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2. Ementa
Agregados. Aglomerantes. Argamassa e Concreto. Dosagem de Concreto. Controle Tecnológico do
Concreto. Aditivos para concreto e argamassa.
3. Forma de Avaliação
P1 - Prova escrita sem consulta referente ao tema de Agregados
P2 - Prova escrita sem consulta referente ao tema de Aglomerantes
P3 - Prova escrita sem consulta referente ao tema de Concreto
P4 - Prova escrita com consulta referente aos temas de Dosagem e Controle Tecnológico do Concreto
P5 - Prova escrita sem consulta referente aos temas Argamassas, Aditivos para Concreto e Argamassa
ME = Média dos exercícios desenvolvidos durante a disciplina, sendo proposto pela docente no mínimo 4
exercícios ao longo do ano letivo
A nota final da disciplina será calculada pela seguinte fórmula:
P1 P 2 P3 P 4 P5
Média Anual *0,85 ME *0,15
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Durante a realização das provas remotas síncronas, a docente poderá solicitar que os acadêmicos mantenham
suas câmeras ligadas para identificação do acadêmico e controle da não consulta de materiais. É proibido o
plágio ou cópia de questões.
As datas de realização das provas e entregas dos exercícios serão definidas durante as aulas síncronas ao longo
do desenvolvimento da disciplina em comum acordo com os acadêmicos regularmente matriculados na
disciplina.
Haverá controle de frequência durante as aulas síncronas.
O Exame final da disciplina consiste em uma prova teórica sobre todo o conteúdo.
Se no III período for permitido atividade prática presencial haverá a realização de um trabalho prático presencial
em equipes de até 6 (seis) acadêmicos e a Média anual ficará da seguinte forma:
TP = Trabalho prático em equipe
P1 P 2 P3 P 4 P5
Média Anual * 0,80 ME * 0, 05 TP * 0,15
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4. Bibliografia Básica
NEVILLE, A.M, BROOKS, J.J.; Tradução Ruy Alberto Cremonini. Tecnologia do Concreto. 2ªed. Porto Alegre:
Bookman, 2013.
NEVILLE, A. M. Tradução Ruy Alberto Cremonini. Propriedades do Concreto. 5ª ed. Porto Alegre: Bookman,
2016.
ISAIA, G.C. Concreto: Ciência e Tecnologia. São Paulo: IBRACON, 2011.
ISAIA, G. C. Concreto: Ensino, pesquisa e realizações. São Paulo: IBRACON, 2005.
ISAIA, G. C. Materiais de Construção Civil e Princípios de Ciência e Engenharia de Materiais. 2ª ed. São
Paulo: IBRACON, 2010.
MEHTA, P.K.; MONTEIRO, P. Concreto, estrutura, propriedades e materiais. São Paulo: IBRACON, 2008.
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1 ROCHAS
Rochas silicosas: São rochas em que predomina a sílica (SiO2), têm as maiores
resistências mecânicas e maior durabilidade.
Rochas calcárias: Predomina o CaCO3. São rochas de boa resistência, mas
durabilidade considerada média.
Rochas argilosas: Predomina a argila, têm baixíssima resistência mecânica e
baixíssima durabilidade.
1.2.1 Granito
Rocha ígnea, muito dura, de textura cristalina e de grãos finos ou médios. Tem fratura
irregular ou concóide (conchoidal) e é muito comum na natureza. Compõe-se de quartzo,
feldspato ou mica. A cor predominante do granito depende principalmente do feldspato e
pode ser rósea, marrom, amarelada, cinza ou azulada. Sua massa específica varia de 2.500 a
3.000 kg/m3 e sua resistência à compressão é, em média, 150 MPa.
O granito é excelente rocha de construção, desde que não se apresente alterado. Sua
resistência mecânica e durabilidade são as maiores dentre as demais rochas utilizadas em
construção. Sua dureza, entretanto, dificulta o trabalho da rocha, sendo por isso vantajoso
executar-se este trabalho próximo à extração, porque a água da pedreira que permanece em
seus interstícios e vazios facilita muito a ação das ferramentas. É muito indicado para
calçamento, por resistir excepcionalmente bem ao choque e ao desgaste. Em todas as obras
em que predomina os esforços de compressão é aconselhável o seu uso, tais como muros de
arrimo, alvenaria e mesmo pontes em arco.
Sua utilização principal é como agregado (base de pavimentos, concretos asfálticos e
de cimento Portland). Atualmente, tem sido muito utilizado como revestimento de pisos e
paredes na forma polida, por sua aparência estética (textura, coloração), resistência ao
desgaste e durabilidade.
1.2.2 Basalto
Rocha ígnea constituída à base de feldspato. É uma rocha de coloração cinza escuro
que tem grande resistência e dureza. Como agregados apresentam algumas características
importantes: a primeira, a grande dureza que provoca desgastes importantes dos britadores
(menos importantes dos que os observados nos granitos); a segunda, a forma dos grãos
predominantemente lamelares. Em compensação devido ao seu fraturamento natural, exige
menos explosivos na exploração das pedreiras para a produção de agregados o que faz com
que o seu custo de produção seja geralmente inferior aos agregados graníticos. A sua massa
específica é da ordem de 2.800 a 3.000 kg/m3 e sua resistência à compressão pode alcançar
valores da ordem de 200MPa.
