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10/04/2016

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ – UFPR


SETOR DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO CIVIL
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

LABORATÓRIO de MECÂNICA dos SOLOS


- Conceito de Plasticidade
- Ensaios LL, LP, LC

Christiane Wagner Mainardes Krainer

SUMÁRIO
1. Introdução

2. Plasticidade do Solo
2.1 Conceito
2.2 Plasticidade e Umidade
2.3 Coeficiente de Permeabilidade
2.4 Composição Mineral das Argilas
2.5 Argilo-Minerais

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SUMÁRIO
3. Estados de Consistência
3.1 Limites de Atterberg
3.2 Limites de Consistência
3.3 Limite de Liquidez
3.4 Limite de Plasticidade
3.5 Gráfico de Plasticidade
3.6 Limite de Contração
3.7 Grau de Contração
3.8 Índice de Fluidez
3.9 Índice de Consistência

1. INTRODUÇÃO

Os solos finos (silte e argila), não são caracterizados


adequadamente pelo ensaio de granulometria.

Necessita-se outros parâmetros:


– forma das partículas
– a composição mineralógica e química
– e as propriedades plásticas (relacionados com o teor de umidade)

Prof. Fabio Tonin

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1. INTRODUÇÃO

 Experiências realizadas por Atterberg, Terzaghi e


Goldschmidt mostraram que a plasticidade dos
solos é devida às cargas elétricas existentes nas
partículas laminares de argila, que influenciam na
sua estrutura.

http://www.civilnet.com.br/Files/MecSolos2/MEC.SOLOS.I.2011/CAP5.pdf

1. INTRODUÇÃO

 Para que a plasticidade possa manifestar-se em um


solo é necessário que a forma de suas partículas
finas permita que elas deslizem, umas por sobre
outras, desde que haja quantidade suficiente de
água para atuar como lubrificante.

http://www.civilnet.com.br/Files/MecSolos2/MEC.SOLOS.I.2011/CAP5.pdf

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1. INTRODUÇÃO

 Existem entre os extremos, onde a argila se


apresenta seca ou com consistência de lama, existe
um intervalo de umidade para o qual a argila se
comporta plasticamente.

http://www.civilnet.com.br/Files/MecSolos2/MEC.SOLOS.I.2011/CAP5.pdf

2. PLASTICIDADE DO SOLO

O termo plasticidade é entendido, na Mecânica dos


Solos, como sendo a propriedade que um material
apresenta de suportar deformações rápidas, sem
variação volumétrica apreciável e sem haver fissuração.

http://www.civilnet.com.br/Files/MecSolos2/MEC.SOLOS.I.2011/CAP5.pdf

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2. PLASTICIDADE DO SOLO

Propriedade dos solos finos que consiste na


maior ou menor capacidade de serem
moldados sob certas condições de umidade.

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2.1 CONCEITO DE PLASTICIDADE

ABNT - NBR 7250/82:

“É a propriedade de solos finos, entre largos


limites de umidade, de se submeterem a grandes
deformações permanentes, sem sofrer ruptura,
fissuramento ou variação de volume apreciável.”

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2.1 CONCEITO DE PLASTICIDADE

• argilo-minerais (solos finos)


– partículas que favorecem a plasticidade

• quartzo e o feldspato (solos arenosos)


– não desenvolvem misturas plásticas

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2.2 PLASTICIDADE E UMIDADE

Quanto
maior teor de umidade
implica em
menor resistência.
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2.3 COEFICIENTE DE
PERMEABILIDADE

• pode ser determinado através de:


– ensaios de laboratório (amostras indeformadas)

– ensaios “in situ”

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2.4 COMPOSIÇÃO MINERAL DAS


ARGILAS
• Argila
– partículas Ø < 0,002 mm (NBR 7250)

– em contato com a água adquire plasticidade

– não é constituída só de partículas que apresentam


plasticidade.

– é constituída de diversos tipos de partículas (tabela)

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2.4 COMPOSIÇÃO MINERAL DAS


ARGILAS
Tabela – classificação em função do tipo de partícula.

