAIS!
Lamelares: Possuem duas dimensões predominantes, típicas de solos argilosos.
Esta forma das partículas das argilas responde por alguma de suas propriedades, como
por exemplo, a compressibilidade e a plasticidade, esta última, uma das características
mais importantes
6
IMPORTANTE
Tabela 1 – Classificação granulométrica das frações dos solos
FRAÇÃO LIMITES
Pedregulho > 2 mm
Areia Grossa 0,6 a 2,0 mm
Areia Média 0,2 a 0,6 mm
Areia Fina 0,06 a 0,2 mm
Silte 0,002 a 0,06 mm
Argila < 0,002 mm
7
Para estimar a quantidade de areia pode-se dissolver o solo em um recipiente com
água limpa. A areia irá para o fundo rapidamente e a argila demorará a se decantar.
8
superfície brilhante permanece pôr bastante tempo e não ocorrem fissuras,
quando se abre a mão.
Dispersão em água: Coloca-se uma amostra de solo seco e desagregado
numa proveta (100 ml) e, em seguida, água. Agita-se a mistura e verifica-se o
tempo para deposição das partículas. As areias depositam-se rapidamente,
enquanto as argilas tendem a turvar a suspensão e demoram bastante tempo
para sedimentar.
9
3. INVESTIGAÇÃO DO SUBSOLO
10
3.1 Prospecção por Processos Diretos
11
Figura 3 – Processo direto - Poços
12
3.1.2 Sondagem a Trado
13
Figura 6 – Perfuração com trado manual
14
Possibilidade de colher amostras
Determinação da posição do lençol freático
Obtenção de informações de consistência e compacidade dos solos.
15
A NBR 6484 (2001) - Solo - Sondagens de simples reconhecimento com SPT -
Método de ensaio define:
SPT (Standard Penetration Test): Abreviatura do nome do ensaio pelo qual
se determina o índice de resistência à penetração (N).
N: Abreviatura do índice de resistência à penetração do SPT, cuja
determinação se dá pelo número de golpes correspondente à cravação de 30
cm do amostrador-padrão, após a cravação inicial de 15 cm, utilizando-se corda
de sisal para levantamento do martelo padronizado.
Aparelhagem padrão:
o torre com roldana;
o tubos de revestimento;
o composição de perfuração ou cravação;
o trado-concha ou cavadeira;
o trado helicoidal;
o trépano de lavagem;
o amostrador-padrão;
o cabeças de bateria;
o martelo padronizado para a cravação do amostrador;
o baldinho para esgotar o furo;
o medidor de nível d’água;
o metro de balcão;
o recipientes para amostras;
o bomba d’água centrífuga motorizada;
o caixa d’água ou tambor com divisória interna para decantação;
o ferramentas gerais necessárias à operação da aparelhagem.
I De acordo com Gonçalves (2014) o SPT tem duas etapas básicas, a perfuração
M e o ensaio, propriamente dito. Após a limpeza do terreno e locação do furo, a
P perfuração da sondagem é realizada com trado. Quando o avanço for impenetrável
O ao trado ou se atingir o nível d’água a sondagem é realizada por percussão.
R Crava-se o tubo de revestimento para evitar fechamento do furo. O solo é
T escavado pela percussão, queda e torção sucessiva, do trépano e os detritos
A
formados são retirados por circulação de água.
N
T A sondagem termina ao atingir a profundidade desejada ou quando atingir a
E condição de impenetrável a percussão. O registro do nível d’água deve ser feito no
dia seguinte ao ensaio para evitar a influência da circulação de água.
16
O ensaio é executado a cada metro e a partir de 1 metro de profundidade.
Portanto, a perfuração é interrompida para execução do ensaio. O ensaio consiste em
cravar o amostrador padrão por golpes do martelo (65kg) caindo a 75cm de altura.