Pode ser empregado em forma de placas polidas para o revestimento de pisos onde
haja grande trânsito de pedestre, por sua grande resistência à abrasão. Em forma bruta (sem
polimento), é usado como piso em placas esquartejadas para jardins em torno de piscinas.
1.2.3 Calcários
São rochas sedimentares compostas basicamente por carbonatos de cálcio associados,
em certos casos, aos carbonatos de magnésio. Os calcários formados predominantemente por
carbonato de cálcio são denominados “calcários calcíticos” e aqueles que apresentam
quantidade expressiva de carbonato de magnésio são conhecidos por “calcários dolomíticos
ou magnesianos”.
Estas rochas podem ser facilmente distinguidas das demais por três propriedades
importantes:
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1.2.4 Mármores
São rochas originadas do metamorfismo dos calcários. Apresentam as mesmas
propriedades anteriormente descritas pelo calcário. Sua principal utilização em construção
civil é no revestimento de interiores sob a forma de placas. Apresentam durabilidade e
resistência à abrasão inferiores as do granito.
1.2.5 Gnaisses
Rochas metamórficas que se caracterizam pela xistosidade particular que constitui a
estrutura gnáissica. Representam o último grau de alteração de rochas sedimentares e
constituem o grupo dos paragnaisses ou então provêm do metamorfismo dos granitos e são
chamados ortognaisses. Apresentam aspecto e características físicas e mecânicas semelhantes
a dos granitos e, portanto, possuem praticamente os mesmos usos.
2 AGREGADOS
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10. Estocagem – Os agregados vão para depósitos a céu aberto ou para silos, separados
conforme sua faixa granulométrica.
Tabela 1: Quantidade de amostras a serem coletadas para os ensaios químicos e físicos dos
agregados.
Quantidade total da amostra de campo
Tamanho nominal do Número mínimo de
(mínimo)
agregado amostras parciais
Em massa (kg) Em volume (dm3)
9,5 mm 25 40
9,5 mm 19 mm 25 40
19 mm 37,5 mm 3 50 75
37,5 mm 75 mm 100 150
75 mm 125 mm 150 225
Obs.: amostras parciais são parcelas de agregado obtidas de uma só vez do lote de agregado, em um
determinado plano ou local, obedecendo a um plano de amostragem.
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areia, aumentando o índice de vazios da areia o que resultará em prejuízos no estado fresco
das argamassas e concretos.
O efeito da presença de argila em um agregado que se destina a ser utilizado em
concreto depende também do modo que ela está distribuída. Para a resistência do concreto, o
material pulverulento é muito mais nocivo quando é encontrado formando uma fina película
que cobre os grãos do agregado, do que quando se acha uniformemente distribuído em toda a
massa. No primeiro caso, a aderência entre a pasta de cimento e o agregado fica reduzida,
enquanto no segundo é algumas vezes favorável.
A determinação do material pulverulento (passante na peneira 0,075 mm) é feita
conforme a ABNT NBR NM 46, com os seguintes procedimentos:
- Coletar uma amostra representativa do agregado de acordo com a ABNT NBR NM 26 e
formar uma amostra de ensaio ligeiramente superior a apresentada na Tabela 3, sempre
que possível com o material úmido a fim de evitar a segregação da fração pulverulenta.
Observação:
- Quando o material pulverulento for constituído totalmente de grãos gerados durante a britagem da
rocha, os limites podem ser alterados de 3% para 10% (para concreto submetido a desgaste
superficial) e de 5% para 12% (para concreto protegido do desgaste superficial), desde que seja
possível comprovar, por apreciação petrográfica, realizada de acordo com a ABNT NBR 7389,
que os grãos constituintes acima de 150 µm não indicam a presença de finos que interferem nas
propriedades do concreto. São exemplos de materiais prejudiciais os materiais micáceos,
ferruginosos e argilominerais expansivos.
Para agregado graúdo: 1,0 %
Observações:
- Para agregados produzidos a partir de rochas com absorção de água inferior a 1%, determinados
conforme a ABNT NBR NM 53, o limite de material fino pode ser alterado de 1% para 2%.
- Para agregado total, definido conforme 2.4.3, o limite de material fino pode ser composto de até
6,5%, desde que seja possível comprovar, por apreciação petrográfica, realizada de acordo com a
ABNT NBR 7389, que os grãos constituintes acima de 150 µm não indicam a presença de finos
que interferem nas propriedades do concreto. São exemplos de materiais prejudiciais os materiais
micáceos, ferruginosos e argilominerais expansivos.
37,5
31,5
25
19
12,5
9,5
6,3
4,75
2,36
1,18
0,6
0,3
0,15
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Para cada uma das amostras de ensaio (m1 e m2), calcular a porcentagem retida, em
massa, em cada peneira, com aproximação de 0,1%. As amostras devem apresentar
necessariamente a mesma dimensão máxima característica e, nas demais peneiras, os valores
de porcentagem retida individualmente não devem diferir em mais de 4%. Caso isto ocorra,
repetir o peneiramento para outras amostras de ensaio até atingir esta exigência.
As porcentagens médias retidas acumuladas devem ser calculadas, para cada peneira,
com aproximação de 1%.