A plasticidade de um solo é devida aos argilo-minerais, às


micas e ao húmus existentes.

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2.4 COMPOSIÇÃO MINERAL DAS


ARGILAS

• Os argilo-minerais merecem destaque, pois:

teor argilo-minerais > teor mica e húmus

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2.5 ARGILO-MINERAIS

• São silicatos hidratados de alumínio, que apresentam:

– Plasticidade
– Permuta catiônica
– Dimensões < 2 mícron
– Forma lamelar e alongada.

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2.5 ARGILO-MINERAIS

• Podem ser classificados em diversos grupos, conforme:


– estrutura cristalina
– e propriedades semelhantes

• Principais grupos de argilo-minerais:


– Caulinitas
– Ilitas
– Montmorilonitas

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2.5 ARGILO-MINERAIS

Argila tipo 1:1 = Caulinitas

As ligações de hidrogênio são fracas, mas suficientemente


fortes para evitarem a penetração da água entre as
unidades estruturais.

As caulinitas são as argilas de maiores dimensões.


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2.5 ARGILO-MINERAIS

Argila tipo 1:1 = Caulinitas

Por esta razão, as caulinitas apresentam:


– pequena expansão
– difícil dispersão na água
– baixa plasticidade

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2.5 ARGILO-MINERAIS

Argila tipo 2:1 = Montmorilonitas

Possuem grande capacidade de adsorção de água e de


permuta catiônica, pois possuem ligações quebradas e
cargas negativas nas superfícies das unidades estruturais.

As montmorilonitas são as argilas de menores dimensões.

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2.5 ARGILO-MINERAIS
Argila tipo 2:1 = Montmorilonitas

Como a água penetra com grande facilidade entre as


camadas estruturais, as montmorilonitas possuem:
– fácil dispersão na água
– grande expansão
– alta plasticidade

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3. ESTADOS DE CONSISTÊNCIA

 Os limites de consistência são baseados no conceito de


que um solo constituído por partículas de pequeno
tamanho pode se situar em qualquer dos 4 estados:
sólido, semi - sólido, plástico e líquido, dependendo da
sua umidade.

http://www.civilnet.com.br/Files/MecSolos2/MEC.SOLOS.I.2011/CAP5.pdf

3. ESTADOS DE CONSISTÊNCIA

 Um solo se apresenta no estado líquido quando tem a


aparência fluida, ou de lama.
 No estado plástico, ele se apresenta com característica
moldável.
 No estado semi–sólido, já com características sólidas, o
solo ainda apresenta retração ao secamento.
 No estado sólido ele não sofre mais variação volumétrica.

http://www.civilnet.com.br/Files/MecSolos2/MEC.SOLOS.I.2011/CAP5.pdf

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3. ESTADOS DE CONSISTÊNCIA

 As respectivas umidades que definem a passagem de


um estado de consistência para outro, são chamadas
de limite de consistência.

http://www.civilnet.com.br/Files/MecSolos2/MEC.SOLOS.I.2011/CAP5.pdf

3. ESTADOS DE CONSISTÊNCIA

 Consistência

 Grau de resistência e plasticidade do solo que


dependem das ligações internas entre as partículas
do solo.

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3. ESTADOS DE CONSISTÊNCIA
Solos coesivos possuem:
– uma consistência plástica entre certos teores
limites de umidade
– abaixo destes teores eles apresentam uma
consistência sólida
– acima uma consistência líquida
– e ainda, uma consistência semi-sólida (entre
plástica e sólida)

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3. ESTADOS DE CONSISTÊNCIA

 Albert Atterberg
 Os solos finos apresentam variações de estado
de consistência em função do teor de umidade.

 Limites de Atterberg (limites de consistência)


 “teores de umidade limite para tipos de solos”

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3.1 LIMITES DE ATTERBERG


A presença de água nos solos finos pode afetar significativamente o
comportamento de engenharia, portanto, são necessários índices de referência
que evidenciem esses efeitos.