O amostrador é cravado 45 cm no solo, sendo anotado o número de golpes
necessários para cravar cada 15cm do amostrador. O índice de resistência a
penetração (NSPT) é o número de golpes necessários para cravar os últimos 30 cm
do amostrador.
O índice de resistência à penetração, ou número N, como é comumente
chamado, indica o estado de compacidade e consistência dos solos. A Tabela 2 da
NBR 6484 (2001) fornece a compacidade e a consistência dos solos, em função de
N.
Em solos muito moles a resistência pode ser tão baixa que não resista nem a
um golpe. Neste caso, encosta-se o martelo na composição das hastes e anota-se até
que profundidade a haste e o martelo penetram somente com o peso estático do
conjunto. As amostras são coletadas a cada metro e caracterizadas.
17
Figura 10 – Exemplo de resultado de sondagem SPT
SAIBA MAIS!
Assista ao vídeo: SONDAGEM - O que é e quais são os tipos?
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=1Lt64z7ZQQU
18
3.2 Prospecção por Processos Semidiretos
19
Figura 11 – Ensaio de penetração contínua
20
Figura 12 – Processo Indireto - Resistividade elétrica
21
4. PROBLEMAS EM FUNDAÇÕES
22
Figura - 13 (A) Torre de Pisa, Itália; (B e C) Cidade de Santos, SP; (D) Litoral de Santa
Catarina
23
Fundação rasa (direta ou superficial): Elemento de fundação cuja base está
assentada em profundidade inferior a duas vezes a menor dimensão da
fundação, recebendo aí as tensões distribuídas que equilibram a carga
aplicada. Para esta definição adota-se a menor profundidade, caso esta não
seja constante em todo o perímetro da fundação.
Bloco: Elemento de fundação rasa de concreto ou outros materiais tais como
alvenaria ou pedras, dimensionado de modo que as tensões de tração nele
resultantes sejam resistidas pelo material, sem necessidade de armadura.
Bloco de coroamento: Bloco estrutural que transfere a carga dos pilares para
os elementos da fundação profunda.
Estaca: Elemento de fundação profunda executado inteiramente por
equipamentos ou ferramentas, sem que, em qualquer fase de sua execução,
haja trabalho manual em profundidade. Os materiais empregados podem ser:
o Madeira
o Aço
o Concreto pré-moldado
o Concreto moldado in loco
o Argamassa
o Calda de cimento
o Ou qualquer combinação dos anteriores
Estaca de concreto moldada in loco: Estaca executada preenchendo-se,
com concreto, argamassa ou calda de cimento, perfurações previamente
executadas no terreno, podendo ser total ou parcialmente armada.
Interação fundação-estrutura: Processos de análise estrutural que
consideram conjuntamente as deformabilidades das fundações e da
superestrutura.
Atrito negativo: Atrito lateral que solicita estacas ou tubulões quando o
recalque do solo adjacente é maior do que o recalque dos elementos de
fundação. Esse fenômeno ocorre no caso de o solo estar em processo de
adensamento, provocado pelo seu peso próprio, por sobrecargas lançadas na
superfície, por rebaixamento do lençol freático, pelo amolgamento da camada
mole compressível decorrente de execução de estaqueamento etc
24
4.2 Ausência de investigação do Subsolo
25
4.3 Investigação Insuficiente
26
Figura 14 - Número insuficiente de sondagens: (A) área não investigada com subsolo
distinto;
27
Quando o número de sondagens executadas na fase de investigação é
insuficiente, os matacões podem ser confundidos com a ocorrência de perfil de
rocha contínua, induzindo soluções não compatíveis com o comportamento da
massa de solo.
Matacões são blocos de rocha ainda não decompostos alojados no solo
residual, originados do intemperismo diferencial da rocha, ou mesmo em solos
transportados, no caso de blocos de rochas que deslizam e encostas e se
alojam no solo.
28
Figura 16 – Profundidade de investigação insuficiente
1.
29
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
30
31