Com a massa de agregado sem pó (mf) deve ser feito o ensaio de granulometria,
porém para efeitos de cálculos a massa do agregado a ser considerada deverá ser a massa
total, ou seja, a massa inicial com pó do agregado, para isso a quantidade de pó determinada
no ensaio de material pulverulento deve ser somada a quantidade de material que ficou no
fundo do ensaio de granulometria.
Do ensaio de granulometria determina-se os seguintes parâmetros:
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Figura 2 : Limites granulométricos das Zonas Ótima e Utilizável da ABNT NBR 7211.
De um modo geral, pode-se afirmar que é possível utilizar areias fora das faixas
recomendadas pela ABNT NBR 7211, porém segundo esta norma estudos prévios de
dosagem devem ser realizados para comprovar a sua aplicabilidade. Durante o processo de
dosagem do concreto, esta deficiência em granulometria deve ser compensada na definição
da relação entre agregado graúdo e miúdo que deve ser tanto maior quanto mais fino o
agregado miúdo. Em geral, areias muito grossas podem produzir misturas de concreto ásperas
e não trabalháveis, sendo necessário um teor elevado de areia para se conseguir maior
trabalhabilidade. Areias mais grossas são mais apropriadas para misturas mais ricas em
cimento ou para uso em concretos secos. O uso de areias muito finas, geralmente implica
num aumento da demanda de água nos concretos e argamassas para manter a consistência e a
trabalhabilidade, o que pode gerar um aumento no consumo de cimento para manter a relação
água/cimento, sendo antieconômicas. Com o emprego de areias mais finas, pode-se reduzir o
teor de argamassa nos concretos, o que, de certa forma, diminui o problema.
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Para o agregado graúdo os limites preconizados pela ABNT NBR 7211 são os
apresentados na Tabela 8.
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Como visto no item anterior, areias das mais diversas granulometrias podem ser
utilizadas para concreto. Dever ser lembrado que a escolha de um agregado miúdo deve ser
baseada também em critério econômico, ou seja, muitas vezes é preferível utilizar uma areia
com uma granulometria menos favorável, mas mais barata do que trazer uma areia de melhor
granulometria de uma jazida distante, pois o custo de transporte passa a ser determinante na
escolha. Entretanto, volta-se a enfatizar que existem certos limites ou faixas granulométricas
em que se obtém melhores resultados em termos de dosagem, quer sob o ponto de vista
técnico ou econômico. Devido a isto, sempre que possível, é interessante que se façam
composições de agregados miúdos de modo a obter uma mistura com características
granulométricas o mais próximo possível das especificações da Zona Ótima
(ABNT NBR 7211). Isto quer dizer que, às vezes, é possível conseguir-se um bom agregado
miúdo a partir de uma mistura de dois agregados miúdos inadequados ou menos adequados
(um fino e um grosso).
Exemplo: Compor uma mistura entre duas areias de modo a se obter um agregado
miúdo mais adequado para o uso em concreto. Usar como referência a curva da
ABNT NBR 7211.
AREIA A AREIA B
Peneira Massa % % retida Peneira massa % % retida
(mm) retida (g) retida acumulada (mm) retida (g) retida acumulada
9,5 0 0 0 9,5 0 0 0
6,3 0 0 0 6,3 50 10 10
4,75 0 0 0 4,75 20 4 14
2,36 0 0 0 2,36 80 16 30
1,18 28 7 7 1,2 100 20 50
0,6 92 23 30 0,6 110 22 72
0,3 100 25 55 0,3 115 23 95
0,15 100 25 80 0,15 25 5 100
Fundo 80 20 100 fundo 0 0 100
Soma 400 100 soma 500 100
0
Porcentagem retida acumulada
10 Zona Ótima da
NBR 7211:2005
20 Areia A
30
40 Areia B
50
80%A e 20%B
60
70 60%A e 40%B
80
40%A e 60%B
90
100 20%A e 80%B
0,1 1 10
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Onde:
m = massa da amostra seca
V = volume do frasco
Va = água adicionada ao frasco para completar o volume total
m1 = massa do conjunto frasco mais agregado
m2 = massa total (frasco + agregado + água)
a = massa específica da água na temperatura do banho
msss m2 m1
d2 Va
V Va a
Onde:
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m m2 m1
d3 Va
msss m a
(V Va )
a
Onde:
m = massa seca da amostra
msss = massa saturada superfície seca da amostra
V = volume do frasco
Va = água adicionada ao frasco para completar o volume total
a = massa especifica da água na temperatura do banho
m1 = massa do conjunto frasco mais agregado
m2 = massa total (frasco + agregado + água)
Processo do Picnômetro:
Procedimento:
- Pesa-se o picnômetro com água (Pag)
- Retira-se um pouco da água do picnômetro e pesa-se a água que ficou no
picnômetro (mA).
- Coloca-se uma pequena quantidade da amostra de agregado a ser ensaiada no interior do
picnômetro com o auxílio de um funil e pesa-se (mB).
- Remove-se o ar aderido nas partículas do agregado por agitação ou, preferencialmente,
com o auxílio de uma bomba de vácuo e completa-se o restante do espaço com água.