(Holtz and Kovacs, 1981)


https://docs.google.com/presentation/d/11Pa6XBVYWV65zQ9zUp3WAfRQkbV5zEh5zXxrY_Ainyw/htmlpresent

3.1 LIMITES DE ATTERBERG

Mistura fluida
solo-água Estado Líquido

Limite de Liquidez,
crescente
Teor de umidade

LL
Estado Plástico
Limite de
Plasticidade, LP
Estado Semi-sólido

Limit de Contração, *LC

Estado
Solo Sólido
seco
https://docs.google.com/presentation/d/11Pa6XBVYWV65zQ9zUp3WAfRQkbV5zEh5zXxrY_Ainyw/htmlpresent

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3.2 LIMITES DE CONSISTÊNCIA


Os teores de umidade correspondentes aos
limites de consistência entre:
sólido e semi-sólido;
semi-sólido e plástico;
e plástico e líquido.....
...são definidos como:
• Limite de Contração (LC)
• Limite de Plasticidade (LP)
• Limite de Liquidez (LL)

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3.2 LIMITES DE CONSISTÊNCIA

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3.2 LIMITES DE CONSISTÊNCIA

 Estado líquido – o solo apresenta aparência fluida

 Estado plástico – solo se apresenta com característica moldável

 Estado semi-sólido – o solo ainda apresenta retração ao secamento

 Estado sólido – o solo não sofre mais variação volumétrica


http://www.civilnet.com.br/Files/MecSolos2/MEC.SOLOS.I.2011/CAP5.pdf

3.3 LIMITE DE LIQUIDEZ (LL)


 Atterberg definiu o limite de liquidez em termos de uma técnica
de laboratório que consiste em colocar o solos misturado com
água em uma concha, fazendo no solo uma ranhura.
 Em seguida, a concha é golpeada contra uma superfície dura até
fechar a ranhura num determinado comprimento.
 O solo tem a umidade correspondente ao limite quando as
bordas inferiores da ranhura se tocam, num determinado
comprimento, após um certo números de golpes.

http://www.civilnet.com.br/Files/MecSolos2/MEC.SOLOS.I.2011/CAP5.pdf

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3.3 LIMITE DE LIQUIDEZ (LL)

 A necessidade de normalizar o processo para a determinação


do limite de liquidez levou Casagrande a elaborar um aparelho
que pudesse ser utilizado em todos os laboratórios, de uma
maneira padronizada, minimizando a influência do operador
sobre o resultado obtido, este aparelho leva o nome de
“APARELHO DE CASAGRANDE”.

http://www.civilnet.com.br/Files/MecSolos2/MEC.SOLOS.I.2011/CAP5.pdf

3.3 LIMITE DE LIQUIDEZ (LL)

 Este aparelho consiste de uma calota de latão que


conterá o material e que cairá sobre uma base sólida
(ebonite), queda provocada por um excêntrico ligado a
uma manivela, à qual se dá um movimento de rotação.

http://www.civilnet.com.br/Files/MecSolos2/MEC.SOLOS.I.2011/CAP5.pdf

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3.3 LIMITE DE LIQUIDEZ (LL)


O Limite de Liquidez é o teor de umidade para o qual a ranhura de solo se fecha com
25 golpes, no aparelho de Casagrande.

N=25 golpes *

Abertura da ranhura =
12,7mm (0.5 in)

(Holtz and Kovacs, 1981)

https://docs.google.com/presentation/d/11Pa6XBVYWV65zQ9zUp3WAfRQkbV5zEh5zXxrY_Ainyw/htmlpresent

3.3 LIMITE DE LIQUIDEZ (LL)

Prof. Dr. Celso Augusto Guimarães Santos

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3.3 LIMITE DE LIQUIDEZ (LL)


“Aparelho de Casagrande”

http://www.civilnet.com.br/Files/MecSolos2/MEC.SOLOS.I.2011/CAP5.pdf

3.3 LIMITE DE LIQUIDEZ (LL)


“Aparelho de Casagrande”

http://www.civilnet.com.br/Files/MecSolos2/MEC.SOLOS.I.2011/CAP5.pdf

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3.3 LIMITE DE LIQUIDEZ (LL)