- Pesa-se o picnômetro com amostra e água (Pag+a)
m
d1 m mB m A
( Pag ( Pag a m))
Onde:
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m
d3 A h hsup
( Pag ( Pag a m)) A m
Am msss m
Onde:
m = massa seca da amostra
msss = massa saturada superfície seca da amostra
Pag = massa do picnômetro com água
Pag+a = massa do picnômetro com água mais amostra
A = absorção (%)
Am = absorção em massa (g)
h = umidade total do agregado
hsup = umidade superficial do agregado
A pesagem do material deve ser realizada em balança com precisão mínima de 0,1
grama. O ensaio deve ser realizado com no mínimo duas amostras do agregado e os
resultados dos ensaios não devem diferir em mais de 0,02 g/cm³ para a massa específica.
Tomar como valor definitivo a média dos valores correspondentes obtidos e registrar com
aproximação de 0,01 g/cm³.
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m
d1 m mB m A
L 200
Deve-se fazer duas determinações com amostras do mesmo agregado miúdo e estas
determinações não devem diferir entre si de mais de 0,05 g/cm3. Tomar como valor definitivo
a média dos valores correspondentes obtidos e registrar com aproximação de 0,01 g/cm³.
Procedimento de ensaio:
- Coletar a amostra seguindo o procedimento estabelecido na ABNT NBR NM 26 e reduzi-
la de acordo com a ABNT NBR NM 27.
- Eliminar todo o material passante pela peneira 4,75 mm por via seca, exceto quando o
agregado contém mais de 2% de material que passa na referida peneira ou quando o material
passante apresentar evidentes sinas de alteração mineralógica. O material menor que
4,75mm deve ser ensaiado conforme a NM 52.
- Para a realização do ensaio, a amostra deve possuir a massa mínima definida na Tabela
10.
- Lavar completamente o agregado para remover o pó ou outro material aderido na
superfície dos grãos.
- Secar a amostra de ensaio a temperatura de 1055 ºC e deixar esfriar em temperatura
ambiente durante 1 a 3 horas.
- Pesar uma amostra (m) de acordo com a massa mínima exigida na Tabela 10.
- Submergir o agregado em água por 24 horas (244 ºC).
- Retirar a amostra da água e envolver em um pano até que toda a água visível seja
eliminada, ainda que a superfície apresente úmida. Enxugar cada grão durante a operação e
pesar (msss).
- Tara-se a balança com o recipiente que conterá a amostra quando imersa na água. Este
recipiente deverá ser feito de tela com 3,35 mm de abertura e possuir volume de 4 a 7 dm3.
- Coloca-se a amostra no recipiente imerso e faz-se a pesagem imersa (mi).
Tabela 10: Massa mínima por amostra de ensaio de massa específica e absorção de agregado graúdo.
Dimensão máxima característica do Massa mínima da
agregado (mm) amostra de ensaio (kg)
12,5 2
19 3
25 4
37,5 5
50 8
63 12
75 18
90 25
100 40
112 50
125 75
150 125
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m
d1
msss mi
Onde:
m = massa seca da amostra
msss = massa saturada superfície seca da amostra
mi = massa imersa
Onde:
m = massa seca da amostra
mi = massa imersa
m
d1
L f Li
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Onde:
m = massa seca da amostra (g)
Lf = leitura final no frasco graduado (cm³)
Li = leitura inicial no frasco graduado (cm³)
msss
d2
L f Li
Onde:
msss = massa saturada superfície seca da amostra (g)
Lf = leitura final no frasco graduado (cm³)
Li = leitura inicial no frasco graduado (cm³)
Este procedimento é indicado para cálculos rápidos, para amostras com geometria
irregular. A precisão é pequena pois depende da sensibilidade de leitura da proveta utilizada.
Tabela 11: Requisitos de dimensão para o recipiente utilizado no ensaio de massa unitária.
Recipiente
Dimensão máxima do
Capacidade Diâmetro Altura
agregado (mm)
mínima (dm3) interno (mm) interna(dm3)
d ≤ 37,5 10 220 268
37,5 < d ≤ 50 15 260 282
50 < d ≤ 75 30 360 294
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mar mr
ap
V
Onde:
ρap = massa unitária do agregado (kg/m³)
mar = massa do recipiente mais agregado seco (kg)
mr = massa do recipiente vazio (kg)
V = volume do recipiente (m³)
mar mr
ap
V
Onde:
ρap = massa unitária do agregado (kg/m³)
mar = massa do recipiente mais agregado seco (kg)
mr = massa do recipiente vazio (kg)
V = volume do recipiente (m³)
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100 d1 ap
EV
d1
Onde:
EV = índice de volume de vazios no agregado (%)
d1 = massa específica aparente do agregado seco (kg/m³)
ρap = massa unitária do agregado (kg/m³)
O teor de umidade é definido como a razão entre a massa de água contida numa
amostra de agregado e a massa desta amostra seca. O resultado é normalmente expresso em
porcentagem.
A água pode estar presente no interior, ou seja, nos poros e também na superfície do
agregado. A Figura 4 ilustra as diferentes condições de umidade de um agregado.
proporções reais da mistura de concreto e/ou argamassa. A massa de água livre dos
agregados deve ser diminuída da massa de água a ser adicionada na mistura e a massa de
agregado miúdo deve ser aumentada em mesma quantidade.
Quanto mais fino for o agregado, maior será a área superficial dos seus grãos, e
consequentemente maior será a sua capacidade de reter umidade superficial. Por este motivo,
a umidade superficial dos agregados miúdos é maior do que dos agregados graúdos e deve
ser levada em conta nos cálculos de quantidade de materiais para a produção de concreto.
Agregados graúdos raramente possuem mais de 1% de umidade superficial, mas, nos
agregados miúdos, esse valor pode chegar a 10%.
Conceitualmente, umidade é a relação entre a massa de água contida em uma amostra
de agregado e a massa desse agregado no estado seco, e pode ser expressa pela seguinte
expressão.
m ms
h h 100 mag mh ms
ms
Onde:
h = umidade do agregado (%)
ms = massa da amostra de agregado seco
mh = massa da amostra de agregado úmido
mag = massa de água contida na amostra
A determinação da umidade pode ser feita pelos seguintes meios:
- Secagem em estufa
- Secagem por aquecimento ao fogo
- Speedy moisture test
- Frasco de Chapmann
- Picnômetro
- Sensores elétricos
Este método apresenta boa precisão, mas é muito demorado e exige equipamento caro
(estufa) o que só se recomenda para trabalhos de laboratório.
Procedimento:
- Pesar uma amostra na balança do próprio aparelho;
- Colocar a amostra na garrafa, juntamente com ampolas de carbureto de cálcio;
- Colocar duas esferas de aço que servem para romper as ampolas;
- Fechar a garrafa e agitar o conjunto até que se observe uma estabilização na leitura da
pressão no manômetro;
- Verificar na tabela de calibração do aparelho que umidade corresponde a pressão
observada.
Procedimento:
- Colocar água potável no frasco de Chapman até a divisão de 200 mL, deixando-o em
repouso, para que a água aderida às faces internas escorra totalmente.
- Introduzir cuidadosamente (500 ± 1 g) de agregado miúdo úmido no frasco, o qual deve
ser devidamente agitado para eliminação das bolhas de ar.
- Após o repouso de aproximadamente 45 s do frasco de Chapman em superfície plana e
isenta de vibrações, a leitura do nível atingido pela água no gargalo indica o volume, em
milímetros, ocupado pelo conjunto água-agregado miúdo (V). As faces internas devem estar
secas e sem grãos aderentes.
- O teor de umidade superficial presente no agregado miúdo é calculado pela seguinte
expressão:
500 V 200 d1
h 100
V 700 d1
Onde:
h = teor de umidade superficial (%)
V = leitura do frasco de Chapman (volume ocupado pelo conjunto água-agregado
miúdo) (mL)
d1 = massa específica aparente seca do agregado (g/cm³)
100*(d1 K mh )
h
d1 *(mh K )
mh mB mA
K Pag ( Pag a mh )
Onde:
h = teor de umidade superficial (%)
mh = massa úmida da amostra
Pag = massa do picnômetro com água
Pag+a = massa do picnômetro com água mais amostra
d1 = massa específica aparente seca
Absorção
A determinação da absorção de um agregado miúdo (A) pode ser feita segundo o
procedimento descrito no item relativo à determinação da massa especifica do agregado
miúdo pelo procedimento da ABNT NBR NM 52, usando a seguinte expressão:
Am msss m
Onde:
Am = absorção em massa (g)
m = massa seca da amostra (g)
msss = massa saturada superfície seca da amostra (g)
A h hsup
Onde:
A = absorção (%)
h = umidade total do agregado
hsup = umidade superficial do agregado, determinado pelo processo do Frasco de
Chapman ou pelo picnômetro.
A absorção do agregado graúdo pode ser determinada pela diferença entre a massa saturada
superfície seca e massa seca determinada no ensaio de massa específica determinada pela NM 52.
Am msss m
Onde:
Am = absorção em massa (g)
m = massa seca da amostra (g)
msss = massa saturada superfície seca da amostra (g)
Direitos Autorais: Prof. Dr. Luiz Roberto Prudêncio Jr., UFSC – Atualizada Prof. Giovanna Gava, Unioeste em setembro/2019.
30
2.4.8 Inchamento
Vimos que a presença de umidade no agregado aumenta a sua massa de forma que é
necessária a correção das quantidades de materiais empregados.
No caso dos agregados miúdos, especialmente a areia, há ainda um segundo efeito da
presença de umidade: o inchamento.
O inchamento consiste no aumento do volume unitário de uma determinada massa de
areia causado pelos filmes de água, aderidos à superfície dos seus grãos, causando o
afastamento das partículas de areia.
O inchamento não afeta o proporcionamento dos materiais em massa, porém no caso
do proporcionamento em volume, o inchamento resulta em uma massa de areia menor
ocupando o mesmo espaço da caixa de medida.
O inchamento depende da composição granulométrica e do grau de umidade do
agregado, sendo maior para as areias finas que apresentam maior superfície específica.
O inchamento das areias aumenta com o acréscimo de umidade até que esta atinja 4 a
7%. Nesta faixa (que é a que normalmente se encontra nas areias em obra) se dá o
inchamento máximo. Depois destes teores, o inchamento decresce (saturação).
O coeficiente de inchamento de um agregado (i) é entendido como o coeficiente entre
os volumes úmido (Vh) e seco (Vs) de uma mesma massa de agregado, ou seja:
V
i h
Vs
O procedimento de ensaio para a determinação do inchamento de um agregado é
descrito pela ABNT NBR 6467:
- Obter uma amostra do agregado seco em estufa de aproximadamente 45 kg.