 São colocados 70g de solo, que passa na peneira com abertura igual a
0.42 mm, homogeneizada com água até formar uma pasta, na calota do
aparelho.
 Com o cinzel abrira-se uma ranhura no centro da calota. Gira-se a
alavanca na velocidade de 2 revoluções por segundo, conta-se o
números de golpes da calota, necessários para obter-se o fechamento
da ranhura em 1 cm entre as paredes inferiores.
 Convém na 1ª determinação com a pasta que sejam necessárias mais de
25 golpes para o fechamento da ranhura.

http://www.civilnet.com.br/Files/MecSolos2/MEC.SOLOS.I.2011/CAP5.pdf

3.3 LIMITE DE LIQUIDEZ (LL)


 Acrescentando-se água ao solo repete-se o processo anterior pelo
menor 3 vezes.

 Dessa maneira resulta 4 pares de valores umidade x n.º de golpes que,


colocadas no gráfico semi logarítmico com o n.º de golpes no eixo
logarítmico, se alinham numa reta.

 O limite de liquidez é então obtido como sendo a umidade


correspondente a 25 golpes.

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3.3 LIMITE DE LIQUIDEZ (LL)


Sequência do ensaio (LL)

https://docs.google.com/presentation/d/11Pa6XBVYWV65zQ9zUp3WAfRQkbV5zEh5zXxrY_Ainyw/htmlpresent

3.3 LIMITE DE LIQUIDEZ (LL)

Prof. Dr. Celso Augusto Guimarães Santos

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3.3 LIMITE DE LIQUIDEZ (LL)

Método de
Casagrande

https://docs.google.com/presentation/d/11Pa6XBVYWV65zQ9zUp3WAfRQkbV5zEh5zXxrY_Ainyw/htmlpresent

3.3 LIMITE DE LIQUIDEZ (LL)

LL = w / (1,419 – 0,3 log n)


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3.3 LIMITE DE LIQUIDEZ (LL)


Índice de Liquidez (IL)
O índice de liquidez é indicativo das tensões
vividas pelo solo ao longo de sua história
geológica.

Onde:
w = umidade natural
LL = limite de liquidez
LP = limite de plasticidade

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3.4 LIMITE DE PLASTICIDADE (LP)


O limite de plasticidade (LP) é determinado pelo cálculo da
porcentagem da umidade para a qual o solo começa a se
fratura quando se tentar moldar, com ele, um cilindro de 3
mm de diâmetro e cerca de 10 cm de comprimento.

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3.4 LIMITE DE PLASTICIDADE (LP)


 Para determinação do LP são usados 50,0g de material passando na
peneira com abertura igual a 0.42 mm.
 Desse material homogeneizando com água até adquirir
característica plástica, toma-se cerca de 15,0g e sobre uma placa de
vidro, procura-se fazer pequenos cilindros de solo com 3 mm de
diâmetro e cerca de 10 centímetros de comprimento, rolando o
solo entre a mão e a placa de vidro até que o cilindro apresente as
primeiras fissuras.

3.4 LIMITE DE PLASTICIDADE (LP)

 A umidade desse material é definida com limite de plasticidade


do solo ensaiado. Repete-se pelo menos 2 vezes o processo
para obter-se o valor médio.

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3.4 LIMITE DE PLASTICIDADE (LP)

(Holtz and Kovacs, 1981)

O limite de plasticidade, LP, é o teor de umidade no qual um cilindro de

solo com 3,2 mm de diâmetro começa a trincar quando moldado.