- Homogeneizar a amostra de agregado e determinar a sua massa unitária solta de acordo
com a ABNT NBR NM 45.
- Com a amostra de areia empregada no ensaio de massa unitária (somente o material que
foi colocado dentro do recipiente de ensaio) adicionar água em quantidades sucessivas, de
modo a obter teores de umidade próximo aos seguintes valores: 0,5%, 1%, 2%, 3%, 4%,
5%, 7%, 9% e 12%, realizando a cada adição de água as seguintes operações:
- Homogeneização cuidadosa da amostra após cada adição de água, de forma manual
ou com o auxílio do misturador mecânico, evitando a perda de material da amostra.
- Retirada de uma porção da amostra homogeneizada para determinação da massa
unitária solta do agregado de acordo com a ABNT NBR NM 45, registrando o
resultado obtido.
- Retirada de uma pequena porção da amostra homogeneizada para determinação da
umidade real do agregado.
- Para cada teor de umidade real, calcular o coeficiente de inchamento de acordo com a
equação:
Vh s 100 h
i
Vs h 100
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Onde:
i = coeficiente de inchamento do agregado
Vh = é o volume do agregado com um determinado teor de umidade (h)
Vs = é o volume do agregado seco em estufa
Vh/ Vs = é o coeficiente de inchamento do agregado
γh = é a massa unitária do agregado com um determinado teor de umidade (h)
γs = é a massa unitária do agregado seco em estufa
- Com os pares de valores (h, i) construir um gráfico com os valores de h no eixo das
abscissas e com os valores de i no eixo das ordenadas e traçar a curva de inchamento, de
modo a obter uma representação aproximada do fenômeno.
A curva da Figura 5 é a representação gráfica do fenômeno de inchamento para uma
areia de graduação média, onde na abscissa estão marcados os teores de umidade e na
ordenada os coeficientes de inchamento (relação entre os volumes unitários úmido e seco de
uma mesma massa de areia).
Com este gráfico é possível caracterizar uma areia, do ponto de vista de seu
inchamento, por dois índices: a umidade crítica e o coeficiente de inchamento médio, assim
definidos:
Umidade crítica: teor de umidade, expresso em porcentagem, acima do qual o
coeficiente de inchamento pode ser considerado constante e igual ao coeficiente de
inchamento médio.
Coeficiente de inchamento médio: valor médio entre o coeficiente de inchamento
máximo e aquele correspondente a umidade crítica.
- traçar a reta (u) paralelamente ao eixo das ordenadas, correspondente à interseção entre as
retas (r) e (t), obtendo-se sobre a curva o ponto B. A interseção da reta (u) com o eixo das
abscissas corresponde à umidade crítica.
Tabela 12: Limites máximos aceitáveis de substâncias nocivas no agregado miúdo com relação à
massa de material.
Quantidade máxima
Determinação Método de Ensaio relativa à massa de
agregado miúdo (%)
Torrões de argila e
ABNT NBR 7218 3,0
materiais fiáveis
Concreto aparente 0,5
Materiais carbonososa ASTM C 123
Concreto não aparente 1,0
Material fino que passa Concreto submetido ao
3,0
através da peneira desgaste superficial
ABNT NBR NM 46
75 µm por lavagem Concretos protegidos
5,0
(material pulverulento)b do desgaste superficial
A solução obtida no
c ABNT NBR NM 49 ensaio deve ser mais clara
Impurezas orgânicas
do que a solução-padrão
ABNT NBR 7221 10%d
a
Quando não for detectada a presença de materiais carbonosos durante a apreciação petrográfica, pode
prescindir do ensaio de quantificação de materiais carbonosos (ASTM C 123).
b
Quando o material pulverulento for constituído totalmente de grãos gerados durante a britagem da
rocha, os limites podem ser alterados de 3% para 10% (para concreto submetido a desgaste superficial)
e de 5% para 12% (para concreto protegido do desgaste superficial), desde que seja possível
comprovar, por apreciação petrográfica, realizada de acordo com a ABNT NBR 7389, que os grãos
constituintes acima de 150 µm não indicam a presença de finos que interferem nas propriedades do
concreto. São exemplos de materiais prejudiciais os materiais micáceos, ferruginosos e argilominerais
expansivos.
c
Quando a coloração da solução obtida no ensaio for mais escura do que a solução-padrão, a utilização
do agregado miúdo deve ser estabelecida pelo ensaio previsto na ABNT NBR 7221.
d
Diferença máxima aceitável entre os resultados de resistência à compressão comparativos
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Torrões de Argila:
São assim denominadas todas as partículas de agregado desagregáveis sob pressão
dos dedos (torrões friáveis). Sua presença é bastante nociva para a resistência de concretos e
argamassas pois se constituem em material de pouca resistência e, em certos casos,
expansivos. A porcentagem de torrões de argila é determina de acordo com os procedimentos
da ABNT NBR 7218.
Materiais Carbonosos:
São partículas de carvão, linhito, madeira e material vegetal sólido presente no
agregado. As partículas de baixa densidade são consideradas inconvenientes pois são
inclusões de baixa resistência. Além de afetarem a resistência, prejudicam o concreto quando
submetido à abrasão. As partículas de carvão e linhito podem desagregar o concreto, bem
como perturbar o endurecimento do cimento. Não há uma norma Brasileira para descrever o
ensaio de determinação do teor de materiais carbonosos, sendo recomendado o ensaio da
norma Americana ASTM C 123.
Tabela 13: Limites máximos aceitáveis de substâncias nocivas no agregado graúdo com relação à
massa de material.
Quantidade máxima
Determinação Método de Ensaio relativa à massa de
agregado graúdo (%)
Concreto aparente 1,0
Torrões de argila e Concretos sujeito ao
ABNT NBR 7218 2,0
materiais fiáveis desgaste superficial
Outros concretos 3,0
Concreto aparente 0,5
Materiais carbonososa ASTM C 123
Concreto não aparente 1,0
Material fino que passa
através da peneira
75 µm por lavagem ABNT NBR NM 46 1,0
(material
pulverulento)b,c
a
Quando não for detectada a presença de materiais carbonosos durante a apreciação petrográfica, pode
prescindir do ensaio de quantificação de materiais carbonosos (ASTM C 123).
b
Para agregados produzidos a partir de rochas com absorção de água inferior a 1%, determinados
conforme a ABNT NBR NM 53, o limite de material fino pode ser alterado de 1% para 2%.
c
Para agregado total, o limite de material fino pode ser composto de até 6,5%, desde que seja possível
comprovar, por apreciação petrográfica, realizada de acordo com a ABNT NBR 7389, que os grãos
constituintes acima de 150 µm não indicam a presença de finos que interferem nas propriedades do
concreto. São exemplos de materiais prejudiciais os materiais micáceos, ferruginosos e argilominerais
expansivos.
Impurezas orgânicas:
A matéria orgânica é a impureza mais frequente nos agregados miúdos,
principalmente os naturais. São detritos de origem vegetal na maior parte que, geralmente sob
a forma de partículas minúsculas, mas em grande quantidade, chegam a escurecer o agregado
miúdo. A cor escura da areia é indício de matéria orgânica, a menos que se trate de agregado
resultante de rocha escura, como é o caso do basalto.
As impurezas orgânicas da areia, normalmente formadas por partículas de húmus,
exercem uma ação prejudicial sobre a pega e endurecimento das argamassas e concretos.
Uma parte de húmus, que é ácida, neutraliza a água alcalina das argamassas e parte restante
envolve os grãos de areia, formando uma película sobre eles, impedindo desta forma, uma
perfeita aderência entre o cimento e as partículas de agregado. Por estas razões, as
argamassas e concretos preparados com areias que contenham uma proporção de matéria
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orgânica têm baixas resistências. Esta influência será maior quanto mais pobre for a mistura
(concretos com baixo consumo de cimento) e menor a idade.
A determinação do teor de matéria orgânica de um agregado úmido deve ser feita
através do procedimento da ABNT NBR NM 49, denominado também de ensaio
colorimétrico. O procedimento deste ensaio é descrito na seqüência:
- Coletada uma amostra representativa do agregado de acordo com a ABNT NBR NM 26,
formar uma amostra de ensaio de 200 g, sempre que possível com o material úmido a fim
de evitar a segregação da fração pulverulenta.
- Para o ensaio são necessárias duas soluções químicas:
- Solução de hidróxido de sódio a 3%, composta de 30 g de Hidróxido de sódio e
970 g de água destilada
- Solução de ácido tânico a 2%, composta de 2 g de ácido tânico, 10 ml de álcool e
90 ml de água destilada.
- Num frasco Erlenmeyer adicionar 200 g de agregado úmido seco ao ar e 100 ml da
solução de hidróxido de sódio. Agitar vigorosamente e deixar em repouso durante 24
horas.
- Simultaneamente, preparar uma solução padrão, adicionando a 3 ml da solução de ácido
tânico, 97 ml da solução de hidróxido de sódio. Agitar e deixar em repouso durante 24
horas.
- Após este período, transferir a solução padrão para um tubo de ensaio e, a seguir, realizar
a filtragem da solução que contém a amostra de agregado, usando um papel filtro
qualitativo. Transferir o material filtrado para um tubo de ensaio de mesmo diâmetro que o
utilizado para armazenar a solução padrão.
- Avaliar a quantidade de matéria orgânica comparando a cor do material filtrado com a cor
da solução padrão, anotar se a cor é mais escura, mas clara ou igual a solução padrão.
O ensaio colorimétrico, de acordo com a ABNT NBR NM 49, indica a existência ou
não de impurezas orgânicas em quantidades significativas. Em caso afirmativo, segundo a
própria ABNT NBR 7211, a areia será considerada suspeita, devendo os possíveis efeitos
danosos da matéria orgânica serem comprovados pelo ensaio de qualidade
(ABNT NBR 7221).
O ensaio de qualidade consiste em se preparar duas argamassas, uma com a areia
suspeita no seu estado natural e outra com a areia suspeita após ter sido lavada. A lavagem da
areia consiste em submergi-la a uma solução de hidróxido de sódio 3% durante 24 horas e
após este período lavá-la em água até que o pH da água de lavagem seja igual ao pH da água
limpa, sem alterar a granulometria da areia. Moldam-se 6 corpos-de-prova para cada
argamassa, com relação água/cimento 0,6 e a quantidade de areia é ajustada para obter uma
argamassa com o índice de consistência na mesa de queda livre entre 220 e 230 mm. Os
corpos de prova são ensaiados à compressão aos 7 dias de idade e o resultado de resistência à
compressão de cada argamassa consiste na média aritmética dos resultados dos 6 corpos de
prova.