*
ASTM D4318-95a, BS1377: Part 2:1990:5.3

https://docs.google.com/presentation/d/11Pa6XBVYWV65zQ9zUp3WAfRQkbV5zEh5zXxrY_Ainyw/htmlpresent

3.4 LIMITE DE PLASTICIDADE (LP)


APARELHAGEM
A aparelhagem necessária é a seguinte:

a) Cápsula de porcelana com capacidade de 500 ml;

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3.4 LIMITE DE PLASTICIDADE (LP)

b) espátula com lâmina flexível de cerca de 8 cm de comprimento e


2 cm de largura;

8 cm
2 cm

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3.4 LIMITE DE PLASTICIDADE (LP)

c) placa de vidro de superfície esmerilhada;

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3.4 LIMITE DE PLASTICIDADE (LP)

d) cilindro de comparação de 3 mm de diâmetro e cerca de 10 cm de


comprimento;

3 mm

10 cm

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3.4 LIMITE DE PLASTICIDADE (LP)

e) recipiente que permita guardar amostras sem perda de umidade


antes de sua pesagem;

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3.4 LIMITE DE PLASTICIDADE (LP)

f) balança com capacidade de 200 g, sensível a 0,01 g;

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3.4 LIMITE DE PLASTICIDADE (LP)

g) estufa capaz de manter a temperatura entre 1050 e 1100 C.

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3.4 LIMITE DE PLASTICIDADE (LP)


ENSAIO
a) Coloca-se a amostra na cápsula e junta-se água destilada em quantidade
suficiente para se obter massa plástica. Deve-se adicionar a água aos
poucos, misturando-se continuamente com a espátula até a completa
homogeneização da massa;

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3.4 LIMITE DE PLASTICIDADE (LP)


b) separam-se cerca de 20 g da massa obtida como descrito na alínea a,
modelando-a na forma elipsoidal. Rola-se esta massa entre os dedos e a
face esmerilhada da placa de vidro, com pressão suficiente, a fim de moldá-
la na forma de um cilindro de diâmetro uniforme. O número de rolagens
deverá estar compreendido entre 80 e 90 por minuto, considerando-se uma
rolagem como o movimento da mão para a frente e para trás, retornando
ao ponto de partida.

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3.4 LIMITE DE PLASTICIDADE (LP)


b.1) Quando o diâmetro do cilindro de solo atingir 3 mm, quebra em seis ou oito
pedaços; amassa-se, a seguir, com os dedos, os referidos pedaços até se obter
uma massa de forma elipsoidal. Procede-se novamente à rolagem até formar um
cilindro de 3 mm de diâmetro, juntando, amassando e rolando, respectivamente,
até que o cilindro de solo desagregue sob a pressão requerida para a rolagem e
não seja mais possível formar um novo cilindro com o solo. A desagregação pode
ocorrer quando o cilindro de solo apresentar um diâmetro maior do que 3 mm.
Este deve ser considerado um estágio final satisfatório, tendo em vista que o solo
foi antes rolado até atingir a forma de um cilindro de 3 mm de diâmetro.

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3.4 LIMITE DE PLASTICIDADE (LP)

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3.4 LIMITE DE PLASTICIDADE (LP)


Sequência do ensaio (LP)

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3.4 LIMITE DE PLASTICIDADE (LP)


OBSERVAÇÃO:
 A desagregação se manifesta diferentemente, conforme o tipo do solo. Alguns
solos se desagregarão em numerosos pequenos aglomerados de partículas.

 Outros, poderão formar uma camada externa, tubular, que começa a


desagregar em ambas as pontas, progredindo em direção ao meio e,
finalmente, o cilindro rompe em vários pedaços pequenos.

 Solos muito argilosos requerem mais pressão da mão para a deformação do


cilindro, particularmente quando se aproxima do Limite de Plasticidade,
quando, então, o cilindro parte-se em uma série de segmentos, com a forma de
tubo, cada um com cerca de 6 a 10 mm de comprimento.

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3.4 LIMITE DE PLASTICIDADE (LP)


OBSERVAÇÃO:
 Dificilmente o operador poderá produzir a desagregação do cilindro exatamente
com 3 mm de diâmetro, a não ser reduzindo o número de rolagens, a pressão da
mão, ou ambos e continuando a operação, sem deformação posterior, até que o
cilindro se desagregue.