A ABNT NBR 7211 indica que a diferença máxima aceitável entre os resultados de
resistência à compressão das duas argamassas (com areia no estado natural e com a areia
lavada) é de 10%.
Cloretos e Sulfatos:
Os cloretos quando em presença excessiva podem ocasionar certos problemas. Os
revestimentos de argamassa feitos com agregados contendo cloretos são higroscópicos,
gerando o aparecimento de eflorescências e manchas de umidade. No caso de concretos
armados e protendidos, podem acelerar o fenômeno da corrosão da armadura.
Os sulfatos podem acelerar e em certos casos retardar a pega de um cimento Portland.
Além disso, dão origem a expansões no concreto pela formação de etringita secundária
(trisulfoaluminato de cálcio hidratado) também conhecida como sal de Candlot.
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Tabela 14: Limites máximos para teores de cloretos e sulfatos presentes nos agregados.
Determinação Método de Ensaio Limites
< 0,2% concreto simples
ABNT NBR 9917
Teor de cloretosa (CL-) < 0,1% concreto armado
ABNT NBR 14832b
< 0,01% concreto protendido
Teor de sulfatosc (SO4-2) ABNT NBR 9917 < 0,1%
a
Agregados que excedam os limites estabelecidos para cloretos podem ser utilizados em concreto,
desde que o teor trazido ao concreto por todos os seus componentes (água, agregados, cimento, adições
e aditivos químicos), verificado por ensaio realizado pelo método da NBR 14832 (determinação no
concreto) ou ASTM C 1218, não exceda os seguintes limites, dados em porcentagens sobre a massa de
cimento:
- Concreto protendido ≤ 0,06%
- Concreto armado exposto a cloretos nas condições de serviço da estrutura ≤ 0,15 %;
- Concreto armado em condições de exposição não severas (seco ou protegido da umidade nas
condições de serviço da estrutura) ≤ 0,4%
- Outros tipos de construção em concreto armado ≤ 0,30.
b
O método da ABNT NBR 14832 estabelece como determinar o teor de cloretos em clínquer e cimeto
Portland. Neste caso específico, o método pode ser utilizado para o ensaio de agregados.
c
Agregados que excedam o limite estabelecido para sulfatos podem ser utilizados em concreto, desde
que o teor total trazido ao concreto por todos os seus componentes (água, agregados, cimento, adições
e aditivos químicos) não exceda 0,2% ou que fique comprovado o uso de cimento Portland resistente a
sulfatos.
A forma geométrica dos grãos que compõem os agregados tem grande importância
nas propriedades dos concretos e argamassas, principalmente no estado fresco.
Os grãos dos agregados podem ser arredondados e lisos, como os seixos, ou de forma
angular e de arestas vivas com faces mais ou menos planas e ásperas, como a rocha britada.
Esta forma geométrica dos agregados tem grande importância como fator de qualidade dos
concretos. Grãos de formato semelhante a uma agulha ou a um disco dão concretos menos
trabalháveis e requerem mais pastas de cimento no concreto. Hoje existem máquinas que
arredondam os grãos angulosos e o custo desta operação, que é repassado ao preço do
produto, é compensado pela menor quantidade de pasta de cimento e/ou relação
água/cimento mais baixa que é possível empregar nas misturas de concreto.
Sob este aspecto, a melhor forma para os agregados graúdos é a que se aproxima da
esfera, para a do seixo e a do cubo, com as três dimensões espaciais da mesma ordem de
grandeza, para as britas.
Com relação à textura, observa-se que textura muito lisa, especialmente nos
agregados graúdos, pode induzir uma aderência menor entre a pasta de cimento e superfície
do agregado podendo prejudicar a resistência do concreto, especialmente a resistência à
tração.
Até o presente momento, as normas brasileiras só contemplam a avaliação da forma
para agregados graúdos, devido à predominância do uso de agregados miúdos de jazidas
naturais que apresentam formato arredondado. Entretanto, com o uso crescente das areias de
britagem, a determinação dessa propriedade para os agregados miúdos passa a ser
extremamente relevante, apesar do pouco conhecimento disponível na literatura.
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Procedimento de ensaio:
- Toma-se uma amostra cuja quantidade é definida em função do tamanho dos grãos (m);
- Coloca-se a amostra no tambor previamente limpo do equipamento em conjunto com a
carga abrasiva (esferas metálicas).
- Faz-se o tambor girar com a velocidade de 30 a 33 rpm até completar 500 rotações (15 a
30 minutos).
- Retira-se todo o material do tambor, separa-se as esferas da carga abrasiva, limpa-se as
mesmas com escova e faz-se passar a amostra na peneira 1,70 mm rejeitando o material
passante nesta peneira.
- Lava-se o material retido na peneira e a seguir seca-se em estufa entre 105 e 110ºC.
- Pesa-se o material seco (m1).
m m1
P 100
m
Onde:
P = perda por abrasão (%)
m = massa da amostra seca
m1 = massa do material retido na peneira com abertura de malha de 1,7 mm, após lavado e
seco.
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