 É permitido, entretanto, reduzir a quantidade total de deformações no caso de


solos pouco plásticos fazendo com que o diâmetro inicial da massa de solo de
forma elipsoidal se aproxime dos requeridos 3 mm de diâmetro final;

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3.4 LIMITE DE PLASTICIDADE (LP)


c) Ao se fragmentar o cilindro, transferem-se imediatamente os seus pedaços para o
recipiente e determina-se a umidade pela fórmula:

Ph  Ps
h x100
Ps

em que:
h - teor de umidade, em porcentagem;
Ph- peso do material úmido;
Ps- peso do material seco em estufa a 1050 - 1100 C, até constância de peso

d) Repetem-se as operações anteriores até que se obtenham 3 valores que não


difiram da respectiva média de mais de 5%.
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3.4 LIMITE DE PLASTICIDADE (LP)

RESULTADO:
O Limite de Plasticidade - LP é expresso pela média dos teores de umidade
obtidos como foi indicado.

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3.4 LIMITE DE PLASTICIDADE (LP)

Índice de Plasticidade (IP)


Fisicamente representaria a quantidade de água
que seria necessário a acrescentar a um solo,
para que ele passasse do estado plástico ao
líquido.

IP = LL – LP

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3.4 LIMITE DE PLASTICIDADE (LP)

Índice de Plasticidade (IP)


• IP:
– determina o caráter de plasticidade de um solo
– quando maior mais plástico será o solo
• Classificação (Jenkins):
Fracamente plásticos 1 < IP ≤ 7

Medianamente plásticos 7 < IP ≤ 15

Altamente plásticos IP > 15

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3.5 GRÁFICO DE PLASTICIDADE

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3.6 LIMITE DE CONTRAÇÃO


A determinação de LC, teor de umidade a partir do qual o solo não
mais se contrai, não obstante continue perdendo peso, é feita
tendo em vista que o índice de vazios da amostra é o mesmo, quer
quando saturada (no momento que cessa a contração), quer
estando completamente seca.

LC = (γa/γs) – (1/δ)

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3.6 LIMITE DE CONTRAÇÃO


Um outro modo de calcular LC:

LC = h – (V1 – V2)γa/Ps

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3.7 GRAU DE CONTRAÇÃO (C)

É a razão da diferença entre os volumes inicial (Vo) e final


(Vf) após a secagem da amostra, para o volume inicial
(Vo), expressa em porcentagem:

C = (Vo - Vf)/ Vo
solos bons C < 5%
solos regulares 5% < C < 10%
solos sofríveis 10% < C < 15%
solos péssimos C > 15%

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3.8 ÍNDICE DE FLUIDEZ

IF = h10 – h100

h10
IF
h100

log10 log100 log N

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3.9 ÍNDICE DE CONSISTÊNCIA (IC)

Busca situar o teor de umidade do solo no


intervalo de interesse para a utilização na
prática, ou seja, entre o limite de liquidez e o
de plasticidade.

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3.9 ÍNDICE DE CONSISTÊNCIA (IC)


Quantitativamente, cada um dos tipos pode ser
identificado quando se tratar de argilas saturadas,
pelo seu índice de consistência
IC = (LL - w)/IP
do seguinte modo:
muito moles IC < 0
moles 0 < IC < 0,50
médias 0,50 < IC < 0,75
rijas 0,75 < IC < 1,00
duras IC > 1,00
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3.9 ÍNDICE DE CONSISTÊNCIA (IC)


Qualitativamente, cada um dos tipos pode ser identificado do
seguinte modo:
• Muito moles
– as argilas que escorrem com facilidade entre os dedos, se apertadas nas
mãos;
• Moles
– as que são facilmente moldadas pelos dedos;
• Médias
– as que podem ser moldadas pelos dedos;
• Rijas
– as que requerem grande esforço para serem moldadas pelos dedos;
• Duras
– as que não podem ser moldadas pelos dedos e que, ao serem submetidas
o grande esforço, desagregam-se ou perdem sua estrutura original.

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